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Questões Direito civil (OFICIAL) - Respondidas

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Questões – Teoria Geral do Direito Civil
No que consiste fato jurídico. Explique sua relevância jurídica.
R: Preliminarmente, fato jurídico possui três características propedêuticas, são estas: 1 – decorrem da ação humana ou da natureza, 2 – Produzem consequências de direito, instituídas pelas normas jurídicas e 3 – é um acontecimento externo, decorrendo de uma situação fática ou real. Fato Jurídico seria todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas. Sua relevância se faz importante, pelo fato de ser ele responsável por toda e qualquer análise a respeito das mais importantes formas de aquisição, modificação, conservação e extinção de direitos. Tem suas disposições gerais a partir do Art. 104 do Código Civil.
Como poderá ser classificado o fato jurídico? Explique.
R: Os fatos jurídicos 	em sentido amplo podem ser classificados, quanto a presença ou não da vontade humana em sua formação, em: Fatos Jurídicos “Stricto Sensu” – são fatos jurídicos que não decorrem de uma ação volitiva humana, ou seja, sua realização não exige como pressuposto a manifestação da vontade do homem e Atos Jurídicos “Lato Sensu” – necessariamente é decorrente da vontade do homem devidamente manifestada, ou seja, não há ato jurídico sem a devida participação volitiva humana. Nestes casos, não há a interferência da natureza ou de eventualidades, e sim, somente a ação vontade do homem.
Analise e diferencia o fato jurídico ordinário e extraordinário, notadamente quanto as conseqüências jurídicas aplicáveis a cada uma deles.
R: Os fatos jurídicos ordinários são aqueles que ocorrem frequentemente na vida real, ou seja, são comuns à própria realidade fática, acontecendo de forma continuada ou sucessiva. Há três tipos de fatos ordinários: nascimento, morte e decurso de tempo. O nascimento é o fato jurídico que confere a personalidade jurídica ao Ser humano (artigo 4º do Código Civil Brasileiro). Já a morte, se por um lado extingue a personalidade jurídica do homem (art. 10, CCB), por outro cria direitos e obrigações para aqueles sujeitos devidamente constituídos como sucessores do falecido. O decurso de tempo, fato ordinário por excelência, também é capaz de criar, modificar e extinguir direitos e obrigações. Seus principais exemplos são a prescrição ou decadência.
Já o fatos jurídicos extraordinários caracterizam-se pela sua eventualidade, não acontecendo necessariamente no dia-a-dia. Também não são provenientes da volição humana, podendo, porém, apresentar a intervenção do homem em sua formação. São eles: caso fortuito ou força maior e “factum principis”. Caso fortuito ou força maior são fatos capazes de modificar os efeitos de relações jurídicas já existentes, como também de criar novas relações de direito. Já o “factum principis” é aquele fato também capaz de alterar relações jurídicas já constituídas, porém, através da presença da intervenção do Estado e não da ação da natureza ou de qualquer eventualidade. Tal situação se configura quando o Estado, por motivos diversos e de interesse público, interfere numa relação jurídica privada, alterando seus efeitos e, por vezes, até assumindo obrigações que antes competiam a um ou mais particulares.
Analise a Prescrição com fato jurídico.
R: Preliminarmente, deve se analisar que a prescrição é pertencente ao desdobramento do fato jurídico, visto que em sua classificação, este está inserido no decurso temporal, tendo em vista sua nomeação “fato jurídico por excelência”. Somente este pequeno item tem as atribuições necessárias junto à capacidade de criar, modificar e extinguir direitos e obrigações. Deve-se, analisar sobre suas disposições e fundamentos elevados que ao decorrer do código civil (Titulo IV, Art. 189) é nos apresentado sobre suas mais diversas regulamentações. Caso haja um gráfico estatístico podemos incrementar com a informação de que a prescrição se encontra em quase todo campo do direito, assim como o fato jurídico, que por fim os prazos prescricionais tendem a garantir uma segurança jurídica elevada e incrementada pelas disposições previstas em lei.
Qual o efeito que a prescrição poderá acarretar com os direitos?
