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Revisão OAB – 2ª Fase Prisões em flagrante e preventiva Aula 0 06

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Revisão OAB – 2ª Fase 
Aula 06 de 06.
Prisões em Flagrante e Preventiva
Prisões (lei 12.403/2011)
Considerações
Prisão Pena – decorre de uma sentença condenatória transitada em julgado.
Prisão sem pena ou cautelar ou processual ou provisória – Antecede o trânsito em julgado. Aplicável quando do inquérito policial e durante o processo penal.
Obs.: Compatibilidade com o princípio da presunção de inocência – Para o STF, a presunção de inocência perdura até o trânsito em julgado da decisão e antes deste marco, o cárcere só é possível se presentes os requisitos de uma prisão cautelar.
Obs².: Execução Provisória – Para o STF, nas súmulas 716 e 717, o preso cautelar pode usufruir dos benefícios da lei de execução penal, desde que presentes os seguintes requisitos: I – sentença condenatória proferida; II – recurso apresentado apenas pela defesa (MP quedou-se inerte).
Vale destacar que não cabe execução provisória da pena – afronta ao princípio da presunção de inocência.
b.1) Prisão em flagrante
É a ferramenta, constitucionalmente assegurada, que autoriza a captura daquele que é surpreendido praticando delito, trazendo assim, as seguintes finalidades: evitar a consumação do delito; evitar a fuga; levantar indícios que viabilizem a futura deflagração do processo.
- Modalidades de Flagrante:
I – Próprio / Real / Propriamente dito – ocorre quando o agente é capturado praticando a infração, ou seja, cometendo o delito (realizando os atos executórios – Art. 302, I, CPP), ou, quando capturado logo após cometer infração penal (concluiu os atos executórios, mas ainda não deixou o local do crime – Art. 302, II, CPP).
II – Impróprio / Irreal / Quase flagrante – o agente é perseguido logo após a pratica da infração, e havendo êxito, ele será capturado em situação que faça presumir que é ele o responsável (art. 302, III, CPP). 
Obs.: O conceito de perseguição está descrito nos arts. 250 e 290, CPP. 
Obs².: tempo da perseguição – não há prazo pré-definido. A perseguição perdura enquanto houver necessidade. 
Obs³.: Requisito de validade – a perseguição precisa ser contínua/ininterrupta, todavia, não precisa contato visual, pois, a perseguição também se dá por informações e indícios do paradeiro do agente.
III – Presumido / Ficto / Assimilado – O agente é preso logo depois de cometer infração com instrumento, arma, objetos ou papeis que presumam ser ele o autor do delito (art. 302, IV, CPP). 
Não é necessária a perseguição ou o agente estar no local do crime. O lapso temporal entre a infração e prisão pode ser maior que o flagrante impróprio.
IV – Obrigatório / Compulsório – inerente à atuação das forças policiais (art. 301, CPP).
V – Facultativo – inerente à atividade de qualquer pessoa (art. 301, CPP).
VI – Forjado / Armado / Fabricado – Flagrante Ilícito. A pessoa capturada não tinha desejo de delinquir nem possui conhecimento do que estava acontecendo.
Percebe-se que a prisão efetivada é manifestamente ilegal, devendo ser relaxada. (art. 310, I, CPP c/c art. 5º, LXV, CF).
O agente forjador pratica crime de denunciação caluniosa (art. 339, CP) e se for agente público, abuso de autoridade (lei 4.898/65).
Ex.: Patroa que coloca itens na bolsa da empregada doméstica e a denuncia por furto.
		VII – Esperado (previsão apenas na doutrina) – a policia promove campana (tocaia), aguardando a prática do primeiro ato executório para promover a captura.
Obs.: Vale lembrar que em nenhum momento, a polícia se intrometeu na conduta criminosa, ou, incentivou a prática do delito.
VIII – Preparado / Provocado / Delito de ensaio / Delito putativo (imaginado) por obra do agente provocador – o agente é induzido ou instigado à prática da infração penal na expectativa de que seja capturado em flagrante.
Segundo o STF, na súmula 145, não se pode estimular ardilosamente a prática de delito na esperança de capturar as pessoas seduzidas, já que os fins não justificam os meios. Neste caso, a prisão é ilegal, devendo ser relaxada, e o fato praticado pela pessoa seduzida é atípico, pois caracteriza crime impossível por absoluta ineficácia do meio.
Obs.: Situação especial do tráfico de drogas – se o traficante já tinha a droga consigo ou em estoque para comercializar quando é abordado por policial disfarçado de usuário, estaremos diante de uma prisão legal, pois a consumação do tráfico era preexistente a provocação.
IX – Postergado / Diferido/ Retardado / Ação controlada – no crime organizado, se a polícia postergar o flagrante, é necessário que o juiz competente seja informado e, ouvindo o MP, ele poderá definir os limites da diligência (art. 8º, lei 12.850/2013).
No tráfico de drogas, o flagrante postergado pressupõe prévia autorização do Juiz com oitiva do MP. Além disso, é necessário que seja informado o provável itinerário da droga e quem são os infratores envolvidos. (art. 53, lei 11.343/06).
- Flagrante nas várias espécies de infração:
a) Regra Geral: O flagrante é cabível para todo tipo de infração.
b) Situações especiais: 
	b.1) Infrações de menor potencial ofensivo (crimes com pena até 02 anos e contravenções) – o auto de flagrante é substituído pela mera elaboração do Termo Circunstaciado de Ocorrência e o agente não ficará encarcerado (art. 69, Lei 9.099/95).
	b.2) Crimes permanentes – A prisão em flagrante é cabível a qualquer tempo, enquanto perdurar a permanência (art. 303, CPP), admitindo-se, inclusive, a invasão domiciliar (a qualquer tempo e sem ordem judicial).
	b.3) Crimes de ação privada e de ação pública condicionada – a lavratura do auto pressupõe manifestação de vontade do legítimo interessado sob pena de patente ilegalidade.
- Estrutura do Procedimento do Flagrante:
* Estrutura Macro:
	1º - Captura (preso) – ela caracteriza o imediato cerceamento da liberdade;
Obs.: Uso de algemas – Os parâmetros para utilização estão na súmula vinculante 11 do STF e o descumprimento dos preceitos da súmula, ocasiona a ilegalidade prisional, sem prejuízo, da responsabilidade penal, administrativa e civil do responsável pelo ato, o que não inibe a responsabilidade objetiva do estado no que pertine à indenização.
	2º - Condução coercitiva (até a presença da autoridade - art. 308, CPP) – tem como fim a formalização da prisão (laudo).
	3º - Lavratura do auto de prisão em flagrante (art. 304, CPP).
	4º - Recolhimento à prisão (encarceramento do acusado).
* Postura final do delegado - Em 24h, contadas da prisão (captura), o delegado tem as seguintes obrigações a cumprir:
I – Remeter o auto ao juiz;
	I.I - O Juiz pode decretar a PRISÃO ILEGAL, decretando também o RELAXAMENTO (libertação incondicional do agente que foi preso ilegalmente – art. 5º, LXV, CF c/c art. 310, I, CPP).
		Obs.: Nada impede que o advogado apresente um requerimento de relaxamento ao Juiz por meio de uma petição.
			I.II – O juiz pode entender que a PRISÃO é LEGAL, homologando, assim, o auto de prisão em flagrante.
	
b.2) Prisão Preventiva
b.3) Prisão Temporária

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