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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................2
AVE- Acidente Vascular Encefálico........................................................3
LESÃO MEDULAR..................................................................................4
PARALISIA CEREBRAL..........................................................................7
DOENÇA DE PARKINSON.....................................................................10
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA..............................................12
DOENÇA DE HUNTINGTON.................................................................14
DISTONIA...............................................................................................15
INTERFACE COM A PSICOLOGIA.......................................................17
CONCLUSÃO.........................................................................................19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................20
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso é o que sente, pensa, e controla nosso organismo, sendo formado pelo encéfalo, pela medula espinal e pelo sistema nervoso periférico. 
No encéfalo são armazenadas as memórias, são elaborados os pensamentos, e são geradas outras funções. 
A medula espinal conduz vias nervosas que vão para o cérebro, e integra coordenação de muitas atividades neurais. 
O sistema nervoso periférico é formado por rede ramificada de nervos em todo o corpo. A maior parte é constituída por nervos cranianos e demais nervos espinais.
As doenças neurológicas acometem o sistema nervoso central e periférico, envolvem desordens a nível cerebral, medular e nervos periféricos. Estas doenças podem levar o portador a distúrbios mentais, e a perder as habilidades motoras, de aprendizagem e de fala.
Estima-se que no Brasil, 14,5% da população é portadora de alguma doença neurológica. 
Para o tratamento, é necessária a atuação de equipes multidisciplinares, como: fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e psicólogo. 
Apresentamos neste trabalho alguns tipos de doenças, suas causas e seus respectivos diagnósticos, sintomas e tratamentos, além de especificar a importância do acompanhamento psicológico aos pacientes portadores destas doenças.
AVE - Acidente Vascular Encefálico
AVE (Acidente Vascular Encefálico) é também conhecido como AVC (acidente vascular cerebral), e popularmente, derrame cerebral, se caracteriza pelo entupimento ou rompimento de algum vaso sanguíneo no cérebro. Além de ser uma doença prevalente, apresenta uma alta taxa de mortalidade, sendo a incapacidade permanente, que às vezes pode ser regenerada, a principal sequela. O acidente vascular encefálico ocorre devido a um processo de evolução crônica de endurecimento da parede da artéria, relacionado à arteriosclerose. O episódio agudo do AVE acontece quando há interrupção do fluxo sangüíneo às células cerebrais por trombose, embolia, hemorragia ou espasmo. 
A hemorragia cerebral está relacionada à hipertensão, é mais grave, apresentando evolução rápida com alterações da consciência, podendo chegar ao coma e à morte. O acidente vascular cerebral isquêmico ou transitório caracteriza- se por episódios súbitos da perda de função motora, sensitiva ou visual com recuperação em 24 horas. A maioria tem duração de minutos até uma hora, e a minoria pode durar mais de 4 horas.
Os sintomas e lesões causadas pelo acidente vascular cerebral dependem do tipo de AVE que o indivíduo sofreu, do local onde a veia cerebral se rompeu ou entupiu, e também da idade do indivíduo. Mas quase todos os pacientes apresentam sinais de fraqueza, distúrbios na visão e na fala. Entre os principais sinais e sintomas, podemos destacar: parestesia (alteração da sensibilidade), disfasia (dificuldade de fala), vertigens, diplopia (visão dupla), zumbidos e cefaléia.
Vários fatores podem causar um AVE: entre eles estão a má alimentação, hipertensão, problemas cardíacos, diabetes, o uso de álcool e drogas, estresse, história familiar e à idade, obesidade, tabagismo, colesterol alto e sedentarismo.
O AVE pode ser de dois tipos:
Isquêmico: Ocorre quando há a interrupção do fluxo sanguíneo em uma região especifica do cérebro. Essa interrupção pode ser causada por um coágulo ou aterosclerose.
Hemorrágico: Este tipo de AVE ocorre quando há sangramento no cérebro, causado pela ruptura de algum vaso sanguíneo.
O diagnóstico é feito através dos sintomas apresentados pelo paciente. Os exames realizados para confirmação e classificação do AVE são: a angiografia, a tomografia computadorizada, a cintilografia, e a punção lombar. São exames que têm por finalidade definir o tipo de AVE, a extensão e a localização da lesão e decidir se o tratamento será clínico e ou cirúrgico. A existência de distúrbios motores de um lado do corpo costuma refletir lesão do lado oposto do cérebro.
