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Histologia Hepática

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1 Beatriz Larentis – MED Unila 
 
BASES MORFOFUNCIONAIS DO APARELHO DIGESTÓRIO 
 
HISTOLOGIA DO FÍGADO 
 
Resumo: O componente estrutural básico do fígado é o hepatócito, que são as principais 
celulas funcionais, correspondendo a 80% do volume do órgão. Os hepatócitos estão 
distribuídos em lâminas hepáticas e tem diversas funções. Por entre os hepatócitos correm os 
canalículos bilíferos, que se unem formando ductos cada vez maiores, resultando nos ductos 
hepáticos; é por onde corre a bile. Entre as placas de hepatócitos passam os sinusóides 
hepáticos. Sinusóides hepáticos são capilares sanguíneos fenestrados que recebem sangue 
oxigenado da artéria hepática e sangue rico em nutrientes da artéria hepática e sangue, rico 
em nutrientes, da veia porta hepática. Os hepatócitos estão arranjados nas unidades 
estruturais denominadas lóbulos hepáticos e tem uma forma poligonal que possui uma tríade 
portal em cada aresta (artéria hepática, veia porta e ducto biliar). 
Junqueira & Carneiro 12ª edição 
Lóbulo hepático 
Os hepatócitos são arranjados em placas e compõem, junto com outras estruturas, as 
unidades estruturais do fígado chamadas lóbulos hepáticos. Os lóbulos hepáticos são 
poligonais. Nos seus cantos (que o Junqueira & Carneiro chama de espaço porta) podem 
passar as chamadas tríades portais, conjunto de ramos da artéria hepática, veia porta e ducto 
biliar; nesse espaço também passam vasos linfáticos e nervos; todas essas estruturas são 
envolvidas por tecido conjuntivo. O fígado humano contem 3 a 6 espaços porta por lóbulo. 
No lóbulo estão dispostas 
placas de hepatócitos, como 
já dito anteriormente. Entre 
os as placas correm os 
sinusóides, capilares de 
epitélio fenestrado e de 
dilatação irregular. Entre os 
sinusóides e as placas de 
hepatócitos há o espaço de 
Disse, onde os microvilos dos 
hepatócitos se estendem. Por 
conta dessa interface 
fenestrada e dos microvilos, a 
troca entre os sinusóides e os 
hepatócitos é intensa. Nos 
 
2 Beatriz Larentis – MED Unila 
sinusóides também estão presentes as células de Kupffer, macrófagos com muitas funções 
locais (digestão de hemoglobina, metabolização de hemácias velhas, gerenciar processos 
imunológicos, destruir bactérias provenientes do trato intestinal). Eles ficam localizados na 
parede dos sinusóides e tem mobilidade, podendo estar no espaço de Disse. No espaço de 
Disse há outras celulas importantes, como as células de Ito, que contem inclusões lipídicas de 
vitamina A, e têm diversas outras funções. 
Suprimento Sanguíneo 
O fígado é um órgão singular, pois recebe em maioria aporte do sistema venoso e, portanto, 
sangue pouco oxigenado. 80% do volume sanguíneo é proveniente da veia porta e 20% da 
artéria hepática. 
 Sistema portal 
venoso: a veia porta 
se ramifica > vênulas 
portais ou 
interlobulares (que 
correm entre os 
espaços portais) 
também se 
ramificam > vênulas 
distribuidoras (que 
correm ao redor dos 
lóbulos) se 
ramificam > e 
enviam pequenas 
vênulas que 
desembocam nos 
sinusóides. 
Resumindo: veia portal > vênulas interlobulares ou portais > vênulas distribuidoras > 
vênulas que confluem no sinusóide. 
O sangue venoso portal é proveniente do pâncreas, baço e intestino. Substências 
absorvidas pelo intestino são transformadas, acumuladas e ou eliminadas no fígado. 
Os sinusóides, por sua vez, correm radialmente formando no centro do lóbulo a veia 
central ou centrolobular. 
A veia central é um vaso composto de celulas endoteliais e sustentado por fibras 
colágenas. Ao passo que a veia central corre pelo lóbulo, recebe mais sinusóides e vai 
ficando mais calibrosa. As veias centrais deixam o lóbulo se fundindo com a > veia 
sublobular, que se une com outras semelhantes para formar > grandes veias hepáticas. 
Resumindo: veias centrais > veias sublobulares > veias hepáticas > veia cava inferior. 
 Sistema arterial: o aporte arterial serve para promover quantidade adequada de oxigênio 
aos hepatócitos. Conforme o sangue arterial flui da periferia (região perilobular) para o 
centro (região centrolobular), e nesse trajeto as concentrações de oxigênio, toxinas e 
substancias vão se alterando; isso explica a atividade metabólica diferente que têm as 
celulas centrolobulares e as perilobulares (esquematizado acima no desenho). 
 
3 Beatriz Larentis – MED Unila 
A artéria hepática se ramifica varias vezes formando > arteríolas interlobulares > ramificam 
desembocando nos sinusóides. 
 
 
Hepatócitos 
Hepatócitos são celulas também 
poliédricas com cerca de seis faces. 
Dependendo da distancia que estão 
da veia central ou centrolobular, 
apresentam diferenças estruturais, 
histoquímicas e bioquímicas. A 
superfície de cada hepatócito esta 
em contato com outros hepatócitos 
e com o espaço de Disse (e por 
consequência relacionando-se com 
os sinusóides). Quando dos 
hepatócitos se encontram, entre as 
membranas dos mesmos há os 
canalículos biliares, que nada mais é 
um “canal” constituído por esse 
espaço intermembranas, para onde 
drena a bile. Na periferia dos lóbulos esses canalículos drenam para os dúctulos biliares, que 
então drenam para os ductos biliares e então ducto hepático. A bile faz o caminho contrario do 
sangue. 
Vários processos importantes ocorrem nas organelas dos hepatócitos. Diversas proteínas 
como albumina e fibrinogênio são produzidas em seus polirribossomos. Varias substancias são 
neutralizadas e detoxificadas no reticulo endoplasmático liso. Também no REL ocorre a 
conjugação da bilirrubina. Além disso, os hepatócitos também armazenam glicogênio, sendo 
um estoque para a regulação glicêmica. Também é frequente encontrarmos gotículas lipídicas 
nos hepatócitos. 
Os hepatócitos são muito versáteis: eles acumulam, degradam, detoxificam e tem funções 
endócrinas e exócrinas. Produzem proteínas próprias e proteínas para o corpo, inclusive as 
plasmáticas. Nos hepatócitos ocorre a gliconeogenese.

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