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Comandos Elétricos Apostila de Acionamentos

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1 
 
 
 
 
Comandos elétricos 
 
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais -FIEMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2010 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
Presidente da FIEMG 
Olavo Machado Júnior 
Diretor Regional do SENAI 
Lúcio José de Figueiredo Sampaio 
Gerente de Educação Profissional 
Edmar Fernando de Alcântara 
 
Elaboração 
Eustáquio Damasceno Pereira 
Ronaldo José de Oliveira 
 
Unidades Operacionais 
 
 CETEL – Centro Tecnológico de Eletrônica “César Rodrigues” 
 CETEM – Centro de Excelência em Tecnologia e Manufatura “Maria Madalena” 
 
 
 
 
CFP - Luiz César Albertini – SENAI - Vespasiano
 
 
 
 3 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
Apresentação 
 
1. Dispositivos de proteção e controle ............................................................... 6 
1.1 Introdução aos dispositivos ................................................................... 6 
1.2 Fusíveis ................................................................................................. 6 
1.3 Disjuntor ............................................................................................... 21 
1.4 Disjuntor motor .................................................................................... 28 
1.5 Dispositivos diferenciais residuais ....................................................... 30 
1.6 Relé Térmico de Sobrecarga ............................................................... 34 
1.7 Contatores ........................................................................................... 42 
1.8 Botões de comando ............................................................................. 53 
1.9 Relé de Tempo .................................................................................... 61 
1.10 Chave Auxiliar Tipo Fim de Curso ..................................................... 66 
1.11 Sensores ............................................................................................ 72 
1.12 Motor de Indução Trifásico ................................................................ 81 
1.13 Transformadores Para Comandos Elétricos ...................................... 89 
1.14 Chaves Seccionadoras ...................................................................... 97 
1.15 Sinalização ...................................................................................... 105 
1.16 Terminais ......................................................................................... 109 
1.17 Bornes de conexão .......................................................................... 113 
1.18 Soft-Starter ...................................................................................... 120 
1.19 Inversores de Freqüência ................................................................ 133 
 
2. Noções de segurança em eletricidade ....................................................... 148 
2.1 Introdução .......................................................................................... 148 
2.2 Choque elétrico .................................................................................. 148 
2.3 Medidas de Segurança Contra o Risco Elétrico ................................ 152 
 
3. Esquemas elétricos ...................................................................................... 157 
3.1 Redes de alimentação ....................................................................... 157 
3.2 Tipos de esquemas elétricos ............................................................. 159 
3.3 Interligação das bobinas do motor trifásico de indução ..................... 161 
3.4 Sistemas de partidas para motores de indução trifásicos .................. 165 
 
Referências bibliográficas...........................................................................................186 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
PPrreeffáácciioo 
 
 
 
“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do 
conhecimento”. 
Peter Drucker 
 
 
 
O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os 
perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, 
coleta, disseminação e uso da informação. 
 
O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e 
consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da 
competência: 
 
“formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo, com 
iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos 
aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e 
consciência da necessidade de educação continuada.” 
 
Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, 
amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. 
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua Infovia, da conexão de 
suas escolas à rede mundial de informações – internet - é tão importante quanto 
zelar pela produção de material didático. 
 
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e 
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais 
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos. 
 
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua 
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os 
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada ! 
 
 
Gerência de Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
AApprreesseennttaaççããoo 
 
Comandos elétricos são circuitos que utilizam dispositivos elétricos destinados 
a comandar e controlar o funcionamento de sistemas elétricos, tais dispositivos tem 
funções definidas para proteção, controle, sinalização, conexão, comutação, 
temporização,etc. 
 Os dispositivos usados em acionamentos elétricos industriais são 
dimensionados de acordo com as características elétricas das cargas que irão 
acionar. O bom desempenho destes dispositivos depende de uma série de fatores, 
como: condições ambientais, procedência de fabricação, tempo de uso e 
principalmente de sua correta instalação e manutenção. 
 
 O técnico deve estar seguro, e ser eficaz ao fazer montagens e manutenções 
nos sistemas elétricos, principalmente quando se trata da substituição de dispositivos 
que compõe os circuitos, onde se torna necessário estar atento quanto às 
características dos componentes, para garantir a eficácia no funcionamento desses 
sistemas. Para que a montagem e manutenção dos sistemas elétricos sejam 
eficazes, é necessário que o técnico conheça as principais características dos 
componentes dos circuitos. 
 
 Este recurso didático tem como objetivo fornecer informações tecnológicas 
sobre os principais dispositivos usados nos sistemas elétricos industriais, onde, 
eletricistas e técnicos possam interpretar diagramas, especificar dispositivos, montar 
e dar manutenção nos circuitos elétricos. 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
11.. DDiissppoossiittiivvooss ddee PPrrootteeççããoo ee CCoonnttrroollee 
1.1 Introdução 
 Os equipamentos e máquinas industriais, como por exemplo: tornos, impressoras, 
prensas, guilhotinas entre outros, dependem fundamentalmente da eletricidade para 
seu funcionamento. A maior parte desses equipamentos e máquinas é controlada por 
dispositivos de comando para sua correta partida, parada, controle, proteção, etc. 
 Os dispositivos de comando elétrico são desenvolvidos para proporcionar 
novas tecnologias aos equipamentos com foco principalmente em automatizar os 
processosde produção, por isso, os dispositivos de comando empregados em 
circuitos de baixa tensão, são dos tipos mais variados e com características de 
funcionamento bem distintas, dependendo das funções especificas que cada 
dispositivo efetua no circuito. 
 Todo circuito elétrico deve possuir proteções a fim de se evitar danos às 
instalações, aos equipamentos e riscos de acidentes pessoais. Neste capítulo serão 
analisados os dispositivos utilizados para cada necessidade e o método mais 
adequado para escolha certa em cada situação. Através da análise de curvas de 
atuações desses dispositivos, da potência instalada e da ação seletiva entre eles, é 
possível coordenar as proteções entre si, garantindo o máximo de segurança às 
instalações e usuários. 
 
1.2 Fusíveis 
São dispositivos usados nas instalações elétricas, cuja função é Interromper o 
fluxo de corrente elétrica toda vez que esta corrente for excessiva e puder causar 
danos ao sistema. 
 
A Figura 1.1 apresenta alguns tipos de fusíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.1: Tipos de fusíveis. 
 
 
11..22..11 SSiimmbboollooggiiaa 
 
 
 
Figura 1.2: Simbologia do fusível. 
Fonte: ABNT. NBR 5444/1989. 
 
11..22..22 AApplliiccaaççããoo 
Os fusíveis são aplicados em toda e qualquer instalação elétrica e no Brasil, a 
ABNT normatiza sua utilização. Em geral os fusíveis são utilizados em aparelhos 
eletrônicos, residências, automóveis e indústrias etc. Eles protegem os circuitos contra 
os efeitos de curto-circuito ou sobrecargas que podem, em algumas situações, 
provocar incêndios e explosões. 
 
11..22..33 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
O fusível é constituído basicamente por: contatos, corpo isolante, elo de fusão e 
indicador de queima. 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
 
 
 
Figura 1.3: Partes componentes do fusível. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p.13/122. 
 
 Contatos 
Servem para fazer a conexão dos fusíveis com os componentes das 
instalações elétricas. São feitos de latão ou cobre prateado, para evitar oxidação e 
mau contato. 
 Corpo Isolante 
É feito de material isolante de boa resistência mecânica, que não absorve 
umidade, geralmente de cerâmica, porcelana ou esteatita. Dentro do corpo isolante se 
aloja o elo fusível e, em alguns casos, um elo indicador de queima, imerso em 
material granulado extintor - areia de quartzo - de granulometria adequada. 
 Elo de Fusão 
Material condutor de corrente elétrica com baixo ponto de fusão. É feito em 
forma de fios ou lâminas. 
Tipos de Elos de Fusão: 
 
1. Em forma de fio 
 
 
 
Figura 1.4: A fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo (fio). 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
2. Em forma de lâmina 
 
 
 
Figura 1.5: Elo fusível com seção constante - a fusão pode ocorrer em qualquer ponto do elo. 
 
 
 
Figura 1.6: Elo fusível com seção reduzida normal - a fusão sempre ocorre na parte onde a seção é 
reduzida. 
 
 
 
Figura 1.7: Elo fusível com seção reduzida por janelas - a fusão sempre ocorre na parte entre as 
janelas de maior seção. 
 
 
 
Figura 1.8: Elo fusível com seção reduzida por janelas e um acréscimo de massa no centro - a fusão 
ocorre sempre entre as janelas. 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 Elo indicador de queima (espoleta) 
Facilita a identificação da queima de um fusível, pois, se desprende em caso de 
queima. 
É constituído de um fio muito fino, que está ligado em paralelo com o elo fusível. 
No caso de fusão do elo fusível, o fio do indicador de queima não suportará a corrente 
e também se fundirá, provocando o desprendimento da espoleta. (Figura 1.9) 
 
 
Fig. 1.9: Elo indicador de queima do fusível. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p.13. 
 
11..22..44 CCaarraacctteerrííssttiiccaass ddooss ffuussíívveeiiss qquuaannttoo aaoo ttiippoo ddee aaççããoo 
 
 Fusíveis de ação rápida ou normal 
Neste caso a fusão do elo ocorre logo após receber uma sobrecarga ou curto 
circuito. São próprios para proteger circuitos com cargas resistivas, como lâmpadas 
incandescentes e resistores em geral. 
 
 Fusíveis de ação ultra-rápida 
Neste caso, a fusão do elo é imediata, quando recebe uma sobrecarga ou curto-
circuito mesmo sendo de curta duração. São próprios para proteger circuitos 
eletrônicos, pois os semicondutores são muito sensíveis e precisam ser protegidos 
contra sobrecargas, mesmo de curta duração. 
 
