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FATO, ATO E NEGÓCIO JURÍDICO
FATO JURÍDICO
CONCEITO:
Arnold Wald: “os fatos jurídicos são aqueles que repercutem no direito, provocando a aquisição, a modificação ou a extinção de direitos subjetivos”.
Carlos Roberto Gonçalves: “todo acontecimento da vida que o ordenamento jurídico considera relevante para o mundo do direito”.
ESPECIES:
Fatos naturais ou fatos jurídicos stricto sensu: decorrem de simples manifestação da natureza;
Fatos humanos ou fatos jurídicos lato sensu: decorrem da atividade humana.
	Nascimento, morte, maioridade.
Terremoto, raio, tempestade.
Ressalta-se a consequência do ato, o fato resultante, sem se levar em consideração a vontade de praticá-lo.
A ação humana visa diretamente alcançar um fim prático permitido na lei, dentre a multiplicidade de efeitos possíveis. Por essa razão, é necessária uma vontade qualificada.
sem vícios.
O efeito da manifestação da vontade está predeterminado na lei. A ação humana se baseia não numa vontade qualificada, mas em simples intenção.
Praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento jurídico.
Atos humanos praticados
em conformidade com o ordenamento jurídico.
Ações humanas que criam, modificam, transferem ou extinguem direitos.
ATO-FATO JURÍDICO
É fato jurídico qualificado pela ação humana. É um fato humano, onde a relevância é atribuída à consequência do ato e não a vontade humana.
No ato-fato jurídico, ressalta-se a consequência do ato, o fato resultante, sem se levar em consideração a vontade de praticá-lo.
NEGÓCIO JURÍDICO
Negócio jurídico é um ato, ou uma pluralidade de atos, entre si relacionados, quer sejam de uma ou de várias pessoas, que tem por fim produzir efeitos jurídicos, modificações nas relações jurídicas no âmbito do direito privado. Trata-se de uma declaração de vontade que não apenas constitui um ato livre, mas pela qual o declarante procura uma relação jurídica entre as várias possibilidades que oferece o universo jurídico. No negócio jurídico, a manifestação da vontade tem finalidade negocial, que abrange a aquisição, conservação, modificação ou extinção de direitos.
FORMAS DE AQUISIÇÃO DE DIREITOS:
Ocorre a aquisição de um direito com a sua incorporação ao patrimônio e à personalidade do titular. Pode ser:
Originária: quando se dá sem qualquer interferência do anterior titular. Por exemplo, na ocupação de coisa sem dono (art. 1.263 CC) e na avulsão (art. 1.251 CC);
Derivada: quando decorre de transferência feita por outra pessoa. Nesse caso, o direito é adquirido com todas as qualidades ou defeitos do título anterior. Exemplo: compra e venda (art. 481 CC), doação (art. 538 CC), herança (art. 1784 CC).
Translativa: transferência total dos direitos de um titular para outro. Ex.: compra e venda a vista.
Constitutiva: é aquela em que o titular anterior ainda mantem consigo alguma parcela do direito sobre o bem objeto da transferência. Ex.: doação com cláusula de usufruto (art. 1390 CC), alienação fiduciária em garantia (Dec. Lei 911/69).
Gratuita: quando só o adquirente aufere vantagem, como acontece na sucessão hereditária, doação etc.
Onerosa: quando se exige do adquirente uma contraprestação, possibilitando a ambos os contratantes a obtenção de benefícios, como ocorre na compra e venda e na locação.
ESPECIES DE DIREITO:
Direito adquirido: é o direito subjetivo já formado e incorporado ao patrimônio do titular, podendo ser por ele exercido (art. 6º, § 2º, da Lei de Introdução ao Código Civil).
Expectativa de direito: na fase preliminar, quando há apenas esperança ou possibilidade de que venha a ser adquirido, mera possibilidade de se adquirir um direito.
Direito futuro: é o que ainda não se constituiu.