R: A prescrição pode acarretar na perda do direito de ação da pretensão. Isto se dá devido a inércia do titular do direito. A prescrição atinge a ação em sentido material e não o direito subjetivo; não extingue o direito, gera a exceção, técnica de defesa que alguém tem contra quem não exerceu, dentro do prazo estabelecido em lei, sua pretensão. O que caracteriza, na verdade, a prescrição é que ela visa a extinguir uma pretensão alegável em juízo por meio de uma ação, mas não o direito propriamente dito. 
Indique quais os requisitos necessários para a configuração da prescrição.
R: Para que se configure a prescrição, imprescindível será a ocorrência de quatro requisitos.
Existência de uma pretensão, que possa ser em juízo alegada por meio de ação exercitável.
Inércia do titular da ação (em sentido material) pelo seu não exercício.
Continuidade dessa inércia durante um certo lapso de tempo.
Ausência de algum fato ou ato a que a lei confere eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva de curso prescricional, que é o seu fator neutralizante.
O que são causas impeditivas e interruptivas da prescrição. Quais os efeitos que acarretarão sobre o direito? Explique.
R: As causas interruptivas da prescrição são as que inutilizam a prescrição iniciada, de modo que o seu prazo recomeça a correr da data do ato que a interrompeu (p. ex., reconhecimento extrajudicial do pagamento parcial do débito) ou do último ato do processo para interromper (p. ex., trânsito em julgado da sentença – CC, art. 202, parágrafo único; RT, 459:121). Se assim é, a citação interrompe a prescrição a partir do instante do despacho judicial que a ordenou, ou melhor, o efeito interruptivo decorrerá da citação válida, que, então, retroagirá à data daquele despacho. Quanto aos efeitos da interrupção da prescrição, o princípio é de que ela aproveita tão somente a quem a promove, prejudicando aquele contra quem se processa.
As causas impeditivas da prescrição são as circunstâncias que impedem que seu curso inicie e, as suspensivas, as que paralisam temporariamente o seu curso; superado o fato suspensivo, a prescrição continua a correr, computado o tempo decorrido antes dele.
Como se dá a contagem do prazo prescricional? Explique.
R: A contagem do Prazo Prescricional se dá a partir do momento em que ocorre a violação do direito subjetivo, em outros casos, a prescrição ocorre a partir da ciência do fato gerador da violação. Os prazos prescricionais relacionado ao código civil estão contidos a partir do art. 205 e 206, devemos conotar que quando a lei não haja fixado prazo, o prazo passa a ser 10 anos como bem menciona o art. 205 –A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
No que consiste a decadência? Qual o efeito que acarretará sobre o direito a ocorrência da decadência?
R: A decadência consiste na perda do direito em si, ou seja, o indivíduo não possuí mais o direito descrito anteriormente. A decadência é a extinção do direito pela inação de seu titular que deixa escoar o prazo legal ou voluntariamente fixado para seu exercício.
O objeto da decadência é o direito que, por determinação legal ou por vontade humana unilateral ou bilateral, está subordinado à condição de exercício em certo espaço de tempo, sob pena de caducidade.
Como se dá a forma de contagem do prazo decadencial? Explique.
R: Atualmente, os prazos de prescrição da pretensão são os discriminados nos arts. 205 e 206, $$ 1º a 5º, do Código Civil, logo os demais prazos estabelecidos por ele, em cada caso, são decadenciais. A contagem do prazo decadencial corre contra todos, salvo nos casos previstos em lei. É irrenunciável se o prazo for estabelecido por lei. Não se suspende, nem se interrompe.
 Quais as formas de decadência? É cabível à parte alterar um prazo decadencial previsto em lei? O mesmo pode ser firmadoacerca da prescrição? Explique.
 Faça uma análise comparativa acerca da decadência e da prescrição, indicando quais os pontos comuns, e as diferenças entre os dois institutos.
R: A decadência extingue o direito e indiretamente a ação; a prescrição extingue a pretensão e, por via oblíqua, o direito.
O prazo decadencial é estabelecido por lei ou por vontade unilateral ou bilateral; o prazo prescricional somente por lei.
A prescrição supõe uma ação (em sentido material) cuja origem seria diversa da do direito; a decadência requer uma ação cuja origem é idêntica à do direito.