 
 
 
 11 
 
 
 
 Fusíveis de ação retardada 
A fusão do elo só acontece quando houver sobrecargas de longa duração ou 
curto-circuito. São próprios para proteger circuitos com cargas indutivas e/ou 
capacitivas, como motores, transformadores, capacitores e indutores em geral. 
 
11..22..55 CCaarraacctteerrííssttiiccaass eellééttrriiccaass ddooss ffuussíívveeiiss 
 
 Corrente nominal (In) 
A principal característica de um fusível é a sua corrente nominal. É o valor da 
máxima corrente que o fusível suporta em regime contínuo, sem se queimar. 
Correntes maiores que a nominal irão provocar a ruptura do elo fusível após algum 
tempo e esta relação, tempo x corrente de ruptura é a curva característica do fusível. 
O valor de corrente vem impresso no corpo do componente. Existem, porém, fusíveis 
nos quais a corrente nominal vem identificada por código de cores; ver Tabela 1 no 
final deste capítulo. 
 Tensão Nominal (Un) 
É o valor da máxima tensão de isolamento do corpo isolante do fusível. 
 
 Resistência de Contato 
A resistência de contato entre a base e o fusível pode causar aquecimento, 
podendo até causar a queima do fusível. 
 
 Capacidade de Ruptura 
É a capacidade que um fusível possui de proteger com segurança um circuito, 
fundindo apenas seu elo de fusão, não permitindo que a corrente elétrica continue a 
circular. Seu valor é dado em kA (quilo Ampere). Ver Figura 1.10. 
 
 Característica Tempo x Corrente 
Esta característica é representada em diagrama tempo x corrente em escala 
logarítmica. A curva característica tempo de fusão x corrente desenvolve-se a partir da 
corrente mínima de fusão que seria capaz de fundir o elemento. 
 
 
 
 12 
 
 
 
A Figura 1.10 apresenta um exemplo de leitura para fusível rápido, num 
diagrama de característica tempo de Fusão x Corrente. 
 
 
Figura 1.10: Curvas características Tempo x Corrente de fusíveis rápidos. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 20. 
 
O perfil da curva característica depende principalmente da dissipação de calor 
no elemento fusível. Na norma VDE 0636 estão definidas faixas de tempo e de 
corrente dentro das quais essas curvas devem se situar. 
Analisando a Figura 1.11: um fusível de 10A não se funde com a corrente de 
16A, pois, a reta vertical que correspondente a 10A não cruza a curva correspondente 
do fusível. Com uma corrente de 30A o fusível se fundirá em aproximadamente 18 
segundos. 
 
 Influência da temperatura ambiente 
Nos catálogos estão representadas as características tempos de fusão x 
corrente médias levantadas à temperatura ambiente de 20º (mais ou menos 5º). 
Alguns tipos de fusíveis sofrem uma influência desprezível com a temperatura, 
em uma margem bem grande de variação desta. 
 
 
 
 13 
 
 
 
 
Figura 1.11: Curvas características Tempo x Corrente de fusíveis retardados. 
Fonte: <http://www.fusivel.com.br/4-38-weg>. Acesso em: 25 maio 2007. 
 
 
 Substituição 
Quando houver a queima de um fusível, em nenhuma hipótese deverá haver o 
recondicionamento do mesmo, devendo ser substituído por outro de mesma 
capacidade de corrente e características. 
 
 DimensionamentoÉ a escolha de um fusível adequado para fazer proteção de um determinado 
circuito. A escolha do fusível deve ser feita de tal modo que uma anormalidade elétrica 
fique restrita a um setor, sem atingir as demais partes do mesmo. 
 
 
 
 14 
 
 
 
Para dimensionar um fusível é necessário levar em consideração as seguintes 
grandezas elétricas: 
 Corrente nominal do circuito; 
 Corrente de curto-circuito; 
 Tensão nominal. 
 
11..22..66 SSiisstteemmaass ddee sseegguurraannççaa DDiiaazzeedd ee NNHH 
Existem diversos tipos de fusíveis usados para proteção dos circuitos elétricos 
(cartucho, Diazed, de vidro, NH e outros). Dar-se-á ênfase ao estudo dos fusíveis 
Diazed e NH, por serem os sistemas de proteções mais utilizados nas áreas 
industriais. 
 
 Segurança Diazed 
A segurança Diazed é composta de um conjunto de componentes, onde se 
encontra alojado o fusível. Este conjunto é composto de base, parafuso de 
ajuste,fusível, tampa, anel de proteção e cobertura da base. 
Observe a Figura 1.12. 
 
Figura 1.12: Segurança Diazed 
 
 Base 
Elemento de porcelana que reúne e sustenta as demais partes da segurança 
Diazed. Comporta um corpo metálico roscado interna e externamente, ligado a um 
dos bornes. O outro borne está isolado do primeiro, e é ligado ao parafuso de ajuste. 
Estas bases podem ser fornecidas com dispositivo de fixação rápida, para montagem 
sobre trilho, conforme apresentado na Figura 1.13. 
 
 
 
 
 15 
 
 
 
 
Figura 1.13: Base do sistema de Segurança Diazed. 
 
 Cobertura da Base 
 
É um elemento de baquelite ou porcelana, cuja função é alojar a base aberta, 
não permitindo que nenhuma parte sob tensão fique exposta. São fornecidas para 
bases de até 63ª, conforme Figura 1.14. 
 
 
Figura 1.14: Cobertura da base. 
 
 Parafuso de Ajuste 
 
É um elemento feito de porcelana, com um parafuso metálico na parte 
posterior, para ser introduzido na base. Na parte anterior, possui um rebaixo, cujo 
diâmetro não permite a colocação de fusível de maior capacidade de corrente. Existe 
 
 
 
 16 
 
 
 
um código de cores padronizado para identificar a corrente nominal do parafuso de 
ajuste, ver Tabela 1 no final deste capítulo. 
 
 
Figura 1.15: Parafuso de ajuste. 
 
 Chave para parafuso de ajuste 
 
Serve para fixar os parafusos de ajuste à base das seguranças Diazed. 
 
 
Figura 1.16: a) Chave para parafuso de ajuste – b) Forma de encaixe da chave ao parafuso. 
 
 
 Tampa 
 
Peça constituída em porcelana com casquilho metálico que tem a função de 
alojar o fusível permitindo a troca do mesmo, em caso de queima, com a instalação 
sob tensão Possui tamanhos D II - rosca E27 e D III - rosca E33. O tamanho D II é 
para fusíveis até 25A e tamanho D III para fusíveis até 63A. 
 
 
 
 
 17 
 
 
 
 
Figura 1.17: Tampa. 
 
 Anel de Proteção 
É um elemento fabricado em porcelana ou plástico roscado internamente. Sua 
função é isolar a rosca metálica da base com relação ao painel e evitar possíveis 
choques acidentais. Possui tamanho e rosca igual à tampa. (Figura 1.18). 
 
 
Figura 1.18: Anel de proteção. 
 
 Fusível 
É a peça de maior importância no sistema. Possui um corpo de porcelana ou 
esteatite, que tem ótima resistência mecânica e uma excelente rigidez dielétrica, onde 
estão impressas suas características elétricas. A Tabela 1, no final deste capítulo, 
mostra o código de cores padronizado para cada valor de corrente nominal. As cores 
estão numa espoleta indicadora de queima que se encontra presa pelo elo indicador 
de queima. (Figura 1.19) 
 
 
 
 18 
 
 
 
 
Figura 1.19: Fusível diazed. 
 
 Dispositivo de segurança NH 
A segurança NH é composta de fusível, base e punho, isolados para tensões 
até 500Vca ou 600Vca. 
 
 
 
Figura 1.20: Segurança NH. 
 
 
 Fusível 
A segurança NH reúne as características de fusível retardado para correntes de 
sobrecarga e fusível rápido para correntes de curto circuito. Possui corpo de 
porcelana, onde estão impressas suas características elétricas, conforme apresentado 
na Figura 1.21. 
 
 
 
 
 19 
 
 
 
 
 
Figura 1.21: Fusível NH. 
 
 Base 
Possui contatos especiais prateados que garantem contato perfeito e alta 
durabilidade. Uma vez retirado o fusível, a base constitui uma separação visível das 
fases, tornando dispensáveis, em muitos casos, a utilização de um seccionador 
adicional. A base é construída de esteatite, plástico ou termofixo, possuindo meios de 
fixação a quadros ou placas. A pressão das garras é garantida por molas de aço. Veja 
na Figura 1.22. 
 
 
 
Figura 1.22: Base de segurança NH. 
 
 
 Punho 
 
Também denominado Saca Fusível, destina-se à montagem ou substituição de 
fusíveis NH de suas respectivas bases, mesmo estando a instalação sob tensão. 
(Figura 1.23). 
 
 
 
 20 
 
 
 
 
Figura 1.23: Utilização do punho em montagem ou substituição de fusíveis NH. 
 
Tabelas de correntes: 
 
Tabela 1 
Capacidade de corrente e código de cores para fusível Diazed. 
 
Corrente nominal (A) Código de Cor 
 
Para bases 
2 Rosa 
Rosca 
E27 
4 Marrom 
6 Verde 
10 Vermelho 
16 Cinza 
20 Azul 
25 Amarelo 
35 Preto 
Rosca 
E33 
50 Branco 
63 Cobre 
 
Fonte: <http:www.siemens.com.br/fusiveis>. Acesso em: 25 maio 2007. 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
 
Tabela 2 
Capacidade de corrente para fusível NH. 
Fonte: <http:www.siemens.com.br/fusiveis>. Acesso em: 25 maio 2007. 
 
 
1.3 Disjuntor 
11..33..11 DDeeffiinniiççããoo 
 É um equipamento de comando e proteção de circuitos elétricos, cuja finalidade 
é conduzir continuamente a corrente de carga sob condições nominais e interromper 
correntes anormais de sobrecarga e de curto circuito. (Figura 1.24) 
 
Figura 1.24: Mini disjuntores. 
Fonte: <http://www.ge.com.br/mini_dr>. Acesso em: 01 jun. 2007. 
 
