Buscar

_Conhecimentos(1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 1 
 
 
1. Abertura e movimentação de contas: documentos básicos. 
 
1.1Tipos de conta: 
Os principais tipos de conta são: a conta de depósito à vista, a conta de depósito de poupança e a "conta-salário". 
A conta de depósito à vista é o tipo mais usual de conta bancária. Nela, o dinheiro do depositante fica à sua disposição para ser sacado a 
qualquer momento. 
A poupança foi criada para estimular a economia popular e permite a aplicação de pequenos valores que passam a gerar rendimentos 
mensalmente. 
A "conta-salário" é um tipo especial de conta de registro e controle de fluxo de recursos, destinada a receber salários, proventos, soldos, 
vencimentos, aposentadorias, pensões e similares. A "conta-salário" não admite outro tipo de depósito além dos créditos da entidade pagadora 
e não é movimentável por cheques. 
1.2 Documentos para abertura de contas: 
A abertura e a manutenção de conta de depósito pressupõem contrato firmado entre as partes – instituição financeira e cliente. O banco não é 
obrigado a abrir ou manter conta de depósito para o cidadão. Este, por sua vez, pode escolher a instituição que lhe apresente as condições 
mais adequadas para firmar tal contrato. 
Para abertura de conta de depósito, é necessário preencher a ficha-proposta de abertura de conta, que é o contrato firmado entre banco e 
cliente, e apresentar os originais dos seguintes documentos: 
I – Qualificação do depositante: 
 no caso de pessoa física: nome completo, filiação, nacionalidade, data e local do nascimento, sexo, estado civil, nome do 
cônjuge, se casado, profissão, documento de identificação (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor) e número de 
inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; 
 no caso de pessoa jurídica: razão social, atividade principal, forma e data de constituição, documentos, contendo as 
informações referidas na alínea anterior, que qualifiquem e autorizem os representantes, mandatários ou prepostos a 
movimentar a conta, número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ e atos constitutivos, devidamente 
registrados, na forma da lei, na autoridade competente; (NR) 
II - endereços residencial e comercial completos; (NR) 
III - número do telefone e código DDD; 
IV - fontes de referência consultadas; 
V - data da abertura da conta e respectivo número; 
VI - assinatura do depositante. 
Importante: A ficha-proposta relativa a conta de depósitos à vista deverá conter, ainda, cláusulas tratando, entre outros, dos seguintes 
assuntos: (RESOLUÇÃO BACEN N° 2025) 
I - saldo exigido para manutenção da conta; (NR) 
II - condições estipuladas para fornecimento de talonário de cheques; 
III - revogado; 
IV - obrigatoriedade de comunicação, devidamente formalizada pelo depositante, sobre qualquer alteração nos dados cadastrais e nos 
documentos referidos no art. 1º desta Resolução; (NR) 
V - inclusão do nome do depositante no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), nos termos da regulamentação em vigor, no 
caso de emissão de cheques sem fundos, com a devolução dos cheques em poder do depositante à instituição financeira; (NR) 
 VI - informação de que os cheques liquidados, uma vez microfilmados, poderão ser destruídos; (NR) 
VII - procedimentos a serem observados com vistas ao encerramento da conta de depósitos, respeitado o disposto no art. 12 desta Resolução. 
 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 2 
 
 
Além disso, a instituição financeira pode estabelecer critérios próprios para abertura de conta de depósito, desde que seguidos os 
procedimentos previstos na regulamentação vigente (art. 1º da Resolução CMN 2.025, de 1993 , com a redação dada pela Resolução CMN 
2.747, de 2000). 
Abaixo serão destacados alguns itens importantes da Resolução Bacen n° 2025, que altera e consolida as normas relativas à abertura, 
manutenção e movimentação de contas de depósitos: 
 
 Se a conta de depósitos for titulada por menor ou por pessoa incapaz, além de sua qualificação, também deverá ser identificado o 
responsável que o assistir ou o representar. 
 Nos casos de isenção de CPF e de CNPJ previstos na legislação em vigor, deverá esse fato ser registrado no campo da ficha-
proposta destinado a essas informações. 
 As informações constantes da ficha-proposta, bem como os elementos de identificação e localização do proponente, devem ser 
conferidos à vista de documentação competente, observada a responsabilidade da instituição pela verificação acerca da exatidão das 
informações prestadas. 
 A instituição deve manter arquivadas, junto à ficha-proposta de abertura da conta de depósitos, cópias legíveis e em bom estado da 
documentação referida neste artigo. 
 As fichas-proposta, bem como as cópias da documentação referida no artigo anterior, poderão ser microfilmadas,decorrido o prazo 
mínimo de 5 (cinco) anos, observada a regulamentação vigente. 
 É proibida a abertura de conta sob nome abreviado ou de qualquer forma alterado, inclusive mediante supressão de parte ou partes 
do nome do depositante. 
 É vedado o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto não verificadas as informações constantes da ficha-
proposta ou quando, a qualquer tempo, forem constatadas irregularidades nos dados de identificação do depositante ou de seu 
procurador. 
 Quando, por qualquer motivo, o titular estiver impedido de receber talonário de cheques, a conta de depósitos à vista somente poderá 
ser movimentada por meio de cheque avulso, nominativo ao próprio emitente, por recibo ou por meios eletrônicos de pagamento. 
 É vedada a estipulação de cláusulas na ficha-proposta que, em qualquer hipótese, impeçam ou criem limitações à sustação de 
pagamento de cheques. 
 É facultada à instituição financeira a abertura, manutenção ou encerramento de conta de depósitos à vista cujo titular figure ou tenha 
figurado no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). 
 É proibido o fornecimento de talonário de cheques ao depositante enquanto figurar no CCF. 
 A instituição financeira deve manter cartão com autógrafos atualizados do depositante, podendo a ficha-proposta de conta de 
depósitos à vista servir para este fim. 
 Cabe à instituição financeira esclarecer ao depositante acerca das condições exigidas para a rescisão do contrato de conta de 
depósitos à vista por iniciativa de Resolução n° 2025, de 24 de novembro de 1993 qualquer das partes, devendo ser incluídas na 
ficha-proposta as seguintes disposições mínimas: 
I - comunicação prévia, por escrito, da intenção de rescindir o contrato; 
II - prazo para adoção das providências relacionadas à rescisão do contrato; 
III - devolução, à instituição financeira, das folhas de cheque em poder do correntista, ou de apresentação de declaração, por esse 
último, de que as inutilizou; 
IV - manutenção de fundos suficientes, por parte do correntista, para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição 
financeira ou decorrentes de disposições legais; 
V - expedição de aviso da instituição financeira ao correntista, admitida a utilização de meio eletrônico, com a data do efetivo 
encerramento da conta de depósitos à vista. 
 1º A instituição financeira deve manter registro da ocorrência relativa ao encerramento da conta de depósitos à vista. 
2º O pedido de encerramento de conta de depósitos deve ser acatado mesmo na hipótese de existência de cheques sustados, 
revogados ou cancelados por qualquer causa, os quais, se apresentados dentro do prazo de prescrição, deverão ser devolvidos pelos 
respectivos motivos, mesmo após o encerramento da conta, não eximindo o emitente de suas obrigações legais. 
 A instituição financeira deverá encerrar conta de depósito em relação à qual verificar irregularidades nas informaçõesprestadas, 
julgadas de natureza grave, comunicando o fato, de imediato, ao Banco Central do Brasil. 
 As instituições financeiras deverão designar, expressamente, um diretor que deverá zelar pelo cumprimento das normas de abertura, 
manutenção e movimentação das contas de que trata esta resolução. 
 
