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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA: GESTÃO DE PESSOAS II PROFESSORA: EMANUELLE CLASEN OLIVO CAPÍTULO 1 RECRUTAMENTO DE PESSOAS Mercado de Trabalho Mercado significa o espaço de transações, o contexto de trocas e intercâmbios entre aqueles que oferecem um produto ou serviço e aqueles que procuram um produto ou serviço. O mecanismo de oferta e procura é a característica principal de todo o mercado. O mercado de trabalho é composto pelas ofertas de oportunidades de trabalho oferecidas pelas diversas organizações. O mercado de trabalho é condicionado por inúmeros fatores como: o crescimento econômico, a natureza e qualidade dos postos de trabalho, a produtividade e a inserção no mercado internacional. Nas duas eras industriais, industrialização clássica e neoclássica, a composição do emprego era estável e permanente. Na era da informação, a mobilidade dos empregados cresceu assustadoramente com a migração do emprego da indústria para o setor de serviços, do assalariamento legal para o ilegal, do emprego industrial metropolitano para o não metropolitano, sem falar no aumento do trabalho autônomo. Em paralelo, cresceu a exigência de qualificação dos trabalhadores em todos os setores. Por isso, os esforços de formação e requalificação profissional tornam-se fundamentais. Recrutamento de Pessoal A gestão de cargos e salários da organização constitui-se numa atividade que precede ao recrutamento e que lhe dá conteúdo e sustentação. Recrutar bem só é possível se a empresa dispuser de uma estrutura de cargos e salários atualizada, enxuta e dinâmica. O recrutamento é um processo de duas mãos: ele comunica e divulga oportunidades de emprego, ao mesmo tempo em que atrai os candidatos para o processo seletivo. Conceito de Recrutamento É um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de informação através do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos oportunidades de emprego que pretende preencher. Recrutamento Interno e Recrutamento Externo O recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização – isto é, funcionários – para promove-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras. O recrutamento externo focaliza os candidatos fora da organização, para submete-los ao seu processo de seleção de pessoal. Prós e Contras do Recrutamento Interno Prós 1. Aproveita melhor o potencial humano da organização, 2. Motiva e encoraja o desenvolvimento profissional dos atuais funcionários, 3. Incentiva a permanência dos funcionários e a sua fidelidade à organização, 4. Ideal para situações de estabilidade e pouca mudança ambiental, 5. Não requer socialização organizacional de novos membros, 6. Probabilidade de uma melhor seleção, pois os candidatos são bem conhecidos, 7. Custa financeiramente menos do que fazer recrutamento externo. Contras 1. Pode bloquear a entrada de novas idéias, experiências e expectativas, 2. Facilita o conservantismo e favorece a rotina atual, 3. Mantém quase inalterado o atual patrimônio humano da organização, 4. Ideal para empresas burocráticas e mecanísticas, 5. Mantém e conserva a cultura organizacional existente, 6. Funciona como um sistema fechado de reciclagem contínua. Técnicas de Recrutamento Externo O recrutamento externo utiliza verias e diferentes técnicas para influenciar e atrair candidatos. Trata-se de escolher os meios mais adequados para ir até o candidato desejado e atraí-lo para a organização. O processo de recrutamento culmina com o candidato preenchendo a sua proposta de emprego ou apresentando seu curriculum vitae à organização. O recrutamento de vê ser uma atividade contínua e ininterrupta. Prós e Contras do Recrutamento Externo Prós 1. Introduz sangue novo na organização: talentos, habilidades e expectativas, 2. Enriquece o patrimônio humano pelo aporte de novos talentos e habilidades, 3. Aumenta o capital intelectual ao incluir novos conhecimento e destrezas, 4. Renova a cultura organizacional e a enriquece com novas aspirações, 5. Incentiva a interação da organização com o mercado de recursos humanos, 6. Indicado para enriquecer mais intensa e rapidamente o capital intelectual. Contras: 1. Afeta negativamente a motivação dos atuais funcionários da organização, 2. Reduz a fidelidade dos funcionários ao oferece oportunidades a estranhos, 3. Requer aplicação de técnicas seletivas para escolha dos candidatos externos. Isto significa custos operacionais, 4. Exige esquemas de socialização organizacionais para os novos funcionários, 5. É mais custoso, oneroso, demorado e inseguro que o recrutamento interno. Meios de Recrutamento Externo 1. Anúncio em jornais e revistas especializadas Gerentes, supervisores e funcionários de escritório se dão bem com jornais locais ou regionais. Para empregados especializados, jornais mais populares são mais indicados. Quando o cargo for muito específico, pode-se lançar mão de revistas especializadas. Especialistas em propaganda salientam que o anúncio deve possuir quatro características, representadas pelas letras AIDA (atenção, interesse, desejo e ação). Tipos de Anúncio 1.1. Anúncio Aberto É o tipo de anúncio de emprego que identifica o empregador, indicando o nome da organização, endereço, setor para contatos, e horário de atendimento. 1.2. Anúncio Semi-Aberto Aparece a identificação da empresa, mas ocorre uma pré-triagem ao se exigir que os candidatos remetam seus currículos para o endereço da companhia ou aos cuidados do veículo divulgador do anúncio. Com essa providência o anunciante que evitar os eventuais inconvenientes do anúncio aberto em matéria de corrida de candidatos. 1.3. Anúncio Fechado A característica central do anúncio fechado é que a empresa patrocinadora da vaga não se dá ma conhecer ao candidato. Assim, o recrutador examinará as propostas que lhe são encaminhadas, selecionando os contatos numa pré-seleção e evitando, com essa providência, uma quantidade muito grande de candidatos. 2. Agências de recrutamento Existem três tipos de agências de recrutamento: a) Agências operadas pelo governo no nível federal, estadual ou municipal, através de secretarias do trabalho ou entidades relacionadas com o emprego. b) Agências associadas com organizações não lucrativas, como associações profissionais ou não-governamentais. Ex: Centro de Integração Empresa- Escola (CIEE). c) Agências particulares ou privadas de recrutamento. As agências de recrutamento são eficazes em situações como: a) A organização não possui órgão de RH e não está preparada para recrutar ou selecionar pessoas de um certo nível. b) Há necessidade de atrair um grande número de candidatos qualificados e a organização não se sente capaz disso. c) O esforço de recrutamento visa alcançar pessoas que estão atualmente empregadas e que não se sentem confortáveis em lidar diretamente com empresas concorrentes. d) O preenchimento do cargo é confidencial e não pode ser divulgado no mercado ou internamente. A utilização de agências requer os seguintes cuidados: a) Da à agência uma descrição completa e acurada do cargo a preencher. b) Especificar à agência quais são as ferramentasa utilizar na seleção dos candidatos potenciais, como formulários de emprego, testes e entrevistas, como parte do processo seletivo e os aspectos relevantes para o cargo. c) Proporcionar retroação adequada à agência, ou seja, quais os candidatos rejeitados e a razão da rejeição. d) Se possível, desenvolver um relacionamento de longo prazo com uma ou duas agências. Existem agências de recrutamento para latos executivos, as headhunters, que entrevistam e pré-selecionam os candidatos a posições mais elevadas. 3. Contatos com escolas, universidades e agremiações Algumas empresas promovem sistematicamente palestras e conferências em universidades e escolas para divulgar suas políticas de RH e criar uma atitude favorável entre os candidatos em potencial, mesmo que não haja oportunidades a oferecer a curto prazo. 4. Cartazes ou anúncios em locais visíveis Indicado para cargos mais simples, é colocado nas proximidades da organização, da portaria ou em locais de grande movimentação de pessoas, como áreas de ônibus. 5. Apresentação de candidatos por indicação de funcionários O funcionário se sente co-responsável pela admissão do candidato e de certa forma, a organização delega aos seus funcionários boa parte da continuidade da sua organização informal. 6. Consulta aos arquivos de candidatos É um banco de dados que pode catalogar os candidatos que se apresentaram espontaneamente ou que não foram considerados em recrutamentos anteriores. 7. Internet Meio de recrutamento recente, porém com grande procura por parte de candidatos. Há sites especializados nesse tipo de serviço. Avaliação dos Resultados do Recrutamento O desafio principal do recrutamento é agregar valor à organização e às pessoas.a avaliação dos resultados é importante para aferir se o recrutamento está realmente cumprindo a sua função e a que custo. No enfoque quantitativo, quanto mais candidatos influenciar, tanto melhor será o recrutamento. Contudo, no enfoque qualitativo, o mais importante é trazer candidatos que sejam triados, entrevistado, e encaminhados ao processo seletivo. É incrível a proporção entre os candidatos que se apresentam e os que são aproveitados para disputar o processo de seleção. Os esforços de recrutamento são mais bem sucedidos quando os recrutadores são escolhidos e treinados. Os recrutadores provocam fortes mpressões nos candidatos – que podem ser positivas ou negativas. Além do mais, a cooperação entre linha e staff no recrutamento é essencial. O consultor de RH e o pessoal de linha que recruta precisam saber exatamente o que o cargo exige e o que se procura nos candidatos. Quer saber mais? Leia: 1) Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 4. 2) Como transformar RH (de um centro de despesas em um centro de lucro). Idalberto Chiavenato. Makron Books do Brasil. 1996. Capítulo 5. 3) Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. Benedito Pontes. Editora Ltr. 1996. Capítulo 4 e 5. 4) Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. Idalberto Chiavenato. Editora Atlas. 1999. Capítulo 3. 5) Administração de Recursos Humanos. Antônio Vieira de Carvalho, Luiz Paulo do Nascimento. Editora Pioneira. 1993. Volume I. Capítulo 3. 6) Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 7) Revista HSM Management. Por que tanta gente odeia o RH? Pg. 164/168. Nov/Dez. 2002. CAPÍTULO 2 SELEÇÃO DE PESSOAS As organizações estão sempre agregando novas pessoas para integrar seus quadros, seja para substituir funcionários que se desligaram, seja para ampliar o quadro de pessoal em épocas de crescimento e expansão. A seleção de pessoas integra o processo de agregar pessoas e funciona logo após o recrutamento. Recrutamento e seleção fazem parte do mesmo processo: a introdução de novos elementos humanos na organização. Enquanto recrutamento é uma atividade de atração, divulgação e de comunicação – portanto, uma atividade tipicamente positiva e convidativa – a seleção é, ao contrário, uma atividade de escolha, de classificação e de decisão, e, portanto, restritiva e obstativa. O recrutamento abastece o processo seletivo de candidatos, já a seleção escolhe e classifica os candidatos mais adequados às necessidades do cargo e da organização. Conceito de seleção É o processo pelo qual uma organização escolhe, de uma lista de candidatos, a pessoa que melhor alcança os critérios de seleção para a posição disponível, considerando as atuais condições de mercado. As pessoas diferem entre si tanto na capacidade para aprender uma tarefa como na maneira de executá-la após a aprendizagem. A estimação apriorística dessas duas variáveis – tempo de aprendizagem e nível de execução – é um aspecto importante na seleção de pessoal. Quando completo, o processo seletivo deve fornecer não apenas um diagnóstico atual, mas principalmente um prognóstico futuro a respeito dessas duas variáveis. De um Aldo, tem-se um cargo a ser preenchido, de outro os candidatos ao cargo. Assim, a seleção passa s ser configurada basicamente como um processo de comparação e de decisão. Seleção como um processo de comparação A melhor maneira de conceituar seleção de pessoal é representa-la como uma comparação entre duas variáveis: de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido e, de outros, o perfil das características dos candidatos que se apresentam para disputa-lo. Essa comparação exige que a descrição e análise do cargo sejam transformadas em uma ficha de especificações que funcionará como o instrumento de medida a partir da qual se possa estruturar o processo de seleção com maior rigor. A seleção é uma responsabilidade de linha e função de staff. O órgão de RH presta assessoria (especialistas e psicólogos) aplicando testes e provas, enquanto o gerente de linha toma as decisões a respeito dos candidatos. Modelo de colocação, seleção e classificação de candidatos Cada decisão sobre um determinado candidato envolve o indivíduo em um determinado tratamento, ou seja, o tipo de resolução a ser tomada. De acordo com o tratamento, podemos distinguir três modelos de decisão sobre os candidatos: colocação, seleção e classificação de candidatos. a) Modelo de colocação: Há um só candidato a uma só vaga a ser preenchida por aquele candidato. b) Modelo de seleção: Há vários candidatos e apenas uma vaga a ser preenchida. c) Modelo de classificação: Existem vários candidatos para cada vaga e várias vagas para cada candidato. O modelo de classificação parte de um conceito ampliado de candidato: a organização não o considera interessado em um único e determinado cargo, mas como candidato da organização e que poderá ser posicionado no cargo mais adequado às suas características pessoais. A identificação das características pessoais do candidato Quase sempre as características individuais estão relacionadas com três aspectos principais a saber: 1. Execução da tarefa em si: A tarefa a ser executada exige certas características humanas ou aptidões como: atenção concentrada, atenção em detalhes, aptidão numérica, aptidão verbal, aptidão auditiva, entre outros. 2. Interdependência com outras tarefas: A tarefa a ser executada depende de outras tarefas para iniciar e terminar e exige características como: atenção abrangente, facilidade de coordenação, resistênciaa conflitos, etc. 3. Interdependência com outras pessoas: A tarefa pode exigir características pessoais como: colaboração e cooperação com outras pessoas, facilidade em trabalhar em equipe, bom relacionamento humano, iniciativa própria, liderança de pessoas, facilidade de comunicação, etc. Colheita de informações sobre o cargo 1. Descrição e análise do cargo: Proporciona informações a respeito dos requisitos e das características que o ocupante do cargo deverá possuir para ocupa-lo adequadamente. 2. Técnica dos incidentes críticos: Consiste na anotação criteriosa sobre fatos e comportamentos dos ocupantes do cargo considerando que produziram um bom ou mau desempenho no trabalho. 3. Requisição de pessoal: Em empresas onde não há descrição de cargos, a RP é um formulário que o gerente preenche e assina e no qual existem vários campos onde devem ser anotados os requisitos e características desejáveis do futuro ocupante. 4. Análise do cargo no mercado: Modernamente, as empresas estão fazendo benchmarking, isto é, comparando os seus cargos com a estrutura dos cargos das empresas bem sucedidas no mercado no sentido de desenha-los melhor e adequá-los às novas demandas de mercado. 5. Hipóteses de trabalho: Caso nenhuma das alternativas anteriores possa ser aplicada, pode ser realizada uma previsão aproximada do conteúdo do cargo e de sua exigibilidade em relação ao ocupante com uma simulação inicial. Técnicas de seleção: 1) Entrevista de seleção Visa obter fatos relacionados com o histórico profissional, educacional,e sócio-econômico do candidato. Outro objetivo, é estabelecer uma identificação entre a empresa e o candidato, independente de este ser admitido ou não pela organização. Outra finalidade é confirmar ou não as demais fontes de informações – dinâmica e ambiente da aplicação de testes, exame de currículo do candidato, etc. Há duas premissas decisivas que orientem a entrevista: a) O entrevistador incompetente extrai muitas inferências de um número extremamente limitado de informações, b) A entrevista eficiente é aquela onde o entrevistador obtém uma redução de inferências, uma vez que as informações sobre o entrevistado são abundantes, concretas e diretas. Razões da entrevista de seleção: - É o único método direto para avaliar a aparência, postura e modo de expressão do candidato. - É o único método direto para medir a rapidez de reação das respostas, dotes de persuasão, a qualidade da expressão verbal e as reações ante às perguntas inesperadas, - Analisa características pessoais, as atitudes e o rigor físico para desempenhar as funções exigidas pelo cargo. - Reúne informações obtidas de outras fontes e para explicar os informes contraditórios que procedem delas. - Proporciona informações ao candidato a fim de que ele decida se o cargo lhe interessa ou não. - Proporciona ou selecionador uma maior confiança nos resultados finais. - Serve para dar ao candidato a impressão de que lhe deu a oportunidade de expor suas qualificações. Tipos de entrevista de seleção a) Entrevista não estruturada O entrevistador encaminha poucas perguntas planejadas. As questões são formuladas a medida que a entrevista prossegue. Prescinde de qualquer roteiro ou itinerário preestabelecido para sua execução. b) Entrevista estruturada É programada pelo entrevistador para superar as limitações e deficiências da entrevista livre. 2) Provas de conhecimentos ou capacidades São instrumentos para avaliar o nível de conhecimentos gerais e específicos dos candidatos exigidos pelo cargo a ser preenchido. As provas de capacidades medem o grau de capacidade ou habilidade para certas tarefas, como a perícia em lidar com computador, a perícia do motorista de caminhão. 3) Testes de Aptidões Pode-se caracterizar aptidão como uma disposição natural do indivíduo voltada para uma determinada atividade. A abordagem mais conhecida das aptidões é a teoria multifatorial de Thurstone. Segundo esta abordagem, a estrutura mental das pessoas é constituída por um número de fatores relativamente independentes entre si, cada qual responsável por uma determinada aptidão. 4) Testes de Personalidade Revelam certos aspectos das características superficiais das pessoas, como aqueles determinados pelo caráter e os determinados pelo temperamento. Os testes de personalidade são denominados psicodiagnósticos quando revelam traços gerais de personalidade de uma síntese global. São chamados específicos quando pesquisam determinados traços ou aspectos da personalidade, como equilíbrio emocional, frustrações, interesses, motivação, etc. 5)Técnicas de Simulação As técnicas de simulação deixam o tratamento individual e isolado para concentrar-se no tratamento em grupos e substituem o método verbal ou de execução pela ação social. O candidato é submetido a uma situação de dramatização de algum evento relacionado ao papel que irá desempenhar na organização, fornecendo uma visão mais realista acerca de seu comportamento no futuro. 6)A Grafologia na Seleção A grafologia é a análise da personalidade de um indivíduo por meio do estudo dos traços de sua escrita. Entre os pontos centrais a serem analisados pela grafologia destacam-se: - A ordem do texto, que demonstra a clareza e a lógica das idéias, do raciocínio. - A forma das letras, que significa a adaptação do indivíduo ao mundo, - A dimensão da letra, que é a auto-imagem (extroversão e introversão), - A inclinação da letra, demonstrando a necessidade que o indivíduo tem de entrar em contato com outras pessoas, - A pressão da escrita, que vai demonstrar a vitalidade, a força física da pessoa, - A velocidade da escrita, que ditará a inteligência, a rapidez de reflexos e a prontidão para a ação daquela pessoa, - A direção da linha, que vai exprimir o humor, o estado de ânimo e a vontade daquela pessoa. Avaliação dos resultados da Seleção de pessoas O processo seletivo traz importantes resultados para a organização como: a) Adequação das pessoas ao cargo e satisfação no trabalho. b) Rapidez no ajustamento e integração do novo empregado às novas funções. c) Melhoria gradativa do potencial humano através da escolha sistemática dos melhores talentos. d) Estabilidade e permanência das pessoas e redução da rotatividade e) Maior rendimento e produtividade pelo aumento da capacidade das pessoas. f) Melhoria no nível das relações humanas pela elevação do moral. g) Menores investimentos em treinamento, pela maior facilidade em aprender as tarefas do cargo e novas atividades trazidas pela inovação. A seleção de pessoas também promove importantes resultados para as pessoas: a) Aproveita as habilidades e características de cada pessoa no trabalho. b) Com isto, favorece o sucesso potencial no cargo. c) Eleva a satisfação por aliar cada pessoa à atividade a ela indicada. d) Evita perdas futuras de substituição de pessoas pelo insucesso no cargo. Quer saber mais? Leia: 1) Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 5. 2) Como transformar RH (de um centro de despesas em um centro de lucro). Idalberto Chiavenato. Makron Books do Brasil. 1996. Capítulo 5. 3) Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. Benedito Pontes. Editora Ltr. 1996. Capítulo 7. 4) Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. Idalberto Chiavenato. Editora Atlas. 1999. Capítulo 4. 5) Administração de Recursos Humanos. Antônio Vieira de Carvalho, Luiz Paulo do Nascimento. Editora Pioneira. 1993. Volume I.Capítulo 4. 6) Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 7) Revista Exame. Aprendi a contratar. Pg. 102. 09.07.03. CAPÍTULO 3 INTEGRAÇÃO DE PESSOAS E MOBILIDADE DE PESSOAS Integração de Pessoas O trabalho de recrutamento e seleção de pessoas não termina no momento da admissão ou recolocação de um indivíduo na organização. É necessário um processo de adaptação do indivíduo à empresa e ao cargo que denominaremos de Integração. O processo de adaptação do homem à organização, segundo o mesmo autor, irá exigir da pessoa que: a) adapte suas próprias idéias, seus sentimentos e seu modo de trabalhar aos padrões aceitos na empresa, b) que encontre sua identidade, isto é, que procure o que lhe é satisfatório e o que lhe daria maior liberdade para utilizar integralmente sua capacidade. Um novo empregado, geralmente, aceita os padrões de conduta de seus colegas de trabalho, porque é com eles que ele passa a maior parte do tempo e porque quer que seja aceito pelo grupo. É assim que os padrões empresariais são estabelecidos e se tornam perpétuos. Quanto ao empregado encontrar usa identidade, nem sempre as pessoas sabem ao certo o que desejam. Muitas pessoas somente passam a conhecer seus desejos após uma série de experiências, durante um certo tempo. A cada fase de nossas vidas, podem ser alterados nossos objetivos pessoais, e são influenciados por nossas experiências e colegas de trabalho. O processo de integração deve ser enfocado, então, por dois ângulos: a adaptação do indivíduo ao trabalho e à empresa. A adaptação a cultura da empresa é importante, ou seja, é preciso que esse profissional conheça as políticas, procedimentos, controles, tipos de supervisão, tipos de material, máquinas, equipamentos. Falhas no processo de adaptação podem comprometer o exercício de uma atividade, criando dificuldades no desempenho profissional. A integração é composta por duas partes: a ambientação de pessoal e a integração de fato. Ambientação de pessoal O programa deve apresentar ao novo empregado os aspectos importantes da organização: - a história da empresa, - produtos da empresa, - modos de produção, - valores evidenciados pela organização, - principais políticas e procedimentos administrativos, - conduta esperada do novo empregado, - benefícios oferecidos, - possibilidades de carreira, - política salarial, entre outros. Integração de pessoal O programa deve facilitar a integração do novo funcionário à equipe de trabalho, o entendimento da cultura da empresa, o conhecimento das pessoas com as quais irá se relacionar, etc. O programa de integração pode durar alguns meses. È um trabalho, antes de tudo, de orientação para que o novo empregado se sinta como um membro da empresa de fato. Quando o empregado conhece os valores da empresa e sente que foi aceito como membro da equipe é bem provável que suas atitudes com relação ao trabalho sejam mais positivas. Durante o processo, a chefia estará acompanhando e avaliando a adaptação do novo empregado à empresa e ao cargo, cujo feedback servirá para mostrar a eficácia do processo de seleção. Mobilidade de pessoal – Turnover A mobilidade de pessoal pode ser verificada de duas formas: a passagem de um cargo para outro da mesma categoria, e a saída de funcionários dos quadros da empresa. Temos respectivamente, turnover de rotina, e o de afastamentos. a) Turnover de Rotina Há certos cargos cujo desempenho se qualifica pela monotonia, oriunda da repetição incessante e invariável, sempre igual, da atividade que requerem. Notou-se que, após um certo período, essa monotonia começa a prejudicar a eficiência do empregado, insensivelmente o funcionários começa a tornar-se apático, entorpecido, que lhe rouba toda a iniciativa e o espírito crítico, verdadeiramente, ele perde o respeito pelo que faz. Para tias casos, aplica-se o turnover de rotina., que age em duas etapas. Em primeiro lugar, durante a execução do trabalho, no chamado “período de tolerância”, através do treinamento de avanço. O empregado, então, enquanto a repetência das ações não está prejudicando seu trabalho, isto é, ainda é tolerada. Passado esse “período de tolerância”, faz-se então a mudança de cargos, muda-se a rotina do empregado. O turnover de rotina se aplica, nos cargos cujo exercício seja suscetível de causar doença após determinado período de tempo. b) Turnover de afastamento Significa o movimento de pessoal determinado pelos afastamentos definitivos de funcionários dos quadros da empresa. Verifica-se a partir de seu estudo, se as condições de trabalho são satisfatórias e conseguem manter o pessoal em estado de contentamento indispensável a boa produtividade, sendo indicados o s fatores prejudiciais, se existentes. A saída de um funcionário representa um prejuízo para a empresa, que terá que arcar com novas despesas de recrutamento e treinamento. Para captar os motivos dos desligamentos e classifica-los, surgiu a entrevista de desligamento. Quer saber mais? Leia: 1) Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 6. 2) Planejamento, recrutamento e seleção de pessoal. Benedito Pontes. Editora Ltr. 1996. Capítulo 10. 3) Administração de pessoal. José Serson. Pg. 401 à 415. 4) Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 5) Revista Exame. Faça seu executivo ficar acomodado. Pg. 96-97. 