 
Tamanho 
 
 
Corrente Nominal 
(A) 
Tamanho 
 
Corrente Nominal 
(A) 
000 
6 
1 
40 
10 50 
16 63 
20 80 
25 100 
32 125 
40 160 
50 200 
63 224 
80 250 
100 
 
00 
125 
160 
 
 
 
 22 
 
 
 
 
Por definição do Dicionário brasileiro de eletricidade, da ABNT tem-se: 
Dispositivo de manobra: dispositivo elétrico destinado a estabelecer ou interromper 
corrente, em um ou mais circuitos elétricos. 
 
O Disjuntor unipolar (monopolar) é constituído por um único pólo. O o disjuntor 
multipolar (bipolar ou tripolar) é constituído por dois ou mais pólos ligados 
mecanicamente entre si de modo a atuarem em conjunto. 
 
Os valores nominais de corrente do disjuntor são impressos externamente em 
sua carcaça, seja em alto-relevo, seja na forma de uma placa. Esses valores são 
obtidos segundo as normas de ensaio que se aplicam ao dispositivo, na forma 
individual, ou seja; é ensaiado uma unidade de disjuntor, seja unipolar ou multipolar, 
perante condições de temperatura e altitude estabelecidas em norma. 
 
Os disjuntores são normalmente dotados de relés de sobrecarga e de curto-
circuito, cada um tendo a sua curva característica, que devem ser adequadamente 
coordenadas entre si. 
 
 
11..33..22 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
 
 
Na Figura 1.25 pode-se observar a constituição interna de um disjuntor 
monopolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
 
 
 
Figura 1.25: Constituição interna disjuntor monopolar. 
Fonte: <http://www.ge.com.br/mini_dr>. Acesso em: 01jun. 2007. 
 
 Descrição das partes internas 
1 - Proteção externa termoplástic: protege os elementos internos do disjuntor; 
2 - Terminal superior: terminal de conexão ao circuito externo; 
3 - Câmara de extinção de arco: extinguir e dissipar o calor gerado durante a 
comutação do disjuntor. 
4 - Bobina: responsável pelo disparo instantâneo (magnético) 
5 - Alavanca: (0 – desligado –verde visível e 1 ligado – vermelho visível); 
6 e 7 - Contato fixo e Contato móvel,respectivamente: quando apoiados um ao outro 
permite circular corrente no circuito. 
8 - Guia para o arco: sob condições de falha o contato móvel se afasta do contato fixo 
e o arco resultante é guiado para a câmara de extinção evitando danos ao bimetal em 
casos de altas correntes (curto-circuito); 
9 - Bimetal: é responsável pelo disparo do dispositivo por sobrecarga térmica; 
10 - Terminal inferior: terminal de conexão ao circuito externo; 
11 - Clip: dispositivo para fixação em trilho DIN. 
 
 
 
 24 
 
 
 
11..33..33 PPrriinnccííppiioo ddee ffuunncciioonnaammeennttoo 
 
Analise a Figura 1.26: 
 
Figura 1.26: Princípio de funcionamento do disjuntor. 
Fonte: <www.mspc.eng.br/elemag>. Acesso em: 18 jun. 2007. 
 
 
Entre os bornes 1 e 2, a corrente passa pela resistência de baixo valor R (que 
está próxima da lâmina bimetálica B), pela bobina do eletroímã E e pelo par de 
contatos C. Este tende a abrir pela ação da mola M2, mas, o braço atuador A impede 
com ajuda da mola M1. A corrente nominal que produz ação térmica sobre o bimetal 
varia aproximadamente na mesma proporção em que varia a corrente nominal do 
condutor com a temperatura. O eletroímã E é dimensionado para atrair a extremidade 
do atuador A, somente em caso de corrente muito alta (curto circuito) e, nesta 
situação, A irá girar no sentido indicado, liberando a abertura do par de contatos C 
pela ação de M2. A intensidade magnética capaz de acionar o atuador é proporcional 
ao número de espiras da bobina e da intensidade da corrente elétrica. 
 
De forma similar, R e o bimetal B são dimensionados para que este último não 
toque a extremidade de A dentro da corrente nominal do disjuntor. Acima desta, o 
aquecimento do bimetal o levará a tocar o atuador A, interrompendo o circuito de 
forma idêntica à do eletroímã. 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 Disjuntor magnético 
A ação magnética funciona conforme descrito acima e na ocorrência de curtos-
circuitos. (Figura 1.27 - a) 
 Disjuntor térmico 
Conforme analisado anteriormente, o disjuntor térmico protege os condutores 
contra as sobrecargas. (Figura 1.27 - b) 
 Disjuntor termo magnético 
Denominação dada aos disjuntores que combinam ambas as formas de 
proteção. (Figura 1.27 - c). 
Os três símbolos da Figura 1.27(a, b e c) referem-se a disjuntores monofásicos. 
A manobra através de um disjuntor é feita manualmente – geralmente por meio da 
alavanca – ou pela ação de seus relés de sobrecarga (bimetálico) e de curto-cicuito 
(eletromagnético). 
 
 
 
Figura 1.27: Simbologia – disjuntor monopolar. 
 
Observa-se nesse ponto, que os relés não desligam o circuito: eles apenas 
induzem ao desligamento, atuando sobre o mecanismo de molas, que aciona os 
contatos principais. É válido mencionar que para disjuntor de elevadas correntes 
nominais, os relés de sobre-correntes são constituídos por transformadores de 
corrente e módulo eletrônico que irá realizar a atuação do disjuntor por correntes de 
sobrecargas, correntes de curto-circuito com disparo temporizado e instantâneo e até 
disparo por corrente de falha à terra. 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
11..33..44 AApplliiccaaççããoo 
Cada aplicação requer um tipo específico de disjuntor para manobra e 
proteção. Os disjuntores possuem curvas características classificadas, por exemplo 
em curva B e C. Observe a Figura 1.28. 
 
 
Figura 1.28: Curvas características de disjuntores. 
Fonte: <http://www.siemens.com.br/conceito_teoria>. Acesso em: 11 abr. 2007. 
 
A curva B refere-se a disjuntores destinados à proteção de condutores e a 
curva C destina-se à proteção de cargas em geral. 
 
11..33..55 CCaarraacctteerrííssttiiccaass ccoommppaarraattiivvaass ddee ffuussíívveell xx ddiissjjuunnttoorr 
 
Disjuntor e fusível exercem basicamente a mesma função: ambos têm como 
maior e mais difícil tarefa, interromper a circulação da corrente de curto-circuito, 
mediante a extinção do arco que se forma. Esse arco se estabelece entre as peças de 
contato do disjuntor ou entre as extremidades internas do elemento fusível. Em ambos 
os casos, a elevada temperatura que se faz presente leva a uma situação de risco que 
pode assim caracterizar-se: 
 
 
 
 
 27 
 
 
 
 A corrente de curto-circuito (Ik) 
É a mais elevada das correntes que pode vir a circular no circuito, e como é em 
superior à corrente nominal, só pode ser mantido por um tempo muito curto, sob pena 
de danificar ou mesmo destruir componentes de um circuito. Portanto, o seu tempo de 
desligamento deve ser extremamente curto. 
Essa corrente tem influência tanto térmica (perda joule) quanto eletrodinâmica, 
pelas forças de repulsão que se originam quando essa corrente circula entre 
condutores dispostos em paralelo, sendo por isso mesmo, fator de dimensionamento 
da seção condutora de cabos. 
O seu valor é calculado em função das condições de impedância do sistema, e 
é por isso variável nos diversos pontos de um circuito. De qualquer modo, representa 
em diversos casos até algumas dezenas de quilo-ampéres que precisam ser 
manobrados, seja pela atuação de um fusível, seja pelo disparo por um relé de curto-
circuito que ativa o mecanismo de abertura dos contatos do disjuntor. 
Entretanto, existem algumas vantagens no uso do fusível, e outras usando 
disjuntor. Veja no quadro 1 a comparação entre as características do fusível e 
disjuntor. A confiabilidade de operação do fusível ou disjuntor é assegurada pela 
conformidade das normas vigentes e referências do fabricante. 
 
Quadro 1 
Características para desempenho no curto-circuito. 
 
 
Fusível 
 
Disjuntor 
 Dispensa cálculo fino da corrente de 
curto-circuito; 
 Alta capacidade de interrupção; 
 Elevada limitação; 
 Otimização do tempo de Interrupção; 
 Disponibilidade fácil; 
 Baixo custo. 
 Necessita cálculo fino da corrente 
de curto-circuito; 
 Capacidade de interrupção variada; 
 Limitação em alta capacidade de 
interrupção; 
 Tempo de interrupção variado; 
 Disponibilidade com restrições; 
 Custo variado. 
 
 
 
 28 
 
 
 
1.4 Disjuntor motor 
11..44..11 DDeeffiinniiççããoo 
O disjuntor motor ou também guarda motor, é um dispositivo de manobra 
mecânico utilizado para estabelecer, conduzir e interromper correntes sob condições 
normais do circuito, e interromper correntes sob condições anormais do circuito, 
como: curto-circuito, sobrecarga ou subtensão. (Figura 1.29). 
 