O tratamento é feito através de uma equipe multidisciplinar que inclui médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e fonoaudiólogos.
São utilizadas terapias e medicamentos contra coagulação do sangue e para controlar a pressão arterial. Em alguns casos a cirurgia é indicada, para a retirada do coágulo.
Para a reabilitação do indivíduo é importante práticas fisioterápicas que ajudam a restabelecer a força muscular e a coordenação motora, caso haja sequelas.
O psicólogo ajuda o indivíduo a lidar com suas emoções após um acidente vascular encefálico, principalmente se houver sequelas que prejudiquem o seu cotidiano, como paralisias e dificuldades na fala.
LESÃO MEDULAR
A medula espinal contém os nervos que transportam mensagens entre o cérebro e o corpo. A medula passa através do pescoço e pelas costas. Uma lesão na medula espinal pode causar perda de movimento (paralisia) abaixo do local da lesão.
O sistema nervoso central é formado pelo cérebro e pela medula espinal. O cérebro funciona para receber impulsos nervosos da medula espinal e nervos cranianos. A medula espinal contém os nervos que transportam mensagens entre o cérebro e o corpo.
A lesão traumática da medula pode variar de uma concussão medular leve até dormência transitória e tetraplegia permanente. Os locais mais comuns dessa lesão são no nível das vértebras cervicais, e no nível das vértebras torácicas e lombares.
 A Lesão Medular (LM) é um agravo irreversível, mas, pelos avanços da ciência e da tecnologia, o número de sobreviventes aumentou e, mesmo apresentando incapacidades leves e/ou graves, as pessoas com LM obtêm um melhor prognóstico e são consideradas potencialmente produtivas. 
Por ser a medula o órgão responsável pela condução dos estímulos aferentes e eferentes entre a periferia e o encéfalo, quando esse órgão sofre lesão, ocorre comprometimento de estruturas e funções orgânicas, resultando em limitações no desempenho das atividades da vida diária, aspectos que afetam a qualidade de vida da pessoa acometida.
A lesão medular pode resultar de doença espinal que interfira nos trajetos nervosos que ligam o cérebro e os músculos. As afecções que podem causar interferência nesses trajetos incluem lesão física, hemorragia, tuberculose e tumores. No entanto, as causas mais frequentes dessa lesão estão relacionadas com a violência urbana, acidentes desportivos e acidentes do trabalho.
 A pessoa com LM está vulnerável à ruptura de tecidos em todas as fases do tratamento da lesão e da reabilitação, desde o pós-traumático até a fase de reinserção comunitária. Dentre alguns problemas que podem afetar a pessoa com LM, destacam-se as úlceras por pressão, a depressão, amenorréia temporária e dor neuropática. Nos pacientes com lesão elevada pode ocorrer disreflexia autônoma, evento que se caracteriza por elevação perigosa da pressão arterial. Também pode ocorrer a disfunção autônoma, que resulta em hipotensão ortostática, termo-desregulação e anormalidades vasomotoras, fenômeno grave e comprometedor que necessita de atendimento de urgência, poispode acarretar limitações e levar o paciente a óbito.
A lesão medular também desencadeia alterações na eliminação urinária e na eliminação fecal, resultantes da perda do controle esfincteriano vesical e do anal com conseqüente mudança no padrão dessas eliminações e alterações decorrentes de complicações clínicas. Esses agravos, além de alterarem as condições físicas e psicológicas do ser humano, prejudicam a capacidade sexual e reprodutiva da pessoa acometida. As limitações resultantes da lesão medular prejudicam, de forma significativa, a capacidade das pessoas para desempenharem várias atividades cotidianas. 
A dor é um dos problemas mais comuns experimentados pelos indivíduos que sofreram lesão medular traumática. Apesar da perda da funcionalidade ser considerada a mais significante consequência desse tipo de lesão, a dor pode determinar a habilidade ou inabilidade do indivíduo para retornar às atividades de forma plena. A dor, de forma geral, pode iniciar-se imediatamente após a lesão, mas esse fato não invalida a possibilidade de manifestação tardia até dois anos após o evento. No entanto, tipos distintos de dor apresentam-se de forma heterogênea ao longo do tempo.
Algumas causas que provocam a lesão são: ferimento de bala ou por faca, trauma direto no rosto, no pescoço, na cabeça, no peito ou nas costas (por exemplo, um acidente de automóvel), queda sobre a cabeça durante uma lesão esportiva, contorção extrema da parte central do corpo e queda de uma grande altura.
Alguns sintomas são: cabeça mantida em posição incomum, dormência ou formigamento que se espalha por um braço ou perna, fraqueza, dificuldade para caminhar, falta de controle sobre a bexiga ou os intestinos, pescoço rígido e dor de cabeça.
Várias síndromes clínicas têm sido descritas após lesão medular, a mais grave e mais comum é a mielopatia transversa completa com perda total de todas as funções motoras e sensoriais abaixo do nível da lesão. Síndromes incompletas podem ser vistas com menos freqüência.
PARALISIA CEREBRAL
A paralisia cerebral, também conhecida como encefalopatia crônica não progressiva, refere-se a várias condições de saúde não completamente curáveis que atingem uma ou mais regiões cerebrais e, por extensão, os movimentos corporais e o complexo muscular, desencadeadas pela carência de oxigênio das células do cérebro.
Normalmente estas lesões são provocadas ao longo da gravidez, durante os trabalhos de parto ou logo após sua conclusão. Estes problemas podem também se manifestar no período da infância. Embora seja ainda irreversível, os danos causados à musculatura podem ser parcialmente eliminados com as terapêuticas apropriadas.
A paralisia cerebral não é essencialmente uma enfermidade que segue uma linha progressiva, apesar de, muitas vezes, alguns distúrbios menores se revelarem, como, por exemplo, contrações involuntárias dos músculos, os quais podem avançar, ser amenizados ou estacionarem ao longo do tempo.
Diversos estudos apontam para o fato que a paralisia cerebral além da disfunção motora, pode ocasionar demais alterações na função cerebral como anomalias sensoriais visuais e auditivas, cognitivas, sensitivas, corticais, de atenção, vigilância, comportamento e epilepsias que certamente influenciarão negativamente tanto na aquisição de conhecimentos, pela interferência do processo receptivo, quanto nas habilidades de expressar pensamentos por meio de atos motores.
A criança com paralisia cerebral pode apresentar alteração na produção de fala, desde leve transtorno articulatório até disartria de grau severo, com ausência completa de inteligibilidade de fala, não sendo a gravidade da lesão diretamente proporcional às conseqüências, pois casos mais leves podem apresentar problemas de fala bem mais acentuados que os mais graves.
A criança com disfunção neuromotora passa boa parte do tempo em posturas fixas e isso acarreta constantes anomalias posturais.
A paralisia cerebral interfere na interação da criança em contextos relevantes da vida. A influência vai além dos efeitos deletérios no desenvolvimento das atividades motoras globais e finas, estendendo-se para as atividades de rotina diária, assim como vestimenta, alimentação e banho.
É fundamental para o bem-estar do paciente que se descarte qualquer preconceito em relação ao seu desempenho mental, pois se sabe hoje que ele tem um desenvolvimento intelectual dentro dos parâmetros da normalidade, a menos que os campos cerebrais atingidos sejam aqueles aos quais se atribuem as funções do pensamento e da memória.
Mas às vezes, as faculdades de ver, ouvir ou falar são afetadas, o que impede que os conhecimentos emitidos sejam devidamente processados ou expressos. Assim, nestes casos, as pessoas portadoras destas necessidades especiais são equivocadamente consideradas como deficientes mentais.
O diagnóstico e as terapêuticas adequadas a esta doença são realizados por neurologistas infantis.
Vários pesquisadores concordam que a expressão ‘paralisia cerebral’ não é a mais apropriada para a compreensão deste distúrbio, que muitas vezes foi sinônimo de ‘invalidez’, condição que impossibilita a pessoa de trabalhar ou de exercer a sua profissão, mas, mesmo assim, na falta de uma terminologia melhor, ela vem sendo utilizada amplamente pelos profissionais desta área.
O tratamento varia conforme a natureza desta enfermidade. No caso, por exemplo, dos ataques epiléticos, é necessário controlar as crises; quando há espasmos, devem ser tomadas providências para contê-los; nos quadros em que membros superiores e/ou inferiores são atingidos, é preciso evitar contrações musculares e desfigurações.
A terapêutica é sempre interdisciplinar, pois para sua maior eficiência devem unir-se os esforços de médicos, psicólogos e fisioterapeutas. Algumas causas da Paralisia Cerebral podem ser listadas: no período anterior ao nascimento, destacam-se a rubéola, a sífilis, a toxoplasmose, a AIDS, o consumo de drogas, álcool e fumo; durante o parto, são mais comuns as hemorragias intracranianas; no intervalo do pós-parto podem ocorrer traumas cerebrais, meningites,convulsões, desnutrição, entre outros problemas.
O tipo de alteração causada se relaciona com a localização da lesão no cérebro. A paralisia é classificada de acordo com a alteração de movimento que predomina. A Paralisia Cerebral pode ser:
Espástica – É a mais freqüente, ocorre quando a lesão se localiza na área responsável pelo início dos movimentos voluntários. Há um comprometimento do Sistema Piramidal com a Hipertonia dos músculos. Se caracteriza pela lesão do motoneurônio superior no córtex ou nas vias que terminam na medula espinal. A espasticidade aumenta com as tentativas da criança de executar movimentos, e faz com que sejam bruscos, lentos e anárquicos. Os movimentos são excessivos, por causa do reflexo de estiramento estar exagerado. 
Atetóide - Causada pelo comprometimento do sistema Extra-Piramidal, o sistema muscular é instável e flutuante. Apresenta movimentos involuntários de pequena amplitude, golpes rápidos e involuntários no repouso e aumentam conforme o movimento voluntário. O Controle da cabeça é fraco, e as respostas a estímulos são instáveis. Apresentam flacidez e respiração anormal.
Atáxica – Comprometimentos do cérebro e das vias cerebelares. Apresenta falta de equilíbrio e falta de coordenação motora em atividades voluntárias. Há tremor intencional e disartria. Há pouco controle da cabeça e tronco. A fala é frequentemente indistinta, com salivação considerável. A ataxia pura na Paralisia Cerebral é rara e mais difícil de ser reconhecida. 
Mista - Combinam-se características da Paralisia Cerebral espástica, atetóide e atáxica. O tônus muscular tem um padrão mutante e a criança pode ter diferentes tipos das classificações anteriores durante seu crescimento.
DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico progressivo que afeta os centros cerebrais responsáveis pelo controle e regulação dos movimentos. É uma patologia que se desenvolve após os 50 anos,e é o segundo distúrbio neurológico mais comum no idoso. É decorrente da diminuição dos níveis de dopamina (substância produzida no cérebro que tem função de realizar a neurotransmissão).
 Tem como característica principal a bradicinesia (lentidão dos movimentos), e ainda se manifesta através de tremores em repouso, movimentos involuntários e contração ou rigidez muscular. Pode-se observar também uma diminuição do fluxo cerebral, o que acarreta a demência. A face pode ser afetada e torna-se pouco expressiva, podendo ser comparada a uma máscara, devido a uma limitação da musculatura facial. A fala apresenta um tom monótono e lento, com palavras mal articuladas (disartria) e há excesso de saliva em decorrência da falta de deglutição espontânea. Há perda dos reflexos posturais; a cabeça fica inclinada para frente e a marcha prejudicada. A perda do equilíbrio pode ocasionar quedas freqüentes.
Na sua forma típica a instalação e progressão da doença é insidiosa e lenta. Entretanto, em casos raros, os sintomas e sinais podem aparecer de maneira aguda, precipitados por estresse de infecção, ato cirúrgico ou traumatismo. As manifestações não raramente surgem em um hemicorpo ou mesmo num membro, mas, invariavelmente, evoluem de modo bilateral, podendo, entretanto, predominar numa determinada localização durante toda a evolução. 
O tremor usualmente se inicia e predomina nos membros superiores, em especial nas mãos e dedos. Pode evoluir para comprometimento de todo membro superior, lábios, mento, língua, e mesmo para membros inferiores. Caracteristicamente é tremor de repouso que desaparece ou diminui com o movimento ou com a manutenção de postura. Nem todos os pacientes têm tremor e a rigidez pode mascarar a presença do tremor. 
Sua causa é desconhecida. Pode ocorrer após encefalites, envenenamento ou intoxicação por manganês e monóxido de carbono; pode ser induzida por drogas, como magnésio, fenotiazina, haloperidol, reserpina, ferro, ou mesmo após hipóxia cerebral prolongada. 
O diagnóstico precoce pode ser difícil, e só poderá ser confirmado com a evidência de tremores, rigidez e movimentos lentos. As complicações decorrentes da imobilidade e as conseqüências das quedas e acidentes são as principais causas de morte. 
O tratamento da doença de Parkinson baseia-se em facilitar a transmissão da dopamina e inclui drogas anti-histamínicas, que possuem discreto efeito sedativo e podem auxiliar na diminuição dos tremores. Administrar drogas anticolinérgicas, que são eficazes para o controle dos tremores e rigidez, e a Levodopa, que é o agente mais eficaz para o tratamento da doença de Parkinson.
ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) faz parte, junto com a Atrofia Muscular Espinal Progressiva e a Paralisia Bulbar Progressiva, de um grupo de doenças do neurônio motor (Atrofias Musculares Neurogênicas) de etiologia desconhecida, sendo distúrbios caracterizados por fraqueza muscular e atrofia por denervação.
É uma patologia do Neurônio Motor que traz um grande grau de incapacidade. É considerada a doença de características mais devastadoras entre todas.
A principal queixa inicial apresentada é a fraqueza muscular, que ao exame físico se revela como amiotrofia, redução de força muscular e miofasciculacões. O tônus muscular pode estar elevado ou reduzido nas áreas de intensa amiotrofia de acordo com a fase evolutiva, acompanhando-se pela exacerbação ou lentificação dos reflexos profundos. O comprometimento bulbar manifesta-se normalmente como uma disartria (espástica) ou disfagia para líquidos, refletindo-se no exame físico inicialmente por fasciculações e atrofia de língua. Freqüentemente, o início da fraqueza muscular é focal, tendendo a se generalizar simetricamente, a sensibilidade e a função esfincteriana estão preservadas.
Cinco a dez por cento dos casos são familiares, com herança autossômica dominante.
Nessa síndrome os pacientes geralmente têm mais de 40 anos e a incidência da doença é maior em homens. Câimbras são comuns e podem anteceder a fraqueza muscular e atrofia que se iniciam pelas mãos, outras vezes pelos pés.
A doença se caracteriza por degeneração dos feixes corticospinais (via piramidal) e dos cornos anteriores da medula, motivos pelos quais poderão aparecer fraqueza muscular sem dores, atrofias musculares, fasciculações (movimentos involuntários visíveis em repouso) e espasticidade (contração súbita e involuntária dos músculos).
Este quadro começa lentamente a progredir, comprometendo finalmente os membros superiores e inferiores juntamente com a musculatura do pescoço e da língua, em alguns casos. O paciente pode manifestar dificuldade para deglutir, engolir a saliva e os alimentos (disfagia), apresentar perda de peso, e dificuldade na articulação das palavras (disartria).
A fala pode ser flácida ou contraída, podendo haver uma alternância desses dois aspectos. A dificuldade de deglutir resulta em salivação, enquanto as dificuldades de respirar levam a queixas de cansaço.
A morte ocorre geralmente dentro de dois a cinco anos, sendo que 20% dos pacientes sobrevivem seis anos.
Apesar do diagnóstico de um quadro generalizado ser considerado fácil, observa-se um atraso de 13 a 18 meses entre o início dos sintomas e a confirmação diagnóstica. Isso pode ser atribuído ao fato do paciente apresentar sintomas gradualmente, mas também se observa um grande numero de pacientes que têm seus quadros tratados inicialmente com outros diagnósticos, notadamente espodiloartropatias. Apesar de não existir tratamento etiológico, o início da terapia neuroprotetora deve ser o mais precoce possível, permitindo uma desaceleração na taxa de perda neuronal.
Ao realizar o diagnóstico, é necessário afastar possibilidades de compressões medulares, seja por tumores da medula espinal ou patologias raquidianas. Miopatias, atrofia por escoliose cervical, disco intervertebral roto, malformações congênitas da coluna cervical e esclerose múltipla devem ser excluídos como causa da atrofia muscular.
Exames como Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética Raquidemular e Eletroneuromielografia são elementos de peso para corroborar os achados clínicos. 