 
 
Perguntas e respostas do BACEN: 
a. O dinheiro depositado em qualquer tipo de conta pode ser transferido, pelo banco, para qualquer modalidade de investimento sem 
minha autorização? 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 3 
 
 
Não. Somente com sua autorização feita por escrito ou por meio eletrônico. 
b. O banco pode fazer débitos em minha conta sem minha autorização? 
Não. O banco só pode debitar sua conta se tiver sido autorizado por você. Essa autorização pode ocorrer no momento da assinatura do 
contrato, ou em contratos de financiamento e empréstimo em que você concorde com o débito em sua conta, ou ainda nas situações de 
agendamento de pagamento solicitado por você. 
O débito relativo a tarifas bancárias normalmente é autorizado no momento da assinatura do contrato. Verifique seu contrato. Observe que, 
mesmo autorizado, o débito referente à cobrança de tarifa em conta corrente e em conta de poupança não pode ser superior ao saldo 
disponível, sendo que o saldo disponível em conta corrente compreende o saldo em sua conta mais o limite de cheque especial, quando 
houver. O débito referente à cobrança de tarifa em conta de poupança somente poderá ocorrer após o lançamento dos rendimentos de cada 
período. 
c. O que é necessário para encerrar a minha conta no banco? 
Por ser um contrato voluntário e por tempo indeterminado, uma conta bancária pode ser encerrada por qualquer uma das partes envolvidas. 
Quando a iniciativa do encerramento for do banco, ele deve: 
 comunicar o fato a você, solicitando-lhe a regularização do saldo e a devolução dos cheques por acaso em seu poder; 
 anotar a decisão na ficha-proposta. 
O banco deverá encerrar a conta se forem verificadas irregularidades nas informações prestadas, julgadas de natureza grave, comunicando o 
fato imediatamente ao Banco Central. 
No caso da inclusão no CCF, o encerramento da conta depende de decisão do banco. Contudo, é proibido o fornecimento de talonário de 
cheques ao depositante enquanto seu nome figurar no CCF. 
Quando a iniciativa do encerramento for sua, você deverá observar os seguintes cuidados: 
 solicitar, por escrito, ao banco o encerramento da conta, exigindo recibo na cópia da solicitação; 
 verificar se todos os cheques emitidos foram compensados para evitar que seu nome seja incluído no CCF pelo motivo 13 
(conta encerrada); 
 entregar ao banco as folhas de cheque ainda em seu poder, ou apresentar declaração de que as inutilizou; 
 solicitar o cancelamento dos débitos automáticos em conta, caso existentes; 
 manter recursos suficientes para o pagamento de compromissos assumidos com a instituição financeira ou decorrentes de 
disposições legais. 
A instituição financeira deve lhe informar a data do efetivo encerramento da conta, por correspondência ou por meio eletrônico. 
Lembramos que contas inativas não são encerradas automaticamente após um certo período sem movimentação. É necessário seguir os 
procedimentos acima para o encerramento da conta. 
d. O menor de idade pode ser titular de conta bancária 
Sim. O jovem menor de 16 anos precisa ser representado pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. O maior de 16 e menor de 18 anos não 
emancipado deve ser assistido pelo pai, pela mãe ou pelo responsável legal. 
 
2 Pessoa física e pessoa jurídica: capacidade e incapacidade civil, representação e domicílio. 
O sujeito de direito pode ser uma pessoa, homem ou mulher ou um grupo de pessoas, ao qual se atribui artificialmente uma unidade, 
denominando-se como pessoa jurídica. 
 
Adquirida a personalidade, toda pessoa passa a ser capaz de direitos e obrigações. Porém, nem toda pessoa possui aptidão para exercer 
pessoalmente os seus direitos, em razão da existência de limitações orgânicas ou psicológicas. No caso de poder exercer pessoalmente, 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 4 
 
 
possuem também capacidade de fato ou de exercício. Havendo a reunião dos dois atributos, capacidade de direito e de fato, a pessoa passa a 
ter a capacidade civil plena. 
Pode-se ter capacidade de direito sem capacidade de fato, ou seja, a pessoa adquire o direito, e não pode exercê-la por si. Esta 
impossibilidade de exercício é chamada tecnicamente incapacidade. 
A incapacidade civil é instituto que tem fundamento protetivo; procura resguardar determinadas pessoas que não possuem as condições 
necessárias para exercitar pessoalmente os direitos e deveres que lhes são conferidos pelas relações jurídicas existentes, sendo necessário 
que outras pessoas as representem. 
A incapacidade se caracteriza pela falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil, podendo ser ela absoluta ou relativa. 
 
O legislador considerou como pessoas absolutamente incapazes aquelas que se enquadram nas hipóteses do artigo 3º do novo Código Civil. 
Artigo 3º - São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: 
§ 1º - os menores de 16 anos; 
§ 2º - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; 
§ 3º - os que, mesmo por causa transitória não puderem exprimir a sua vontade. 
As pessoas com idade inferior a 16 anos são consideradas pelo legislador como imaturas para a prática dos atos e dos negócios jurídicos. São 
as crianças e adolescentes. Ainda não alcançaram discernimento para distinguir o que lhes convém. Assim, a lei desconsidera a sua vontade, 
impedindo que atue pessoalmente na vida jurídica. 
Também são absolutamente incapazes os que, por enfermidade, ou deficiência mental, não tiveram o necessário discernimento para a prática 
dos atos da vida civil. São as pessoas que sofrem de doença ou deficiência mental, a ponto de se tornarem impossibilitadas de praticar atos no 
mundo jurídico. 
O novo Código Civil corretamente afastou a expressão anteriormente utilizada pelo Código Civil de 1916, “loucos de todo gênero”. Importante 
observar que a incapacidade deve ser oficialmente reconhecida por meio de processo de interdição. A sentença que declarar a interdição deve 
ser registrada no respectivo Cartório de Registro Civil. Ainda são considerados como absolutamente incapazes os que, mesmo por causa 
transitória, não puderem exprimir a sua vontade. 
 
As pessoas que apresentam quadro de doença ou de deficiência mental total temporária são consideradas absolutamente incapazes, como o 
caso dos dependentes de tóxicos ou de substâncias entorpecentes, os quais sem ainda terem evoluído para o quadro clínico, estejam sob o 
efeito da maléfica substância que acabe por lhes privarem totalmente do discernimento. Também podem ser incluídos na situação o 
hipnotizado e o ébrio. Isso porque se o negócio jurídico é um ato de vontade, é evidente que se este, ainda que por motivo transitório não pode 
externar a sua vontade, o ato por ele praticado não pode prevalecer, pois carece do seu elemento gerador, que é a manifestação válida da 
vontade. 
 
Incapacidade Relativa 
A incapacidade relativa se situa entre a incapacidade absoluta e a capacidade civil plena. São pessoas que, em razão de circunstâncias 
pessoais ou em função de uma imperfeita coordenação das faculdades psíquicas, não desfrutam de total capacidade de discernimento, sendo 
então, assistidos pelo respectivo responsável, também denominado assistente. 
 
O ordenamento jurídico não reconhece as pessoas relativamente incapazes, à plenitude das atividades civis, mas também não irá priva-los 
totalmente de interferir nos atosjudiciais. O exercício dos seus direitos se realiza com a sua presença, mas o ordenamento jurídico exige que 
sejam eles assistidos por quem o direito positivo encarrega desse ofício, em razão do laço de parentesco ou em virtude de relação de ordem 
civil ou ainda, por designação judicial. Vejamos o que diz o Artigo 4º do novo Código Civil: 
 
 
Artigo 4º - São incapazes relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
§ 1º - os maiores de 16 e menores de 18 anos; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 5 
 
 
§ 2º - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; 
§ 3º - os excepcionais sem desenvolvimento mental completo; 
§ 4º - os pródigos. 
Parágrafo Único: a capacidade dos índios será regulada por legislação especial. 
 
O novo Código Civil considera como relativamente incapazes pessoas que se encontrem nas seguintes hipóteses: 
• As pessoas maiores de 16 anos e menores de 18 anos já atingiram razoável discernimento intelectual, o que lhe possibilita a atuação na 
ordem civil, desde que se submeta aos requisitos exigidos pela lei, sendo que, o mais relevante deles é o de vir o menor assistido por seu 
representante; 
• Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que por deficiência mental têm o discernimento reduzido; 
• Os ébrios e os viciados em tóxicos, cuja capacidade de discernimento tenha sofrido redução em razão do vício, mas que ainda esteja 
presente em grau razoável, são considerados apenas relativamente capazes, devendo, portanto, serem assistidos nos atos da vida civil, 
podendo eles até mesmo serem interditados parcialmente por conta da impropriedade psíquica que lhe sobreveio em razão do vício. 
 
Da mesma forma, a lei considera aqueles que por deficiência mental igualmente tenham o discernimento reduzido, valendo ressaltar que a 
regra constante do inciso 2º do Artigo 4º do novo Código Civil nesse particular destinam-se às causas não congênitas, ou seja, supervenientes 
ao nascimento, tanto de caráter patológico quanto acidentário. 
Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo são aquelas pessoas portadoras da conhecida “Síndrome de Down” tendo em conta 
que não obstante o fato de que elas não chegarão atingir um desenvolvimento mental completo, merecem educação especial e podem 
perfeitamente ingressar no mercado de trabalho. 
 
O inciso 4º se refere aos pródigos. Pródigo é a pessoa que dilapida seu patrimônio e promove gastos desmensurados. A prodigialidade pode 
decorrer de oneomania, que é a perturbação mental que leva a pessoa a adquirir todas as coisas que pretende, de forma financeiramente 
descontrolada. Sibomania, que é a perturbação mental que leva a pessoa gastar o seu patrimônio em jogos de azar e imoral, que é a 
perturbação mental que leva a pessoa a gastar seu patrimônio por força de relações sexuais. 
 
Porém, o reconhecimento judicial da prodigialidade não impede o pródigo de praticar todos os atos da vida civil, mas tão somente aqueles que 
acarretam a disposição patrimonial, como: emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, propor ação ou ser demandado e praticar os 
atos distintos da mera administração de bens. 
A pessoa física ou também chamada como natural, como o próprio nome induz, somos nós (seres humanos, pessoas, cidadãos) que obtemos 
pelo Banco Central o CPF (certificado de Pessoas Físicas) sem este certificado é quase impossível fazer qualquer movimentação econômica e 
financeira. 
A pessoa Jurídica tem a personificação de uma empresa, sociedade, autarquias, associações... que poderá fazer sua movimentação 
econômica através do CNPJ (certificado Nacional de pessoas Jurídicas). 
 
3 Cheque – requisitos essenciais, circulação, endosso, cruzamento, compensação. 
 
O que é o cheque? 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista e um título de crédito. 
A operação com cheque envolve três agentes: 
o emitente (emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 6 
 
 
o beneficiário, que é a pessoa a favor de quem o cheque é emitido; e 
o sacado, que é o banco onde está depositado o dinheiro do emitente. 
O cheque é uma ordem de pagamento à vista, porque deve ser pago no momento de sua apresentação ao banco sacado. Contudo, para os 
cheques de valor superior a R$ 5 mil, é prudente que o cliente comunique ao banco com antecedência, pois a instituição pode postergar 
saques acima desse valor para o expediente seguinte. 
O cheque é também um título de crédito para o beneficiário que o recebe, porque pode ser protestado ou executado em juízo. 
No cheque estão presentes dois tipos de relação jurídica: uma entre o emitente e o banco (baseada na conta bancária); outra entre o emitente 
e o beneficiário. 
 Quais as formas de emissão do cheque? 
O cheque pode ser emitido de três formas: 
nominal (ou nominativo) à ordem: só pode ser apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser transferido por 
endosso do beneficiário; 
nominal não à ordem: não pode ser transferido pelo beneficiário; e 
ao portador: não nomeia um beneficiário e é pagável a quem o apresente ao banco sacado. Não pode ter valor superior a R$ 100. 
Para tornar um cheque não à ordem, basta o emitente escrever, após o nome do beneficiário, a expressão “não à ordem”, ou “não-transferível”, 
ou “proibido o endosso”, ou outra equivalente. 
Cheque de valor superior a R$100 tem que ser nominal, ou seja, trazer a identificação do beneficiário. O cheque de valor superior a R$100 
emitido sem identificação do beneficiário será devolvido pelo motivo '48-cheque emitido sem identificação do beneficiário - acima do valor 
estabelecido'. 
As pessoas, lojas, empresas são obrigadas a receber cheques? 
Não. Apenas as cédulas e as moedas do real têm curso forçado. Veja também as perguntas e respostas sobre o uso do dinheiro. 
O que é cheque especial? 
O chamado cheque especial é um produto que decorre de uma relação contratual em que é fornecida ao cliente uma linha de crédito para 
cobrir cheques que ultrapassem o valor existente na conta. O banco cobra juros por esse empréstimo. 
Um cheque apresentado antes do dia nele indicado (pré-datado) pode ser pago pelo banco? 
Sim. O cheque é uma ordem de pagamento à vista, válida para o dia de sua apresentação ao banco, mesmo que nele esteja indicada uma 
data futura. Se houver fundos, o cheque pré-datado é pago; se não houver, é devolvido pelo motivo 11 ou 12. 
Do ponto de vista da operação comercial, divergências devem ser tratadas na esfera judicial. 
Quais os principais motivos para devolução de cheque? 
Os motivos de devolução dos cheques podem ser consultados na tabela disponível em nossa página, seguindo "Sistema Financeiro Nacional > 
Informações sobre operações bancárias > Cheques > Motivos de devolução de cheques e documentos". 
O motivo de devolução deve ser registrado no cheque? 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 7 
 