Deferido, quando a sua aquisição depende somente do arbítrio do sujeito.
Não deferido, quando a sua consolidação se subordina a fatos ou condições falíveis.
Direito eventual: É um direito concebido, mas ainda pendente de concretização, a ser efetivada pelo próprio interessado.
Ato jurídico perfeito: ato praticado em certo momento histórico, em consonância com as normas jurídicas vigentes naquela ocasião.
Coisa julgada: é a qualidade atribuída aos efeitos da decisão judicial definitiva, considerada esta a decisão de que já não cabe recurso.
REQUISITOS PARA A VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO (art. 104 CC)
Agente capaz: é o que tem capacidade de exercício de direitos, ou seja, aptidão para exercer direitos e contrair obrigações na ordem civil (art. 5º CC).
Licitude: a sua liceitude é condição essencial à eficácia do negócio jurídico. Objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes. O objeto deve ser também, possível. Quando impossível, o negócio é nulo. O objeto do negócio jurídico deve ser igualmente determinado ou determinável.
Forma prescrita ou não defesa em lei: é o meio de revelação da vontade. Deve ser a prescrita em lei. Ex.: art.108 CC/02, art. 107 do CC/02.
INTERPRETAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO:
Interpretar o negócio jurídico é, portanto, precisar o sentido e alcance do conteúdo da declaração de vontade. Busca-se apurar a vontade concreta das partes, não a vontade interna, psicológica, mas a vontade objetiva, o conteúdo, as normas que nascem da sua declaração.
Dispõe o CC :
“Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem.” (CC, art. 112)
“Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.” (CC, art. 113)
“Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.” (CC, art. 114)
CLASSIFICAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS:
Quanto à manifestação de vontade:
Unilaterais: são os que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade, como ocorre no testamento.
Bilaterais: são os que se perfazem com duas manifestações de vontade coincidentes sobre o objeto.
Quanto às vantagens:
Gratuitos: aqueles em que só uma das partes aufere vantagens ou benefícios, como sucede na doação pura e no comodato.
Onerosos: são aqueles em que ambos os contratantes auferem vantagens, às quais, porém, corresponde um sacrifício ou contraprestação.
Quanto ao tempo em que devam produzir efeitos:
Inter vivos: destinam-se a produzir efeitos desde logo, isto é, estando as partes ainda vivas, como a promessa de venda e compra, a locação, a permuta, o mandato, o casamento etc.
Causa mortis: são os negócios destinados a produzir efeitos após a morte do agente, como ocorre com o testamento.
Quanto à subordinação:
Principais: são os que têm existência própria e não dependem, pois, da existência de qualquer outro, como a compra e venda, a locação.
Acessórios: são os que têm sua existência subordinada à do contrato principal, como se dá com a cláusula penal, a fiança.
Quanto às formalidades:
Solenes: são os negócios que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoarem.
Não solenes: são os negócios de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação.
Quanto à pessoa:
Impessoais: não importa quem sejam as partes.
Intuitu personae: aquele realizado de acordo com as qualidades especiais de quem o celebra.
RESUMO:
	
REPRESENTAÇÃO (arts. 115 a 120 CC)
CONCEITO:
Carlos Roberto Gonçalves: “Representação tem o significado, pois, de atuação jurídica em nome de outrem. Constitui verdadeira legitimação para agir por conta de outrem, que nasce da lei ou do contrato.”
É o instituto jurídico no qual representante atua em nome do representado, no lugar do representado. O representante conclui o negócio não em seu próprio nome, mas como pertencente ao representado. Quem é a parte no negócio é o representado e não o representante.
ESPECIES DE REPRESENTAÇÃO:
Representação legal: - ocorre quando a lei estabelece, para certas situações, uma representação, o que ocorre no caso dos incapazes, na tutela, curatela etc. Nesses casos, o poder de representação decorre diretamente da lei, que estabelece a extensão do âmbito da representação.
