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Aula 05 – O Processo de Comunicação

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FORMAÇÃO DE INSTRUTORES
Aula 05 – O Processo de Comunicação
Introdução
A comunicação pode ser percebida como algo tão antigo quanto a origem dos seres, já que até os animais exercitam o processo de maneira muito peculiar a cada espécie, através de delimitação dos espaços, cortejando para o acasalamento, na tentativa de intimidação de algum agressor/invasor...
Quanto aos homens, o processo se dá, no sentido de permitir amplas experiências interacionais, numa tentativa de enviar ao outro algum tipo de informação através de canais e ambientes específicos e que, no fundo, tem a mesma intenção, diferindo apenas pelo aspecto da racionalidade presente.
Conceitualmente, podemos definir o termo “Comunicação” como uma troca de informações entre sujeitos (Wikipédia). 
 
E, neste processo de troca, estão envolvidas uma infinidade de maneiras de se comunicar, tais como: uma conversa (face a face, por rádio, telefone, teleconferência, vídeo-chamada...), gestos, expressões faciais, escrita (utilizando a rede global de telecomunicações).
A questão que nos aflige está diretamente ligada ao contexto atual, pois, se compararmos com os recursos disponíveis no passado, não muito distante, é verdade, poderíamos considerar que a velocidade hoje é acentuadamente diferente e quase inimaginável.
A cada dia que passa, novas formas de comunicação são colocadas à disposição do mundo contemporâneo, tornando a informação democratizada e acessível de tal forma que, na maioria das vezes, não temos condições de acompanhar a velocidade e sentimos que estamos com o tempo reduzido ou atrasados em relação ao que acontece no mundo, desde que a expressão “just in time” ganhou maior notoriedade.
Algo acontece do outro lado do mundo, e, considerando que vivemos em uma “aldeia global”, temos a possibilidade de saber de imediato, tornando-nos dependentes de recursos de mídia que possam viabilizar este acesso quase em tempo real.
 
E, se considerarmos que a comunicação é um dos pilares de sustentação de uma organização, podemos ampliar ainda mais a questão, tornando a responsabilidade do subsistema de Treinamento e Desenvolvimento, mais especificamente do Instrutor, cada vez maior, no sentido de manter-se atualizado com os meios disponíveis e, principalmente, de considerar a utilização destes, dentro do ambiente de ensino-aprendizagem.
As tendências
Segundo a Wikipédia, as Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC correspondem a todas as tecnologias que interferem e medeiam os processos informacionais e comunicativos dos seres. Também podem ser entendidas como um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si, que proporcionam, por meio das funções de hardware, software e telecomunicações, a automação e a comunicação dos processos de negócios, da pesquisa científica e de ensino e aprendizagem.
Na verdade, existe uma tendência crescente de adoção das tecnologias de informação e comunicação, não apenas pelas escolas, mas por empresas de diversas áreas, sobretudo com a disseminação dos aparelhos digitais no cotidiano contemporâneo. 
 
Vale lembrar que há uma variedade de informações que o tratamento digital proporciona: imagem, som, movimento, representações manipuláveis de dados e sistemas, e todos integrados e imediatamente disponíveis, que oferecem um novo quadro de fontes de conteúdos que podem servir de referencial e fonte de estudo.
O INSTRUTOR NO AMBIENTE DA COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA
No passado, o Instrutor poderia preocupar-se – apenas – com a entrega da mensagem, do conteúdo programático, da melhor maneira que pudesse. E confiava na relação Instrutor-aluno para que o processo se concretizasse e a aprendizagem ocorresse.
 