 
Sim. Ao recusar o pagamento de cheque apresentado para compensação, a instituição deve registrar, no verso do cheque, em declaração 
datada, o código correspondente ao motivo da devolução. No caso de cheque apresentado ao caixa, o registro deve ser feito com anuência do 
beneficiário. 
O banco é obrigado a comunicar ao emitente a devolução de cheques sem fundos? 
Somente nos motivos 12, 13 e 14, que implicam inclusão do seu nome no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF). 
O correntista pode impedir o pagamento de um cheque já emitido? 
Sim. Existem duas formas: 
oposição ao pagamento ou sustação, que pode ser determinada pelo emitente ou pelo portador legitimado, durante o prazo de apresentação; 
contra-ordem ou revogação, que é determinadapelo emitente após o término do prazo de apresentação. 
Os bancos não podem impedir ou limitar o direito do emitente de sustar o pagamento de um cheque. No entanto, os bancos podem cobrar tarifa 
pela sustação, cujo valor deve constar da tabela de serviços prioritários da instituição. (Veja também as perguntas e respostas sobre tarifas 
bancárias.) 
No caso de cheque devolvido por sustação, cabe ao banco sacado informar o motivo alegado pelo oponente, sempre que solicitado pelo 
favorecido nominalmente indicado no cheque ou pelo portador, quando se tratar de cheque cujo valor dispense a indicação do favorecido. 
O banco pode fornecer informações sobre o emitente de cheque devolvido? 
A instituição financeira sacada é obrigada a fornecer, mediante solicitação formal do interessado, nome completo e endereços residencial e 
comercial do emitente, no caso de cheque devolvido por: 
 insuficiência de fundos; 
 motivos que ensejam registro de ocorrência no CCF; 
 sustação ou revogação devidamente confirmada, não motivada por furto, roubo ou extravio; 
 divergência, insuficiência ou ausência de assinatura; ou 
 erro formal de preenchimento. 
As informações referidas acima devem ser prestadas em documento timbrado da instituição financeira e somente podem ser fornecidas: 
 ao beneficiário, caso esteja indicado no cheque, ou a mandatário legalmente constituído; ou 
 ao portador, em se tratando de cheque em relação ao qual a legislação em vigor não exija a identificação do beneficiário e que não 
contenha a referida identificação. 
 O que fazer no caso de ter cheque furtado ou roubado? 
No caso de furto ou roubo de folha de cheque em branco ou de cheque emitido, o correntista deve, primeiro, registrar ocorrência policial. No ato 
de sustação, deve ser apresentado, ao banco, o boletim de ocorrência. Assim, o cheque, se apresentado, será devolvido pelo motivo 20 (folha 
roubada e sustada) ou 28 (cheque roubado e sustado), conforme o caso, e o banco estará proibido de fornecer qualquer informação ao 
portador. 
Nesse caso, o correntista fica liberado do pagamento das taxas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e, no caso de ter sido incluído 
indevidamente no CCF, da tarifa pelo serviço de exclusão do seu nome do cadastro. No entanto, o banco pode cobrar tarifa pela sustação do 
cheque, cujo valor deve constar da tabela de serviços prioritários da instituição. 
A solicitação de sustação pode ser realizada em caráter provisório, mediante qualquer meio de comunicação. A solicitação deve ser confirmada 
até o encerramento do expediente ao público do segundo dia útil seguinte ao do registro da solicitação, excluído o próprio dia da comunicação, 
sendo, em caso contrário, considerada inexistente pela instituição financeira. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 8 
 
 
Um cheque devolvido pelo motivo 11 (insuficiência de fundos na primeira apresentação) pode ser sustado pelo emitente antes da 
segunda apresentação? 
Sim. Um cheque já devolvido pelo motivo 11 pode ser sustado pelo emitente e devolvido pelo motivo 21. 
Quais as consequências para o correntista que emitir cheque sem fundos ou sustar indevidamente o seu pagamento? 
A emissão de cheque sem fundo acarretará a inclusão do nome do emitente no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e nos 
cadastros de devedores mantidos pelas instituições financeiras e entidades comerciais, na segunda apresentação do cheque para pagamento. 
O correntista cujo nome estiver incluído no CCF não poderá receber novo talonário de cheque. Além disso, o beneficiário do cheque poderá 
protestá-lo e executá-lo. 
A emissão deliberada de cheque sem provisão de fundos é considerada crime de estelionato. 
Quanto à sustação indevida, embora o banco não possa julgar o motivo alegado pelo emitente para a sustação de cheque, o beneficiário pode 
recorrer à justiça para pagamento da dívida, bem como pode protestar o cheque, que é um título de crédito. 
Qual o procedimento do banco quando o cheque apresentar valor numérico diferente do valor por extenso? 
Feita a indicação da quantia em algarismos e por extenso, prevalece o valor escrito por extenso no caso de divergência. Indicada a quantia 
mais de uma vez, quer por extenso, quer por algarismos, prevalece a indicação da menor quantia no caso de divergência. 
Com relação à indicação do valor correspondente aos centavos, não é obrigatória a grafia por extenso, desde que: 
o valor integral seja especificado em algarismos no campo próprio da folha de cheque; 
a expressão "e centavos acima" conste da folha de cheque, grafada pelo emitente ou impressa no final do espaço destinado à grafia por 
extenso de seu valor. 
O cheque pode ser preenchido com tinta de qualquer cor? 
Sim, porém os cheques preenchidos com outra tinta que não azul ou preta podem, no processo de microfilmagem, ficar ilegíveis. 
 Quais os prazos para pagamento de cheques? 
Existem dois prazos que devem ser observados: 
 prazo de apresentação, que é de 30 dias, a contar da data de emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco sacado; 
e de 60 dias para os cheques emitidos em outra praça; e 
 prazo de prescrição, que é de 6 meses decorridos a partir do término do prazo de apresentação. 
Mesmo após o prazo de apresentação, o cheque é pago se houver fundos na conta. Se não houver, o cheque é devolvido pelo motivo 11 
(primeira apresentação) ou 12 (segunda apresentação), sendo, neste caso, o seu nome incluído no CCF. 
Quando apresentado após o prazo de prescrição, o cheque é devolvido pelo motivo 44, não podendo ser pago pelo banco, mesmo que a conta 
tenha saldo disponível. 
O que significa um cheque cruzado? 
Significa que o cheque somente pode ser pago mediante crédito em conta. 
O cruzamento pode ser geral, quando não indica o nome do banco, ou especial, quando o nome do banco aparece entre os traços de 
cruzamento. 
O cruzamento não pode ser anulado. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 9 
 
