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CIÊNCIAS POLÍTICAS

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CIÊNCIAS POLÍTICAS – 2º SEMESTRE
ESTADO E GOVERNO ( Teoria Geral Do Estado, cap. IV )
 
I - O GOVERNO DEMOCRÁTICO (Aula 19/08/2013)
- Organizado para expressar a vontade popular
- Sociedade é uma construção derivada de um acordo de vontades entre homens livres, com a finalidade do bem comum.
- A liberdade dos modernos encontra-se na esfera privada, cada um tem interesse em cuidar da própria vida, e de seus próprios interesses, baseados no capitalismo. A grande maioria da população precisa trabalhar para viver – já que não se possui mais os escravos para executar o trabalho- não restando tempo para dedicar-se ao governo, o que nos leva a eleger um grupo de cidadãos para nos representar politicamente. 
 Muito diferente, está a liberdade dos antigos, encontrando-se na esfera pública, onde todos os considerados cidadãos governavam de forma efetiva o povo, isto porque a virtude política, que é a sabedoria para mandar e obedecer, só pertencia àqueles que não tinham de trabalhar para viver. O que funcionava muito bem, já que os cidadãos tinham os escravos para cuidarem de seus interesses. 
 1-DEMOCRACIA DIRETA (DALLARI 2000, pág. 152).
Impossível de acontecer na sociedade moderna devido à necessidade das pessoas de cuidarem de suas próprias vidas, sem que haja o tempo necessário para participação efetiva no governo. O que cria a necessidade de representação.
(Curiosidade histórica) O único caso existente de Democracia Direta encontra-se em alguns Cantões da Suíça. Chama-se Landsgemeinde trata-se de uma assembleia, aberta a todos os cidadãos que tenham o direito de votar, impondo-se estes o comparecimento como um dever. Ocorre uma vez por ano, e as votações referem-se à leis ordinárias e emendas constitucionais.
2-DEMOCRACIA SEMIDIRETA (DALLARI 2000, pág.153-154)
Permite a expressão da vontade popular em alguns momentos da atividade do governo. Possui 5 institutos, dentre os quais o Brasil se insere em 3. (Respectivamente 1,2,3).
REFERENDUM – Consiste na consulta à opinião pública para a introdução de emenda constitucional; ou mesmo lei ordinária, quando esta afeta um interesse público relevante.
PLEBICITO – Consulta prévia da opinião pública sobre a viabilidade de discutir projeto de lei ordinária ou emenda constitucional. Dependendo do resultado do plebiscito é que se irão adotar providências legislativas, se necessário.
INICIATIVA POPULAR – É a prerrogativa que se atribui a um número de eleitores a propor um projeto de lei. No entanto, quem o analisa, acompanha, e decide é o congresso.
 Nos EUA existem dois tipos de Iniciativas Populares:
 a) DIRETA – número de eleitores propõe um PL que será votada pelos eleitores nas próximas eleições e não pelo congresso como ocorre no Brasil;
 b) INDIRETA – determinado número de eleitores apresenta um PL e o legislativo verifica se será ou não submetido aos eleitores na próxima eleição.
VETO POPULAR – Dá-se aos eleitores, após a aprovação de um projeto, um prazo, para que requeiram a aprovação popular. A lei não entra em vigor antes de decorrido este prazo e, desde que haja a solicitação por um certo número de eleitores, ela continuará suspensa até as próximas eleições, quando então o eleitorado decidirá se ela deve ser posta em vigor ou não. (Não é permitido no Brasil, no nosso país uma vez eleito o político pode exercer todas as funções que cabem ao seu cargo, independente da opinião popular, uma vez que o próprio povo que o elegeu).
RECALL – (É diferente de impeachment, pois este trata-se da sentença de um processo jurídico) Não é permitido no Brasil. Pode ocorrer de duas maneiras:
REFORMA DE DECISÃO JUDICIAL NA MESMA ESTÂNCIA – qualifica-se no direito de ter seu processo revisto no mesmo grau de jurisdição.
