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GHSR/ghsr DICA NCPC Antes tarde do que nunca. Vamos para a dica de hoje! A título de preparação para as dicas, devemos lembrar que no CPC/ 73 as principais defesas do réu se resumiam em contestação, reconvenção e exceção. Agora, no NCPC a defesa do réu se resume praticamente a Contestação. Isso porque: 1º: o Legislador decidiu por bem colocar a Reconvenção dentro da própria peça contestatória, dicção do art. 343, “Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria[...]”; 2º: porque a alegação de incompetência, seja absoluta ou relativa, passa a ser também feita na própria contestação, “art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contestação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu[...]”; 3º: a alegação de impedimento e suspeição será feita em petição específica conforme preconiza o art. 146: “art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo”. Se apegando agora à única peça de defesa do réu prevista no CCPC, apresentaremos uma alteração feita pelo NCPC ao que se refere a um dos princípios que a norteia: princípio da impugnação específica dos fatos. Entretanto, deve-se trazer um breve comentário sobre tal princípio. Uma doutrina muito boa e de fácil compreensão é a de Daniel Amorim Assumpção Neves, o livro “Manual de Direito Processual Civil” é magnífico! No referido livro, a respeito do princípio da impugnação específica, Daniel Amorim leciona que “é um ônus do réu de rebater pontualmente todos os fatos narrados pelo autor com os quais não concorda, tornando-os controvertidos e em consequência fazendo com que componham o objeto da prova.”. Isso quer dizer que é dever do réu contra-argumentar todos os fatos narrados pelo autor na petição inicial, desde que não concorde com eles, de maneira que ao GHSR/ghsr fazer isso dará aos fatos impugnados o status de “questionado” levando-os a ser motivo de prova. Ultrapassada breve conceituação sobre tal princípio, porém extramente elucidativa, vamos para as ressalvas: Se apegando ao princípio da impugnação específica dos fatos, o art. 341 diz que: “Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.” O artigo é bem claro ao dizer que você precisa “manifestar-se precisamente sobre as alegações”, nisso entende-se TODAS as alegações, caso contrário, as não impugnadas serão presumidas como verdadeiras. Ou seja, o NCPC veda a chamada “contestação genérica”. No entanto, como toda regra tem suas exceções, os incisos I,II, III e o parágrafo único tratam de ressalvas ao referido princípio. É exatamente aqui que fica o nosso objeto de dica. No art. 302 do CPC/73, o parágrafo único previa a não aplicação da impugnação específica dos fatos ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público. Entretanto, vejamos que a referência ao Parquet foi suprimida e em seu lugar foi introduzida a figura do defensor público. O que isso quer dizer? Quer dizer que mesmo o advogado dativo, curador especial e agora o defensor público não impugnando especificamente os fatos trazidos pelo autor na peça vestibular, tais fatos NÃO serão presumidos como verdadeiros. GHSR/ghsr Tal alteração deve ser tratada sempre com atenção quando cobrada em prova. Com certeza essa sutil alteração será objeto das chamadas “casquinhas de banana” e você deve saber como não cair nessa. Gostou? Compartilha com os colegas e aprova o arquivo ;) Pode seguir nossa página no Facebook também: “JusPriori Direito”, contamos com seu like (y)!
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