 
O banco é obrigado a fornecer talão de cheques a todo correntista? 
Não. Os bancos devem estabelecer as condições, que devem constar do contrato de abertura de conta corrente, para o fornecimento de 
cheques para seus clientes. Essas condições devem ser estabelecidas com base, entre outros, em critérios relacionados à suficiência de saldo, 
restrições cadastrais, histórico de práticas e ocorrências na utilização de cheques, estoque de folhas de cheque em poder do correntista, 
registro no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF) e regularidade dos dados e documentos de identificação do correntista. 
Qual a idade mínima para eu receber talão de cheques? 
A partir de 16 anos de idade, desde que autorizado pelo responsável que o assistir. 
4 Sistema de Pagamentos Brasileiro. 
Introdução 
Até meados dos anos 90, as mudanças no Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB foram motivadas pela necessidade de se lidar com altas 
taxas de inflação e, por isso, o progresso tecnológico então alcançado visou principalmente o aumento da velocidade de processamento das 
transações financeiras. Na reforma conduzida pelo Banco Central do Brasil em 2001 e 2002, o foco foi redirecionado para a administração de 
riscos. Nessa linha, a entrada em funcionamento do Sistema de Transferência de Reservas - STR, em 22 de abril daquele ano, marca o início 
de uma nova fase do SPB. Com esse sistema, operado pelo Banco Central do Brasil, o País ingressou no grupo de países em que 
transferências de fundos interbancárias podem ser liquidadas em tempo real, em caráter irrevogável e incondicional. Esse fato, por si só, 
possibilita redução dos riscos de liquidação1 nas operações interbancárias, com conseqüente redução também do risco sistêmico, isto é, o risco 
de que a quebra de um banco provoquea quebra em cadeia de outros bancos, no chamado "efeito dominó". 
Outra alteração importante ocorreu no regime de operação das contas de reservas bancárias. A partir de 24 de junho de 2002, depois de 
observada uma regra de transição, qualquer transferência de fundos entre contas da espécie passou a ser condicionada à existência de saldo 
suficiente de recursos na conta do participante emitente da correspondente ordem. Com isso houve significativa redução no risco de crédito 
incorrido pelo Banco Central do Brasil. 
A liquidação em tempo real, operação por operação, a partir de 22 de abril de 2002, passou a ser utilizada também nas operações com títulos 
públicos federais cursadas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - Selic, o que se tornou possível com a interconexão entre esse 
sistema e o STR. A liquidação dessas operações agora observa o chamado modelo 1 de entrega contra pagamento. 
A reforma de 2002, entretanto, foi além da implantação do STR e da alteração do modus operandi do Selic. Para redução do risco sistêmico, 
que era o objetivo maior da reforma, foram igualmente importantes algumas alterações legais. Nesse sentido, a Lei 10.214, de março de 2001, 
reconheceu a compensação multilateral nos sistemas de compensação e de liquidação e estabeleceu que, em todo sistema de compensação 
multilateral considerado sistemicamente importante, a correspondente entidade operadora deve atuar como contraparte central e assegurar a 
liquidação de todas as operações cursadas. 
Todas essas alterações tiveram o propósito de fortalecer o sistema financeiro, dando, assim, continuidade à reestruturação iniciada, em 1995, 
com o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional - Proer e, mais adiante, com o Programa 
de Incentivo à Redução da Participação do Setor Público Estadual na Atividade Bancária - Proes. Como se observa, no início do processo o 
foco esteve direcionado para o fortalecimento das instituições financeiras, via fusões e transferências de controle, e para a redução da 
presença do setor público na atividade bancária. 
Mais recentemente, o Banco Central do Brasil tem procurado atuar de forma mais intensiva também no sentido de promover o desenvolvimento 
dos sistemas de pagamentos de varejo, visando, sobretudo, ganhos de eficiência relacionados, por exemplo, com o maior uso de instrumentos 
eletrônicos de pagamento, com a melhor utilização das redes de máquinas de atendimento automático (ATM) e de transferências de crédito a 
partir do ponto de venda (PDV), bem como com a maior integração entre os pertinentes sistemas de compensação e de liquidação. 
O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) é o conjunto de procedimentos, regras, instrumentos e operações integrados que, por meio 
eletrônico, dão suporte à movimentação financeira entre os diversos agentes econômicos do mercado brasileiro, tanto em moeda local quanto 
estrangeira, visando a maior proteção contra rombos ou quebra em cadeia de instituições financeiras. 
Sua função básica é permitir a transferência de recursos financeiros, o processamento e liquidação de pagamentos para pessoas físicas, 
jurídicas e entes governamentais. 
Toda transação econômica que envolva o uso de cheque, cartão de crédito, ou TED, por exemplo, envolve o SPB. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 10 
 
 
 Finalidade 
A finalidade básica do sistema de pagamentos é transferir recursos entre bancos, de forma a viabilizar o processamento e a liquidação de 
pagamentos de pessoas, empresas, governo, Banco Central e instituições financeiras. Estas transferências são realizadas através de débitos e 
créditos nas Contas de Reserva Bancária que os bancos possuem junto ao Banco Central 
Estrutura 
Além do Banco Central, o Sistema de Pagamentos Brasileiro é integrado por: 
 Instituições Financeiras; 
 Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC); 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Ativos BM&F; 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Câmbio BM&F; 
 Câmara de Registro, Compensação e Liquidação de Operações de Derivativos BM&F; 
 Cetip; 
 Selic; 
 Visanet e Redecard; 
 TecBan; 
 Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). 
As transferências de recursos financeiros no SPB são formalizadas por meio de mensagens eletrônicas transmitidas exclusivamente por 
intermédio da Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN). São padronizadas e observam procedimentos específicos de segurança 
(criptografia e certificado digital). 
 O Sistema de Pagamentos Brasileiros foi reformado pela lei nº 10.214 de 27 de março de 2001, abaixo serão destacados alguns trechos desta 
importante legislação: 
Art. 1o Esta Lei regula a atuação das câmaras e dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação, no âmbito do sistema de 
pagamentos brasileiro. 
Art. 2o O sistema de pagamentos brasileiro de que trata esta Lei compreende as entidades, os sistemas e os procedimentos 
relacionados com a transferência de fundos e de outros ativos financeiros, ou com o processamento, a compensação e a liquidação de 
pagamentos em qualquer de suas formas. 
Parágrafo único. Integram o sistema de pagamentos brasileiro, além do serviço de compensação de cheques e outros papéis, os 
seguintes sistemas, na forma de autorização concedida às respectivas câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação, 
pelo Banco Central do Brasil ou pela Comissão de Valores Mobiliários, em suas áreas de competência: 
I - de compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de crédito; 
II - de transferência de fundos e de outros ativos financeiros; 
III - de compensação e de liquidação de operações com títulos e valores mobiliários; 
IV - de compensação e de liquidação de operações realizadas em bolsas de mercadorias e de futuros; e 
V - outros, inclusive envolvendo operações com derivativos financeiros, cujas câmaras ou prestadores de serviços tenham sido 
autorizados na forma deste artigo. 
Art. 3o É admitida a compensação multilateral de obrigações no âmbito de uma mesma câmara ou prestador de serviços de 
compensação e de liquidação. 
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, define-se compensação multilateral de obrigações o procedimento destinado à apuração da 
soma dos resultados bilaterais devedores e credores de cada participante em relação aos demais. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 11 
 
