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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE HOLOCELULOSE Recife, 22 de abril, 2016. Luiza de Almeida Lucena RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE HOLOCELULOSE Relatório da Aula Prática de Holocelulose apresentada à disciplina de Química da Madeira ministrada pelo Professor Doutor Egídio Bezerra, para obtenção da nota parcial a Primeira Verificação de Aprendizagem do 4º período do curso de Bacharelado em Engenharia Florestal na Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Recife, 2016. INTRODUÇÃO Holocelulose é um termo aplicado para designar a celulose, conjuntamente com os demais polissacarídeos da madeira, sendo os polissacarídeos não celulósicos chamados de hemiceluloses. O passo inicial para determinação da holocelulose é a remoção dos extrativos da madeira. A determinação da holocelulose na madeira livre de extrativos é obtida através da deslignificação. Idealmente, toda lignina deveria ser removida sem qualquer ataque químico aos polissacarídeos da madeira, porém, é importante salientar que durante a deslignificação da madeira, geralmente uma parte das hemiceluloses pode ser removida (arabinogalactanas), permanecendo junto com a celulose, a fração mais resistente das hemiceluloses. Vários são os métodos em pregados atualmente em laboratórios pra deslignificação da madeira. O método mais fácil e, portanto, o mais empregado atualmente para se obter a holocelulose é o método clorito/acido acético. É importante ressaltar que com a utilização desse método poderá restar alguma lignina no produto, bem como algum carboidrato poderá também ser perdido. Nos processos de deslignificação da madeira por cloração, o clorito de sódio em meio acido, à quente, libera o dióxido de cloro, o qual por sua vez ataca a lignina para formar um produto solúvel. O Juazeiro (Ziziphus joazero) assim como a jurema-preta é uma espécie largamente distribuída em todo nordeste, com porte arbóreo entre 5 a 10 metros de altura (Lorenzi, 2000), sendo utilizada como madeira para marcenaria e construções rurais, devido a sua durabilidade e resistência, sendo ainda usada para produção de moirões, lenha e carvão. Este trabalho consiste em determinar o teor de Holocelulose na madeira do Juá. MATERIAL E MÉTODO Pesou-se 2,0g de amostra de madeira em forma de serragem e removeram-se os extrativos da madeira, em seguida transferiu-se a amostra livre de extrativos para um bequer de 250 ml e adicionou-se 55 ml de água destilada, foi adicionado 3,0 ml de clorito de sódio (20%) e em seguida 2 ml de ácido acético glacial. Em seguida colocou-se em banho termoestático com temperatura regulada para 75ºC, logo após agitou-se suavemente e periodicamente por 30 minutos, após 30 minutos filtrou-se em funil de Goch e repartiu-se a operações 3 e 4 (cerca de 6 vezes) até que o resíduo apresentou-se na cor branca e finalmente filtrou-se através de funil de Goch previamente tarado, lavou-se o resíduo com cerca de 500 ml de água destilada. Em seguida levou-se o funil de Goch com a holocelulose para uma estufa regulada à 105 °C e deixou-se secar por 2 horas. Transferiu-se o funil de Goch com holocelulose para um dessecador, deixou-se esfriar, pesou-se e procederam-se os cálculos, expressando os resultados como percentagem. RESULTADOS E DISCUSSÕES → Peso da Amostra livre de Extrativos: 2,0000 g P.I. → Tara do Conjunto (Pesa Filtro + Papel Filtro): 24,8615 g P.P. → Conjunto (Pesa Filtro + Papel Filtro) + Holocelulose: 26,3475 g P.P.H. Calculo: (P.P.L.) – (P.P.) = Holocelulose 26,3475 – 24,8615 = 1,486g 2,0000 g ---- 100% 1,486 g ---- X 2,0000 . X = 1,486 . 100 X = 148,6 ÷ 2,0000 X = 74,3 % de teor de holocelulose na amostra. O teor de holocelulose na madeira do Juá saiu dentro do esperado. CONCLUSÃO Delineados os resultados acima, nota-se que o teor de Holocelulose na madeira do Juá (Ziziphus joazeiro) está dentro do teor esperado das plantas folhosas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRICHELO, L.E.G. & BRITTO, J.O. - Química da Madeira - Manual Didático - Centro Acadêmico “Luiz de Queiróz”. USP - Piracicaba. 1989. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4ª Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000. v. 1. 368 p. VASCONCELOS, CHAVES & BARRETO – Determinação dos Componentes Estruturais e Acidentais na Madeira de Ziziphus joazeiro. In: IV CONEFLOR, 2013, Bahia. Projeto de Pesquisa... Bahia: UESB. p. 3. INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT. Ensaios químicos em lenho e cascas de cajueiro. São Paulo, 2009. IPT – Laboratório de Celulose e Papel, Centro de Tecnologia de Recursos Florestais. 8p. (Relatório Técnico 114 219 – 205).
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