09.04.03. CAPÍTULO 4 TREINAMENTO É o processo de ensinar aos novos empregados as habilidades básicas que eles necessitam para desempenhar seus cargos. É uma forma de educação especializada, uma vez que seu propósito é preparar o indivíduo para o desempenho eficiente de uma determinada tarefa que lhe é confiada. Vantagens do programa de treinamento a) Quanto ao mercado de trabalho - Definição das características e atribuições dos empregados, - Racionalização dos métodos de formação e aperfeiçoamento de colaboradores, - Melhoria dos padrões profissionais dos treinandos, b) Quanto ao pessoal em serviço - Melhor aproveitamento das aptidões dos empregados, - Maior estabilidade de mão-de-obra, - Estímulo ao espírito de confiança no mérito como processo normal da melhoria funcional. - Dignificação do trabalho e elevação do ambiente moral da empresa. a. Quanto à empresa como um todo - Aprimoramento dos produtos e serviços produzidos, - Maiores possibilidades de ampliação ou transformação dos programas de trabalho, - Disponibilidade para os postos de gerência imediata dentro da própria organização, - Melhores condições de adaptação aos progressos da tecnologia industrial, - Economia de custos pela eliminação dos erros na execução do trabalho. - Condições de competitividade mais vantajosa dada a capacidade de oferecer melhores produtos ou serviços, - Maior segurança econômica em virtude da maior estabilidade de pessoal. - Diminuição acentuada dos acidentes e do desperdício pela melhoria das técnicas de trabalho. O treinamento é um processo cíclico e contínuo composto de quatro etapas: 1. Diagnóstico: é o levantamento das necessidades de treinamento a serem satisfeitas. Essas necessidades podem ser passadas, presentesou futuras. 2. Desenho: é a elaboração do programa de treinamento para atender às necessidades diagnosticadas. 3. Implementação: é aplicação e condução do programa de treinamento. 4. Avaliação: é a verificação dos resultados do treinamento. 1) Diagnóstico das Necessidades de Treinamento São as carências de preparo profissional das pessoas, ou seja, a diferença entre o que uma pessoa deveria fazer e saber e aquilo que ela realmente sabe e faz. Métodos de levantamento de necessidades de treinamento Existem vários métodos para determinar que habilidades devem ser focalizadas para estabelecer a estratégia de treinamento. Um dos métodos é avaliar o processo produtivo dentro da organização, localizando fatores como produtos rejeitados, barreiras, pontos fracos relacionados com o desempenho de pessoas, etc. Outro método é a verbalização por parte das pessoas a respeito de que tipo de informação, habilidades ou atitudes elas necessitam para executar melhor suas atividades. Um terceiro método para determinar as necessidades de treinamento envolve visão do futuro, ou seja, novas tecnologias, novos processos para produzir produtos ou serviços da organização, etc. O levantamento das necessidades de treinamento pode ser feito em três níveis de análise: 1) Análise organizacional: a partir do diagnóstico de toda a organização, para verificar os aspectos da missão, da visão e dos objetivos estratégicos que o treinamento deve atender. 2) Análise dos recursos humanos: a partir do perfil das pessoas, determinar quais os comportamentos, atitudes, conhecimentos e competências necessárias para que as pessoas possam contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos da organização. 3) Análise da estrutura de cargos: a partir do exame dos requisitos e especificações dos cargos, determinar quais são as habilidades, destrezas, e competências que as pessoas deverão desenvolver para desempenhar adequadamente os cargos. 4) Análise do treinamento: a partir dos objetivos e metas que deverão ser utilizados como critérios para a avaliação da eficiência e eficácia do programa de treinamento. Indicadores das necessidades de treinamento: Além dos métodos de levantamento de necessidades, existem indicadores que apontam necessidades futuras ( a priori) e passadas (a posteriori), a saber: Indicadores a priori: são eventos que, se acontecerem, provocarão futuras necessidades de treinamento, facilmente previstas, como: - Expansão da empresa e admissão de novos empregados, - Redução do número de empregados, - Mudança de métodos e processos de trabalho, - Substituições ou movimentação de pessoal, - Faltas, licenças e férias de pessoal, - Mudanças nos programas de trabalho ou de produção, - Modernização dos equipamentos e novas tecnologias, - Produção e comercialização e novos produtos e serviços. Indicadores a posteriori: são os problemas provocados por necessidades de treinamento ainda não atendidas, como: 1) Problemas de produção, como: - Baixa qualidade de produção, - Baixa produtividade, - Avarias freqüentes em equipamentos e instalações, - Comunicações deficientes, - Elevado número de acidentes de trabalho, - Excesso de erros e de desperdício, - Pouca versatilidade dos funcionários, - Mau aproveitamento do espaço disponível. 2) Problemas de pessoal, como: - Relações deficientes entre o pessoal, - Número excessivo de queixas, - Mau atendimento ao cliente, - Comunicações deficientes, - Pouco interesse pelo trabalho, - Falta de cooperação, -Erros na execução de ordens. 2) Desenho do programa de treinamento Refere-se ao planejamento das ações de treinamento. Programar o treinamento significa definir seis ingredientes básicos: quem deve ser treinado, como deve ser treinado, em que, por quem, onde e quando, a fim de atingir os objetivos do treinamento. O programa de treinamento deve estar associado às necessidades estratégicas da organização. Compara pacotes de treinamento, isto é, programas já prontos e vendidos como produtos enlatados e fechados nem sempre soluciona as necessidades da organização. Estabelecer resultados para o treinamento e compara-los posteriormente é indispensável. Uma pesquisa realizada em 30 empresas americanas constatou que elas utilizam seis tipos de educação e treinamento para sues funcionários, a saber: a) Compartilhamento de informações sobre o negócio da empresa com sues funcionários, b) Habilidades de comportamento interpessoal, incluindo desenvolvimento de equipes, dinâmica de grupos, e solução de programas, c) Princípios e técnicas de qualidade total para obter o alinhamento da visão dos funcionários com a visão da direção. d) Treinamento em habilidades técnicas relacionadas com o trabalho. e) Treinamento cruzado em habilidades para o trabalho relacionado com o desempenho atual. f) Controle estatístico de processo (CEP). 3) Condução do programa de Treinamento Existem várias técnicas para transmitir as informações necessárias e desenvolver as habilidades requeridas no programa de treinamento. As duas principais técnicas para transmitir e disseminar informação são: a) Leituras: Uma vantagem da leitura é que o instrutor expõe aos treinandos uma quantidade máxima de informações dentro de um determinado período de tempo. A leitura, todavia, apresenta desvantagens. Por ser um meio de mão única, os treinandos adotam uma postura passiva, Há pouca ou nenhuma oportunidade para a prática, reforço, retroação, ou conhecimento de resultados. b) Instrução programada: é a técnica de instrução sem a presença ou intervenção de um instrutor humano. A vantagem desse método é que pode ser computadorizado e os treinandos podem aprender em suas próprias casas, sabendo imediatamente se estão certos ou errados, e participando ativamente do processo. A principal desvantagem é que não apresenta as respostas ao treinando. As técnicas para desenvolver habilidades em programas de treinamento são divididas em duas categorias: treinamento no cargo e treinamento em classe. a) Treinamento no cargo: É uma técnica de treinamento que ministra informação, conhecimento e experiência relacionados ao cargo. A rotação de cargos envolve a movimentação de uma pessoa de um cargo para outro a fim de obter melhor compreensão da organização como um todo. b) Técnicas de classe: Utilizam a sala de aula e instrutor para desenvolver habilidades, conhecimentos, e experiências relacionadas com o cargo. Podem varia de habilidades técnicas (programação de computador), a habilidades interpessoas (liderança ou trabalho em grupo). Podem desenvolver habilidades sociais, ou dramatização e jogos de negócios. As técnicas de classe encorajam a interação e provocam um ambiente de discussão, o que não acontece com modelos de mão única como a leitura. Elas desenvolvem um clima no qual os treinandos aprendem o novo comportamento desempenhando as atividades, atuando com a informação, e facilitam a aprendizagem através do conhecimento e experiência relacionados com o cargo, através de sua aplicação prática. 