Figura 1.29: Disjuntor motor. 
Fonte:GE. Disjuntor_Motor_SFK.00 
 
 
11..44..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
 
Figura 1.30: Disjuntor motor magnético (a) e termomagnético (b) 
 
 
 
 29 
 
 
 
11..44..33 TTiippoo ddee ddiissjjuunnttoorr mmoottoorr 
 
 Disjuntor-motor magnético 
 Segundo informações do fabricante este disjuntor possui as seguintes 
características: 
 Proteção contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio 
mecânico por circuito individual de motores; 
 Disparador térmico ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de 
mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase,incorporado no relé 
de sobrecarga; 
 Disparador magnético fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do 
disjuntor. 
 Disjuntor-motor termomagnético 
Este disjuntor tem as seguintes características: 
 Proteção contra curto-circuito e seccionamento com possibilidades de bloqueio 
mecânico por circuito individual de motores; 
 Disparador térmico ajustável para proteção contra sobrecargas e dotado de 
mecanismo diferencial com sensibilidade a faltas de fase, incorporado no 
disjuntor-motor; 
 Disparador magnético fixo e calibrado em 12 vezes a corrente nominal do 
disjuntor. 
Ambos apresentam outras características aqui não relacionadas e que poderão 
ser obtidas consultando o Catálogo do Fabricante. 
 
11..44..44 CCuurrvvaa ddee ddiissppaarroo ddoo ddiissjjuunnttoorr--mmoottoorr 
 
Exemplificando: a Figura 1.31 apresenta a curva de disparo do disjuntor-motor 
marca GE, modelo SFKOJ. O tempo de disparo está em função da corrente ajustada 
a frio. Em estado aquecido, devido à passagem da corrente nominal de serviço, os 
tempos de atuação dos relés de sobrecarga ficam reduzidos em 4 vezes. Temos, 
portanto, na Curva 1: disparo térmico, funcionamento com 2 pólos e na Curva 2: 
disparo térmico, funcionamento com 3 pólos. 
 
 
 
 
 30 
 
 
 
 
Figura 1.31: Curva de disparo. 
Fonte: <http://www.ge.com.br/disjuntor_motor>. Acesso em: 01 jun. 2007. 
 
 
1.5 Dispositivos diferenciais residuais 
 
11..55..11 DDeeffiinniiççããoo 
 
São dispositivos contra fuga de corrente elétrica, permitem otimização de 
energia e evitam choques elétricos. Eles asseguram o comando e seccionamento dos 
circuitos elétricos. 
A utilização deste tipo de dispositivo é obrigatória nas edificações segundo a 
norma NBR 5410/97, que define seu uso nas áreas frias ou sujeitas a umidade, como 
banheiros, áreas de serviço e áreas externas. 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
 
 
Figura 1.32: Dispositivo diferencial residual. 
Fonte: <http://www.siemens.com.br/dispositivos>. Acesso 20 jun. 2007. 
 
11..55..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
 
Figura 1.33: Dispositivo diferencial residual. 
 
11..55..33 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
A Figura 1.34 ilustra uma vista em corte e a constituição interna de um 
dispositivo diferencial capaz de detectar correntes de falta CA, CC pulsante e CC 
lisas. 
 
 
 
 32 
 
 
 
Figura: 1.34: Constituição interna de um dispositivo diferencial residual. 
Fonte: ABNT. NBR 5410. 
 
Legenda 
 
R – relé de disparo; 
A – unidade de medição e comparação para correntes residuais contínuas lisas.; 
T – botão de teste; 
W1 – sensor de correntes senoidais e correntes contínuas pulsantes; 
W2 – sensor de correntes contínuas puras. 
 
 
11..55..44 FFuunncciioonnaammeennttoo 
 
Referindo-se ainda sobre a Figura 1.34, o dispositivo mede permanentemente a 
soma vetorial das correntes que percorrem os condutores de um circuito. Enquanto o 
circuito mantiver eletricamente equilibrado, a soma das correntes em seus condutores 
é praticamente nula. Se houver falha de isolação no equipamento ou alguma pessoa 
tocar na parte viva do circuito protegido pelo DR, surgirá uma corrente de fuga à terra. 
Isso ocorrendo, a soma vetorial das correntes nos condutores monitorados pelo DR 
não será mais nula. 
 
O dispositivo detecta exatamente essa diferença de corrente. Quando a 
intensidade de corrente de fuga atinge um determinado valor, o relé R é ativado e por 
sua vez desativa os contatos principais do próprio dispositivo ou outro dispositivo – 
contator ou disjuntor – a ele associado. 
 
 
 
 
 
 33 
 
 
 
 Segurança 
Uma pequena falha em um eletrodoméstico, um fio decapado, uma tomada ou 
um interruptor com defeito pode colocar em sérios riscos a saúde da sua família e 
até a sua residência. É sempre bom lembrar que todas as funções biológicas do 
organismo humano são feitas por meio de pequenos impulsos elétricos. Portanto, 
não é difícil imaginar o que poderá causar de dano à saúde uma descarga elétrica, 
mais conhecida como choque. 
 
11..55.. 55 TTiippooss 
 Disjuntor com proteção diferencial-DDR 
Os DDR's são disjuntores com proteção diferencial, onde já estão 
incorporados em um único produto as funções do DR (Diferencial Residual) e do 
Mini-Disjuntor. O DDR possui proteção diferencial contra contatos diretos e indiretos 
e proteção contra sobrecarga e curto-circuito. Normalmente são disponíveis nas 
curvas B e C e sensibilidade de 30 e 300 mA. Sendo assim o DDR protege as 
pessoas dos efeitos maléficos de um choque elétrico (corrente até 30mA) e os 
equipamentos 
patrimoniais (correntes entre 100 e 500mA). Apresenta um custo maior em relação 
ao IDR. 
Figura 1.35: Dispositivo diferencial residual. 
Fonte: <http://www.ge.industrial.com.br/produtos/protecao>. Acesso em: 20 jun. 2007. 
 
 
 
 
 34 
 
 
 
 Interruptor diferencial residual – IDR 
É um importante dispositivo de proteção e detecção de fuga de corrente. Além 
de proteger pessoas contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto 
causado por fuga de corrente, protege contra perda de energia elétrica. Um dos 
principais pontos de sua segurança é que ele é capaz de detectar uma pequena 
diferença entre a corrente que entra e sai do circuito. Ao detectar essa fuga de 
corrente, o IDR desliga automaticamente os circuitos elétricos, garantindo a 
segurança de pessoas e patrimônios. 
 
1.6 Relé Térmico de Sobrecarga 
 
11..66..11 DDeeffiinniiççããoo 
 São dispositivos que atuam pelo efeito térmico provocado pelas sobrecorrentes 
de longa duração, ou quando ocorre sobrecarga que superaquecem o circuito ou 
partes do circuito a níveis inadmissíveis. Este superaquecimento pode ocorrer, por 
exemplo, em função de: 
 Sobrecarga mecânica na ponta do eixo do motor; 
 Falta de uma fase; 
 Tempo de partida prolongado de um motor. 
 
 
 
 
Figura 1.36: Relé térmico de sobrecarga. 
Fonte: WEG. p. 278-279. 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
11..66..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
Figura 1.37: Simbologia do relé de sobrecarga. 
 
11..66..33 PPrriinncciippiioo CCoonnssttrruuttiivvoo ddee uumm RReelléé ddee SSoobbrreeccaarrggaa 
 Um relé de sobrecarga é composto dos seguintes componentes: 
 
Figura 1.38: Composição do relé de sobrecarga. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 67. 
 
 
 
 
 36 
 
 
 
 Contatos Auxiliares 
Geralmente o relé térmico de sobrecarga possui dois contatos, um 
normalmente fechado NF (abridor) e outro normalmente aberto NA (fechador). O 
contato NF é responsável pela interrupção de funcionamento do circuito elétrico em 
caso de sobrecarga, podendo retornar a posição inicial de forma automática ou 
manual. Já o contato NA normalmente é utilizado na sinalização de relé atuado. 
 Botão de Rearme 
 Têm a função de rearmar os contatos auxiliares do relé de sobrecarga. 
 Lâmina Bimetálica Auxiliar 
 Tem a função de fazer a compensação do ajuste, de acordo com a variação da 
temperatura ambiente. 
 Lâminas Bimetálicas Principais 
 Tem a função de acionar o dispositivo mecânico quando sofrem uma dilatação 
e conseqüente deflexão devido a elevação da corrente elétrica, comutando os 
contatos móveis do relé. 
 Mecanismo de Regulagem (Ajuste de Corrente) 
 Permite efetuar a regulagem da corrente solicitada pela carga, que poderá 
circular no circuito. 
 
11..66..44 FFuunncciioonnaammeennttoo 
 Os relés de sobrecarga foram desenvolvidos para operar baseados no princípio 
de pares termoelétricos. O princípio de operação do relé é baseadonas diferentes 
dilatações que os metais apresentam, quando submetidos a uma variação de 
temperatura. Duas ou mais lâminas de metais diferentes (normalmente ferro e níquel) 
são unidas através de soldas, sob pressão ou eletroliticamente. Quando aquecidas 
elas se dilatam diferentemente e se curvam. Esta mudança de posição é usada para 
comutação de um contato. 
 Durante o esfriamento, as lâminas voltam à posição inicial. O relé está, então, 
novamente pronto para operar, desde que não exista no conjunto um dispositivo 
mecânico de bloqueio. O relé térmico permite que o seu ponto de atuação seja 
ajustado com o auxílio de um dial. Isto possibilita ajustar o valor de corrente que para 
a atuação do relé. 
 
 
 
 37 
 
 
 
 Deve-se calibrar a corrente de ajuste do relé em função da corrente nominal do 
componente a ser protegido, por exemplo, um motor. 
 
 
Figura 1.39: Dilatação do bimetal. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 68. 
 
 
 Ação da corrente nas lâminas 
 
 As lâminas do relé de sobrecarga bimetálico podem ser aquecidas de diversas 
formas pela corrente: 
 
1. Aquecimento Direto 
 
 As Lâminas estão no circuito principal e são percorridas pela corrente total ou 
parte dela. O aquecimento, neste caso, é função da intensidade de corrente e da 
resistência das lâminas. 
 