A decadência decorrente de prazo legal pode ser julgada, de ofício, pelo juiz, independentemente de arguição do interessado; a prescrição das ações patrimoniais pode ser, ex officio, decretada pelo magistrado.
A decadência resultante de prazo legal não pode ser renunciada; a prescrição, após sua consumação, pode sê-lo pelo prescribente.
Só as ações (em sentido material) condenatórias sofrem os efeitos da prescrição; a decadência só atinge direitos sem prestação que tendem à modificação do estado jurídico existente.
Conceitue e diferencie ato jurídico do negócio jurídico. Como se dará a vontade da participação humana em cada uma deles.
R: Ato jurídico é o que surge como mero pressuposto de efeito jurídico preordenado pela lei sem função e natureza de auto regulamento. Já o negócio jurídico, é o poder de auto regulação dos interesses que contém a enunciação de um preceito, independentemente do querer interno.
O negócio jurídico, segundo Santoro Passarelli, é ato de autonomia privada, com a qual o particular regula por si os próprios interesses, logo a sua essência é a auto regulação dos interesses particulares reconhecidas pelo ordenamento jurídico, e o ato jurídico (stricto sensu) não tem função e natureza de auto regulamento. 
A presença necessária da emissão da vontade no negócio jurídico e sua conformidade com a lei sugere uma investigação a esse elemento volitivo, o que já não ocorre com o ato jurídico em sentido estrito em que a intenção das partes situasse em plano secundário, e cujo efeito se produz ex legem.
Classifique o ato jurídico e explique cada uma das suas modalidades.
R: O ato jurídico em sentido estrito é o que gera consequências jurídicas previstas em lei e não pelas partes interessadas, não havendo regulamentação da autonomia privada. De forma que o “ato jurídico stricto sensu seria aquele que surge como mero pressuposto de efeito jurídico, preordenado pela lei, sem função e natureza de autorregulamento”.
Segundo Orlando Gomes, classificam-se os atos jurídicos em sentido estrito em:
Atos materiais ou reais, que consistem numa atuação da vontade que lhes dá existência imediata.
Participações, que consistem em declarações para ciência ou comunicação de intenções ou de fatos, tendo, portanto, por escopo produzir inte alterius um evento psíquico; têm, necessariamente, destinatário, pois o sujeito pratica o ato para dar conhecimento a outrem de que tem certo propósito ou que ocorreu determinado fato.
Indique e explique quais os requisitos/elementos necessários para a existência de um negócio jurídico.
R: Capacidade do agente, se todo negócio jurídico pressupõe uma declaração da vontade, a capacidade do agente é indispensável à sua participação válida na seara jurídica (CC, art. 104, I).
Objeto lícito, possível, determinado e determinável, para que o negócio jurídico se repute perfeito e válido deverá versar sobre objeto lícito, ou seja, conforme a lei, não sendo contrário aos bons costumes, à ordem pública e à moral. Elementos essenciais, imprescindíveis à existência do ato negocial, pois formam sua substancia; podem ser gerais, se comum à generalidade dos negócios jurídicos, dizendo respeito à capacidade do agente, ao objeto lícito, possível e determinável e ao consentimento dos interessados, e particulares, peculiares a determinadas espécies por serem concernentes à sua forma.
O que são os defeitos de um negócio jurídico – diferencie os chamados vícios de consentimento dos vícios sociais.
R: Os defeitos dos negócios jurídicos se classificam em: Vícios do Consentimento e Vícios Sociais.
a) Os Vícios do Consentimento: são aqueles em que a vontade não é expressa de maneira absolutamente livre, podendo ser eles: Erro; Dolo; Coação; Lesão e; Estado de Perigo.
b) Os Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
Analise o erro como vicio de consentimento. Conceitue, indique os requisitos necessários para sua caracterização.
R: O erro é um engano fático, uma falsa noção da realidade, ou seja, em relação a uma pessoa, negócio, objeto ou direito, que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o negócio jurídico.
Quando o erro se dá na formação da vontade, tem-se o chamado erro vício; quando ocorre na declaração da vontade configura-se o chamado erro obstáculo, também denominado erro obstativo. O erro vício se forma antes da declaração, mas é com ela que se substancializa. Nele não há desconformidade entre a vontade e a declaração, por exemplo, “Antonio compra o prédio de Benedito que na verdade é de José”. Já o erro obstáculo se dá na comunicação, por exemplo, o agente quer que Amarildo e diz Antonio. O nosso ordenamento não diferencia uma espécie da outra.
