Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* MUDANÇA SOCIAL E DIREITO: ASPECTOS POLÍTICOS A questão política. Participação e mobilização popular e Direito. Redes sociais e responsabilidade: setor público, privado e terceiro setor. Movimentos sociais e ampliação da cidadania. Politização das relações comunitárias. SOCIOLOGIA JURÍDICA E JUDICIÁRIA - AULA 12 * CIDADANIA A origem do conceito de cidadão vem da Grécia; Segundo Pinsky – A cidadania não é uma definição estanque, mas um conceito histórico (varia no tempo e no espaço); Na Grécia criou-se a Tradição da cidadania Política - sociedade ideal e justa, onde os indivíduos deviam ser portadores de virtudes cívicas (exclui escravos, mulheres e estrangeiros), Cidadania que confere direitos políticos; * CIDADANIA “A cidadania pertencia a esfera pública, e a esfera privada deveria a ela se subordinar”; Gregos – raízes Romanos – Estatuto baseado em direitos e deveres (cidadãos pela lei e propriedade); Max Weber assinala que no período medieval a condição de ser cidadão era ser membro de uma cidade; * Na fase do iluminismo emergiram duas outras concepções de cidadania ao redor do conceito de sociedade civil: Primeira, liberal - situou a cidadania em termos de sociedade de mercado e os direitos de posse; Segunda - associou-a à democracia moderna e ao pensamento republicano, enfatizando a cidadania em termos de direitos cívicos e políticos.(T. Hobbes, J. Locke, A Smith); * Janoski (1998) – destaca três abordagens teóricas: A Concepção Liberal: Trata os direitos como direitos contratuais (a cada direito uma obrigação – modelo romano). Com o liberalismo surgem os Direitos civis; (naturais e de soberania nacional). “A Declaração dos Direitos do Homem de 1789 firmou a propriedade como direito supremo”. (o homem tinha direitos por ser proprietário e não por se membro da Pólis). Para Diderot , propriedade faz o cidadão. * Locke – justificava a diferenciação de direitos entre o povo e a burguesia; Critica feminista a cidadania liberal (perpetua as mulheres como cidadãs de segunda classe); Racionalismo séc. XVIII – Muda a concepção de cidadão (educação como instrução); Séc. XIX ( cidadania se estende através do direito a educação); Sec. XX - Destaca-se teoria sociológica Marshall - Estabeleceu uma tipologia dos direitos em: civis; políticos e sociais. * A concepção de cidadania se amplia e disciplinará não só os direitos como os deveres; Últimas décadas do séc. XX – Outras concepções: Cidadania Coletiva; Diferenciada; Cosmopolita; e Planetária. * “O que irá definir a cidadania é um processo onde encontram-se as redes de relações, conjuntos de práticas (sociais, econômicas, políticas e culturais) tramas de articulações que explicam... e estão abertas para que se redefinam as relações dos indivíduos e grupos com o Estado” (John,2005). A esfera pública assegura, garante e normatiza os direitos, por isso o Estado é sempre elemento referencial definidor. * PARTICIPAÇÃO Como um processo de vivência que imprime sentido e significado a um grupo ou movimento social, tornando-o protagonista de sua história, desenvolvendo uma consciência crítica desalienadora, agregando força sociopolítica a esse grupo ou ação coletiva, e gerando novos valores e uma cultura política nova. * Autonomia O que significa autonomia? Entendemos que a autonomia se obtém quando se adquire a capacidade de ser um sujeito histórico, que sabe ler e re-interpretar o mundo; Quando o sujeito adquire uma linguagem que possibilite participar de fato, compreender e se expressar por conta própria. * O que é um sujeito autônomo? É o sujeito que vêem e aceita as diferenças e individualidades das pessoas e das regiões do mundo. Acatam e assumem a diversidade cultural. Aprendem a dialogar com a diferença e o diferente, sem ter como meta aniquilá-los ou vencer a qualquer custo. * Sentido - Significado Sentido – é direção, é diretriz, é orientação é destino que conduza desdobramentos. Significado – é o conceito de algo, como ele se define. Os sujeitos que participam das ações coletivas. São conceitos, não são fixos, eternos ou imutáveis. São ferramentas dinâmicas que nos ajudam a decodificar alguma coisa. * Cultura política É o conjunto de valores, crenças, atitudes, comportamento sobre política entendida como algo além da política partidária. Política com P “maiúsculo”, é relativa a arte da argumentação e do debates sobre vários temas. Ela envolve símbolos, signos e mitos que catalisam os sentimentos, as crenças, compartilhadas sobre as ações dos indivíduos ou grupos. * Um projeto democrático Não pode estar centrado em dogmas, verdades absolutas, hierarquias. A lógica da incerteza o persegue e possibilita construísse permanente. Há sempre o consenso e o dissenso. * Cultura e direitos culturais Os direitos aparecem como demanda e reivindicação em diferentes formas: Direitos sociais, políticos, econômicos, humanos e culturais. Destaque “direito a diferença” das denominadas minorias, que, na realidade são a maioria da população. * Questionamentos O que é de fato “direito cultural” neste contexto? São as questões e problemáticas relacionadas a várias dimensões do ser humano, exemplo: raça, faixas etárias... Como podemos educar em direitos humanos, articulando a diferença? O problema não é negar um pólo e afirmar outro, mas sim termos uma visão dialética da relação entre igualdade e diferença. * Com a sociedade democrática os membros da sociedade civil deixa de ter a autonomia como eixo estruturante; O descentramento do sujeito e a emergência de uma pluralidade de atores conferiu ao conceito de cidadania a mesma relevância do de autonomia nos ano 80; * A cidadania nos anos 90 foi incorporada nos discursos oficiais, e foi ressignificada para a idéia de participação civil; A mudança do cenário político atual amplia o termo sociedade civil; * Nesse contexto, a importância da participação da sociedade civil se faz para democratizar as a gestão pública, visando atender não apenas as questões emergenciais; Para Betinho “... o poder está na sociedade civil, não no Estado. O Estado é Instrumento” * As ONGs – Organizações Não-Governamentais. Nos anos 70-80, as ONGs eram instituições de apoio aos movimentos sociais e populares, estavam por detrás deles na luta contra o regime militar e pela democratização o país. Nesta fase, as ONGs se preocupavam em fortalecer a representatividade das organizações populares, ajudavam a própria organização a se estruturar, e muitas delas trabalhavam numa linha de conscientização dos grupos organizados. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar