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PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES Aula 01 – Conceitos e Desenvolvimento Histórico da Disciplina A Psicologia é uma ciência que cada vez mais tem despertado interesse nas pessoas. Os meios de comunicação nos informam sobre crimes que, muitas vezes, nos fazem duvidar da sua autoria: Seriam seus praticantes seres humanos? Em 07/4/11 Wellington Menezes adentrou numa escola em Realengo, matando 12 crianças e ferindo outras várias. Em 21/4/11 o repórter Renato Machado anuncia: "Nas câmeras... o registro da vida tratada como item descartável". Um bebê de 07 dias foi achado numa lixeira por um catador Em contrapartida existem muitos humanos trabalhando em benefício de outros. Dra. Zilda Arms – Fundadora da pastoral da criança. Herbert José de Souza – (Betinho) – Fundador do “FOME ZERO”. Dra. Nise da Silveira – Doutores da Alegria O que justifica condutas tão diferenciadas nas pessoas? A Psicologia nos ajuda a esclarecer estas e outras questões, inclusive as relacionadas às relações interpessoais, tão importantes na gestão contemporânea. O QUE É PSICOLOGIA? Myers (2006), Davidoff (2006), Vergara (2007), Milkovich & Boudreau (2006), Regato (2008) e Bergamini (2010) são consensuais em apontá-la como a ciência do comportamento. Estudar o comportamento significa observá-lo em seu curso, o que envolve inúmeras variáveis. Isto confere para os próprios estudantes uma série de aprendizados. A ciência que viabiliza aprendizados acerca: • Do autoconhecimento; • Do ajustamento social; • Da identificação das diferenças individuais; • Da aquisição de habilidades sociais; • Da administração de conflitos; • Da gestão de pessoas; • Etc. ...é a Psicologia. Embora a Psicologia seja jovem, o estudo do comportamento é tão antigo quanto a existência do Homem. Na Antiguidade filósofos como Platão (387 a.C.) e Aristóteles (335 a.C) eram instigados pelas atitudes, crenças, diferenças de comportamento, capacidade criativa e a loucura. Ao grego Aristóteles foi creditada a paternidade da psicologia pré-científica. O desenvolvimento da Psicologia é compatível com a evolução nos estudos em Anatomia humana e das ciências como um todo. Mente e corpo foram grandes desconhecidos durante séculos. Não se entendia se haveria uma relação entre eles, em termos de funcionamento. Se eram independentes ou se sofriam influência mútua. Durante este período, tudo o que se pensava saber sobre os mesmos estava limitado às crenças. Descartes (1637) resolveu, definitivamente, a questão da dualidade mente-corpo, convencendo a comunidade científica sobre a sua interação. Os avanços da Medicina permitiram associar o trabalho cerebral a todas as funções do corpo, como a percepção, a linguagem, a locomoção etc. Para os portadores de desordens mentais e de distúrbios da conduta ― os atípicos (BERGAMINI, 2005) ― saímos das explicações míticas e evoluímos para as explicações científicas. Vale observar que a Psicologia perdeu o caráter reducionista de “tratamento para doentes”, pois o seu conceito vem evoluindo tal como a sua aplicabilidade. Os desafios do Homem atual são tantos que o modo como este os enfrenta nunca deixa de ser estudado. Isto confere aprendizados para “provas” subsequentes. Nunca observar o comportamento humano representou tanto ibope... ...Formatos adaptados para a TV expõem candidatos a prêmios em dinheiro. (BBB) ...Já em “O aprendiz” o prêmio pela conduta mais assertiva é uma vaga no mercado de trabalho. Psicologia e o Senso Comum Os realities shows tornam seus expectadores “psicólogos de plantão” distanciados, porém, dos conceitos da psicologia. Precisamos, então, diferenciar a ciência psicológica do senso comum. O senso comum discute fenômenos observados, tomando-se como foco explicações populares e, portanto, não produzidas por pesquisas científicas. A Psicologia explica questões relativas à conduta de todos os animais (inclusive a de animais inferiores, para fins de estudo) baseada em preceitos produzidos a partir de pesquisa. É importante ressaltar que a conduta não pode ser prevista como uma fórmula equacionada. Nem mesmo os graduados em psicologia alcançam esta marca. O psicólogo não pode ser percebido como vidente. “Em psicologia nem sempre 2+2 resulta o esperado” Exemplos: A. Um casal planeja e tem um filho. Educam-no nas melhores escolas, despendem tempo brincando e conversando com o mesmo e procuram apoiá-lo nas suas dificuldades. Essa realidade nos deixa certos de que este será um grande sujeito. Você concorda? B. Um agente de seleção, com formação mínima em Administração, desempenha seu papel em processos seletivos de maneira sempre correta, não deixando-se influenciar por preconceitos e menos ainda por amizade em seus processos decisórios. Você pode ter esta certeza? Bergamini (2005) acrescenta que todos são convincentes ao defenderem seus pontos de vista na análise de outros e cita Rogers (1952): “Não estamos muito dispostos a aceitar informações contrárias aos nossos preconceitos e crenças pessoais.” A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam o uso do senso comum pela população em geral. Este uso reforça a ideia de previsão da conduta. O que não permite ter controle total sobre os eventos são as chamadas condições variáveis. Variáveis que afetam a conduta humana constituem fatores tais como: Personalidade Percepção Fatores ambientais Motivação Estado de saúde CONCLUSÃO A psicologia é uma ciência que oferece subsídios para melhor entender a natureza humana e, consequentemente, a sua conduta. Mas ela não oferece 100% de controle sobre os eventos porque, como toda ciência, ela trabalha com probabilidades. A Psicologia na Gestão Contemporânea O estudo sistemático do comportamento permite inferir que desenvolvemos processos psicológicos (aprendizagem, emoção, motivação e outros) para nos adaptarmos aos mais diversos meios.
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