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Cultura de Massa 
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Cultura: etimologia
Latim: 
cultum (venerar). 
colere (habitar, cultivar). 
cultio (ação de cultivar).
Desenvolvimento das atividades intelectuais através de exercícios apropriados (século XVI).
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Cultura: sentidos fundamentais
Produção do homem (entrada na ordem simbólica)
Cultivo do homem (aperfeiçoamento, desenvolvimento de uma essência)
Totalidade do fenômeno humano (ordem simbólica) em oposição à natureza.
Tudo aquilo que, no fenômeno humano, não é de ordem econômica, política ou religiosa. 
Transmissão de um patrimônio simbólico de uma geração para outra.
Civilização (X Cultura): latim civilis (relativo ao cidadão), oposto a hostis (estrangeiro, hostil). Grau de progresso material, intelectual, espiritual, ou seja, cultural de uma sociedade (século XVIII). 
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Primeira aproximação: cultura de massa
Apesar do nome ter sido muito contestado, e realmente ser pouco claro, normalmente se entende por cultura de massa: as transformações culturais sofridas com o advento da Revolução Industrial. 
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Revolução Industrial
1845 – A expressão é empregada por Engels (A Situação da Classe Operária na Inglaterra). Provavelmente com referência à “Revolução Francesa”.
1905 – Paul Mantoux estabelece a definição mais corrente: ela é uma expressão do capitalismo (termo que aparece por volta de 1880).
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Revolução Industrial
Revolução:
Técnica/Econômica
Demográfica
Agrícola 
 Políticas
 Econômicas
 Mentalidade (usura)
=> Formação de um mercado coerente
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Seis Abordagens Clássicas
Decadência da cultura: problema do niilismo; massa como qualidade e cultura como aperfeiçoamento do Homem (F.Nietzsche, J. Ortega y Gasset).
Intervenção do capitalismo na cultura, ou a Indústria Cultural (Escola de Frankfurt).
Apocalípticos e Integrados (U. Eco): o valor da cultura de massa a) Oposição entre cultura superior e cultura de massa; b) ou como um terceiro termo entre a cultura superior e a cultura popular. 
Choque de culturas: cultura letrada versus cultura dos meios elétricos (McLuhan). 
Primeira cultura universal ou da humanidade (Morin, 1984). Cultura anônima, acessível a qualquer um (J. Lohisse, 1969):“com a chegada da democracia e a queda das elites tradicionais se desenham os eixos de uma cultura caracterizada não por um nivelamento por baixo ou pelo alto, mas por uma busca constante do comum ao conjunto dos indivíduos” [Necessidade de integração 
Ela seria apenas um setor, pois a sociedade complexa se expressa de modo policultural (Morin).
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Argumentos dos Apocalípticos
Os mass media dirigem-se a um público heterogêneo através de “médias de gostos” evitando soluções originais. Público heterogêneo, conteúdo homogêneo.
Difundem por todo globo uma “cultura” de “tipo homogêneo, destruindo assim as características culturais de cada grupo étnico. 
Homologam o que já foi assimilado e desenvolvem funções meramente conservadoras. 
Substituem os propósitos da cultura pela lógica comercial da oferta e da procura. 
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Argumentos dos Apocalípticos
Ao difundirem produtos da cultura superior, acabam deturpando-os, pois os fazem por fórmulas, breves, simplificadas. Também os nivelam com o simples entretenimento.
Encorajam uma visão passiva e acrítica do mundo.
Difundem a ideologia da classe dominante e são usados no controle social da massa.
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Argumentos dos Integrados
A cultura de massa não é típica do regime capitalista, mas da sociedade industrial (URSS, China Popular...).
Não tomou o lugar de uma suposta cultura superior. Apesar dos problemas, ela permite ou facilita o acesso à cultura a grandes segmentos da população que outrora não gozavam dessa possibilidade. 
O entretenimento não é uma característica particular ou especial da cultura de massa, estando presente em outras formações históricas.
Proporcionou o barateamento de produtos culturais (como os clássicos da literatura). 
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A Crítica de Umberto Eco
O erro dos apologistas é afirmar que a multiplicação dos produtos da indústria seja boa em si, segundo uma homeostase ideal do livre mercado, e não deva submeter-se a uma crítica e a novas orientações. 
O erro dos apocalípticos-aristocráticos é pensar que a cultura de massa seja radicalmente má, justamente por ser um fato industrial, e que hoje se possa ministrar uma cultura subtraída ao condicionamento industrial. (p.49).
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Solução de Umberto Eco
O problema da cultura de massa é exatamente o seguinte: ela é hoje manobrada por «grupos econômicos» que miram fins lucrativos, e realizada por «executores especializados» em fornecer ao cliente o que julgam mais vendável, sem que se verifique uma intervenção maciça dos homens de cultura na produção (p. 50-51).