REVOGAÇÃO DE MANDATO – procede da seguinte maneira, um número de eleitores protocolam um pedido, apresentando os devidos motivos, solicitando que o político abandone seu cargo. Se coerentes, este por sua vez, tem direito a resposta em sua defesa, e posteriormente, é levado a eleição para que o povo decida se deve continuar ou não no cargo. Os requerentes devem efetuar um depósito em dinheiro. Se a maioria decidir pela revogação do mandato esta se efetiva. Caso contrário, o mandato não se revoga e os requerentes perdem para o Estado o dinheiro depositado.
Mandato = instrumento do Direito Provado pelo qual concedemos a alguém autorização para realizar atos em nosso nome.
3- DEMOCRACIA PARTICIPATIVA (Dalmo, 155)
Democracia popular – a qualquer momento o povo tem permissão para participar.
Conselhos populares – função consultiva, e não deliberativa. Tem o poder de dar conselhos, porém não a decisão.
4- DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
O povo concede um mandato a alguns cidadãos, para, na condição de representantes, externarem a vontade popular, e tomarem decisões em seu nome no governo.
Continuação - 26/08/2013
MANDATO DE INTERESSES: Instrumento do Direito Privado pelo qual concedemos a outrem autorização e poder para realização de atos jurídicos em nosso nome. Tem origem privada e imperativa.
MANDATO POLÍTICO: Instrumento de origem pública, concedido a um grupo de cidadãos, para na condição de representante, externarem a vontade popular e tomarem decisões em nome do povo. Principais peculiaridades:
O mandatário expressa a vontade de todo o povo apesar de eleito por apenas uma parte da população;
Não está vinculado a determinados eleitores;
O mandatário tem absoluta autonomia e independência, não havendo necessidade de ratificação das decisões, além do que as decisões obrigam mesmo os eleitores que se oponham a elas;
O mandato é de caráter geral, conferindo poderes para à pratica de todos os atos compreendidos na esfera de competências do cargo o qual alguém é eleito;
O mandatário é irresponsável, não sendo obrigado a dar explicações sobre suas decisões à população;
Em regra o mandato é irrevogável, durando sempre o prazo previsto na lei, a não ser que se abra um processo jurídico, e o mandatário seja condenado por ultrapassar os limites do cargo. Ou, quando é utilizado o recall. Porém este instituto só existe em alguns Estados norte-americanos e é de alcance muito restrito, não chegando a desfigurar o princípio geral da irrevogabilidade.
A função do governo é manter o pacto/mandato político em função do bem comum.
II - REPRESENTAÇÃO POLÍTICA
Os representantes são escolhidos para expressar a vontade popular no governo já que a população não tem capacidade de autogoverno, pois cada um cuida de seus próprios interesses. O povo é formado por indivíduos.
Cada indivíduo tem suas aspirações, seus interesses e, mesmo que de maneira indefinida e imprecisa, suas preferências a respeito das características dos governantes, convergindo-se gradativamente à grupos de opinião, cada um pretendendo prevalecer sobre os demais, formando facções baseadas em princípios abstratos (ideias), dando origem aos partidos políticos.
OPOSIÇÃO POLÍTICA: Noção definida a partir de 1680. Os adversários do governo não são inimigos do Estado, e os opositores não são traidores. Pois quem se opõe não se opõe ao Estado e sim a forma de governo. Buscando assim os opositores por uma forma melhor de administrar o governo.
DAVID HUME (1741) (DALLARI 2000, pág.161)
Recusava-se a aceitar a ideia da oposição. Opunha-se às facções, pois se os indivíduos estivessem focados a defender interesses particulares, deixariam de defender o bem comum.
Hume classificava as facções de duas formas:
PESSOAIS – quando baseadas em amizade pessoal ou animosidade entre os que compõem os partidos em luta.