 
Art. 4o Nos sistemas em que o volume e a natureza dos negócios, a critério do Banco Central do Brasil, forem capazes de oferecer risco 
à solidez e ao normal funcionamento do sistema financeiro, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação 
assumirão, sem prejuízo de obrigações decorrentes de lei, regulamento ou contrato, em relação a cada participante, a posição de parte 
contratante, para fins de liquidação das obrigações, realizada por intermédio da câmara ou prestador de serviços. 
§ 1o As câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação não respondem pelo adimplemento das obrigações 
originárias do emissor, de resgatar o principal e os acessórios de seus títulos e valores mobiliários objeto de compensação e de liquidação. 
§ 2o Os sistemas de que trata o caput deverão contar com mecanismos e salvaguardas que permitam às câmaras e aos prestadores de 
serviços de compensação e de liquidação assegurar a certeza da liquidação das operações neles compensadas e liquidadas. 
§ 3o Os mecanismos e as salvaguardas de que trata o parágrafo anterior compreendem, dentre outros, dispositivos de segurança 
adequados e regras de controle de riscos, de contingências, de compartilhamento de perdas entre os participantes e de execução diretade 
posições em custódia, de contratos e de garantias aportadas pelos participantes. 
Art. 5o Sem prejuízo do disposto no § 3o do artigo anterior, as câmaras e os prestadores de serviços de compensação e de liquidação 
responsáveis por um ou mais ambientes sistemicamente importantes deverão, obedecida a regulamentação baixada pelo Banco Central do 
Brasil, separar patrimônio especial, formado por bens e direitos necessários a garantir exclusivamente o cumprimento das obrigações 
existentes em cada um dos sistemas que estiverem operando 
§ 1o Os bens e direitos integrantes do patrimônio especial de que trata o caput, bem como seus frutos e rendimentos, não se 
comunicarão com o patrimônio geral ou outros patrimônios especiais da mesma câmara ou prestador de serviços de compensação e de 
liquidação, e não poderão ser utilizados para realizar ou garantir o cumprimento de qualquer obrigação assumida pela câmara ou prestador de 
serviços de compensação e de liquidação em sistema estranho àquele ao qual se vinculam. 
§ 2o Os atos de constituição do patrimônio separado, com a respectiva destinação, serão objeto de averbação ou registro, na forma da 
lei ou do regulamento. 
Art. 6o Os bens e direitos integrantes do patrimônio especial, bem como aqueles oferecidos em garantia pelos participantes, são 
impenhoráveis, e não poderão ser objeto de arresto, seqüestro, busca e apreensão ou qualquer outro ato de constrição judicial, exceto para o 
cumprimento das obrigações assumidas pela própria câmara ou prestador de serviços de compensação e de liquidação na qualidade de parte 
contratante, nos termos do disposto no caput do art. 4o desta Lei. 
Art. 7o Os regimes de insolvência civil, concordata, intervenção, falência ou liquidação extrajudicial, a que seja submetido qualquer 
participante, não afetarão o adimplemento de suas obrigações, assumidas no âmbito das câmaras ou prestadores de serviços de compensação 
e de liquidação, que serão ultimadas e liquidadas pela câmara ou prestador de serviços, na forma de seus regulamentos. 
Parágrafo único. O produto da realização das garantias prestadas pelo participante submetido aos regimes de que trata o caput, assim 
como os títulos, valores mobiliários e quaisquer outros seus ativos, objeto de compensação ou liquidação, serão destinados à liquidação das 
obrigações assumidas no âmbito das câmaras ou prestadores de serviços. 
Art. 8o Nas hipóteses de que trata o artigo anterior, ou quando verificada a inadimplência de qualquer participante de um sistema, a 
liquidação das obrigações, observado o disposto nos regulamentos e procedimentos das câmaras ou prestadores de serviços de compensação 
e de liquidação, dar-se-á: 
I - com a tradição dos ativos negociados ou a transferência dos recursos, no caso de movimentação financeira; e 
II - com a entrega do produto da realização das garantias e com a utilização dos mecanismos e salvaguardas de que tratam os §§ 2o e 3o 
do art. 4o, quando inexistentes ou insuficientes os ativos negociados ou os recursos a transferir. 
Parágrafo único. Se, após adotadas as providências de que tratam os incisos I e II, houver saldo positivo, será ele transferido ao 
participante, integrando a respectiva massa, se for o caso, e se houver saldo negativo, constituirá ele crédito da câmara ou do prestador de 
serviços de compensação e de liquidação contra o participante. 
Art. 9o A infração às normas legais e regulamentares que regem o sistema de pagamentos sujeita as câmaras e os prestadores de 
serviços de compensação e de liquidação, seus administradores e membros de conselhos fiscais, consultivos e assemelhados às penalidades 
previstas: 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 12 
 
 
I - no art. 44 da Lei no 4.595, de 31 de dezembro de 1964, aplicáveis pelo Banco Central do Brasil; 
II - no art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, aplicáveis pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Parágrafo único. Das decisões proferidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, com fundamento neste 
artigo, caberá recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, no prazo de quinze dias. 
Art. 10. O Conselho Monetário Nacional, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, nas suas respectivas esferas de 
competência, baixarão as normas e instruções necessárias ao cumprimento desta Lei. 
 
Fonte: www.bacen.gov.br 
 
 
5 Estrutura do Sistema Financeiro Nacional (SFN) 
Foi Keynes em 1936 quem formalizou teoricamente o processo poupança-investimento. Define-se renda como quaisquer recursos obtidos por 
um indivíduo. Assim, salários, juros, aluguéis e lucros constituem renda. Poupança refere-se à renúncia ao consumo imediato de bens e 
serviços, o que disponibiliza parte da renda para o investimento. O investimento é definido como a aplicação de recursos visando, direta ou 
indiretamente, a produção de bens e serviços, possibilitando maior consumo ou maior renda no futuro. A totalidade da renda de um indivíduo 
somente pode se destinar ao consumo ou à poupança. E o investimento somente pode ser feito se houver poupança. À medida que aumenta a 
renda individual e, portanto, são satisfeitas as necessidades básicas do consumidor, aumenta a sua capacidade de poupança e sua propensão 
ao investimento. 
A origem do sistema financeiro, os juros e o lucro 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 13 
 
 
Agora surge uma consideração importante: nem sempre aquele que tem um bom projeto de investimento dispõe da poupança para viabilizá-lo. 
Neste caso, poderia "alugar" a poupança de outrem que possui os recursos mas não se habilita a empreender. Aí está, de forma bastante 
simplificada, a origem dos juros e do sistema financeiro. 
O referido aluguel de recursos financeiros constitui-se nos juros do empréstimo. Estes juros devem compensar o aplicador pela perda 
temporária de liquidez de sua poupança (estar com o dinheiro preso) e pelo risco de eventualmente ver frustrados os recebimentos previstos no 
futuro. Esta frustração dependerá, entre outros fatores, do retorno do investimento efetuado pelo tomador do empréstimo. Em conseqüência, 
para que o empreendimento seja viável, o retorno da atividade produtiva (renda variável pelas incertezas do negócio) tem que ser 
obrigatoriamente maior que o rendimento dos juros (renda fixa estabelecida contratualmente). 
O sistema financeiro promove a troca de recursos de poupadores para empreendedores, seja direta ou indiretamente através de sucessivas 
intermediações. As necessidades financeiras do empreendedor não coincidem em volumes e prazos com as disponibilidades do emprestador. 
O sistema de intermediação financeira encarrega-se de promover, mediante determinada remuneração, o encontro de recursos de múltiplos 
poupadores com os de múltiplos empreendedores. Assim, o sistema financeiro viabiliza a compatibilização das necessidades de uns com as 
disponibilidades de outros. Fundos de renda fixa, certificados de depósitos bancários, cadernetas de poupança e uma diversidade de outros 
mecanismos financeiros nada mais são do que meios de transferir poupanças entre agentes superavitários e agentes deficitários. 
 
A Lei nº 4.595, de 31 de Dezembro de 1964 dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias, além de criar o 
Conselho Monetário Nacional. No artigo 1º detaca-se: 
O Sistema Financeiro Nacional(SFN), estruturado e regulado pela presente Lei, será constituído: 
I - do Conselho Monetário Nacional; 
II - do Banco Central do Brasil; 
III - do Banco do Brasil S. A.; 
IV - do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico; 
V - das demais instituições financeiras públicas e privadas. 
O Banco Central (BACEN) em seu site, exibe a seguinte composição do SFN:O Conselho Monetário Nacional (CMN) 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir 
diretrizes gerais para o bom funcionamento do SFN. Integram o CMN o Ministro da Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, 
Orçamento e Gestão e o Presidente do Banco Central do Brasil. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 14 
 