4) Avaliação do programa de treinamento Essa etapa verifica a eficácia do programa, ou seja, ver se o treinamento atendeu às necessidades da organização, das pessoas, e dos clientes. Alguns dados podem servir como elementos de avaliação dos resultados do treinamento: a) Dados concretos: - Economias de custo, - Melhoria de qualidade, - Economia de tempo, - Satisfação dos funcionários, b) Medidas de resultados: - Clientesatendidos, - Tarefas completadas, - Produtividade, - Processos completados, - Dinheiro aplicado. c) Exemplos de economias de custo: - Custos variáveis, - Custos fixos, - Projetos de redução de custos, - Custos operacionais, - Custos administrativos. d)Exemplos de dados sobre melhoria da qualidade: - Índices de erros e refugos, - Volume de retrabalho, - Porcentagem de tarefas bem-sucedidas, - Variância ao redor de padrões organizacionais preestabelecidos. e) Possibilidades de economias de tempo: - Tempo para completar um projeto, - Tempo de processamento, - Tempo de supervisão, - Tempo de equilíbrio para novos funcionários, - Tempo de treinamento, - Eficiência, -Dias de tempo perdido. UNIVERSIDADE CORPORATIVA - Melhorar a organização através do aprendizado contínuo e aplicado, melhorando continuamente a performance. - Vinculado à cultura organizacional. - Compartilhamento do conhecimento. - Aberta para o mundo: visão exógena,expandir o cérebro do ser humano através dos mais variados sistemas de aprendizado - visitas, entrevistas, benchmarking, avaliações de empresas, leituras complementares. - Indicador de desenvolvimento de carreira. - Responsabilidade conjunta entre colaborador e empresa. Caminhos individuais serão traçados para cada pessoa, assessorados pela central de inteligência da universidade corporativa. - Sua função é uma mentalidade contínua de aprendizado voltado para o desenvolvimento organizacional. Jamais voltado somente para horas/aula. - Capacitação empreendedora de seus colaboradores. Objetiva a melhoria contínua, sem vinculação somente com uma visão de objetivos a curto prazo. Quer saber mais? Leia: 1. Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 12. 2. Como transformar RH (de um centro de despesas em um centro de lucro). Idalberto Chiavenato. Makron Books do Brasil. 1996. Capítulo 8. 3. Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos. Idalberto Chiavenato. Editora Atlas. 1999. Capítulo 4. 4. Administração de Recursos Humanos. Antônio Vieira de Carvalho, Luiz Paulo do Nascimento. Editora Pioneira. 1993. Volume I. Capítulo 5. 5. Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 6. Revista HSM Management. Três em um. Pg. 26-30. Mar/Abr. 2002. 7. Revista HSM Management. Quando o meio depende da mensagem. Pg. 114/120. Set/Out. 2002. 8. Revista HSM Management. O perfil dos grandes vendedores. Pg. 98/106. Jul/Ago. 2002. 9. Revista Exame. Um coaching para o coach. Pg. 85. 12/03/2003. CAPÍTULO 5 DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL - Pressupostos Básicos do DO - Conceito e processo de DO - Técnicas de DO - Aplicações do DO O conteúdo sobre o assunto DO pode ser verificado nas páginas a seguir. Quer saber mais? Leia: - Administração de recursos humanos. Antônio Vieira de Carvalho. Editora Pioneira. 1995. Vol. II. Capítulo 1. - Gestão empresarial. Ademir Antônio. Pioneira, 1997. - Comportamento organizacional. John Wagner III. Saraiva, 2003. - Revista Exame. O segredo da vida longa. Pg. 56/58. 12.03.2003. - Revista HSM Management. Mentes que brilham. Pg. 16-24. Mar/Abr. 2002. - Revista HSM Management. Orgulho diante do espelho. Pg. 98/104. Mar/Abr. 2002. - Revista HSM Management. A primeira super loja “glocal”. Pg. 120/128. Jul/Ago. 2002. - Revista HSM Management. Crescer como os anéis de uma árvore. Pg. 16/24. Jul/Ago. 2002. CAPÍTULO 6 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HUMANO A avaliação de desempenho é o processo de serve para julgar ou estimar valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, a sua contribuição para o negócio da organização. É a identificação, mensuração e administração do desempenho humano nas organizações. Deve ser mais do que uma atividade orientada para o passado, ou seja, deve estar orientada para o futuro para poder alcançar todo o potencial humano da organização. As principais razões para a avaliação de desempenho são: - A avaliação de desempenho proporciona um julgamento sistemático para fundamentar aumentos salariais, promoções, transferências, e muitas vezes, demissões de funcionários. - Através dela pode-se comunicar aos funcionários como eles estão indo no trabalho, sugerindo quais as possibilidades de mudanças no comportamento, nas atitudes, habilidades ou conhecimentos. - Permite que os subordinados conheçam aquilo que o chefe pensa a respeito. Para proporcionar benefícios à organização, a avaliação de desempenho deve atender as seguintes linhas básicas: - Deve abarcar não somente o desempenho dentro do cargo ocupado, como também o alcance de metas e objetivos. - Deve enfatizar o indivíduo no cargo e não a impressão a respeito dos hábitos pessoais observados no trabalho. - Deve ser aceita por ambas as partes: avaliador e avaliado. - Deve ser utilizada para melhorar a produtividade do indivíduo dentro da organização, tornando-o mais bem equipado para produzir com eficiência e eficácia. Quem deve avaliar o desempenho? Auto-avaliação de desempenho Cada pessoa se avalia constantemente quanto à sua performance, eficiência e eficácia, tendo em vista determinados parâmetros fornecidos pelo seu superior ou pela tarefa. O gerente Quem avalia o desempenho de pessoal é o próprio gerente ou supervisor, com assessoria do órgão de RH, que estabelece meios e os critérios para que a avaliação possa acontecer. O indivíduo e o gerente O gerente funciona como o elemento de guia e orientação, enquanto o funcionário avalia o seu desempenho em função da retroação fornecida pelo gerente. A equipe de trabalho A própria equipe de trabalho avalia o desempenho de cada um de seus membros e programa com cada um deles seus objetivos e metas a alcançar, bem como providências necessárias de melhoria do desempenho. A avaliação 360 graus A avaliação é feita de modo circular por todos os elementos que mantêm alguma interação com o avaliado. Participam da avaliação o chefe, os colegas e pares, os subordinados, os clientes interno e externos, os fornecedores, enfim, todas as pessoas em torno do avaliado, em uma abrangência de 360 graus. A avaliação para cima Permite que a equipe avalie o seu gerente, como ele poderia incrementar a eficácia da equipe e ajudar a melhorar os seus resultados. A comissão de avaliação de desempenho Trata-se de uma avaliação coletiva feita por um grupo de pessoas direta ou indiretamente interessadas no desempenho dos funcionários. A comissão geralmente é constituída de pessoas pertencentes a diversos órgãos ou unidades organizacionais e é formada de membros permanentes e transitórios. Os membros permanentes e estáveis (como o presidente da organização ou representante, o dirigente, o órgão de RH e o especialista em avaliação de desempenho) participam de todas as avaliações e seu papel é moderar e assegurar a manutenção do equilíbrio dos julgamentos, (do atendimento aos padrões organizacionais e da constância do sistema). Apesar da evidente distribuição de forças, esta alternativa é bastante criticada pelo seu aspecto fortemente centralizador e pelo seu espírito de julgamento quanto ao passado. O órgão de RH O órgão de RH assume totalmente a responsabilidadepela avaliação do desempenho de todas as pessoas da organização. Como todo processo centralizador, as regras e normas burocráticas costumam tirar a liberdade e a flexibilidade das pessoas envolvidas no sistema. Métodos Tradicionais de Avaliação de Desempenho Métodos Modernos de Avaliação de Desempenho Estão surgindo novos métodos de avaliação do desempenho que se caracterizam por uma colocação totalmente nova para o assunto: auto-avaliação e auto-direção das pessoas, maior participação do funcionário em seu próprio planejamento e desenvolvimento pessoal, foco no futuro e na melhoria contínua do desempenho. Além dessas influências, os rumos da avaliação do desempenho também têm sido marcados por dois fatores importantes. O primeiro deles: as organizações estão substituindo a estrutura funcional e departamentalizada pela organização por processos ou por equipes, alterando profundamente os sistemas de indicadores e medições dentro delas. O segundo fator é a participação dos trabalhadores nos resultados das organizações, o que requer um sistema de medições e indicadores que permita negociações francas e objetivas entre elas e seus funcionários. Existe ainda a ausência de indicadores de desempenho em muitas empresas ou a utilização desordenada de vários indicadores dispersos e desconexos que não proporcionam a visão global necessária. Avaliação Participativa por Objetivos (APPO) Método democrático, participativo, envolvente e motivador. Segue seis etapas: 1. Formulação de objetivos consensuais. 2. Comprometimento pessoal quanto ao alcance dos objetivos conjuntamente formulados. 3. Negociação com o gerente sobre a alocação dos recursos e meios necessários para o alcance dos objetivos. 4. Desempenho é o comportamento do avaliado no sentido de efetivar o alcance dos objetivos formulados. 5. Constante monitoração dos resultados e comparação com os objetivos formulados. 6. Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta. Aplicações da Avaliação de Desempenho 1) Processos de agregar pessoas: Constitui base de informação para o recrutamento e seleção de pessoal, ao indicar as características e atitudes adequadas dos novos funcionários que serão futuramente cobrados pelo resultado final de suas unidades e negócios. 