 
Figura 1.40: Aquecimento direto. 
Fonte: SENAI. MG. Dispositivos de proteção e controle. 1999. p. 68. 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
 
 
 
 
2. Aquecimento Indireto 
 Neste caso, as lâminas ou são envolvidas ou recebem calor de um elemento 
resistivo. 
 
Figura 1.41: Aquecimento indireto. 
Fonte: SENAI-MG. 1999. p. 68. 
 
 
3. Aquecimento Semi-Direto 
 As Lâminas são aquecidas pela passagem de corrente e, adicionalmente, por 
um elemento resistivo. O elemento resistivo pode ser ligado em série ou paralelo com 
as lâminas. Este tipo de relé é usado para pequenas correntes de atuação para se 
conseguir a dilatação necessária. Veja a Figura 1.41. 
 
 
Figura 1.42: Aquecimento indireto em série e em paralelo. 
Fonte: SENAI. MG. Dispositivos de proteção e controle. 1999. p. 68. 
 
11..66..55 RReellééss ddee SSoobbrreeccaarrggaa ccoomm OOppeerraaççããoo aattrraavvééss ddee 
TTrraannssffoorrmmaaddoorreess ddee CCoorrrreennttee 
Utilizam-se dois tipos de transformadores de correntes: 
 Os que operam linearmente até aproximadamente 10 vezes a corrente nominal 
primária; 
 Os que operam em sobrecorrente de sobrecarga a partir da corrente nominal. 
 
 
 
 
 
 39 
 
 
 
Figura 1.43: Aquecimento através de transformador de corrente (TC). 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69. 
 
11..66..66 CCaarraacctteerrííssttiiccaass ddee ddiissppaarroo ddoo rreelléé ddee ssoobbrreeccaarrggaa 
 
A característica de disparo do relé de sobrecarga indica os vários tempos de 
atuação em função de múltiplos ajustes e devem ser definidas sob a forma de curvas 
fornecidas pelo fabricante, conforme mostra a Figura 1.44. 
 
 
 
 40 
 
 
 
 
Figura 1.44: Curvas de disparos de cargas. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 69. 
 
11..66..77 CCoonnddiiççõõeess ddee sseerrvviiççoo 
 
 Influência da Temperatura Ambiente 
 As características de disparo correspondem a um valor determinado da 
temperatura ambiente, e são baseadas na ausência de carga prévia do relé de 
sobrecarga (ou seja, estado frio). Este valor de temperatura ambiente deve ser 
claramente indicado nas curvas de disparo; os valores preferenciais são de + 200 C ou 
+ 400 C. 
 
 
 
 41 
 
 
 
 Compensação de Temperatura 
 Os relés de sobrecarga térmicos possuem compensação de temperatura 
ambiente, exemplificando: 
Com uma temperatura ambiente de + 300 C, as lâminas bimetálicas principais 
se dilatarão, curvarão e terão deslocado através do cursor, uma parte do percurso e, 
para um determinado valor de corrente, resultaria um tempo de disparo menor. Para 
que isto seja evitado, o cursor atua sobre a lâmina bimetálica auxiliar. Esta lâmina não 
é, contudo, percorrida pela corrente. Ela é aquecida somente pela temperatura 
ambiente e se curvará na proporção das lâminas principais. Desta forma as lâminas 
aquecidas pela corrente determinarão um mesmo tempo de disparo para qualquer 
temperatura ambiente .Este tipo de compensação de temperatura satisfaz na faixa de 
200 a + 500 C. 
 Proteção contra Religamento Involuntário 
 Após um disparo por sobrecarga, as lâminas bimetálicas necessitam resfriarem 
e retornarem à sua posição inicial até que o relé esteja novamente em condições de 
serviço. Assim, o intervalo de repouso necessário ao motor fica obrigatoriamente 
assegurado. 
 Relés de sobrecarga em rearme automático são utilizados com contatores 
comandados por botão de impulso. Após o tempo de resfriamento, o contato auxiliar 
do relé retorna à sua posição inicial não ativando o circuito de comando. 
 Relés de sobrecarga em rearme manual são utilizados em contatores 
comandados por chave de posição fixa. O contato auxiliar do relé permanece aberto 
após o tempo de resfriamento, impedindo ativar-se o circuito de comando. 
 Proteção contra Falta de Fase 
 A curva característica de disparo de um relé de sobrecarga trifásico é dada na 
condição de que todas as três lâminas são percorridas por correntes equilibradas. No 
caso de falta de fase, apenas duas lâminas são aquecidas e devem produzir, 
sozinhas, o deslocamento/força necessários para atuação do mecanismo de disparo. 
 Os Relés de sobrecarga trifásicos, com proteção contra falta de fase, oferecem 
a vantagem de atuação mais rápida quando sob carga bifásica, ou seja, falta de uma 
fase. 
 
 
 
 
 42 
 
 
 
1.7 Contatores 
 
11..77..11 DDeeffiinniiççããoo 
 
São dispositivos de manobra mecânicos, acionados eletromagneticamente e 
operados à distância. São construídos para uma elevada freqüência de operações e 
capazes de estabelecer, conduzir e interromper correntes em condições normais do 
circuito, inclusive sobrecargas no funcionamento. São usados para manobra de 
circuitos auxiliares de vários tipos, ligação de motores e outras cargas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.45: Contator. 
Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 49.; WEG. s. d. p. 251. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
 
 
 
11..77..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
A Figura 1.46 representa a simbologia de um contator com seus contatos 
principais, 02 contatos auxiliares NA e 01 contato auxiliar NF. 
 
Figura 1.46: Símbolo de contator. 
 
 Identificação dos terminais de contatores 
 
A identificação dos terminais de um contator é utilizada para facilitar a 
execução de projetos de comandos e a localização e função desses elementos na 
instalação. 
A seguir será apresentada a identificação dos diversos terminais de um 
contator. 
 
 Bobinas 
 
São identificadas de forma alfanumérica com A1 e A2. 
 
 
Figura 1.47: Símbolo da bobina de um contator. 
 
 
 
 
 
 44 
 
 
 
 Terminais dos Contatos Principais 
Devem ser identificados por números unitários e por um sistema alfanumérico. 
Os terminais 1L1, 3L2 e 5L3 são ligados na rede (fonte) e os terminais 2T1, 4T2 e 6T3 
devem ser conectados na carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.48: Identificação de contatos principais. 
 
 Terminais dos Contatos Auxiliares 
Os terminais dos circuitos auxiliares são identificados com dois números, onde: 
 A unidade representa a função do contato; 
 A dezena representa a seqüência denumeração. 
 
A Figura 1.49 mostra um sistema de identificação de contatos auxiliares: 
 
 
 
Figura 1.49: Identificação de contatos auxiliares. 
Fonte: WEG. s. d. p. 247. 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
 
 
 
11..77..33 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
 
O contator é constituído de sistema de acionamento (núcleo móvel, núcleo fixo 
e bobina) e sistema de manobra de carga (contatos móveis e fixos e câmara de 
extinção de arco). 
 
 Contatos 
Podem ser fixos ou móveis. Também podem ser principais (usados para 
conduzir a corrente de carga) e auxiliares (usados para a comutação de circuitos 
auxiliares, sinalização e intertravamento elétrico, entre outras aplicações). 
 Contatos Fixos: partes dos contatos que são fixadas à carcaça do contator; 
 Contatos Móveis: peças movidas quando se energiza a bobina do contator. 
Esses contatos farão contato físico com os contatos fixos, estabelecendo o 
circuito. 
 Câmara de extinção 
É um compartimento que envolve os contatos principais. Seu principal objetivo 
é a extinção da faísca, ou arco voltáico, que surge quando se interrompe um circuito 
elétrico que está energizado. O arco é extinto pelo processo denominado “sopro 
dinâmico”, através do campo magnético formado por ele. 
 Terminais de Conexão 
Destinam-se à interligação do contator com outros dispositivos do circuito. 
 Carcaça 
 É a parte que aloja e sustenta todos os componentes do contator. É feita de 
material isolante e que ofereça boa resistência elétrica e mecânica. 
 Suporte dos Contatos Móveis 
Sustenta mecanicamente os contatos móveis e se encontra preso ao núcleo 
móvel. É feito de material isolante de alta resistência mecânica. 
 Núcleo Móvel 
 Elemento feito de lâminas de ferro sobrepostas, isoladas entre si, acoplado 
mecanicamente ao suporte dos contatos móveis. 
 
 
 
 
 
 
 46 
 
 
 
 Núcleo Fixo 
Elemento responsável pela concentração das linhas de força do campo 
magnético criado pela bobina, evitando que elas se dispersem. É feito de lâminas de 
ferro sobrepostas, isoladas entre si. Nos contatores com acionamento em corrente 
alternada é inserido, nos pólos magnéticos do núcleo fixo, um anel metálico, 
denominado de anel de defasagem (anel de curto - circuito). 
Sua função é a de evitar ruídos e trepidações do contator quando a corrente 
alternada passar pelo zero, momento em que não haveria campo magnético, 
conforme Figura 1.50. 
 
 
 
Figura 1.50 - Anel de defasagem. 
Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 51. 
 
 
 Bobina 
 
 Elemento responsável pela criação do campo eletromagnético que faz 
movimentar o sistema móvel do contator. A bobina é constituída por um condutor de 
cobre esmaltado, enrolado em forma de espiras num carretel isolante. 
 
 A Figura 1.51apresenta o desenho em corte de um contator, onde poderão ser 
observados seus componentes. 
 
 
 
 47 
 
 
 
 
Figura 1.51: Constituição de um contator. 
Fonte: WEG. .s. d. p. 245. 
 
 
11..77..44 AAcceessssóórriiooss 
 Supressor de Surto 
São dispositivos conectados em paralelo com a bobina do contator e utilizados 
no amortecimento das sobretensões provocadas durante as operações de abertura, 
que podem danificar componentes sensíveis. 
São compostos de circuitos RC ou Varistores (Figura 1.51). 
 
