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Aula 02 – A Psicologia no Contexto Organizacional

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PSICOLOGIA NAS ORGANIZAÇÕES
Aula 02 – A Psicologia no Contexto Organizacional
A vida contemporânea cada vez mais leva o indivíduo a participar de organizações, seja enquanto colaborador seja enquanto usuário de serviços.
Estamos nos mais variados meios organizacionais a começar por nossa inserção em família, depois na escola, num templo religioso e nas empresas, mais tarde, no papel de colaborador.
É fato que resolvemos, nestes espaços, necessidades de difícil resolução no plano individual e nos associamos às outras pessoas para atingirmos àquelas que são as metas da organização e metas que são as nossas. Quanto mais aproximadas estiverem estas metas, mais tranquilo será o diálogo existente entre indivíduo e organização.
No cumprimento de metas e missão organizacionais podem ser experimentados conflitos, na incompatibilidade de objetivos individuais e organizacionais.
A psicologia organizacional, que tem espaço certo de aplicabilidade nos ambientes de trabalho, ainda se desenvolve por ganhar descrédito de uns e por estar marcada pela sua fase inicial de desenvolvimento, a de ciência que pode tratar atípicos.
Vários esforços, no entanto têm sido feitos e as subáreas da psicologia nas organizações têm funcionado no que diz respeito aos programas de desenvolvimento organizacionais, aconselhamento de carreira, ergonomia, etc. Nem sempre é o psicólogo graduado quem está a frente desta atividade no meio corporativo, mas administradores, pedagogos e gestores de RH aplicam, em larga escala, os ensinamentos da psicologia, promovendo o bem estar e a resolução de conflitos no cenário do trabalho.
Apresentaremos o conceito de organizações e o seu papel de importância na vida de cada indivíduo. 
Serão discutidos aspectos relevantes na participação das pessoas nas organizações enquanto colaboradores e usuários de serviços.
A formação de grupos, no contexto organizacional, e aspectos relevantes para o seu desenvolvimento saudável também será discutido.
Serão apresentadas, ainda, às áreas de atuação do psicólogo ou do profissional que aplique conceitos da psicologia no meio corporativo.
Spector (2002), citado em Bergamini (2005), observa que a psicologia no espaço organizacional oferece um campo de estudo do comportamento tão subjetivo quanto em outras esferas.
Leavit (1972) deu foco a esse campo de estudo afirmando: “... uma teoria psicológica é tão necessária ao administrador que lida com problemas humanos, quanto é uma teoria elétrica e mecânica ao engenheiro que lida com máquinas.” (p. 14)
Mas o que são as organizações?
Zaneli
Zanelli (2008) as define como sistemas orientados, em essência, para o alcance de objetivos comuns, citando exemplos: família, fábricas, escritórios de serviços, hospitais, escolas, organizações militares, igrejas, sindicatos etc.
Chiavenato
Chiavenato (2000) acrescenta que as organizações existem para que possamos satisfazer necessidades que não satisfazemos sozinhos.                
A Psicologia aplicada no Contexto Organizacional
A união de esforços para o alcance de necessidades leva à reunião de indivíduos, formando grupos.
Para que haja sucesso nessa reunião, deve haver sucesso na interação (Bowditch & Buono, 1992).
Muchinsky (2004) cita três tipos de equipes, portanto, de grupos que trabalham para o sucesso organizacional:     
      