2) Processos de aplicar pessoas: proporciona informação sobre como as pessoas estão integradas e identificadas em seus cargos e tarefas. 3) Processos de recompensar pessoas: Ajuda a organização a decidir quem deve receber recompensas como aumentos salariais ou promoções, ou quem deve ser desligado da organização. 4) Processos de desenvolver pessoas: Indica os pontos fortes e fracos de cada funcionário, quais os funcionários que necessitam de treinamento e quais os resultados dos programs de treinamento. 5) Processos de manter pessoas: Indica o desempenho e os resultados alcançados pelas pessoas. 6) Processos de monitorar pessoas: Proporciona retroação às pessoas sobre seu desempenho e potencialidades de desenvolvimento. Quer saber mais? Leia: 1) Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 8. 2) Administração de Recursos Humanos. Antônio Vieira de Carvalho. Editoria Pioneira, 1995, Vol. II, Capítulo 7. 3) Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 4) Revista HSM Management. O ranking compulsório. Pg. 137/142. Maio/Jun. 2003. CAPÍTULO 7 HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Higiene do Trabalho A higiene do trabalho está relacionada com as condições ambientais do trabalho que asseguram a saúde física e mental e com as condições de bem-estar das pessoas. Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados à exposição do organismo humano a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos de trabalho. Do ponto de vista de saúde mental, o ambiente de trabalho deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e que atuem positivamente sobre o comportamento das pessoas, evitando impactos emocionais como o estresse. Os principais itens do programa de higiene do trabalho estão relacionados com: a) Ambiente físico de trabalho, envolvendo: - Iluminação: luminosidade adequada a cada tipo de atividade. - Ventilação: remoção de gases, fumaça, e odores desagradáveis, bem como o afastamento de possíveis fumantes ou a utilização de máscaras. - Temperatura: manutenção de níveis adequados de temperatura. - Ruídos: remoção de ruídos ou utilização de protetores auriculares. b)Ambiente psicológico de trabalho, envolvendo: - Relacionamentos humanos agradáveis, - Tipo de atividade agradável e motivadora, - Estilo de gerência democrático e participativo. - Eliminação de possíveis fontes de estresse. c) Aplicação de princípios de ergonomia, envolvendo: - Máquinas e equipamentos adequados às características humanas, - Mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas, - Ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano. d) Saúde ocupacional, que veremos a seguir. Saúde ocupacional Um programa de saúde ocupacional requer as seguintes etapas: - Estabelecimento de um sistema de indicadores, abrangendo estatísticas de afastamentos e acompanhamento de doenças. - Desenvolvimento de sistemas de relatórios médicos. - Desenvolvimento de regras e procedimentos para prevenção médica. - Recompensas aos gerentes e supervisores pela administração eficaz da função de saúde ocupacional. Os principais problemas de saúde nas empresas estão relacionados com: - Alcoolismo e dependência química por drogas, - AIDS, - Estresse no trabalho, - Exposição a produtos químicos perigosos, - Exposição a condições ambientais frias, quentes, contaminadas, secas, úmidas, barulhentas, etc. - Hábitos alimentares inadequados. - Vida sedentária. - Auto-medicação sem cuidados médicos adequados. Estresse no trabalho É um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa a estímulos ou estressores no ambiente. O estresse é a soma das perturbações orgânicas e psíquicas provocadas por diversos agentes agressores como trauma, emoções fortes, fadiga, exposição a situações conflitivas e problemáticas, etc. Existem duas fontes principais de estresse no trabalho: ambiental e pessoa. Primeiro, uma variedade de fatores externos e ambientais podem conduzir ao estresse no trabalho. Incluem: a programação do trabalho, maior ou menor tranqüilidade no trabalho, segurança no trabalho, fluxo do trabalho e natureza dos clientes internos ou externos a serem atendidos. Pesquisas revelam que o ruído ambiental decorrente de máquinas funcionando, pessoas conversando e telefones tocando contribuem para o estresse em 54% das atividades de trabalho. O estresse no trabalho provoca sérias conseqüências tanto para o empregado como para a organização. As conseqüências humanas do estresse incluem ansiedade, depressão, angústia, e várias conseqüências físicas como distúrbios gástricos e cardiovasculares, dores de cabeça, nervosismo e acidentes. Em certos casos, envolvem abuso de drogas, alienação e redução de relações interpessoais. Por outro lado, o estresse também afeta negativamente a organização ao interferir na quantidade e qualidade do trabalho, no aumento do absenteísmo e rotatividade e na predisposição a queixas, reclamações e greves.Segurança no trabalho A segurança no trabalho está relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de riscos ocupacionais. Sua finalidade é profilática no sentido de antecipar-se para que os riscos de acidentes sejam minimizados. Um programa de segurança no trabalho requer as seguintes etapas: - Estabelecimento de um sistema de indicadores e estatísticas de acidentes, - Desenvolvimento de sistemas de relatórios de providências, - Desenvolvimento de regras e procedimentos de segurança, - Recompensas aos gerentes e supervisores pela administração eficaz da função de segurança. Prevenção de Acidentes Pode-se considerar o acidente como fato súbito, inesperado, imprevisto, (embora algumas vezes seja previsível) e não premeditado ou desejado; e ainda como causador de dano considerável, embora não especifiquem se se trata de dano econômico (prejuízo material) ou dano físico às pessoas (dor, sofrimento, invalidez ou morte). Os acidentes no trabalho são classificados em: a) Acidente sem afastamento: Após o acidente, o empregado continua trabalhando sem qualquer seqüela ou prejuízo considerável. b) Acidente com afastamento: É o acidente que provoca o afastamento do empregado ao trabalho. Pode ser classificado em: -b1) Incapacidade temporária: Provoca perda temporária da capacidade para o trabalho e suas seqüelas se prolongam por um período menor que um ano. -b2) Incapacidade parcial permanente: Provoca a redução parcial e permanente para o trabalho e suas seqüelas se prolongam por um período maior que uma não.É geralmente motivada por: - Perda de qualquer membro ou parte deste. - Redução da função de qualquer membro ou parte deste. - Perda da visão ou redução funcional de um olho. - Perda da audição ou redução funcional de um ouvido. - Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas que resultem, na opinião do médico, em redução de menos de três quartos da capacidade de trabalho. c) Incapacidade permanente total: Provoca a perda total, em caráter permanente, da capacidade de trabalho. É geralmente motivada por: a. Perda da visão de ambos os olhos. b. Perda de visão de um olho com redução de mais da metade da visão do outro. c. Perda anatômica ou impotência funcional de mais de um membro ou de suas partes essenciais (mão ou pé). d. Perda da visão de um olho, simultânea à perda anatômica ou impotência funcional de uma das mãos ou pé. e. Perda da audição de ambos os ouvidos ou, ainda, redução em mais da metade de sua função. f. Quaisquer outras lesões orgânicas, perturbações funcionais ou psíquicas permanentes que ocasionem, sob opinião médica, a perda de três quartos ou mais da capacidade para o trabalho. d) Morte. Causas dos acidentes de trabalho Existem duas causas básicas de acidentes de trabalho: as condições inseguras e os atos inseguros. 1. Condições Inseguras: - Equipamentos sem proteção, - Equipamento defeituoso, - Procedimentos arriscados em máquinas ou equipamentos, - Armazenamento inseguro, congestionado ou sobrecarregado, - Iluminação deficiente ou imprópria, - Ventilação imprópria, mudança insuficiente de ar ou fonte de ar impuro, - Temperatura elevada ou baixa no local de trabalho. - Condições físicas ou mecânicas inseguras que constituem fonte de perigo. 2. Atos inseguros: - Carregar materiais pesados de maneira inadequada, - Trabalhar em velocidades inseguras – muito rápidas ou lentas - Utilizar esquemas de segurança que não funcionam, - Usar equipamento inseguro ou usa-lo inadequadamente, - Não usar procedimentos seguros, - Assumir posições inseguras, - Subir escadas ou degraus depressa, - Distrair, negligenciar, brincar, arriscar, correr, pular, etc. Como prevenir acidentes 1. Eliminação das condições inseguras: Engenheiros de segurança desenham cargos para eliminar ou reduzir os riscos físicos dos ocupantes. Os supervisores e gerentes de linha assumem importante papel na redução das condições inseguras. - Mapeamento de risco: trata-se de uma avaliação constante e permanente das condições que podem provocar acidentes dentro da empresa. - Análise profunda dos acidentes: descobrir possíveis causas de acidentes, como condições ou atos inseguros. - Apoio irrestrito da alta administração: compromisso da alta direção. 