Na área da reabilitação, utilizam-se instrumentos de avaliação funcional que permitam classificar e acompanhar as perdas funcionais nas diversas áreas envolvidas. 
Fisioterapia deve ser planejada para ajudar o paciente a se exercitar, fazer alongamento e manter alguma flexibilidade. Um terapeuta ocupacional pode providenciar dispositivos adaptados às deficiências do paciente para que ele possa manter uma relativa independência funcional. Devem ser organizados, à medida que aumentam as dificuldades de fala do paciente, esquemas ou artifícios que o ajudem a se comunicar com os familiares, amigos, enfermagem e auxiliares.
Esta enfermidade não compromete as funções cerebrais, o que torna a evolução mais dolorosa para o paciente e os acompanhantes.
DOENÇA DE HUNTINGTON
A doença de Huntington é uma disfunção cerebral hereditária, que evolui com degeneração corporal e mental, e que é passada de uma geração a outra, com chance de acometer 50% dos filhos de pais ou mães portadores da doença. 
As principais características são o aparecimento de movimentos involuntários dos membros, do tronco e da face, diminuição da capacidade intelectual e alterações no comportamento e na personalidade.
A maioria das pessoas que possui o gene de Huntington em seu DNA manifesta os primeiros sintomas entre 35 e 45 anos de idade. Há também uma forma juvenil da doença que se desenvolve antes dos 20 anos.
Pacientes com doença de Huntington apresentam destruição do núcleo estriado, localizado no cérebro, que produz o neurotransmissor GABA. A redução da liberação do neurotransmissor no sistema nervoso determina o aparecimento de movimentos involuntários irregulares e decadência mental progressiva. O paciente tem dificuldade para falar, engolir e seu caminhar fica descoordenado. Depressão, apatia e irritabilidade são comuns.
A progressãoda doença é variável em pacientes distintos. Em geral ocorre perda progressiva da capacidade intelectual, impedindo eventualmente atividades produtivas. Pode ocorrer dificuldade do paciente para se alimentar, em estágios mais avançados, levando a uma dependência progressiva de cuidados de terceiros.
Para controlar os movimentos, são utilizados fármacos como o haloperidol e indutores de sonolência que promovem maior repouso e alívio dos sintomas. 
	
	
	
	
	
	
	
	
DISTONIA
A distonia consiste em contrações musculares espontâneas, involuntárias e prolongadas, que forçam as partes do corpo afetadas a movimentos ou posturas anormais, por vezes com contração de músculos agonistas e antagonistas. Afeta comumente as extremidades, o pescoço, o tronco, as pálpebras, a face ou as cordas vocais. Pode ser constante ou intermitente, generalizada ou segmentar, focal e multifocal ou em hemidistribuição. 
Os movimentos distonicos são padronizados, tendendo a recorrer no mesmo local. A velocidade da distonia varia de lenta (distonia atetóide) a rápida (distonia mioclónica). Quando a duração é muito breve, inferior a 1 segundo, diz-se que é um espasmo distonico; quando é mais prolongada, movimento distónico; e quando é duradouro (minutos a horas), postura distonica. 
Os doentes descobrem freqüentemente uma variedade de manobras peculiares (truques sensitivos) que podem usar para diminuir os movimentos e posturas distonicas e este fato é, muitas vezes, interpretado como histeria. 
A distonia generalizada provoca movimentos involuntários semelhantes em muitos aspectos à atetose, mas envolve grandes áreas corporais, produzindo posturas distorcidas do tronco e membros. Os movimentos são bizarros, lentos e grotescos, com caráter ondulante, sinuoso, de torção e voltas, com uma tendência para a contração ser mantida no pico do movimento (distonia de torção). Pode começar distalmente, geralmente no pé, com flexão plantar e inversão, e disseminação posterior. É característica a torção axial da coluna, com lordose, escoliose e inclinação dos ombros e da pélvis. 
Os músculos estão num estado constante de hipertonia e as contrações musculares provocam dores intensas. Os movimentos são acentuados pela atividade voluntária e pela emoção. Exemplos de patologias que cursam com distonias generalizadas incluem a distonia muscular deformante, a Doença de Wilson, a Síndrome de Hallervorden-Spatz, a DH e distonias induzidas por fármacos. 