 
Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia; regular o valor interno e externo 
da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento 
das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; coordenar as políticas monetária, 
creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa. 
O Banco Central do Brasil - Bacen 
O Banco Central do Brasil (Bacen) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, que também foi criada pela Lei 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964. É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da 
moeda nacional, tendo por objetivos: zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; 
estimular a formação de poupança; zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro. 
Dentre suas atribuições estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; executar os serviços do meio circulante; receber recolhimentos 
compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; realizar operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras; 
regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; efetuar operações de compra e venda de títulos públicos 
federais; exercer o controle de crédito; exercer a fiscalização das instituições financeiras; autorizar o funcionamento das instituições financeiras; 
estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas 
nos mercados financeiros e de capitais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país. Sua sede fica em Brasília, capital do País, e tem 
representações nas capitais dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará 
e Pará. 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, instituída pela Lei 6.385, de 7 de 
dezembro de 1976. É responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. 
Para este fim, exerce as funções de: 
 assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; 
 proteger os titulares de valores mobiliários; 
 evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; 
 assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; 
 assegurar a observância de práticas comerciais eqüitativas no mercado de valores mobiliários; 
 estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
 promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações 
do capital social das companhias abertas. 
Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias: 
 registro de companhias abertas; 
 registro de distribuições de valores mobiliários; 
 credenciamento de auditores independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; 
 organização, funcionamento e operações das bolsas de valores; 
 negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
 administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
 suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; 
 suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores; 
A Lei (6385/76) atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de 
qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual, recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com 
vistas a identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa. 
O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples advertência até a 
inabilitação para o exercício de atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias. 
Instituições financeiras captadoras de depósito à vista 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 15 
 
 
Bancos múltiplos ( Não contemplados no Edital) 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas 
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras: comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito imobiliário, de 
arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e investimento. Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e 
regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser 
operada por banco público. 
O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de investimento, e ser 
organizado sob a forma de sociedade anônima. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. Na sua denominação 
social deve constar a expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994). 
Bancos comerciais 
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos 
necessários para financiar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e 
terceiros em geral. 
A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a 
prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a expressão "Banco" (Resolução 
CMN 2.099, de 1994). 
Caixa Econômica Federal 
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de agosto de 1969, como empresa pública vinculada 
ao Ministério da Fazenda. Trata-se de instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar operações 
ativas e efetuar prestação de serviços. 
Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de 
assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens 
de consumo duráveis, emprestar sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do empréstimo sob penhor 
de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de bilhetes de loteria federal. 
Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), 
integra o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
Cooperativas de Crédito 
As cooperativas de crédito se dividem em: singulares, que prestam serviços financeiros de captação e de crédito apenas aos respectivos 
associados, podendo receber repasses de outras instituições financeirase realizar aplicações no mercado financeiro; centrais, que prestam 
serviços às singulares filiadas, e são também responsáveis auxiliares por sua supervisão; e confederações de cooperativas centrais, que 
prestam serviços a centrais e suas filiadas. Observam, além da legislação e normas gerais aplicáveis ao sistema financeiro: a Lei 
Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, que institui o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo; a Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 
1971, que institui o regime jurídico das sociedades cooperativas; e a Resolução nº 3.859, de 27 de maio de 2010, que disciplina sua 
constituição e funcionamento. As regras prudenciais são mais estritas para as cooperativas cujo quadro social é mais heterogêneo, como as 
cooperativas de livre admissão. 
Bancos Comerciais Cooperativos 
Bancos Cooperativos são bancos comerciais, constituídos sob a forma de sociedades anônimas que diferenciam-se dos demais por terem 
como acionistas, exclusivamente, as Cooperativas de Crédito. 
 
Devem fazer constar, obrigatoriamente, de sua denominação a expressão "Banco Cooperativo" e têm sua atuação restrita às Unidades da 
Federação em que estejam situadas as sedes das pessoas jurídicas (cooperativas) controladoras. Podem firmar convênio de prestação de 
serviços com cooperativas de crédito localizadas em sua área de atuação. É vedada a sua participação no capital social de instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. 
 
Na constituição de um Banco Cooperativo devem ser seguidos os procedimentos pertinentes para a constituição de banco comercial (ver 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 16 
 
 
roteiro específico), com a seguinte particularidade: apenas as pessoas jurídicas controladoras devem publicar declaração de propósito e 
comprovar capacidade econômica compatível com o empreendimento. 
Demais instituições financeiras 
Associações de poupança e empréstimo 
As associações de poupança e empréstimo são constituídas sob a forma de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. 
Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). As operações 
passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros e 
empréstimos externos. Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, por isso, não recebem rendimentos, 
mas dividendos. Os recursos dos depositantes são, assim, classificados no patrimônio líquido da associação e não no passivo exigível 
(Resolução CMN 52, de 1967). 
Bancos de desenvolvimento 
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos governos estaduais, e têm como objetivo precípuo proporcionar o 
suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo prazos, de programas e projetos que visem a 
promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo Estado. As operações passivas são depósitos a prazo, empréstimos externos, 
emissão ou endosso de cédulas hipotecárias, emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de Desenvolvimento Econômico. As 
operações ativas são empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente ao setor privado. Devem ser constituídos sob a forma de 
sociedade anônima, com sede na capital do Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e privativamente, em sua 
denominação social, a expressão "Banco de Desenvolvimento", seguida do nome do Estado em que tenha sede (Resolução CMN 394, de 
1976). 
Bancos de investimento 
Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas especializadas em operações de participação societária de caráter temporário, 
de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de administração de recursos de terceiros. Devem ser 
constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar, obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de Investimento". 
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a prazo, repasses de recursos externos, internos e venda de cotas de fundos 
de investimento por eles administrados. As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e capital fixo, subscrição ou 
aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624, de 1999). 
Sociedades de crédito, financiamento e investimento 
As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da 
Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento 
para a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social 
deve constar a expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras 
de Câmbio (Resolução CMN 45, de 1966) e Recibos de Depósitos Bancários (Resolução CMN 3454, de 2007). 
Sociedades de crédito imobiliário 
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de 21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento 
habitacional. Constituem operações passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas hipotecárias e 
depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para construção de habitações, abertura de crédito para compra ou 
construção de casa própria, financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de material de construção. 
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito 
Imobiliário". (Resolução CMN 2.735, de 2000). 
Outros Intermediários Financeiros 
Sociedades de arrendamento mercantil 
As sociedades de arrendamento mercantil são constituídas sob a forma de sociedade anônima, devendo constar obrigatoriamente na sua 
denominação social a expressão "Arrendamento Mercantil". As operações passivas dessas sociedades são emissão de debêntures, dívida 
externa, empréstimos e financiamentos de instituições financeiras. Suas operações ativas são constituídas por títulos da dívida pública, cessão 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 17 
 
 
de direitos creditórios e, principalmente, por operações de arrendamento mercantil de bens móveis, de produção nacional ou estrangeira, e 
bens imóveis adquiridos pela entidade arrendadora para fins de uso próprio do arrendatário. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil 
(Resolução CMN 2.309, de 1996). 
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada. Dentre seus objetivos estão: operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no 
mercado; comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da 
custódia de títulos e valores mobiliários; exercer funções de agente fiduciário; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de debêntures; intermediar operações de câmbio; praticar operações no 
mercado de câmbio de taxas flutuantes; praticar operações de conta margem; realizar operações compromissadas; praticar operações de 
compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por conta própria e de terceiros; operar em bolsasde mercadorias e de futuros por 
conta própria e de terceiros. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.655, de 1989). Os FUNDOS DE 
INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a 
reunião de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos 
valorização de quotas, a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, registro e a supervisão dos fundos de 
investimento são de competência da Comissão de Valores Mobiliários. 
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários 
As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada, devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários". Algumas 
de suas atividades: intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado; administram e custodiam as 
carteiras de títulos e valores mobiliários; instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; operam no mercado acionário, 
comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de terceiros; fazem a intermediação com 
as bolsas de valores e de mercadorias; efetuam lançamentos públicos de ações; operam no mercado aberto e intermedeiam operações de 
câmbio. São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (Resolução CMN 1.120, de 1986). 
Bolsas de mercadorias e futuros 
As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e 
financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um 
mercado de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a oportunidade de efetuarem operações de hedging 
(proteção) ante flutuações de preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem como de todo e qualquer 
instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem 
autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Bolsas de valores 
As bolsas de valores são sociedades anônimas ou associações civis, com o objetivo de manter local ou sistema adequado ao encontro de seus 
membros e à realização entre eles de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e aberto, especialmente 
organizado e fiscalizado por seus membros e pela Comissão de Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa (Resolução CMN 2.690, de 2000). 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados; é 
composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da Previdência Social, 
Superintendente da Superintendência de Seguros Privados, representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores 
Mobiliários. 
Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas 
ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades 
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das 
respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 18 
 
