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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE CELULOSE Recife, 29 de abril, 2016. Luiza de Almeida Lucena RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DE CELULOSE Relatório da Aula Prática de Celulose da disciplina Química da Madeira ministrada pelo professor Egídio Bezerra, para obtenção da nota parcial do 4º período do curso de Bacharelado em Engenharia Florestal na Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Recife, 2016. INTRODUÇÃO A análise química da madeira é importante no estudo das transformações que ocorrem na madeira em várias condições, ela pode fornecer informações valiosas sobre processos de deterioração da madeira sob diversas condições de uso, influência do ataque de insetos e doenças sobre suas propriedades, podendo seus resultados ser usados no controle dos mesmos (MORAES et al., 2009). O Juazeiro (Ziziphus joazero) assim como a jurema-preta é uma espécie largamente distribuída em todo nordeste, com porte arbóreo entre 5 a 10 metros de altura (Lorenzi, 2000), sendo utilizada como madeira para marcenaria e construções rurais, devido a sua durabilidade e resistência, sendo ainda usada para produção de moirões, lenha e carvão. Os métodos usados neste trabalho foram a calcinação e a gravimetria, onde a calcinação consiste em um tratamento térmico de sólidos, capaz de promover transformações fisioquímicas como a eliminação de substâncias voláteis neles contidas, basicamente a conversão em cinzas pela ação intensa do fogo ou calor enquanto a gravimetria consiste em determinar a quantidade proporcionada de um elemento, radical ou composto presente em uma amostra, eliminando todas as substâncias que interferem e convertendo o constituinte ou componente desejado em um composto de composição definida, que seja suscetível de se pesar. Este trabalho tem como objetivo avaliar os teores de cinza no lenho do Juá ou Juazeiro através dos métodos de calcinação e gravimetria. A maior porção de carboidratos da madeira é composta por polímeros de celulose e hemicelulose, com menor quantidade de outros açúcares. A combinação de celulose e hemicelulose é denominada holocelulose (Santos, 2008). Conforme Klock (2005) a celulose é um componente principal da parede celular que perfaz metade das madeiras sendo um polímero linear de alto peso molecular composto exclusivamente por β-D-glucose, as hemiceluloses são associações estreita com a celulose na parede celular constituídos por cinco açucares neutros, hexoses e pentoses e a lignina é formada por um sistema aromático de unidades de fenil-propano. MATERIAL E MÉTODO Foi transferido o resíduo da determinação de holocelulose para um béquer de 600 mL, em seguida adicionou-se 200 mL de KOH a 15 % (fervente), colocou-se para aquecer em ebulição suave e sob-refluxo por 30 minutos, filtrou-se a vácuo em papel de filtro previamente seco e tarado juntamente com um pesa-filtro, logo após lavou-se o resíduo (celulose) com cerca de 200 mL de água destilada quente, transferiu-se a celulose juntamente com papel de filtro para um pesa-filtro e este conjunto para uma estufa regulada a 105 ºC e foi deixado desidratando por 2 horas, transferiu-se o pesa-filtro com a celulose para um dessecador e deixou-se esfriar por 15 minutos, por fim, pesar e calcular a percentagem de celulose na amostra. RESULTADOS E DISCUSSÕES → (P.I.) Peso Inicial: 1,486 g → (P.P.) Tara (Pesa-filtro + Papel de filtro): 27,7141 g → (P.P.A) Peso do Conjunto (Pesa-filtro + Papel de Filtro) e Amostra após estufa: 28,7525 g Calculo: (P.P.A) - (P.P.) = 28,7525 - 27,7141 = 1,0384 g 1,486 g ------- 100% 1,0384 -------- X 1,486. X = 1,0384 . 100 X = 103,84 / 1,486 X = 69,87 % teor de Celulose na amostra. De acordo com as médias estabelecidas por Klock et al. (2005), o teor de polioses está dentro do esperado para madeira de folhosas. Os teores de lignina e celulose são menores em décimos (teor esperado de lignina em folhosas: 20 ±4%; teor de celulose: 45±2%). CONCLUSÃO Observando-se os resultados obtidos neste trabalho, nota-se que o teor de Celulose do Juá está acima do esperado de acordo com as percentagens médias de plantas oriundas de regiões tropicais estabelecida por Klock et al. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, J.O., BARRICHELO, L.E.G; ESALQ-USP; Aspectos Técnicos da utilização da madeira e carvão vegetal como combustíveis; In: 2º Seminário de Abastecimento Energético Industrial com Recursos Florestais; p.1-10; São Paulo; 1982. KLOCK, U. et al. Química da madeira. 3. ed. rev. Curitiba: UFPR, 2005. 86 p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4ª Ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2000. v. 1. 368 p. MORAES, T.; SOUZA, L.; SILVA, G.; BEZERRA NETO, E. Teor de Umidade, Resíduo Mineral e Fósforo no Lenho das duas Folhosas: Mangueira e Goiabeira. In: JEPEX, 2009, Recife. Projeto de Pesquisa... Recife: UFRPE, 2009. p.1-3. SANTOS, I. D. Influência dos teores de lignina, holocelulose e extrativos na densidade básica e contração da madeira e nos rendimentos e densidade do carvão vegetal de cinco espécies lenhosas do cerrado. Brasília: Universidade de Brasília, 2008. 57 p.
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