2. Redução dos atos inseguros: Não se deve selecionar as pessoas que apresentam tendências para acidentar-se em cargos específicos. - Processo de seleção de pessoal: Verificar os seguintes aspectos no processo de seleção: estabilidade emocional e testes de personalidade, medidas de coordenação muscular, testes de habilidade visual, testes de maturidade emocional, desempenho seguro e cuidadoso, suscetibilidade à exposição a produtos tóxicos. - Comunicação interna: propaganda e cartazes sobre segurança no trabalho podem ajudar a reduzir atos inseguros. - Treinamento: Instruir funcionários em práticas e procedimentos para evitar potenciais riscos e trabalhar desenvolvendo sua percepção em relação à segurança no trabalho. - Reforço positivo: Objetivos de redução de acidentes de trabalho devem ser formulados em conjunto com os funcionários e com ampla divulgação e comunicação dos resultados. Avaliação do Programa de Higiene e Segurança no Trabalho O programa de H&S deve ser monitorado em termos de custos/benefícios pelos especialistas em RH, gerentes, e, sobretudo, contar com a participação de todos os funcionários. Além disso, o programa deve ser julgado através de critérios como melhoria no desempenho do cargo, redução dos afastamentos por acidentes ou por doenças e redução de ações disciplinares. Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) QVT pode ser definido como um processo pelo qual uma organização tenta revelar o potencial criativo de seu pessoal, envolvendo-os em decisões que afetam suas vidas no trabalho. Uma característica marcante do processo é que seus objetivos não são simplesmente extrínsecos, focando melhora na produtividade e eficiência em si; eles também são intrínsecos no que diz respeito ao que o trabalhador vê como fins de auto- realização e auto-engrandecimento. Um trabalho de qualidade é considerado como aquele que não oferece ameaças à saúde física e mental do trabalhador, fornece a possibilidade material da classe trabalhadora reproduzir-se em suas condições materiais (habitação alimentação, educação ,saúde, etc), através de uma política de salários justa, com participação na produtividade, e proporciona também, um ambiente democrático no qual o trabalhador pode expor suas idéias e influenciar em decisões que afetam sua condição de vida na organização. As tendências sobre o controle da qualidade total dentro nas empresas são as seguintes: - Extinção da figura do profissional que fazia o controle da qualidade e transferência dessa responsabilidade para o próprio trabalhador, - Aumento de exigência quanto à qualidade, organização e limpeza, - Aumento da consciência do trabalhador quanto à necessidade de ser mais atencioso com seu trabalho para elevar o nível de qualidade, - Maior preocupação em baixar os custos e evitar gastos desnecessários, - O controle deixou de ser individual e passou a ser do grupo. Alguns indicadores de Qualidade de Vida no trabalho: - Um ambiente de trabalho sadio, expresso pelas condições físicas, tais como iluminação, ventilação, limpeza, espaço físico, ruídos e poluição. - Preocupação com a ergonomia do trabalho. - Bom relacionamento de trabalho entre colegas e chefias, com boa abertura ao diálogoe sem conflitos, - Segurança no trabalho no sentido de não haver riscos de acidente, - Condições de progredir no emprego (carreira), - Boa recompensa financeira (salário), - Assistência social e benefícios (de serviço médico e odontológico, ambulatório e refeitório), - Auxílio na educação, como bolsas de estudos, e na compra de material escolar e transporte, - Participação nos lucros ou resultados, - Treinamento, - Ênfase no recrutamento interno, - A qualidade de vida que o funcionário leva para casa. São as condições de sobrevivência, como moradia, alimentação e escola para os filhos, que podem vir através de salários ou através de benefícios, como financiamentos, auxílios, etc., - Bons maquinários e ferramentas de trabalho, - Valorização profissional. Quer saber mais? Leia: 1) Gestão de Pessoas. Idalberto Chiavenato. Editora Campus. 1999. Capítulo 15. 2) Como transformar RH (de um centro de despesas em um centro de lucro). Idalberto Chiavenato. Makron Books do Brasil. 1996. Capítulo 7. 3) Administração de Recursos Humanos. Antônio Vieira de Carvalho, Luiz Paulo do Nascimento. Editora Pioneira. 1993. Volume I. Capítulo 8. 4) A qualidade de vida no trabalho e o controle da qualidade total. Adriane Vieira. Editora Insular. 1996. Capítulo 1,2 e 3. 5) Trabalho: Fonte de prazer ou desgaste? Christina Maslach. Papirus. 1999. Capítulo 3 à 5. 6) Tachikawa, Tasheky, et al. Gestão com pessoas. FGV, 2001. 7) Revista Exame. Não detone o pessoal. Pg. 108. 28/05/2003. 8) Revista Exame. Sentimento oculto. Pg. 116. 23.04.2003. 9) Revista Exame. Estressado, eu? Pg. 68/70. 15.01.2003. CAPÍTULO 8 PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE CARREIRA O desenvolvimento de pessoas está intimamente ligado com o desenvolvimento de suas carreiras. Carreira é uma sucessão ou seqüência de cargos ocupados por uma pessoa ao longo de sua vida profissional. O desenvolvimento de carreira é um processo formalizado e seqüencial que focaliza o planejamento da carreira futuras dos funcionários que tem potencial para ocupar cargos mais elevados. O desenvolvimento de carreira é alcançado quando as organizações conseguem integrar o processo com outros programas de RH, como a avaliação do desempenho, T&D e planejamento de RH. As principais ferramentas utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de carreiras são: 1) Centros de avaliação: técnicas de seleção de talentos humanos como as entrevistas, exercícios dirigidos e jogos de empresas utilizados em centros de avaliação são também utilizados no desenvolvimento de carreiras. Os centros de avaliação proporcionam retroação sobre as forças e fraquezas dos candidatos e a compreensão de suas habilidades, ajudando-os a desenvolver objetivos e planos de carreira adequados e realísticos. 2) Testes psicológicos: utilizados na seleção de pessoal, servem para ajudar os funcionários a compreender melhor seus interesses e habilidades. 3) Avaliação do desempenho: é outra fonte de informação valiosa sobre o desenvolvimento de carreira. 4) Projeções de promovabilidade: são julgamentos feitos pelos gerentes quanto ao avanço potencial de sues subordinados. 5) Planejamento de sucessão: focaliza o preparo das pessoas para preencher posições mais complexas. Além dessas ferramentas, existem os seguintes esquemas de orientação aos funcionários: 1) Aconselhamento individual de carreiras: com o objetivo de ajudar cada funcionários a examinar suas aspirações de carreira. 2) Serviços de informações aos funcionários: servem para oferecer aos funcionários informação a respeito de oportunidades internas. Vantagens do planejamento de carreira Entre os benefícios resultantes da implantação de um plano de carreira eficiente, devem ser citados: - Os funcionários com maior potencialidade permanecem na empresa, sentindo-se atraídos pela real possibilidade de ascensão profissional. - O nível de motivação cresce em função da perspectiva de progresso dentro da organização, - As sucessões, principalmente em funções gerenciais, acontecem sem traumas, - As possibilidades de erros nas promoções são bem menores, - Identificação mais transparente de profissionais com maior talento e potencial, - A organização sabe de que tipo de profissional vai precisar nos próximos anos. A maioria das pessoas está angustiada com relação ao seu próprio futuro profissional. Uma boa resposta a essa angustiante situação vivenciada por muitas pessoas, é reinventar a própria carreira. - Identifique seus desejos e habilidades: O desejo e determinação constituem- se na força motriz humana essencial para o sucesso profissional. Pare de pensar em profissão, e passe a pensar em negócio. Ao invés de emprego, procure clientes. - Fuja do convencional: Encoraje-se para superar-se. - Realize seu potencial criativo: Crie sua própria empresa, montes seu próprio negócio. - Crie o seu produto: Transforme seus desejos, habilidades, e competências em um produto de qualidade a seu favor. - Desenvolva o plano de negócios da sua carreira: Defina qual o seu negócio. Conheça seus clientes internos e externos. Aprimore seu produto para superar as expectativas desses clientes. - Amplie seus eixos de competências essenciais: Diferencie-se cultivando seu eixo empreendedor. - Seja multifuncional: Fuja de uma carreira linear dentro da mesma empresa. - Glocalize-se: Ser glocal é ser um cidadão do mundo sem deixar de ser atuante na comunidade em que vive. Significa ser cosmopolita, culto, falar idiomas, conhecer a realidade da economia globalizada, navegar adequadamente em diferentes culturas. - Trabalhe com paixão: Faça suas escolhas profissionais com aquilo que gosta de fazer. Essa é a regra básica no manual de sobrevivência na selva da empregabilidade. - Invista no seu desenvolvimento contínuo: Promova a sua evolução de gerente eficiente para empresário eficaz, mesmo que suas responsabilidades continuem sendo funcionais. - Concilie sua vida profissional com sua vida pessoal e familiar: A qualidade de seu negócio reflete sua qualidade de vida. - Cuide de sua saúde física, mental e emocional: Sua capacidade produtiva está diretamente relacionada a sua saúde integral, fonte de energia vital para a competitividade, longevidade e felicidade. - Siga suas vozes interiores: Siga sua intuição. Seja transparente com você mesmo. Empregabilidade Todos nós sabemos que as mudanças são mais freqüentes hoje do que no passado, mas o porquê disso não é amplamente compreendido. Qualquer um que pense sobre a velocidade da mudança deve sentir que está interligada com a tecnologia moderna. A tecnologia afeta mais diretamente os empregos pela maneira como muda a execução do trabalho em si. Esses efeitos se situam em três grupos: 1) Tecnologia e Mudança 1: Informatizando o Ambiente de Trabalho: O operário da fábrica não mais manipula a chapa de aço, ele manipula os dados sobre o aço. O trabalho que foi informatizado, não é mais físico, mas, ao contrário, uma seqüência de padrões de informação que pode ser manuseada e alterada quase como se fosse tangível. 