 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) - autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; é responsável pelo controle e fiscalização do 
mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. 
Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de 
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; atuar no 
sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de 
capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; promover o aperfeiçoamento das 
instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e 
solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados 
em bens garantidores de provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem 
delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. 
Instituto de Resseguros do Brasil(IRB) 
Resseguradores - Entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que têm por objeto exclusivo a realização de operações de 
resseguro e retrocessão. 
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) – Empresa resseguradora, constituída como sociedade de economia mista com controle acionário da 
União, vinculada ao Ministério da Fazenda. 
Resseguro é o seguro do seguro. Quando uma companhia assume um contrato de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita 
repassar esse risco, ou parte dele, a uma resseguradora. 
O resseguro é uma prática comum, feita em todo o mundo, como forma de mitigar o risco, preservar a estabilidade das companhias 
seguradoras e garantir a liquidação do sinistro ao segurado. 
O Instituto de Resseguros do Brasil (hoje IRB-Brasil Re) foi criado em 1939 pelo então presidente Getúlio Vargas com objetivo bem delineado: 
fortalecer o desenvolvimento do mercado segurador nacional, através da criação do mercado ressegurador brasileiro. 
Sociedades seguradoras 
Sociedades seguradoras - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, especializadas em pactuar contrato, por meio do 
qual assumem a obrigação de pagar ao contratante (segurado), ou a quem este designar, uma indenização, no caso em que advenha o risco 
indicado e temido, recebendo, para isso, o prêmio estabelecido. 
Sociedades de capitalização 
Sociedades de capitalização - são entidades, constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que negociam contratos (títulos de 
capitalização) que têm por objeto o depósito periódico de prestações pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo 
contratado, o direito de resgatar parte dos valores depositados corrigidos por uma taxa de juros estabelecida contratualmente; conferindo, 
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Mais informações poderão ser encontradas no endereço: 
www.susep.gov.br 
Entidades abertas de previdência complementar 
Entidades abertas de previdência complementar - são entidades constituídas unicamente sob a forma de sociedades anônimas e têm por 
objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, 
acessíveis a quaisquer pessoas físicas. São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar 109, de 29 de 
maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são exercidaspelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP). 
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) 
O CNPC é o novo órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência 
complementar, nova denominação do Conselho de Gestão da Previdência Complementar. 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 19 
 
 
O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes da Superintendência Nacional de Previdência 
Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos 
Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores e 
instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de 
benefícios das referidas entidades. 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) 
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) é uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social, 
responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão). A Previc atua como entidade 
de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime 
de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar, observando, inclusive, as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar. 
A Previc possui a seguinte estrutura básica: 
I - Diretoria; 
II - Procuradoria Federal; 
III - Coordenações-Gerais; 
IV - Ouvidoria; e 
V - Corregedoria. 
A Previc será administrada por uma Diretoria Colegiada composta por 1 (um) Diretor-Superintendente e 4 (quatro) Diretores, escolhidos dentre 
pessoas de ilibada reputação e de notória competência, a serem indicados pelo Ministro de Estado da Previdência Social e nomeados pelo 
Presidente da República. 
Competências: 
• I - proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações; 
• II - apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; 
• III - expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo 
com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei no 10.683, de 
28 de maio de 2003; 
• IV - autorizar: 
a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos 
estatutos e regulamentos de planos de benefícios; 
b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades 
fechadas de previdência complementar; 
c) a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e 
instituidores; e 
d) as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de 
previdência complementar; 
V - harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o 
segmento; 
VI - decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear 
interventor ou liquidante, nos termos da lei; 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 20 
 
 
VII - nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação 
extrajudicial, na forma da lei; 
VIII - promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre estas e seus participantes, 
assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei no 9.307, de 23 de 
setembro de 1996; 
IX - enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da República e 
ao Congresso Nacional; e 
X - adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. 
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) 
As entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão) são organizadas sob a forma de fundação ou sociedade civil, sem fins 
lucrativos e são acessíveis, exclusivamente, aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas ou aos servidores da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas de 
caráter profissional, classista ou setorial, denominadas instituidores. As entidades de previdência fechada devem seguir as diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, por meio da Resolução 3.121, de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação dos 
recursos dos planos de benefícios. Também são regidas pela Lei Complementar 109, de 29 de maio de 2001. Mais informações poderão ser 
encontradas no endereço: www.previdenciasocial.gov.br 
Sociedades de Fomento Mercantil 
 O Fomento Mercantil (Factoring) no Brasil é a atividade de compra de créditos referentes a vendas (mercadorias ou serviços). Empresas de 
Factoring: 
 não podem captar de terceiros para realizar empréstimos (característica de atividade bancária); 
 Aplicam um “Fator de Compra” e não juros; 
 Somente atua com Pessoas Jurídicas; 
 Não há direito de regresso sobre os créditos comprados. 
Sociedades Administradora de Cartões de Crédito 
Não são empresas financeiras e sim empresas prestadoras de serviço, que fazem intermediação entre os portadores de cartão de crédito, as 
bandeiras (ex. Visa e Master) e as instituições financeiras. Por tanto não estão sujeitas à Lei da Usura e não há incidência de IOF nas 
transações com cartão de crédito (exceto quando há juros – atraso – ou transações em moeda estrangeira). 
CRSFN - Conselho de Recursos do Sistema Financeiro 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro (CRSFN) é um órgão colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da 
Fazenda, conforme disposto na Lei nº 9.069, de 29.06.95, e cuja Secretaria-Executiva funciona no Edifício Sede do Banco Central do Brasil. 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos 
especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de capitais, de consórcios e de crédito rural e industrial, observada a 
seguinte composição: 
 I - dois representante do Ministério da Fazenda (Minifaz); 
 II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen); 
 III - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM); 
 IV - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por essas indicados em lista tríplice. 
As entidades de classe que integram o CRSFN são as seguintes: Associação Brasileira das Empresas de Capital Aberto – ABRASCA, 
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais – ANBIMA, Comissão Nacional de Bolsas - CNB, Federação 
Brasileira dos Bancos - FEBRABAN, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança - ABECIP, Associação Nacional 
das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias – ANCORD, Conselho Consultivo do Ramo Crédito da 
 CONHECIMENTOS BANCÁRIOS – Profº André Almeida 
 
INSTITUTO ALFA 21

Outros materiais