Então, erro é o vício de consentimento que se forma sem induzimento intencional de pessoa interessada. É o próprio declarante quem interpreta equivocadamente uma situação fática ou lei e, fundado em sua cognição falsa, manifesta a vontade, criando, modificando ou extinguindo vínculos jurídicos.
Conceitue e diferencie o erro de fato do erro de direito.
R: Erro de fato é aquele que recair sobre circunstância de fato, isto é, sobre qualidades essenciais da pessoa ou da coisa. Já o erro do direito é aquele relativo à existência de uma norma jurídica, supondo-se, exemplificadamente, que ele esteja em vigor quando, na verdade, foi revogada. 
Analise e diferencie o erro acidental do erro essencial e qual será capaz de invalidar o negócio jurídico.
R: Erro substancial ou essencial é uma noção inexata sobre um objeto, que influência  a formação da vontade do declarante, que a emitirá de maneira diversa da que a manifestaria se dele tivesse conhecimento exato. Há de ser a causa determinante, ou seja, se conhecida a realidade, o negócio não seria celebrado. Assim sendo poderia invalidar o negócio jurídico.
     Erro acidental é o erro que se opõe ao substancial e real, porque se refere a circunstâncias de menor importância e que não acarretam efetivo prejuízo. Refere-se, portanto, a qualidades secundárias do objeto ou da pessoa, de tal arte que, ainda que conhecida a realidade, mesmo assim o negócio seria realizado. Este que não invalida o negócio jurídico.
Analise o dolo como vício de consentimento. Conceitue e indique os requisitos necessários para sua caracterização. 
R: É o engano provocado, induzido pela outra parte. É o artificio malicioso que leva alguém a praticar um negócio que não realizaria caso tivesse plena ciência de todas as condições. Se no erro há um autoengano, no dolo há uma indução. Apresenta-se sob diversas espécies. 
Para caracterizar o dolo é necessário primordialmente o “Animus Decipiendi”, Ou seja, a vontade de enganar alguém. Diferentemente do erro, em que a vítima é engana por si.
Quais as várias espécies de dolo? Explique cada um deles, indicando quando o dolo poderá invalidar o negócio jurídico.
R: Dolus bonus ou malus- O dolus bônus, ou dolo tolerável, não induz anulabilidade. É um comportamento lícito e tolerado, consistente em reticências, exageros nas boas qualidades, dissimulações de defeitos, tão utilizadas no comércio e cuja repressão seria mais prejudicial do que benéfica, acarretando perturbações na segurança das relações mercantis. Não tem finalidade de prejudicar. Dolus Malus consiste no emprego de manobras astuciosas destinadas a prejudicar alguém. Erigindo-o em defeitodo ato jurídico, idôneo a provocar sua anulabilidade, dado que tal artifício consegue enganar pessoas sensatas e atentas.
Dolus causam dans contracti ou principal e dolus incidens ou acidentais – O dolo principal é aquele que dá causa ao negócio jurídico, sem o qual ele não se teria concluído, acarretando, então, a anulabilidade daquele negócio. O Dolo acidental ou dolo incidente é o que leva a vítima a realizar o negócio, porém em condições mais onerosas ou menos vantajosas, não afetando sua declaração da vontade, embora provoque desvios, não se constituindo vício de consentimento, por não influir diretamente na realização do ato, que se teria praticado independentemente do emprego de artifícios astuciosos. Não acarreta, portanto, anulação do negócio jurídico, obrigando apenas à satisfação de perdas e danos ou a redução da prestação acordada.
Dolo positivo ou negativo – O dolo positivo ou comissivo é o artifício astucioso que consta de ação dolosa, ou seja, é o dolo por comissão em que a outra parte é levada a contratar por força de artifícios positivos, ou seja, afirmações falsas sobre a qualidade da coisa. O dolo negativo ou omissivo é a manobra astuciosa que constitui uma omissão dolosa ou reticente; dá-se quando uma das partes oculta alguma coisa que o co-contratante deveria saber e se sabedor não teria realizado o negócio. Anula-se negócio efetivado com dolo negativo ante o princípio da boa-fé objetiva.