Representação voluntária:tem por finalidade permitir o auxílio de uma pessoa na defesa ou administração de interesses alheios. É baseada, em regra, no mandato, cujo instrumento é a procuração (art. 653 CC).
ESPECIES DE REPRESENTANTES:
Legal é o que decorre da lei, ou seja, aquele a quem esta confere poderes para administrar bens e interesses alheios, como pais, em relação aos filhos menores (CC, arts. 115, primeira parte, 1.634, V, e 1.690), tutores, no que concerne aos tutelados (art. 1.747, I), e curadores, quanto aos curatelados (art. 1.774).
Judicial é o nomeado pelo juiz para exercer poderes de representação no processo, como o inventariante, o administrador da empresa penhorada e o da massa falida etc.
Convencional é o que recebe mandato outorgado pelo credor, expresso ou tácito, verbal ou escrito (CC, arts. 115, segunda parte, e 656), com poderes nele expressos, podendo ser em termos gerais ou com poderes especiais, como os de alienar, receber, dar quitação etc. (art. 661).
REGRAS DA REPRESENTAÇÃO:
“A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.” (CC, art. 116)
O representante atua em nome do representado, vinculando-o a terceiros com quem tratar. Deve agir, portanto, na conformidade dos poderes recebidos. Se os ultrapassar, haverá excesso de poder, podendo por tal fato ser responsabilizado (CC, art. 118).
“É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.” (CC, art. 119)
O parágrafo único estabelece o prazo decadencial de cento e oitenta dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, para se pleitear a anulação prevista no caput do artigo.
RESUMO
ELEMENTOS ACIDENTAIS DO NEGÓCIO JURÍDICO (arts. 121 a 137 CC)
São elementos dispensáveis para a celebração do negócio jurídico. Têm como objetivo modificar uma ou algumas consequências naturais dos negócios jurídicos. São declarações acessórias de vontade. Uma vez convencionados, têm o mesmo valor dos elementos estruturais e essenciais, pois que passam a integrá-lo de forma indissociável.
Condição: é o evento futuro e incerto de que depende a eficácia do negócio jurídico. Da sua ocorrência depende o nascimento ou a extinção de um direito.
“Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.”
Os requisitos ou elementos para que haja condição na acepção técnica são: a voluntariedade, a futuridade e a incerteza. É necessário, portanto:
a) que a cláusula seja voluntária;
b) que o acontecimento a que se subordina a eficácia ou a resolução do ato jurídico seja futuro;
c) que também seja incerto.
Não são Aceitas pelo Direito as seguintes Condições:
a) não se casar;
b) exílio ou morada perpétua em determinado lugar;
c) exercício de determinada profissão;
d) seguimento de determinada religião;
e) aceitação ou renúncia de herança;
f) reconhecimento de filho;
g) emancipação.
Termo: é o dia ou momento em que começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico, podendo ter como unidade de medida a hora, o dia, o mês ou o ano. Termo convencional é a cláusula contratual que subordina a eficácia do negócio a evento futuro e certo. 
Dispõe o art. 131 do Código Civil:
“O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.”
O termo não suspende a aquisição do direito por ser evento futuro, mas dotado de certeza.
Negócios que não admitem termo:
a aceitação ou a renúncia da herança (CC, art. 1.808);
a adoção (art. 1.626);
a emancipação;
o casamento;
o reconhecimento de filho (art. 1.613) e outros.
CLASSIFICAÇÃO DOS TERMOS:
Termo certo – estabelece de uma data de calendário;
Termo incerto – evento futuro, que se verificará em data indeterminada;
Termo suspensivo – a partir dele se pode exercer determinado direito;
Termo resolutivo – a partir dele cessa os efeitos do negócio jurídico.
Encargo ou modo: cláusula acessória, em regra, descreve atos de liberalidade inter vivos ou causa mortis, que impõe ônus ou obrigação a uma pessoa contemplada pelos referidos atos. O encargo não suspende a aquisição ou exercício de direito (art. 136 CC).
	
RESUMO:

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