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Ortega y Gasset
A chegada das massas: acesso livre aos produtos da cultura superior. Superação da classe social como barreira aos bens simbólicos. 
Massa como uma qualidade da cultura (X quantidade).
A divisão mais radical da humanidade é a que a separa em duas classes de criaturas: as que fazem grandes exigências a si mesmas, amontoando dificuldades e obrigações; e as que nada exigem de si, mas para as quais viver é ser, a cada momento, o que já são, sem se impor nenhum esforço no sentido da perfeição”. 
Massa como a cultura de um novo tipo de homem, as massas, orientadas por um tipo de valor: o homem medíocre, aquele que não busca mais do que é . O homem seleto não é aquele que é petulante ou que pensa ser superior aos demais, mas aquele que busca mais do que é, mesmo que não que pessoalmente não consiga atingir estas exigências. 
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Edgar Morin 1/2
Segunda colonização: a que se processa nas imagens e nos sonhos... a colonização da alma.
Surge uma terceira cultura (para além da alternativa Letra/Popular). 
Ela é oriunda dos meios (cinema, rádio, TV, imprensa.
Ao lado das culturas clássicas, religiosas ou humanistas, e nacionais. Estado, escola... A sociedade industrial é policultural.
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Edgar Morin 2/2
A Universalização dos valores.
De um lado ela se apóia em processos psicológicos fundamentais (projeção-identificação). Apela para disposições afetivas de um homem imaginário universal, próximo da criança e do arcaico.
De outro lado, trata-se da promoção de um ideal, o homem moderno que aspira a uma vida melhor, à felicidade
Ela une a afetividade fundamental e a universal da modernidade.
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Conclusão 1/4
Em linhas gerais, a cultura de massa é um processo cujas raízes remontam à Antiguidade e colocam em jogo o aparecimento e o desenvolvimento da Racionalidade. 
Sinteticamente pode ser descrito como a universalização dos valores ou da cultura, a desterritorialização e abertura desta, formando uma síntese dos patrimônios étnicos numa única e gigantesca cultura universal: a cultura da Humanidade. 
 Um patrimônio da Humanidade: a) universalização dos valores; b) abertura e síntese dos patrimônios étnicos.
 Uma cultura do Indivíduo: a) acesso universal; b) percurso único, entrada singular. 
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Conclusão 2/4
Tentou-se definir a cultura de massa pelos aspectos técnicos ou econômicos ou culturais, mas na realidade é a fusão destas três dimensões em um único sistema que caracteriza a cultura de massa. 
Quando a tecnologia, a estrutura econômica e uma certa formação sócio-cultural convergem e passam a interagir no sentido de se reforçarem e criarem um processo em espiral, de reestruturação permanente, cada vez mais integrado e de maior complexidade. 
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Conclusão 3/4
Trata-se de um processo de longo termo, cujo momento decisivo (a acumulação se transforma em nova qualidade da totalidade) se dá quando a universalização dos valores cruza com os meios de comunicação liberados a partir do século XVIII, aproximadamente. 
Os meios irão potencializar e acentuar o processo de universalização, ao mesmo tempo emque este se torna a condição de possibilidade (sentido e pertinência) para a ação dos meios. Isto permite entender a velocidade e facilidade de sua implementação. 
A cultura de massa decola (take-off) no momento em que a indústria cultural começa a se servir dos meios de comunicação para a difusão de seus produtos. 
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– Separação entre produtor e consumidor de cultura. Implica uma dimensão sócio-econômica. Raramente os objetos são feitos pela mesma pessoa que se serve deles. Isto também se dá no plano da cultura, onde aparece uma diferenciação do corpo social entre produtores e consumidores de cultura. Aparece o produto cultural, ou seja, a cultura mesma passa a ser objeto de comércio. Aparecimento da indústria cultural e a intervenção do capitalismo na cultura
Conclusão 4/4
– Grande oferta cultural. Corresponde a uma dimensão sócio-cultural: Implica fenômenos como a liberação do indivíduo e a universalização dos valores, processos históricos de longo termo e inerentes ao desenvolvimento da racionalidade e de uma organização social específica. Hibridização da cultura, globalização cultural, universalização dos valores. 
– Desenvolvimento dos meios de comunicação, e a capacidade de reprodução mecânica e em grande escala de produtos culturais. Implica uma dimensão técnica ao mesmo tempo que social (emergência da sociedade, autonomização do indivíduo). Emergência da atualidade mediática.
De forma mais precisa, ela é formada pela conjunção de três evidências:

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