Figura 1.52: Supressor de surto. 
Fonte: SENAI. MG. 1998. p. 51 
 
 
 
 
 48 
 
 
 
 Bloco de Contatos auxiliares 
Alguns contatores possuem contatos auxiliares diretamente na sua carcaça. 
Atualmente, os blocos de contatos são acessórios que poderão ser acoplados aos 
contatores. 
Os contatos auxiliares podem ser abertos (NA) ou fechados (NF). Na Figura 
1.52 pode-se observar os detalhes de um bloco de contatos auxiliares com fixação no 
topo e fixação lateral. 
 
 
Figura 1.53: Bloco de contatos auxiliares. 
Fonte: WEG. s. d. p. 246. 
 
 Temporizador Pneumático 
Elemento de temporização fixado na parte frontal dos contatores é fabricado 
para retardo na energização ou retardo na desenergização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 49 
 
 
 
 
 
Figura 1.54: Bloco de contato auxiliar temporizado. 
Fonte: WEG. s. d. p.. 264. 
 
 
 Intertravamento Mecânico 
É a combinação que garante mecanicamente a impossibilidade de fechamento 
simultâneo entre dois contatores. A sua montagem normalmente é feita lateralmente, 
entre os dois contatores. 
 
 
Figura 1.55: Intertravamento mecânico. 
Fonte: WEG. s. d. p. 263. 
 
11..77..55 FFuunncciioonnaammeennttoo 
a) Acionamento 
 Quando a bobina do contator é energizada a partir de um dispositivo de 
comando (botoeiras, chaves fim de curso, relés, etc.), cria-se um campo magnético, e 
o núcleo fixo atrai o núcleo móvel, deslocando os contatos móveis que estão 
 
 
 
 50 
 
 
 
acoplados mecanicamente a este, desta forma haverá a comutação dos contatos 
principais e auxiliares. 
b) Desligamento 
Para desligamento do contator, é necessário interromper a alimentação da 
bobina, fazendo com que desapareça o campo magnético provocado por molas, o 
retorno do núcleo móvel e, conseqüentemente, o retorno dos contatos ao estado de 
repouso. 
 
11..77..66 TTiippooss ddee CCoonnttaattoorreess 
 De acordo com as características elétricas e as condições de serviço, os 
contatores podem ser classificados em: Contatores Tripolares de Potência e 
Contatores Auxiliares. 
 Contator Tripolar 
 É destinado a efetuar o acionamento de diversos tipos de cargas das 
instalações industriais, como motores elétricos, capacitores, sistemas de 
aquecimento, etc. 
 Suas principais características são: 
 Podem possuir contatos principais e auxiliares; 
 Maior robustez de construção; 
 Facilidade de associação a relés; 
 Tamanho físico de acordo com a potência da carga; 
 A potência da bobina do eletroímã varia de acordo com o tipo de 
contator; 
 Geralmente tem câmara de extinção de arco; 
 Pode-se inserir blocos de contatos auxiliares e outros acessórios 
fornecidos pelo fabricante. 
 Contator Auxiliar 
 É destinado a efetuar o comando de pequenas cargas. É utilizado no comando 
de sinalizações, eletroválvulas, bobinas de contatores tripolares, etc. Também são 
utilizados para aumentar o número de contatos auxiliares dos contatores tripolares. 
 
 
 
 
 
 51 
 
 
 
 Suas principais características são: 
 Tamanho físico variável, conforme o número de contatos; 
 Corrente nominal de carga máxima igual a 10 A para todos os 
contatos; 
 Câmara de extinção inexistente. 
 
11..77..77 CCaarraacctteerrííssttiiccaass EEllééttrriiccaass ee DDiimmeennssiioonnaammeennttoo 
O contator é um dos dispositivos mais usados para seccionamento nas 
instalações elétricas industriais. Para fazermos a escolha de um contator, devemos 
conhecer suas características elétricas, que são informações padronizadas por 
normas e estão contidas nos selos de identificação e nos catálogos de fabricantes. 
 As principais características elétricas de um contator são: 
 Tensão Nominal de Isolação: valor da tensão que caracteriza a 
resistência de isolamento entre as partes isolantes e condutoras do contator; 
 Tensão Nominal de Serviço: valor eficaz da tensão em que o contator 
deverá operar ( 220V - 380V); 
 Potência Nominal Elétrica e Mecânica: potência real consumida por um 
equipamento elétrico e que deverá ser transferida através dos contatos 
principais do contator; 
 Corrente Nominal de Serviço: corrente máxima que os contatos de um 
dispositivo suportam, sem danificar as partes isolantes.É indicada pelo 
fabricante e depende da tensão nominal de serviço, da freqüência e da 
categoria de emprego; 
 Freqüência de Manobras: número de manobras (abertura ou fechamento 
dos contatos) por hora que o contator deve realizar. Quanto maior for o 
número de manobras especificado pelo fabricante, maior será a vida útil dos 
contatos; 
 Tensão de Comando: tensão de alimentação da bobina do contator, que 
deve operar perfeitamente com até 85% dessa tensão; 
 Número de Contatos Auxiliares: definidos de acordo com a necessidade 
do circuito; 
 
 
 
 
 52 
 
 
 
 Categorias de Emprego: determina as condições para a ligação e 
interrupção da corrente e da tensão nominal de serviço 
correspondentemente, para a utilização normal do contator, nos mais 
diversos tipos de aplicação para CA e CC. 
 
Observe o Quadro 02: 
Quadro 2 
Categorias de Emprego de Contatores, conforme IEC 947 
Tipo de 
Corrente 
Categoria Aplicação 
AC AC – 1 
 
AC – 2 
 
AC – 3 
 
AC – 4 
 
 
AC – 5a 
AC – 5b 
AC – 6a 
AC – 6b 
AC – 7a 
AC – 7b 
AC – 8a 
 
AC – 8b 
 
AC – 12 
 
AC – 13 
AC – 14 
AC – 15 
 
Manobras leves; carga ôhmica ou pouco indutiva (aquecedores, lâmpadas 
incandescentes e fluorescentes compensadas). 
Manobras leves; comando de motores com anéis coletores (guinchos,bombas, 
compressores). Desligamento em regime. 
Serviço normal de manobras de motores com rotor gaiola (bombas, ventiladores, 
compressores). Desligamento em regime.* 
Manobras pesadas. Acionar motores com carga plena; comando intermitente 
(pulsatório); reversão a plena marcha e paradas por contracorrente (pontes 
rolantes, tornos, etc.). 
Chaveamento de controle de lâmpadas de descargas elétricas 
Chaveamento de lâmpadas incandescentes 
Chaveamento de transformadores 
Chaveamento de bancos de capacitores 
Aplicações domésticas com cargas pouco indutivas 
Cargas motoras para aplicações domésticas 
Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset manual 
para liberação de sobrecarga** 
Controle de compressor-motor hermeticamente refrigerado com reset automático 
para liberação de sobrecarga** 
Controle de cargas resistivas e cargas de estado sólido com isolamento através 
de acopladores ópticos. 
Controle de cargas de estado sólido com transformadores de isolação. 
Controle de pequenas cargas eletromagnéti 
Controle de cargas eletromagnéticas (> 72VA) 
DC DC – 1 
DC – 3 
 
 
DC – 5 
 
Cargas não indutivas ou pouco indutivas, (fornos de resistência) 
Motores CC com excitação independente: partindo, em operação contínua ou 
em chaveamento intermitente. Frenagem dinâmica de motores CC. 
Motores CC com excitação série: partindo, operação contínua ou em 
chaveamento intermitente. Frenagem dinâmica de motores CC. 
Chaveamento de lâmpadas incandescentes 
 
 
 
 53 
 
 
 
DC – 6 
DC – 12 
 
DC – 13 
DC – 14 
 
Controle de cargas de cargas resistivas e cargas de estado sólido através de 
acopladores ópticos. 
Controle de eletroímãs 
Controle de cargas eletromagnéticas que têm resistores de economia no 
circuito. 
 
* A categoria AC – 3 pode ser usada para regimes intermitentes ocasionais por um período de tempo limitado 
como em set-up de máquinas; durante tal período de tempo limitado o número de operações não pode exceder 5 
por minuto ou mais que 10 em um período de 10 minutos. 
** Motor-compressor hermeticamente refrigerado é uma combinação que consiste em um compressor e um 
motor, ambos enclausurados em um invólucro, com eixo não externo, onde o motor opera neste meio 
refrigerante. 
 
Fonte: WEG. s. d. p. 258. 
 
 
1.8 Botões de comando 
 
11..88..11 DDeeffiinniiççããoo 
 
São dispositivos destinados a estabelecer ou interromper momentaneamente, 
no local ou à distância e de forma indireta, o comando de equipamentos de manobra 
e/ou de operação. 
 
 
 
 
 
Figura 1.56: Diversos modelos de botões. 
Fonte: <http://www.schmersal.com.br/catalogos/> Acesso em: 18 jun. 2007. 
Fonte: <http://www.catalogo.weg.com.br/files> Acesso em: 18 jun. 2007. 
 
 
 
 
 
 54 
 
 
 
 1.8.2 Simbologia 
 
 
Figura 1.57: Simbologia para botões. 
 
 
11..88..33 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
Existem vários tipos de botões de comando. Geralmente, são compostos por 
um elemento frontal de comando (cabeçote) e um bloco de contatos. 
Pelo princípio de montagem modular, há possibilidade de adaptar vários blocos 
de contato por botão de comando elétrico e cada bloco possuindo contatos NA, NF ou 
ambos, ampliando assim, a aplicação deste dispositivo de comando. Este princípio é 
denominado de blocos de contatos intercambiáveis e conforme aplicação, os 
cabeçotes podem apresentar diâmetros de 10, 15, 16, 22 e 30 mm. 
 Bloco de Contato 
Elemento constituído de um corpo isolante, contatos móveis, fixos e bornes 
para conexões. 
 