Não lhe passava pela cabeça a possibilidade de ser um mau comunicador, já que contava com a parceria do treinando para que desse certo. Então, não havia uma preocupação com o vocabulário, com o formato da informação, com os meios utilizados para transmiti-la, com o ambiente em que o processo poderia ocorrer, com os recursos disponíveis para auxiliar na facilitação da aprendizagem.
Mas, em uma sociedade tecnológica, o Instrutor assume um papel fundamental como mediador de aprendizagens, sobretudo como modelo que é para aqueles que ainda não detêm o mesmo conhecimento que ele, e, ao adotar determinados comportamentos e atitudes em relação às tecnologias disponíveis, passa a estimular o uso daquele novo tipo de meio para viabilizar o processo de aprendizagem.
Então, se possível, o Instrutor deverá explorar temas e/ou assuntos que possam ser pesquisados pelo treinando – individualmente ou em grupo, dependendo do contexto – em instrumentos que sejam acessíveis a todos e disponíveis no cotidiano, tornando o ato de aprender um desafio a ser superado para cada estímulo dado.
Basta considerar as possibilidades que os celulares viabilizam, que os computadores disponibilizam, que os tablets permitem, que as redes sociais criam ... e, por aí em diante, o Instrutor terá condições de estabelecer novos processos de ensino-aprendizagem, em cima da antiga e reconhecida troca de informações, apenas usando o que o mundo da tecnologia nos oferece na contemporaneidade.
ATENÇÃO: Entretanto, vale alertar para a necessidade premente da familiarização do Instrutor para com esses novos recursos, meios e, principalmente, a compreensão das regras que norteiam cada canal de comunicação que o mundo atual utiliza. Se isto não acontecer, em pouco tempo a carreira desse profissional estará correndo um risco de não ser mais o sucesso que foi imaginado.
Outros aspectos que precisam ser observados
De acordo com uma pesquisa realizada por psicólogos ingleses e publicada no Jornal The Sunday Times, a posição de ter de falar diante de várias pessoas deixa o homem mais apavorado do que a perspectiva de enfrentar uma das situações de medo, descritas a seguir: altura, insetos, problemas financeiros, águas profundas, doença, morte, solidão, cachorro, dirigir automóveis, escuridão, elevador e escada rolante.
Ninguém é obrigado a concordar com o jornal inglês, mesmo porque é evidente que, colocada entre a escolha de falar em público ou morrer – por exemplo – qualquer pessoa, mentalmente sã, vai preferir enfrentar multidões de ouvintes.
Se você não conhecer algum exercício que possa trazer este tipo de benefício, vale a pena procurar um Fonoaudiólogo para que este o oriente, adequadamente.
Mas, além de tudo isto que já foi mencionado, é importante lembrar que toda apresentação, aula ou palestra, precisa ter início, meio e fim.
Portanto, é essencial que você busque dar uma atenção especial ao planejamento, procurando preparar-se – adequadamente – construindo um roteiro que lhe traga segurança, antes de aventurar-se a ministrar qualquer treinamento.
Neste tipo de experiência, não vale a pena considerar a capacidade de improvisar que, talvez, você possua. Se isto for preciso ocorrer, que seja diante de uma situação imprevista, que possa obrigá-lo a criar uma alternativa pontual para aquela solução contextual.
Mesmo assim, após o encerramento da experiência, vale a pena rever o que ocorreu fora do previsto e, na próxima vez, considerar esta possibilidade durante o seu planejamento.
Mesmo que dentro de uma sala de aula não tenhamos “multidões de ouvintes”, ainda assim, temos uma plateia disposta a assistir, ouvir, provocar, mas, acima de tudo, necessitada de apresentar um resultado diferente após o treinamento, quando retornar ao mundo da operação de onde veio. Portanto, o Instrutor precisa ter em mente a importância do seu trabalho e, principalmente, compreender como a comunicação precisa ser objeto de sua atenção, dedicando um cuidado especial durante o planejamento e a execução do treinamento para, de fato, conseguir alcançar a essência do processo: fazer-se compreender pelo outro.
Se levarmos em consideração algo que já estudamos em aula anterior nesta disciplina, a “Cognição” só acontecerá no momento em que o outro conseguir criar uma imagem mental significando aquela palavra ouvida.Não entendeu? Então vamos ao exemplo: “Pense em uma árvore!”
Naturalmente, ao ler esta palavra, você – imediatamente – imaginou algo que tenha raízes, tronco e uma copa frondosa. E, mesmo que a árvore imaginada não seja exatamente igual a que outra pessoa possa pensar, ela terá – no mínimo – os mesmos três elementos que você também pensou. Isto só acontece porque a palavra árvore já possui uma correlação em sua mente, com uma imagem mental que signifique o som ouvido ou a palavra lida.
Entretanto, se, ao ler ou ouvir uma palavra, você ainda não tiver esta relação com uma imagem mental, não ocorrerá a compreensão, e, por isso, o ponto de partida para o processamento do entendimento não acontecerá, e, se houver aprendizagem, não será significativa – apenas mecânica (outro aspecto que já discutimos anteriormente). Dito isto, fica clara a importância da utilização de vocábulos que sejam comuns aos seus ouvintes, assim como o uso de palavras escritas que também façam parte do universo do conhecimento daqueles que estarão sob a responsabilidade de instrução, por parte do professor/instrutor. 
Fazer-se entender é a premissa!

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