REAIS – quando fundadas em alguma diferença real de interesse. Estas podem ser de 3 espécies:
De interesse: reprovável porém desculpável;
De princípio: reprovável e incompreensível;
De afeição: reprovável porém compreensível. 
PARTIDOS POLÍTICOS (DALLARI 2000, pág. 162)
São entes públicos, auxiliares a formação da vontade popular no governo, que se canalizam emprincípios abstratos, buscando a melhor forma de governar para o Estado. Começam a reaparecer a partir de 1850. O que nos leva a oposição política. Ou, como se referia Edmund Burke “um corpo e homens que de unem, para colocar seus esforções comuns a serviço do interesse nacional, sobre a base de um princípio ao qual todos aderem”. Benjamim Constant escreveu que tratam-se de “uma reunião de homens que professam a mesma doutrina política”.
Na maioria dos Estados os partidos políticos são considerados Pessoas Jurídicas de Direito Público, porém no Brasil, entram na classificação das Pessoas Jurídicas de Direito Privado, o que não implicam em seu princípio de auxiliar o Estado.
Tendo-se afirmado no inicio do século XIX como instrumentos eficazes da opinião pública, dando condições para que as tendências preponderantes no Estado influam sobre o governo, os partidos políticos se impuseram como o veículo natural da representação política. Em consequência, multiplicaram-se os partidos, apresentando as mais variadas características. Considerando seus aspectos fundamentais temos:
1- Quanto à organização interna (DALLARI 2000, pág. 163)
Partidos de Quadros: quando mais preocupados com a qualidade de seus membros que com a qualidade deles, não buscam reunir o maior número possível de integrantes, preferindo atrair as figuras mais notáveis, capazes de influir positivamente no prestígio do partido, ou os indivíduos mais abastados, dispostos a oferecer contribuição econômico-financeira substancial à agremiação partidária. 
Partidos de Massas: quando, além de buscarem o maior número de adeptos, sem qualquer espécie de discriminação, procuram servir de instrumento para que indivíduos de condição econômica inferior possam aspiras às posições do governo.
2- Quanto a organização externa (DALLARI 2000, pág. 164)
Sistemas Unipartidários: caracterizado pela existência de um só partido no Estado. Em tais sistemas pretende-se que os debates políticos sejam travados dentro do partido, não havendo, assim, um caráter necessariamente antidemocrático nos sistemas de partido único. Dividido por instâncias, onde são realizados congressos para organização do governo.
Sistemas Bipartidários: caracterizam-se pela existência de dois grandes partidos que se alternam no governo do Estado. Não se excluem os outros partidos, os quais, porém, por motivos diversos sem qualquer interferência do Estado, permanecem pouco expressivos. A autenticidade desse sistema deve decorrer de consequências históricas, em função das quais a maioria do eleitorado se concentra em duas grandes correntes de opinião.
Sistemas Pluripartidários: que são à maioria, caracterizando-se pela existência de vários partidos igualmente dotados da possibilidade de predominar sobre os demais. O pluripartidarismo tem como principal causa o fracionamento interior das correntes de opinião, e a superposição de dualismos. Verifica-se que num mesmo povo é comum a existência de várias opiniões quanto ao fator social preponderante. Para uns, o importante é o econômico, para outros, o social, ou o religioso, e assim por diante. E relativamente a cada um esses fatores existe um dualismo, havendo sempre duas posições fundamentais e opostas a cada um deles. Entretanto quando coexistem vários dualismo com significação política semelhante, todos eles darão margem ao aparecimento de dois partidos, havendo, portanto, o pluripartidarismo. Essa tendência à multiplicação dos partidos, quando exagerada, pode levar a uma excessiva divisão do eleitorado. Por tal razão, já se vai tornando comum a exigência de um número mínimo de votos para que o partido eleja representantes.