 
Figura 1.58: (a) Bloco de contatos simples. (b) Bloco de contatos duplo. 
Fonte: <http://www.weg.com.br/FILES/Artigos/4-515>. Acesso em: 18 jun. 2007. 
 
 
 
 
 55 
 
 
 
 Corpo isolante 
Serve para envolver os contatos e sustentar os bornes para conexões. É feito 
de material termoplástico (isolante) de boa resistência mecânica. 
 Contatos 
São elementos responsáveis pela continuidade da corrente elétrica do circuito. 
Os contatos são, normalmente, em forma de pastilha de liga de prata 
superdimensionada, tanto nas partes fixas como nas móveis, garantindo assim uma 
alta capacidade de ruptura, que acarreta uma vida mais longa para os contatos. 
Alguns fabricantes fornecem, sob encomenda, contatos com banho de ouro. 
 Bornes para Conexões 
São elementos que estabelecem a ligação dos condutores aos contatos fixos. 
 Elemento Frontal de Comando 
O elemento de acionamento do botão de comando pode ser de vários tipos: 
 Normal 
 Utilizados nos comandos elétricos em geral. É um botão de longo curso e 
praticamente inexiste a possibilidade de manobra acidental. 
 Faceado Simples 
 Possui somente um dispositivo para acionamento. (Figura 1.59) 
 
 
 
 
Figura 1.59: Botão de acionamento normal e faceado. 
Fonte: <http://www.siemens.com.br/botões 3sb3[1]>. Acesso em: 24 maio 2007. 
 
 
 
 
 
 
 56 
 
 
 
 Faceado duplo 
 Possui dois dispositivos para acionamento: um botão verde (liga) e um botão 
vermelho (desliga) e, em alguns casos, um dispositivo de sinalização luminoso, que 
acenderá ao ser acionado o botão verde. (Figura 1.60). 
Este tipo de elemento pode ser encontrado com ligações internas, que facilita a 
sua conexão aos circuitos de comando. Os fabricantes fornecem no corpo do 
componente o diagrama de ligação. 
 
 
Figura 1.60: Botão de acionamento faceado duplo iluminado. 
Fonte: <http://www.siemens.com.br/Botoesduplos>. Acesso em: 24 maio 2007. 
 
 Saliente 
 Sua construção torna o acionamento mais rápido, porém oferece a 
possibilidade de manobra acidental, se não houver guarnição. (Ver Figura 1.61). 
Alguns tipos de botões de comando possuem cabeçotes dotados de uma lâmpada 
interna, que acenderá quando acionarmos o dispositivo, sinalizando a operação. 
 
 
 
Figura 1.61: Elemento saliente iluminado. 
Fonte: <http://.www.weg.com.br/files>. Acesso em: 23 maio 2007. 
 
 
 
 
 57 
 
 
 
 Saliente com guarnição 
 Possuem uma guarnição (guarda total) que impede o acionamento acidental do 
botão promovendo maior segurança. (Ver Figura 1.62). 
 
 
 
Figura 1.62: Botão de comando saliente com guarda total. 
Fonte: <http://www.schmersal.com.br/catalogos>Acesso em: 23 maio 2007. 
 
 
 Tipo de cogumelo 
 
 Normalmente são destinados a interromper circuitos em caso de emergência. 
(Ver Figura 1.62). 
 
 
Figura 1.63: Botão de comando tipo cogumelo. 
Fonte: <http://www.siemens.com.br/botõessignum>. Acesso em: 24 maio 2007. 
 
 Seletor de Posição 
O seletor é essencialmente um comutador para aplicações industriais, que 
permite resolver certos problemas de esquemas elétricos. São aqueles nos quais o 
acionamento é obtido através do giro de alavancas, knobs, chaves tipo yale e pode 
acionar uma ou mais seções de contatos NA ou NF. 
O comutador com Chave Yale é Indicado para comando de circuitos onde 
somente o operador responsável executa a manobra. Os tipos de cabeçote de 
comando mais comuns para botões de comutação estão demonstrados na Figura 
1.63. 
 
 
 
 58 
 
 
 
 
Figura 1.64: (a) Seletor de posição tipo Alavanca. (b) Yale. (c) Knob. 
Fontes: <http://www.schmersal.com.br/catalogos>. Acesso em: 23 maio 2007. 
<http://www.weg.com.br/files>. Acesso em: 23 maio 2007. 
<http://www.weg.com.br >. Acesso em: 23 maio 2007. 
 
 
 
11..88..44 CCllaassssiiffiiccaaççããoo ddooss bboottõõeess ccoonnffoorrmmee ssiisstteemmaa ddee ttrraavvaammeennttoo eellééttrriiccoo 
 
 Acionamento por impulsão livre (sem retenção) 
 
São aqueles nos quais o acionamento é obtido através de pressão do dedo do 
operador, no cabeçote de comando dos botões; tirando-se o dedo do botão, ele 
retorna automaticamente à posição de repouso. 
Os contatos são montados de tal forma que ao ser acionado, abre-se o NF e 
logo após fecha-se o NA, voltando à posição de repouso por meio de molas, quando 
cessa a pressão sobre ele exercida. (Ver Figura 1.64). 
 
 
 
 
Figura 1.65: Impulsão livre (sem retenção). 
Fonte: < http://www.schmersal.com.br/catalogos>. Acesso em: 23 maio 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 59 
 
 
 
 Acionamento por impulsão com retenção 
Quando pressionado, se mantém na posição a que foi acionado, até novo 
acionamento. Normalmente botões de emergência do tipo cogumelo com trava ou 
chave Yale são vermelhos. Observe a Figura 1.66: 
 
 
Figura 1.66: (a)Impulsão com retenção/girar para soltar (b)Retenção com chave Yale. 
Fonte: <http://www.schneider.com.br/XB4_XB5>. Acesso em: 11 set. 2007. 
 
 11..88..55 BBoottõõeess lluummiinnoossooss 
 
Existem dois tipos: com alimentação direta e com alimentação através de 
transformador. A Figura 1.67 apresenta o modelo com alimentação direta. 
 
 
 
Figura 1.67: Faceado com guarnição e alimentação direta. 
Fonte: <http://www.schmersal.com.br/catalogos/fnewfix> Acesso em: 23 maio 2007 
 
11..88..66 BBoottooeeiirraass 
 
É a denominação que se dá a um conjunto formado, geralmente, por dois ou 
mais botões de comando elétrico. São empregados nos circuitos industriais típicos de 
serviços pesados, como por exemplo, em máquinas que possuem dois ou mis 
motores elétricos. O comando destes motores é feito separadamente, através de 
botões distintos, localizados em um mesmo invólucro. (Ver Figura 1.68). 
 
 
 
 
 60 
 
 
 
 Aplicação: comando de pontes rolantes, talhas, alarme contra 
incêndio, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1.68: Caixas e botoeiras. 
Fonte: <http://www.schmersal.com.br/catalogos> Acesso: 24 maio 2007. 
 
11..88..77 CCóóddiiggoo ddee CCoorreess 
 
Os botões de comando são fabricados segundo um código internacional de 
cores, o que facilita a identificação do regime de funcionamento das máquinas 
comandadas por esses botões. O Quadro 3 mostra as cores e a indicação de suas 
funções. 
Quadro 3 
Código de cores e funções de botões 
 
Cor padronizada Regime de Funcionamento 
Vermelho 
 Parar/desligar; 
 Parada de emergência. 
Verde ou Preto 
 Acionamento; 
 Início do ciclo de operação de máquina. 
Amarelo 
 Atenção, cuidado; 
 Partida de retrocesso fora das condições normais de 
operação; 
 Partida de um movimento para evitar condições de perigo. 
Branco ou Azul Claro 
 Qualquer função para a qual as cores mencionadas não têm 
validade; 
 Informações especiais. 
 
 
 
 
 
 61 
 
 
 
11..99 RReelléé ddee TTeemmppoo 
11..99..11 DDeeffiinniiççããoo 
 
Os relés de tempo são dispositivos empregados nos circuitos de comandos 
elétricos, com o objetivo de fazer a temporização de manobras, em circuitos auxiliares 
de comando, circuitos de proteção, etc. 
 
11..99..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
 
 
Figura 1.69: Simbologia de temporizadores. 
 
11..99..33 TTiippooss ddee rreellééss ddee tteemmppoo qquuaannttoo àà aaççããoo ddooss ccoonnttaattooss 
 
 Instantâneo a Energização 
 
 Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo e 
simultaneamente os contatos serão ativados. Após o tempo programado, os contatos 
serão desativados. Interrompendo-se a alimentação durante o processo de contagem 
do tempo, o mesmo é anulado e os contatos serão desativados. 
 
 
 
Figura 1.70 - Temporização instantânea. 
 
 
 
 
 62 
 
 
 
 Com Retardo a Energização 
 
 Alimentando-se o dispositivo, inicia-se a contagem do tempo. Transcorrido o 
tempo programado, os contatos serão ativados e só serão desativados quando a 
alimentação for desligada. Interrompendo-se a alimentação durante a contagem do 
tempo, o mesmo será anulado. 
 
 
Figura 1.71: Temporização com retardo a energização. 
 
 Com Retardo a Desenergização 
 
 Alimentando-se o dispositivo, os contatos serão ativados instantaneamente 
(haverá a comutação dos contatos). Ao desenergizarmos o dispositivo, inicia-se a 
contagem do tempo. Após o tempo programado, os contatos serão desativados 
 
 
 
Figura 1.72: Temporização com retardo a desenergização. 
 
11..99..44 TTiippooss ddee rreellééss ddee tteemmppoo qquuaannttoo aaoo pprriinnccííppiioo ddee ffuunncciioonnaammeennttoo ee ààss 
ccaarraacctteerrííssttiiccaass ffííssiiccaass ee ccoonnssttrruuttiivvaass 
 
 Os temporizadores podem ser classificados quanto ao princípio de 
funcionamento e características construtivas, em: 
 
 
 
 
 
 63 
 
 
 
 Eletrônico (Analógico e Digital); 
 Pneumático; 
 Eletromecânico; 
 Térmico. 
 Daremos ênfase ao estudo dos temporizadores eletrônicos e pneumáticos, por 
serem dispositivos que apresentam uma série de vantagens sobre os demais, como: 
maior precisão, menor desgaste, ocupam menor espaço físico, etc. 
 
