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Aula 10 processo legislatvo parte 4

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Processo Legislativo – parte 5
LEIS DELEGADAS: 
	É uma lei delegada do Congresso Nacional para o Presidente da República.
É um ato normativo elaborado pelo chefe do poder executivo no âmbito federal, estadual e municipal, com a solicitação ao Congresso Nacional (art. 68, caput, Constituição Federal 1988), relatando o assunto que se irá legislar. (lembrando que o CN pode dar o não, já que inexiste direito público subjetivo do presidente).
O Congresso irá deliberar em sessão bicameral (conjunta) se dará ou não, se der elaborará uma Resolução para delegar essa competência (art. 68, parágrafo 2), o poder legislativo ainda nessa resolução deverá delimitar o tema (fixar o conteúdo e os termos de seu exercício) .
CUIDADO: Apesar do poder político ser indelegável, se entende que essa delegação legislativo é uma exceção.
NATUREZA JURÍDICA: Norma primária.
OBS: As resoluções normalmente são unicamerais, elaboradas pelas casas (art. 51 e 52). Os decretos legislativos (art. 49 da CF), são elaboradas pelo congresso nacional são bicamerais.
A delegação tem caráter temporário e não poderá ultrapassar a legislatura, sob pena de abdicação ou renúncia ao Poder Legislativo na sua função constitucional, o que não é permitido. Além disso, a deliberação tomada por um Congresso não poderá vincular o seguinte.
	O congresso Nacional pode sustar a delegação se entender conveniente, assim como pode editar leis sobre o tema delegado.
ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO.
A delegação poderá ser típica (ou própria) ou atípica (ou atípica).
DELEGAÇÃO PRÓPRIA OU TÍPICA: Na delegação típica, também denominada de delegação própria, o Presidente da República poderá editar, promulgar e publicar a lei delegada, não sendo necessário o retorno ao Congresso Nacional para aprovação.
DELEGAÇÃO IMPRÓPRIA OU ATÍPICA: Caso conste na resolução que seja necessário um projeto de lei delgada a ser elaborado pelo Presidente da República, este projeto deverá retornar ao Legislativo para apreciação, a delegação é denominada de atípica ou imprópria. (ART. 68 par. 3)
          No caso da delegação atípica ou imprópria, o projeto deverá retornar ao Legislativo e será apreciada em votação única, vedada a apresentação de qualquer emenda. 
Neste caso, ou o Congresso Nacional aprova por maioria simples todo e envia novamente ao Presidente da República para promulgação, ou rejeita todo o projeto. 
No que se refere à rejeição, o projeto de lei é arquivado e somente poderá ser reapresentado mediante proposta da maioria absoluta dos membros de quaisquer Casas do Congresso Nacional, nos termos do art. 67 da Constituição Federal.
Limites materiais à edição de leis delegadas.
            De acordo com o § 1º do art. 68 da Constituição Federal, não serão objetos de delegação: 
Os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, 
Os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, 
A matéria reservada à lei complementar, 
Nem a legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
Nacionalidade, 
Cidadania, 
Direitos individuais, 
Direitos Políticos e eleitorais e planos plurianuais, 
Diretrizes orçamentárias e orçamentos.
Sobre o assunto se encontra elencado no artigo 59 e 68 da Constituição Federal. Atualmente temos apenas 13 leis delegadas. A última delas, por sinal, foi editada em 1992.
MEDIDA PROVISÓRIA (X) LEI DELEGADA
As medidas provisórias e as leis delegadas têm em comum,entre outros aspectos, o fato de serem espécies normativas primárias, integrantes do nosso processo legislativo, e de serem elaboradas pelo Chefe do Executivo.
	Entre as dessemelhanças, destacamos as seguintes:
(a) a lei delegada depende de delegação do Congresso Nacional, por meio de resolução, e sua edição independe de urgência e relevância (CF, art. 68); a medida provisória independe de delegação do Congresso Nacional, mas sua edição depende da presença dos pressupostos de relevância e urgência (CF, art. 62);
(b) o texto adotado pelo Chefe do Executivo na lei delegada poderá, ou não, ser apreciado pelo Congresso Nacional, mas,no caso de apreciação, o Congresso o fará em votação única,vedada a apresentação de emendas (a CF/88 veda a apresentação de emendas – art. 68, § 3º); o texto adotado pelo Chefe do Executivo na medida provisória será obrigatoriamente apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional, em separado, sendo admitidas alterações (a MP poderá ser convertida parcialmente em lei, transformando-se em projeto de lei de conversão);
(c) há prazo constitucionalmente determinado para a apreciação das medidas provisórias, não existindo o mesmo para o processo legislativo de lei delegada.
Um aspecto muito abordado em provas de concursos públicos diz respeito às vedações constitucionais impostas à edição dessas duas espécies normativas.
As duas espécies normativas têm limitações materiais estabelecidas na Constituição Federal, isto é, há vedações constitucionais à adoção de medida provisória, bem assim à adoção de lei delegada. Porém, as vedações não são as mesmas, e não podem ser confundidas:
a) as vedações à edição de medida provisória estão nos artigos 25, § 2º; 62, § 1º; 246; art. 73 do ADCT;
b) as vedações à lei delegada estão enumeradas no art. 68, § 1º.
Mas, atenção: há vedações coincidentes (ambas não podem tratar de matéria reservada à lei complementar, por exemplo) e outras específicas, que só se aplicam a uma das espécies (lei delegada não pode tratar de direitos individuais, medida provisória pode; medida provisória não pode tratar de seqüestro de poupança, lei delegada pode – e assim por diante).
Esse ponto é muito cobrado em provas de concursos públicos e OAB porque se desenvolveu na doutrina – sob a liderança do Eminente constitucionalista José Afonso da Silva – uma tese segundo a qual as vedações constitucionais à edição de lei delegada seriam automaticamente aplicáveis, extensíveis à medida provisória. A argumentação é a seguinte: se nem o Congresso Nacional pode delegar competência para que o Presidente da República trate de determinada matéria por meio de lei delegada, muito menos poderá o Presidente da República, por iniciativa própria, tratar dessa matéria por meio de medida provisória.
Essa tese, contudo, não foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal, pois o entendimento do Tribunal é de que, no caso de medida provisória, se está diante de urgência e relevância e, portanto, mesmo matérias que não podem ser disciplinadas por meio de lei delegada poderão ser tratadas por medida provisória. 
Enfim, a tese de que se aplicam à medida provisória as vedações constitucionais impostas à lei delegada não é aceita pelo Supremo Tribunal Federal.
	Medida Provisória
	Lei Delegada
	A edição exige urgência e relevância
	A edição não exige urgência e relevância
	Independe de delegação do
Congresso Nacional
	Depende de delegação do
Congresso Nacional
	É obrigatoriamente apreciada pelo Congresso Nacional
	Nem sempre é apreciada pelo
Congresso Nacional
	Pode ser modificada pelo
Congresso Nacional
	Não pode ser modificada pelo
Congresso Nacional
	Há prazo fixado para suaapreciação pelo Congresso
	Não há prazo fixado para sua apreciação pelo Congresso
	Vedações: artigos 25, § 2º;62, § 1º; 246; 73 do ADCT
	Vedações: art. 68, § 1º

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