3- Quanto ao âmbito de atuação dos partidos (DALLARI 2000, pág., 165)
Partidos de vocação universal: quando pretendem atuar além das fronteiras dos Estados. Nesses casos, embora aparentemente limitados a um Estado, para se adaptarem as exigências legais, os partidos atuam em estreita relação com os congêneres de outros Estados, havendo unidade não só quanto aos princípios, mas também quanto aos métodos de ação.
Partidos Nacionais: são aqueles cujo âmbito de atuação enquadra todo território do país. Ex: todos os partidos brasileiros estão aptos a disputar eleições em todo território nacional.
Partidos Regionais: são aqueles cujo âmbito de atuação limita-se a determinada região do Estado.
Partidos Locais: são os de âmbito municipal, que orientam sua atuação exclusivamente por interesses locais.
SUFRÁGIO (DALLARI 2000, pág. 182)
A democracia, mesmo quando se afirma como um governo de ideias, não deixa de ser necessariamente um governo de homes. No Estado Democrático um dos fundamentos é a soberania popular. Entretanto, pela impossibilidade prática de se confiar ao povo a prática direta dos atos de governo, é indispensável proceder-se à escolha dos que irão praticar tais atos em nome do povo. Vários foram os critérios usados através do tempo para a escolha do governantes: força física; sorteio; sucessão hereditária; e por último a Eleição (Sufrágio- ato de escolher por meio de votos), que é o característico do Estado Democrático, onde o povo deve ter possibilidade de escolher seus representantes e tal escolha corresponde a uma necessidade para o Estado, pois quando o povo atua como corpo eleitoral, é um verdadeiro órgão do Estado.
As eleições são de extrema importância e responsabilidade, podem ser exercidas apenas pelos capazes. Na Revolução Francesa, os legisladores foram contraditórios, pois ao mesmo tempo em que sustentavam a igualdade de todos, admitiam que a sociedade deveria ser dirigida pelos mais sensatos, mais inteligentes, pelos melhores, que compunham a elite social para evitar que os mais “fracos” fizessem más escolhas. Para identificação da elite, foi apontado um duplo critério: mundo econômico; mundo intelectual. Além disso houve exclusão das mulheres. Não há dívidas que o que se estabeleceu foi o sufrágio restrito.
III- O ESTADO FEDERAL (Aula 09/09/13)
O Estado Federal indica, antes de tudo, uma forma de Estado, não de governo.
FORMAS DE GOVERNO (DALLARI 2000, pág.223)
São as formas de organizar instituições que atuam no nível de poder soberano. É conveniente esclarecer que na classificação só se procuram as características das formas NORMAIS de governo, aquelas que se estabelecem em decorrência da evolução natural dos fenômenos políticos. As formas ANORMAIS, que são os totalitarismos ou as ditaduras, não comportam subclassificações, porque são regimes apoiados na força e que impedem a expansão natural das vocações políticas, não obedecem outra lei que não a força.
-A classificação mais antiga das formas de governo que se conhece é a de Aristóteles, baseada no número de governantes. Distingue ele, três espécies de governo:
REALEZA – quando só um indivíduo governa.
 ARISTOCRACIA - governo exercido por um grupo reduzido em relação ao todo.
 DEMOCRACIA – governo exercido pela própria multidão no interesse geral.
Cada uma dessas formas de governo pode sofrer uma degeneração, quando quem governa deixa de se orientar pelo interesse geral e passa a decidir segundo as conveniências particulares. Então aquelas formas que são puras, são substituídas por formas impuras.
A realeza degenera em TIRANIA.
 A aristocracia em OLIGARQUIA.
 A democracia em DEMAGOFIA.
Depois de Aristóteles é com Maquiavel que vai aparecer nova classificação, mais voltada para as características do Estado Moderno. Sua teoria procura sustentar a existência de ciclos de governo. 