As distonias focais são alterações que causam contrações involuntárias numa distribuição limitada. Um exemplo típico é a distonia cervical (torcicolo espasmódico), que afeta os músculos do pescoço e dos ombros, produzindo uma rotação prolongada da cabeça para um lado, freqüentemente com um elemento de inclinação. No início, estas alterações podem ser intermitentes ou paroxísticas (espasmódicas), mas com o tempo desenvolve-se uma contração persistente, com consequente desvio cefálico (figuras 11 e 12). 
A câimbra dos escritores é outro exemplo de distonia focal, dos músculos da mão ou do antebraço, provocada pela escrita.
INTERFACE COM A PSICOLOGIA
Quando alguém desenvolve uma doença neurológica, é extremamente importante que faça um acompanhamento psicológico, pois geralmente sofre, ou sofrerá restrições físicas, emocionais e sociais, modificando profundamente a vida das pessoas portadoras e de suas famílias. A intervenção psicológica atua junto desses membros orientando, e facilitando a conscientização e autonomia dos pacientes, auxiliando as necessidades emocionais básicas, e o desenvolvimento da auto-estima. 
O objetivo principal é o acolhimento e a reintegração do paciente na vida familiar e social. O paciente precisa sentir que não está sozinho no processo, e que é respeitado em seus limites e nas relações com os outros, sem que se sinta a margem dos grupos familiares e sociais, ou incapacitado de normalizar sua vida.
Depois de sofrer um AVE, por exemplo, o paciente poderá apresentar seqüelas que ocasionem mudança de comportamento e relacionamento, e durante o processo de adaptação, o paciente passará por estágios delicados em sua recuperação, e um acompanhamento psicológico poderá minimizar o sofrimento desse processo, ajudando o paciente a compreender todas as fases.
O processo de reabilitação implica em dinâmicas entre psicólogo e paciente, onde o paciente seja considerado como pessoa humana, e não como doente, para que seja mais motivado e participativo.
A família também poderá passar por assistência, com o uso de mecanismos de defesa, como forma de superar o momento de crise, considerando que é na família que o paciente encontra todo o apoio para recomeçar.
No caso da Lesão Medular, o impacto costuma ser reforçado pela sociedade, e os trabalhos com pacientes que sofreram a LM precisam abordar questões relativas aos relacionamentos sociais e à reprodução dos homens, já que a reprodução geralmente é afetada com a lesão. É necessário oferecer um programa de aconselhamento sexual e enfocar educação e informação sexuais relativas às repercussões da LM sobre a função sexual. 
Independente da doença, todos os pacientes portadores de doenças neurológicas precisam de um acompanhamento psicológico, que o auxilie na aceitação da doença e do tratamento, na comunicação com o mundo externo, na compreensão de cada fase e do que o paciente ainda deverá passar para dar continuidade ao tratamento, e na compreensão do papel que ela ocupa na sociedade e na família, do que ela representa, para que não desacredite de seu potencial, e não se entregue ao problema em questão.
CONCLUSÃO
O tratamento das patologias neurológicas pode ser feito com o auxílio de diversas especialidades, sendo a mais comum, a fisioterapia.
O intuito da reabilitação do paciente é restaurar a identidade pessoal e social dos lesionados, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo, a prevenção das possíveis deformidades resultantes da doença, a orientação ao paciente e à família, a melhoria das habilidades cognitivas e a reintegração do paciente a sociedade.
É preciso que o profissional responsável pelo tratamento compreenda as experiências vividas pelos pacientes, para proporcionar a eles elementos fundamentais para o cuidado com o ser humano, já que as doenças não interferem apenas nas condições físicas, mas também com as psicológicas, como: depressão, isolamento e não-aceitação da doença.
Tanto para a fisioterapia quanto para as outras especialidades, o tratamento é aplicado com base em vários métodos e técnicas específicas, que são selecionados e aplicados de acordo com as necessidades dos pacientes. Métodos estes, que vem se desenvolvendo cada vez mais, com a descoberta de novas técnicas que visem a melhoria da qualidade de vida e adaptação dos pacientes portadores de doenças neurológicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MIGUEL, M.D.;KRAYCHETE, D.C. Dor no paciente com lesão medular: uma revisão. Rev Bras Anestesiol. maio-jun. 2009.
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