2) Tecnologia e Mudança 2: Negócio dos dados: A tecnologia também torna obsoletos os empregos ao substituir o mundo de mudanças relativamente lentas das coisas pelo mundo muito mais veloz dos dados. Coisas precisam ser montadas ou processadas a partir de matérias-primas por equipes de trabalhadores, dadossão digitados num terminal por um único trabalhador. Coisas precisam de espaço para armazenagem, precisamos de depósitos para manter um estoque e pessoas para cuidarem do mesmo. Dados ocupam quase nenhum espaço, podem ser mantidos pelos usuários e podem ser reproduzidos quando necessário. 3) Tecnologia e Mudança 3: a tecnologia das comunicações como multiplicadora: A tecnologia das comunicações, introduz um efeito multiplicador que interliga o mundo todo de tal forma que o tempo e a distância não mais nos colocam contra os efeitos da mudança. O Desaparecimento do Escritório O número de empregados pode não ser afetado por essas mudanças, mas o conceito de escritório é tão importante para a vida de trabalho de muitas pessoas que sua desintegração é outra solução forte que embaça os perfis do emprego. Ex-habitantes de escritórios, que gastam parte de suas horas de trabalho num carro, parte em casa e parte no local de trabalho de um cliente, precisam desenvolver um conceito de trabalho totalmente novo. O home-office, ou trabalhar em casa durante o horário de trabalho, foi a possibilidade mais discutida aberta pela nova tecnologia da comunicação. É uma mudança motivada pela transformação que se tornou possível pela nova tecnologia, e uma alteração que faz do emprego tradicional um conceito cada vez menos significativo. A Reengenharia do Trabalho Nenhum dos conceitos da última década promete exercer tanto impacto sobre o ambiente de trabalho e os empregos como o redesenho dos processos de trabalho, denominado reengenharia. É o processo sistemático de redesenho do trabalho que ajuda as organizações a alcançar semelhantes economias se tempo e dinheiro, aumentado, ao mesmo tempo, a qualidade. O desaparecimento quantitativo (dejobbing) que acontece hoje leva ao desaparecimento qualitativo dos empregos. O downsizing dissolve os perfis dos empregos convencionais, uma vez que força as organizações a acrescentarem novas responsabilidades e mudar as existentes. Os empregos são inibidores da mudança A rápida mudança baseada no conhecimento impõe um claro imperativo: toda organização precisa incorporar a gestão da mudança em sua própria estrutura. A dificuldade é que o emprego está se mostrando parte do problema, não parte da solução. Esse o pacotinho de responsabilidade (a descrição de cargos), recompensado de acordo com uma fórmula fixa (escala de salários) e uma única relação de subordinação (lugar na cadeia de comando) é o que atrapalha a mudança. O que as pessoas fazem sem empregos? Algumas alternativas para os empregos são óbvias: você pode iniciar um negócio por conta própria, pode tornar-se um artista, um consultor, pode fazer um trabalho autônomo. Pode-se ainda fazer o que um número cada vez maior de pessoas está fazendo: trabalhando dentro de organizações como empregados em tempo integral, mas sob arranjos por demais fluidos para serem chamados empregos. Veja o exemplo da Microsoft: “Você não durará muito tempo na Microsoft se o seu emprego for apenas um emprego. Para começar, não existem horários regulares, os prédios estão abertos aos trabalhadores 24 horas por dia. As pessoas trabalham a qualquer hora, o tempo todo, sem nenhum registro de suas horas de trabalho, mas com todos observando sua produção. Eles têm responsabilidade de prestar contas não a gerentes convencionais, mas a equipes de projeto das quais fazem parte. Os trabalhadores apresentam relatórios regulares às suas equipes sobre o progresso de seu trabalho. Antes que se imagine que o mundo desprovido de cargos da Microsoft é um paraíso, existe um outro lado. Desempenho normal e satisfatório passou a ser sinônimo de abaixo do padrão. Espera-se que os empregados da Microsoft, desprovidos de cargo, trabalhem além dos limites que qualquer cargo poderia lhes impor.” Manter trabalhadores em empregos, organizando-os em grupo de cargos, avaliando-os em relação a quão bem fazem seus serviços e pagando-lhes de acordo com um sistema de pagamento baseado em cargos, limita sua perspectiva profissional. As novas regras do emprego: - O emprego de todos é contingencial aos resultados que a organização atingir. - Reconhecendo a turbulência no ambiente dos negócios, os trabalhadores precisam considerar-se como pessoas cujo valor para a organização deve ser demonstrado em cada situação sucessiva que se encontrarem. - É prudente que os trabalhadores pensem que estão nos seu próprio negócio e que, na verdade, suas tarefas lhes foram entregues pela empresa como um serviço terceirizado. - Os trabalhadores devem agir como pessoas que estão num negócio próprio e manter um plano de auto-desenvolvimento de carreira. - Os trabalhadores devem ser capazes de desviar seu enfoque rapidamente de uma tarefa para outra, de trabalhar com pessoas com treinamento vocacional e mentalidades muito diferentes, de trabalhar em situações em que o grupo é a parte responsável e o gerente é apenas o coordenador, de trabalhar sem descrições de cargos claras e de trabalhar em diversos projetos ao mesmo tempo. - Da mesma forma que os trabalhadores precisarão estar prontos para passar de um projeto para outro dentro da mesma organização, também devem esperar que, mais freqüentemente do que no passado, precisarão mudar de uma organização para outra. Um guia de carreira para o trabalhador do século XXI A maioria dos empregos serão temporários por duas razões: - O emprego está em decadência, bem como as condições que o criaram, e assim, ele é só, temporariamente, uma parte significativa do cenário econômico. - Os próprios acordos de trabalho, também serão temporários no sentido de que foram criados para atender às necessidades de produtividade numa situação imediata, mas mutante. A estabilidade no emprego passa a residir na pessoa, e não na posição, e em um grupo de qualidades que nada tem a ver com as políticas ou práticas da organização. No futuro, a estabilidade de emprego dependerá de se desenvolver três características como trabalhador e como pessoa: 1) Empregabilidade: O trabalhador precisa mostrar uma perspectiva atraente para os empregadores e essa atratividade envolve ter capacidades e atitudes que o empregador precisa no momento. 2) Mentalidade de fornecedor: Parar de pensar como empregado e começar a pensar como um fornecedor externo que foi contratado para realizar uma tarefa específica. 3) Elasticidade: Saber abrir mão do que está superado e aprender de novo, de recuperar-se rapidamente da decepção, de viver com elevados níveis de incerteza e de encontrar sua segurança interiormente, mais do que externamente. Dirija Você um Negócio Em um futuro próximo, a sociedade de organizações será baseada nas informações em tempo real e no conhecimento. Com a complexidade e sofisticação crescentes das operações, estes dois elementos conduzirão aos requisitos básicos que deverão caracterizar o trabalho nas organizações: responsabilidade e confiança mútuas. Embora as pessoas sejam proprietárias do principal fator de produção, o conhecimento, elas continuarão dependendo do acesso às organizações para sobreviver e fazer sua contribuição. O novo enfoque passa a ser: o trabalho que deve ser feito. As pessoas não deverão ser contratadas para um determinado cargo ou função, elas serão contratadas para desempenhar determinado trabalho condicionado a determinados resultados. Terminado o trabalho, apresentado os resultados e não havendo momentaneamente outra tarefa a ser executada, fim do contrato. Após a reengenharia do negócio, várias atividades de apoio tendem a ser
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