O ponto de partida é o estado ANÁRQUICO, que teria caracterizado o início da vida humana em sociedade. Para se defenderem melhor os homens escolheram o mais robusto e valoroso, nomeando-o chefe e obedecendo-o. Depois de algumas escolhas percebeu-se que aquelas características não indicavam um bom chefe, passando-se a dar preferência ao mais justo e sensato, qualificando-se a MONARQUIA ELETIVA, que se converteu posteriormente em MONARQUIA HEREDITÁRIA, e algum tempo depois os herdeiroscomeçaram a degenerar, surgindo a TIRANIA. Para coibir os seus males, um pequeno grupo, que consideravam a si mesmos como homens especiais e não eleitos ou escolhidos pelo povo organizaram conspirações e se apoderaram do governo, instaurando-se a ARISTOCRACIA, orientada para o bem comum. Entretanto, os descendentes dos governantes aristocratas, que não haviam sofrido dos males da tirania e não estavam preocupados com o bem comum, passaram a utilizar o governo em seu proveito próprio, convertendo a aristocracia em OLIGARQUIA. O povo, não suportando mais os descalabros da oligarquia, mas ao mesmo tempo, lembrando-se dos males da tirania, destituiu os oligarcas e resolveu governar-se a si mesmo, surgindo o governo popular ou DEMOCRÁTICO. Mas o próprio povo, quando passou a ser governantes, sofreu um processo de degeneração, e cada um passou a utilizar em proveito pessoal a condição de participante do governo. E isto gerou a ANARQUIA, voltando-se ao estágio inicial e recomeçando-se o ciclo, que já foi cumprido muitas vezes em todos os povos.
Mais tarde Montesquieu, aponta três espécies de governo:
REPUBLICANO – é aquele que o povo, ou uma parte dele, possui o poder soberano, porém de acordo com às leis.
 MONARQUIA – é aquele que um só governa, mas de acordo com leis fixas e estabelecidas.
 DESPOTISMO – uma só pessoa, sem obedecer a leis e regras, realiza tudo por sua vontade e seus caprichos.
Na realidade, ainda hoje, a monarquia e a república são as formas fundamentais de governo.
1 – MONARQUIA (DALLARI 2000, pág. 226)
É uma forma de governo que já foi adotada há muitos séculos, por quase todos os Estados do mundo. Com o passar dos séculos ela vai sendo gradativamente enfraquecida e abandonada. Quando nasce o Estado Moderno a necessidade de governos fortes favorece o ressurgimento da monarquia, não sujeita a limitações jurídicas, onde qualificasse a Monarquia Absoluta. Aos poucos, entretanto, vai crescendo a resistência ao absolutismo e, já a partir do final do século XVIII, surgem as Monarquias Constitucionais. O rei continuava governando, mas estava sujeito a limitações jurídicas, estabelecidas na Constituição. Depois disso, ainda surge outra limitação ao poder do monarca, com a adoção do Parlamentarismo pelos Estados monárquicos. Adotando o sistema parlamentar de governo, com a manutenção da monarquia, o monarca não mais governa, mantendo-se apenas o Chefe de Estado. Ou seja o rei passa a ser apenas uma figura representativa, onde o exercício do governo passa ao Gabinete de Ministros. As características fundamentais da monarquia são:
VITALICIDADE – o monarca não governa por tempo limitado, e sim durante toda a vida, ou enquanto tiver condições para continuar governando.
HEREDITARIEDADE – a escolha do monarca se faz pela simples verificação da linha de sucessão.
IRRESPONSABILIDADE – o monarca não tem responsabilidades políticas, isto é, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política. 
Pontos a favor da Monarquia:
1- Estabilidade política gerada pela hereditariedade do monarca, pois ele está acima das disputas políticas, tendo total autoridade nos momentos críticos da política.
2- O monarca é um fator de unidade do Estado.
3- Sendo o ponto de encontro das correntes políticas, e estando à margem das disputas, o monarca assegura a estabilidade das instituições.
4- O monarca desde seu nascimento, recebe uma educação especial preparando-o para governar.

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