 Temporizadores eletrônicos 
 São dispositivos usados nos circuitos elétricos com o objetivo de processar a 
temporização de manobras. 
 
 
Figura 1.73: Temporizador. 
Fontes: <http://www.jaguareletrica.com.br/produtos> Acesso em: 23 maio 2007. 
<http://www.tron-ce.com.br/produtos/produtos_tempo> Acesso em: 23 maio 2007. 
 
 Constituição 
 É constituído de um circuito eletrônico de temporização, que atua sobre um relé 
magnético, o circuito está alojado em uma caixa de material isolante. Na parte frontal 
dessa caixa são colocados um seletor de tempo (que gira sobre uma escala 
numerada, representando o tempo em segundos) e os bornes para ligação dos 
condutores. 
 Funcionamento 
 Quando os bornes A1 e A2 (a e b) forem energizados, o circuito eletrônico 
entrará em operação, realizando a temporização pré-selecionada através do botão 
seletor. Uma vez vencido este tempo, é feito o acionamento do relé magnético, que 
comutará os seus contatos (abrirá 15 - 16 e fechará 15 - 18). 
 
 
 
 64 
 
 
 
Os contatos do relémagnético voltarão à posição de repouso quando os bornes A1 e 
A2 (a e b) forem desenergizados. 
Obs: Retardo na energização. 
 
 Características elétricas 
 
 Suas principais características elétricas são: 
 Tensão de Acionamento: normalmente 24V, 127V ou 220V; 
 Tensão Máxima de Serviço: normalmente de 250V; 
 Corrente Nominal: corrente dos contatos do relé (normalmente 10A); 
 Faixa de Ajuste: é a faixa de tempo a ser ajustada no seletor externo. 
 
 Temporizadores pneumáticos 
 
 É um dispositivo de temporização com características eletropneumáticas, cujo 
funcionamento está baseado na ação de um eletroímã que aciona uma válvula 
pneumática, dando temporização definida e regulável. 
 
 
 
 
Figura 1.74: Temporizador pneumático. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 99. 
 
 Constituição 
 
A Figura 1.75 apresenta os componentes do relé pneumático, em vista explodida. 
 
 
 
 
 65 
 
 
 
 
Figura 1.75: Vista explodida de relé pneumático. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 100. 
 
Legenda 
1. Alavanca de armamento do temporizador, que liga a sanfona ao bloco de contatos elétricos. 
2. Balancim. 
3. Mola Superior. 
4. Válvula. 
5. Sanfona (resistente aos óleos e envelhecimento). 
6. Contatos abridores e fechadores. 
7. Dispositivo de acionamento da regulagem do temporizador. 
 
 Funcionamento 
 
 Temporizador Pneumático ao Trabalho: estando o temporizador pneumático 
acoplado ao contator e sendo este alimentado, o núcleo atrairá o balancim, que libera 
a sanfona, que irá encher-se de ar, deslocando-se em direção ao balancim. 
 Terminado o tempo, regulado previamente, a sanfona estará cheia de ar e 
pressionará uma pequena alavanca, que liberará o balancim. O seu deslocamento 
provocará a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA, que 
permanecerão assim enquanto o contator estiver alimentado. 
 
 
 
 66 
 
 
 
 Quando seccionarmos a alimentação do contator, o seu núcleo deslocará o 
balancim em direção à sanfona, expulsando o ar nela contido. Com isto, os contatos 
voltarão à posição original de repouso, deixando o temporizador pneumático apto 
para um novo ciclo de operação. 
 
 Temporizador Pneumático ao Repouso: estando o temporizador 
pneumático acoplado ao contator, os contatos NA e NF do temporizador estão em 
repouso. Quando o contator for alimentado, o núcleo forçará o deslocamento do 
balancim em direção à sanfona, pressionando-a para que expulse o ar nela contido. 
Também ocorrerá a abertura do contato NF e o fechamento do contato NA. 
 Quando seccionarmos a alimentação do contator, o balancim voltará à posição 
original, liberando a sanfona para que se encha de ar novamente. Quando terminar o 
tempo programado, a sanfona estará cheia de ar e pressionará uma pequena 
alavanca (disparador), que acionará o sistema de sustentação dos contatos, fazendo 
com que estes voltem à posição de repouso, isto é, o contato NF fechará e o contato 
NA abrirá. 
 Para iniciar um novo ciclo de operação, devemos acionar novamente o 
temporizador pneumático. 
 
1.10 Chave Auxiliar Tipo Fim de Curso 
 
11..1100..11 DDeeffiinniiççããoo 
 
Fim de Curso é uma chave que opera em função de posições pré-
determinadas, atingidas por uma ou mais partes móveis do equipamento controlado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 67 
 
 
 
 
Figura 1.76: Chave fim de curso. 
Fonte: <http://www.kap.com.br>. Acesso em: 17 maio 2007. 
 
11..1100..22 SSiimmbboollooggiiaa 
 
O símbolo usado na representação das chaves fim de curso está representado 
na Figura 1.77. 
 
 
 
Figura 1.77- Simbologia de chave fim-de-curso. 
 
11..1100..33 CCoonnssttiittuuiiççããoo 
 É basicamente composta por um corpo (carcaça), bloco de contatos e um 
elemento de acionamento (cabeçote). 
 
 
 
 
 
 68 
 
 
 
 Corpo 
É o elemento responsável pela proteção mecânica dos contatos e bornes. Serve 
como suporte de fixação do elemento de acionamento. Feito de materiais de elevada 
resistência mecânica e trabalham em temperaturas variadas (Ver Figura 1.78). 
 
 
Figura 1.78: Corpo de chave fim – de – curso. 
Fonte: SENAI. MG. 1999. p. 40. 
 
 Bloco de Contatos 
 É o elemento responsável pelo acionamento elétrico do circuito de comando, 
quando acionado mecanicamente pelo cabeçote. 
 
 Sistemas de Contatos 
 
a) Contatos Simples ou por Impulso 
 Possuem um estágio intermediário entre a operação dos contatos NF e NA, 
dependente da velocidade de atuação. 
b) Contatos Instantâneos 
 Não possuem estágio intermediário entre a operação dos contatos NF e NA. A 
abertura e fechamento dos contatos não dependem da velocidade de atuação. 
 
 Contatos Prolongados 
 São usados para situações específicas. Ex: Quando acionado, o contato NA 
fechará antes que o contato prolongado NF abra, que ficará fechado até quase o final 
do curso da ação, quando então se abrirá. 
 
OBS: os bornes dos contatos são identificados por código numérico, idêntico aos contatos 
auxiliares dos outros dispositivos já estudados, padronizados pela I.E.C. 
 
 
 
 69 
 
 
 
 Elemento de acionamento (cabeçote) 
Elemento que abriga os mecanismos de acionamento da chave fim - de – 
curso. É escolhido de acordo com o comando a ser executado. Existem vários tipos 
de cabeçote, que trabalham em dois movimentos básicos: percurso de ação retilínea 
e percurso de ação angular, e seu retorno pode ser automático ou por acionamento. 
a) Percurso de Ação Retilínea 
 Os cabeçotes podem ser acionados na posição vertical ou horizontal, conforme 
apresentado na Figura 1.79. 
 
Figura 1.79: Cabeçote de percurso retilíneo. 
Fonte: http://www.kap.com.br./chavefimdecurso > Acesso em: 17maio 2007. 
 
b) Percurso de Ação Angular 
 Para cabeçotes de alavanca e cabeçotes de hastes, o mecanismo operador 
externo (Batente) deverá acionar perpendicularmente ao eixo de rotação da alavanca 
(Haste). 
 
 
Figura 1.80: Cabeçote de percurso angular. 
Fonte: http://www.kap.com.br./chavefimdecurso > Acesso em: 17 maio 2007. 
 
 
 
 
 70 
 
 
 
A Figura 1.81 ilustra algumas recomendações de acionamento, as setas 
indicam o sentido do acionamento do cabeçote. 
 
 
Figura 1.81: Percurso de Acionamento. 
Fonte: <http://www.kap.com.br/chavefimdecurso >Acesso em: 17 maio 2007. 
 
 
A Figura 1.82 mostra alguns tipos de acionamentos (cabeçotes) das chaves fim 
– de – curso disponíveis no mercado. 
 
 
Figura 1.82: Tipos de acionamentos de chaves fim – de – curso. 
Fonte: http://www.kap.com.br/chavefimdecurso>. Acesso em: 17 maio 2007. 
 
11..1100..44 FFuunncciioonnaammeennttoo 
 
Acionando-se o cabeçote de comando, através de partes móveis de máquinas 
como hastes, excêntricos, ressaltos, etc. Será executada a comutação dos contatos, 
que irão operar diretamente em circuitos auxiliares e de comando. 
 
 
 
 
 71 
 
 
 
 11..1100..55 CCaarraacctteerrííssttiiccaass 
 
As principais características das chaves fim – de – curso são: 
 
 Tensão Nominal de Isolamento 
 Varia de acordo com o material usado na fabricação do dispositivo. 
Normalmente é de 500VCA ou 600 VCC. 
 
 Corrente Nominal 
 É baseada na estrutura de seus contatos e bornes. Normalmente é de 10A. 
 
 Número de manobras 
 Define a vida útil do dispositivo. 
Ex: 10 milhões de manobras, 50 milhões de manobras, etc. 
 
 Grau de Proteção 
 O grau de proteção é expresso em código devidamente normalizado, que 
classifica para determinado equipamento, sua proteção contra choques, penetração

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