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Aula Patrimônio Líquido Reservas P2

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO - RESERVAS
1
ITUIUTABA – MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - UFU
Faculdade de Ciências Integradas do Pontal – FACIP
Curso de Graduação em Ciências Contábeis
Contabilidade Intermediária I
Professora: Renata Mendes de Oliveira (renatamendes@ufu.br)
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Reservas de Capital
As Reservas de Capital são constituídas com valores recebidos e que não transitaram pelo Resultado como Receitas, por se referirem a valores destinados a reforço de seu Capital, sem terem como contrapartidas qualquer esforço da empresa em termos de entrega de bens ou de prestação de serviços. 
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Reservas de Capital
 As contas que registram tais reservas são: 
os valores recebidos a título de ágio na emissão de ações, que ultrapassarem a importância destinada à formação do Capital Social (diferença entre preço pago pela ação e o seu valor nominal); 
reserva especial de ágio na incorporação;
o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. 
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Reservas de Capital
 Reserva Especial de ágio na incorporação: aparece no patrimônio líquido da incorporada, como contrapartida do montante do ágio (líquido de seu benefício fiscal) resultante da aquisição do controle da companhia aberta que incorporar sua controladora.
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Reservas de Capital
 Partes Beneficiárias são valores mobiliários (títulos) que podem ser alienados. São criados pela Sociedade por Ações e podem ser negociados ou cedidos pela empresa gratuitamente a empregados, clientes, etc. Seus detentores têm direito à participação nos lucros (não superiores a um décimo do lucro apurado). 
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Reservas de Capital
 Partes Beneficiárias – Exemplo
A empresa ABC emitiu (vendeu) partes beneficiárias no valor de R$ 20.000,00. O lançamento a ser efetuado na companhia será o seguinte:
Débito: Caixa .............................................................................. 20.000,00
Crédito: Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias ....... 20.000,00
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Reservas de Capital
Bônus de Subscrição são valores mobiliários (títulos) que podem ser alienados. A sua emissão está condicionada ao limite de capital autorizado previsto no estatuto da empresa. Eles conferem ao seu proprietário o direito de subscrever ações do capital social da empresa emissora. 
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Reservas de Capital
Bônus de Subscrição – Exemplo
A empresa ABC emitiu (vendeu) bônus de subscrição no valor de R$ 30.000,00. O lançamento a ser efetuado na companhia será o seguinte:
Débito: Caixa ............................................................................. 30.000,00
Crédito: Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição .... 30.000,00
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Reservas de Capital
As reservas de capital somente podem ser utilizadas para: 
Absorver prejuízos quando estes ultrapassarem as reservas de lucros (a serem absorvidas primeiro). 
Resgate, reembolso ou compra de ações ou resgate de partes beneficiárias. 
Incorporação ao capital. 
Pagamento de dividendo cumulativo a ações preferenciais, com prioridade no seu recebimento, quando esta vantagem lhes for assegurada pelo estatuto social, no caso de lucro insuficiente para distribuir. 
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Reservas de Lucro
São as contas de reservas constituídas pela apropriação de lucros da empresa que não foram distribuídos. 
Elas podem ser constituídas por imposição legal (Reserva Legal), por determinação estatutária (Reservas Estatutárias) e por propostas aprovadas pelos proprietários com finalidades específicas (Reservas para Contingências, Reservas para expansão etc.). 
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Reservas de Lucro
O saldo das reservas de lucros, exceto as reservas para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderão ultrapassar o capital social. 
Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excedente na integralização ou aumento de capital social, ou ainda, na distribuição de dividendos. 
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Reserva Legal
A utilização da reserva legal está restrita à compensação de prejuízos e ao aumento de capital social. 
Essa incorporação ao capital poderá ser feita a qualquer momento a critério da companhia. 
A compensação de prejuízos ocorrerá obrigatoriamente quando ainda houver saldo de prejuízos, após terem sido absorvidos os saldos das demais Reservas de Lucros. 
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Reserva Legal
Instituída para dar proteção ao credor, deverá ser constituída com a destinação de 5% do lucro líquido do exercício. 
De constituição obrigatória pela companhia, até que o seu valor atinja 20% do capital social realizado, quando então deixará de ser acrescida; ou poderá deixar de receber créditos, quando seu saldo somado ao montante das Reservas de Capital, atingir 30% do capital social. 
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Reserva Legal
Exemplo 1: 
A empresa ABC apresenta o seguinte Patrimônio Líquido:
No exercício de 2013 a empresa apurou um lucro líquido no valor de 80.000,00. Considerando os limites de constituição de reservas legais, qual seria a reserva constituída no referido período?
CapitalSocial........................................................... 40.000,00
Reserva de ágio na emissão de ações ................ 3.000,00 (Reserva de Capital)
Reserva de alienação de bônus de subscrição... 2.000,00 (Reserva de Capital)
Reserva Legal........................................................... 3.500,00
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Reserva Legal
Exemplo 1: 
I – Limite Obrigatório
Limite Obrigatório da Reserva Legal = 40.000 x 20% = 8.000,00
Saldo inicial da Reserva Legal = 3.500,00
5% do lucro do exercício = 80.000 x 5% = 4.000,00
Saldo de Reserva Legal + 5% lucro líquido = 3.500 +4.000 = 7.500,00 < 8.000,00 (limite obrigatório da Reserva Legal)
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Reserva Legal
Exemplo 1: 
I – Limite Facultativo 
Limite Facultativo da Reserva Legal = 40.000 x 30% = 12.000,00
Saldo inicial da Reserva Legal + Reserva de Capital= 3.500+5.000 = 8.500,00
Saldo inicial da Reserva Legal + 5% do lucro do exercício + Reserva de Capital = 3.500 + 4.000 + 5.000 = 12.500,00 > 12.000,00 (limite facultativo Reserva Legal)
Logo a empresa deverá destinar, no mínimo. 3.500,00 (12.000 – 8.500), e, no máximo, 4.000,00.
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Reserva Legal
Exemplo 2: 
A empresa ABC apresenta no final do exercício de 2013 um prejuízo de 15.000,00. As contas do Patrimônio Líquido eram as seguintes:
Como ficarão as contas de Patrimônio Líquido após a absorção dos prejuízos?
CapitalSocial......................................................... 100.000,00
Reserva de Capital ............................................... 9.000,00
Reserva Estatutária ............................................... 7.000,00(Reserva de Capital)
Reserva Legal........................................................ 6.000,00
Lucros Acumulados .............................................. 5.000,00
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Reserva Legal
Exemplo 2: 
Ordem de absorção de prejuízos: Prejuízo do período = 15.000,00
Lucros acumulados = 5.000,00
Reservas de Lucros = Reservas Estatutárias = 7.000,00
Reserva Legal = 3.000,00
Saldos no final do período:
Capital Social: 100.000,00
Reservas de Capital: 9.000,00
Reserva Legal: 3.000,00
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Reservas Estatutárias
São constituídas por determinação do estatuto da companhia, com destinação de uma parcela dos lucros do exercício.
 A empresa deverá criar subcontas conforme a natureza a que se refere, e com intitulação que indique sua finalidade. 
Essas reservas não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório.
Deverão ser registradas como estatutárias somente aquelas definidas pelo estatuto, que não estejam previstas em lei. 
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Reservas Estatutárias
Para cada reserva estatutária, a empresa terá que, no seu estatuto: 
 Definir sua finalidade de modo preciso e completo; 
 Fixar os critérios para determinar a parcela anual do lucro líquido a ser utilizada; 
 Estabelecer o seu limite máximo. 
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Reservas para Contingência
Seu objetivo é segregar uma parcela de lucros (para não distribuir como dividendo), devido a prováveis perdas extraordinárias futuras, que diminuirão os lucros (ou até ocorrer prejuízos) em exercícios futuros. 
No exercício
em que ocorrer tal perda efetivamente, efetua-se a reversão da Reserva para Contingências, anteriormente constituída para a conta de Lucros Acumulados para posterior redistribuição. 
Exemplos: Perdas cíclicas (geadas, secas, cheias ou inundações). 
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Reservas para Contingência
Diferença entre reserva e provisão para contingência 
A provisão destina-se a dar cobertura a perdas ou despesas já incorridas, mas ainda não desembolsadas (passivo) e que, pelo regime de competência, são lançadas no Resultado, na constituição dessa Provisão. 
Exemplos: indenizações contratuais, contingências fiscais ou trabalhistas. 
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Reservas para Contingência
Diferença entre reserva e provisão para contingência 
Reserva para Contingências é uma expectativa de perdas ou prejuízos ainda não incorridos (PL). Por ser possível antevê-los, e, por precaução e prudência, segrega-se uma parte dos lucros já existentes, não os distribuindo para suportar financeiramente o período em que o prejuízo ocorrer efetivamente. 
Na data em que tal prejuízo ocorrer, será reconhecido contabilmente como despesa, dentro do regime de competência. 
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Reservas para Contingência
Exemplo: Suponha que a empresa ABC verificou que poderá ocorrer uma redução nas vendas do próximo exercício social, em virtude da entrada no mercado de uma nova empresa concorrente. Considerando que o prejuízo estimado da empresa ABC será de R$ 50.000,00 a administração da referida empresa poderá propor à assembleia que sejam destinados R$ 50.000,00 do lucro líquido do exercício para a constituição de Reservas de Contingências.
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Reservas para Contingência
Perdas Cíclicas – Observação
Nesse caso de perdas cíclicas, fazendo-se as reservas para contingências, há uma uniformização dos dividendos totais distribuídos ano a ano, pois nos anos de maior lucro forma-se a reserva e, no ano em que a perda ocorre, reverte-se a reserva.
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Reservas para Contingência
Exemplo: Os lançamentos serão os seguintes:
I – Na constituição da Reserva para Contingência
Débito: Lucros Acumulados ............................................... 50.000,00
Crédito: Reservas para Contingência .............................. 50.000,00
II – Caso ocorra a Reversão da Reserva
Débito: Reservas para Contingência ............................... 50.000,00
Crédito: Lucros Acumulados ............................................. 50.000,00
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Provisão para Contingência Reservas para Contingência
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Provisão para Contingência
Reserva para Contingência
O fato gerador já ocorreu, despesa já ocorrida.
O fato gerador não ocorrido (expectativa).
Finalidade: Cobertura a perdas ou despesasjá incorridas(em atenção ao regime de competência ).
Finalidade:Cobertura a prejuízos futurosainda não incorridos(não distribuir dividendos).
Contrapartida:Diminuição do Resultado.
Contrapartida: Diminuição de Lucros Acumulados (não afeta resultado).
Aumento Passivo.
Retenção de Lucros.
Não há reversão (evento já ocorreu).
Revertida para Lucros Acumulados, ocorrendo ou não o evento.
Reservas de Lucros a Realizar
Constituída como uma destinação dos lucros do exercício, sendo, todavia, optativa sua constituição. 
O seu objetivo é não distribuir dividendo obrigatório sobre a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente (apesar de contábil e economicamente realizada) pela empresa, quando tais dividendos excederem a parcela financeiramente realizada do lucro líquido do exercício. 
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Reservas de Lucros a Realizar
São lucros a realizar: 
O aumento (resultado líquido positivo) do valor do investimento em coligadas e controladas avaliadas pela equivalência patrimonial. 
Lucro em vendas a prazo, e lucro ou rendimento ou ganho líquido em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado realizáveis financeiramente após o término do exercício seguinte. 
Ganhos com variação cambial (títulos a receber de longo prazo). 
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Reservas Orçamentárias
Para atender a um projeto de investimento, a companhia poderá reter parte dos lucros do exercício. 
Essa retenção deverá estar justificada com o orçamento de capital da companhia; ser proposta pela administração e aprovada pela assembleia geral. 
Não poderá ser constituída em detrimento do pagamento do dividendo obrigatório. Sua finalidade é justificar a não distribuição de dividendos adicionais aos obrigatórios. 
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Reservas de Incentivos Fiscais
As doações e as subvenções para investimento eram (antes da Lei 11.639/07) contabilizadas como Reserva de Capital, e tinham benefício fiscal, ou seja, não sofriam tributação. 
Atualmente, as doações e subvenções incondicionais passam pelo resultado, e para não serem tributadas criou-se esta conta. Assim, segregam estes valores excluindo-os da base de cálculo dos tributos sobre o lucro e, também, para evitar sua distribuição como dividendos. 
 
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Reservas de Incentivos Fiscais
Exemplo: Devolução incondicional de um imposto vinculado a um projeto de investimento. 
Como se contabiliza? 
Débito: Lucros Acumulados 
Crédito: Reserva de Incentivos Fiscais 
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Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído 
É constituída quando a empresa tiver dividendo obrigatório a distribuir, mas sem condição financeira para seu pagamento. 
Tais dividendos serão pagos aos acionistas no futuro, assim que a situação financeira o permitir, desde que não tenham sido absorvidos por prejuízos dos exercícios seguintes. 
Como se contabiliza? 
Débito: Lucros Acumulados 
Crédito: Reserva Especial para Dividendo Obrigatório não Distribuído. 
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Recebe as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência. 
Essa conta não é uma reserva, pois ainda não passou pelo resultado, é uma conta temporária. Essa conta vai para DRE à medida que aqueles valores registrados nos ativos ou passivos forem realizados. 
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Exemplos: 
Variações de preços de mercado dos instrumentos financeiros, destinados a venda futura (intenção). Assim ajusta um ativo a valor de mercado e a contrapartida não passa pela DRE e sim vai para PL. 
Diferenças de ativos e passivos avaliados a valor de mercado nas reorganizações societárias como é o caso de cisões, incorporações e fusões.
Variações cambiais de investimentos no exterior, para maior ou para menor, também vão para PL. 
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Exemplo: A Cia “X” adquiriu um instrumento financeiro para venda futura
Dados:
Valor de aquisição: $ 1.000,00
Juros: $ 300,00 
Valor de mercado: $ 1.500,00
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
1º Aquisição do Instrumento Financeiro
Débito: Instrumentos Financeiros ................................... 1.000,00
Crédito: Caixa ou Bancos ...............................................1.000,00
2º Registro dos juros e atualização do valor de mercado
Débito: Instrumentos Financeiros ...................................... 500,00
Crédito: Receita de juros ................................................... 300,00
Crédito: Ajustes de avaliação patrimonial ....................1.000,00
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
3º Venda do Instrumento Financeiro
Débito: Caixa ou Bancos ...............................................1.500,00
Crédito: Instrumentos Financeiros ................................ 1.500,00
Débito: Ajustes de avaliação patrimonial .................... 200,00
Crédito: Ganho na venda de Instr. Financeiros ........... 200,00
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Referências Bibliográficas
FERREIRA, R. J. Contabilidade avançada e intermediária. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2010.
MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade Societária. 2ed. São Paulo: Editora Atlas, 2013.
MORAES JÚNIOR, J. J. Contabilidade Geral: com as atualizações da lei nº 11.638/2007 e da Lei nº 11.941/2009. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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