Equipes de solução de problemas;
(Grupos constituídos por integrantes cujas as interações são confiáveis. Os indivíduos acreditam no comprometimento de cada um dentro do grupo e reúnem-se com o propósito de resolver questões em demanda.)
Equipes de criação;
(Grupos designados para explorar possibilidades alternativas de novas ideias e/ou projetos dentro dos espaços organizacionais)
Equipes táticas.
(Grupos criados para a execução de planos específicos, faz-se imperativo que os objetivos programados sejam claros para os participantes e que a definição de papéis de cada integrante do grupo seja aceita e entendida.
“A consciência da presença do outro altera a predisposição comportamental de forma significativa. Isto pode gerar harmonia e conflitos.
A necessidade de compreensão do comportamento nos grupos fez crescer as pesquisas sobre interação e fez surgir a psicologia organizacional.
Regato (2008) define a psicologia organizacional como subárea da psicologia que estuda especificamente o comportamento resultante das esferas organizacionais.
Dentro de um grupo satisfazemos necessidades de ordem grupal, mas não podemos esquecer que a qualidade da interação com os demais é definida pelo que Schutz (1966) chamou de “postulado das necessidades interpessoais”, listando-as:
Inclusão
Controle
Afeição
Conhecidas as necessidades interpessoais dos indivíduos, passemos ao estudo da interação social que é o foco de estudo da psicologia organizacional.
Lewin (1946), estudando a influência de outros na formação da personalidade, demonstrou a importância das dinâmicas de grupo para o bem-estar dos indivíduos.
E Freud (1974, citado em Bergamini, 2005) acrescenta que a felicidade é uma questão pessoal, sendo que dificilmente a alcançamos sem que um contexto grupal seja vivenciado.
Lewin, e sua chamada Teoria de Campo, permite concluir que a adaptação social é indicadora de que demandas individuais e grupais são atendidas na interação com outras pessoas.
Bergamini (2005) observa: “seria ótimo que os objetivos do indivíduo, do grupo e da organização fossem coincidentes”. (p. 99) 
A não interseção destes objetivos demanda conformidade do indivíduo para que se mantenha nos grupos.  Existem momentos de experimentação de conflitos. 
Dejours (1994) observa que mesmo para os que gostam do que fazem profissionalmente há momentos em que o trabalho é percebido como sacrifício.
Existem, por tanto, aspectos neste diálogo entre indivíduo e organização que merecem atenção.
A Qualidade da interação no trabalho depende:
Da compatibilidade e complementaridade – que segundo Bergamini (2005) se refere à habilidade que as pessoas têm de desenvolverem umas às outras conforme sua personalidade ou estilo;
De crenças e valores compartilhados;
Da percepção que as pessoas tem de si, dos outros e do próprio trabalho.
Da satisfação das necessidades interpessoais viáveis no grupo (Inclusão, Controle e Afeição).
Zanelli (2002) observa que a psicologia organizacional marcou a sua emancipação da Psicologia a partir da publicação de “Psicologia e eficiência industrial” em 1913, na Alemanha.
Taylor, administrador americano, deu ênfase ao estudo do comportamento produtivo no final do século XIX e início do XX, tornando-se o fundador da administração científica.
No Brasil, Zanelli (2002) destaca a importância do IDORT (Instituto de Organização Racional do Trabalho) e autores como: Dória (1953); Carvalho (1988) e leis de regulamentação da atividade do psicólogo.
Muchinsky (1990) divide a área da psicologia organizacional em seis subespecialidades:
Psicologia de Pessoal
Ramo mais tradicional da área. O psicólogo se concentra nos aspectos de diferenças individuais determinando os requisitos de trabalho, realizando seleção, avaliando desempenho e treinando o pessoal.
Comportamento Organizacional
Neste ramo o psicólogo estuda a formação e os funcionamentos dos grupos, os estilos de liderança, o comprometimento com os objetivos da organização, os padrões de comunicações entre outros assuntos.
Ergonomia
Também chamada Psicologia da engenharia ou psicóloga dos fatores humanos; Busca compreender o desempenho humano no trabalho associado ás relações estabelecidas HOMEM x MÁQUINA.
Aconselhamento de carreira vocacional
Lida com a integração de pessoas no trabalho, visando a satisfação do trabalhador;
Desenvolvimento Organizacional
Neste ramo busca-se a eficiência da organização por meio de diagnóstico de seus problemas e o planejamento de mudanças.
Relações Industriais
Trata dos problemas existentes entre empregados e empregadores. O Psicólogo precisa conhecer asLegislações Trabalhistas e interagir com sindicatos e intermediar as negociações entre os segmentos do trabalho.
Zanelli (2002) observa que a atuação de psicólogos em áreas organizacionais, no Brasil, ainda é limitada pelo descrédito que ainda enfrentam sobre resultados no cenário do trabalho.
O psicólogo organizacional ou o agente que se dispõe a aplicar conceitos da psicologia nesta esfera deve fazê-lo com confiabilidade e segurança.
Ainda Zanelli (2002) acrescenta que as mudanças desejadas para atuação do psicólogo no contexto corporativo demanda modificações na própria graduação (que deve apresentar a psicologia de forma mais abrangente) como na atuação do mesmo, não restringindo-se ao caráter de “cuidador”.

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