O DOLO, para invalidar o ato, deve ser PRINCIPAL(essencial) – atacando a causa do negócio em si -, uma vez que o ACIDENTAL, aquele que não impediria a realização do negócio, só gera a obrigação de indenizar.
É possível falar-se em dolo de terceiros passível de invalidar o negócio jurídico? Explique e justifique a sua resposta. 
R: O dolo de terceiro é passível de anulação, ele exige o conhecimento de uma das partes contratantes. E comprova-se com o que dispõe o art.148 “ Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e dados da parte a quem ludibriou.”
Analise a coação como vício de consentimento. Quando e como ela invalidará o negócio jurídico. 
R: A coação física ou vis absoluta é o constrangimento corporal que retia toda capacidade de querer, implicando ausência total de consentimento, o que acarreta nulidade do ato, não se tratando de vício da vontade. A moral ou a vis compulsiva atua sobre a vontade da vítima, sem aniquilar-lhe o consentimento, pois conserva ela uma relativa liberdade, podendo optar entre a realização do negócio que lhe é exigido e o dano com que é ameaçada. A coação moral é modalidade de vício de consentimento, pois permite que o coacto emita uma vontade, embora maculada, acarretando a anulabilidade do negócio por ele realizado.
Quais os requisitos necessários para a caracterização da coação? Indique e especifique hipóteses em que essa não se da.
R: Requisitos necessários para a coação:
A coação deve ser a causa determinante do negócio jurídico, pois deve haver um nexo causal entre o meio intimidativo e o ato realizado pela vítima. De modo que, se o temor for ocasionado por força maior, será esta e não a coação que viciará a vontade.
A coação deve incutir à vítima um temor justificado, como a morte, cárcere privado, desonra, mutilação entre outros. Entretanto as circunstâncias deverão ser analisadas pelo magistrado, afinal a gravidade da coação muda de pessoa para pessoa. Não se deve interpretar o art. 151 do CC para se julgar anulável o ato somente quando o dano temido for, pelo menos, de valor econômico igual ao proveniente do ato extorquido.
O temor deve dizer respeito a um dano iminente, suscetível de atingir a pessoa da vítima, sua família ou seus bens. A ameaça mão precisa realizar-se imediatamente, basta que provoque, desde logo, no espírito da vítima, um temor de intensidade suficiente para conduzi-la a praticar o negócio jurídico.
O dano deve ser considerável ou grave, podendo ser moral, se a ameaça se dirige contra a vida, liberdade, honra da vítima ou de qualquer pessoa de sua família, ou patrimonial, se a coação disser respeito aos seus bens.
O dano pode atingir pessoa não pertencente à família da vítima, no caso em que o agente ameaça a vítima caso você não assine um cheque, por exemplo, aquela pessoa pode ser uma pessoa desconhecida pra você, mas por solidariedade humana você não quer que a matem. 
Quando e como teremos a caracterização da lesão como vício de consentimento.
R: Ocorrerá a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obrigar a uma prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação proposta, ou seja, ao fato de uma pessoa querer se aproveitar de outra em caso inferioridade. Tal desproporção deverá ser apreciada segundo os valores vigentes ao tempo em que dói celebrado o negócio jurídico. Se a desproporcionalidade for superveniente à formação do contrato, será irrelevante juridicamente para fins de anulabilidade, pois tal desequilíbrio contratual poderá gerar, ante a onerosidade excessiva, revisão contratual ou sua resolução.
Quando e como teremos a caracterização do estado de perigo como vício de consentimento. 
R: Ter-se-á estado de perigo quando alguém, premido pela necessidade de salvar-se, ou pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Neste caso a pessoa assume comportamento que não teria conscientemente. Acontece que o agente valeu-se do pavor incutido à outra parte para efetivar o ato negocial, agiu-se de má fé, abusando da situação, portanto, o negócio não pode subsistir, ou seja, será anulável se provado que o agente tinha conhecimento do caso.
Analise simulação e quais os requisitos necessários para sua caracterização.
R: A simulação é a declaração enganosa da vontade, visando a produzir efeito diverso do ostensivamente indicado.Procura-se com a simulação iludir alguém por meio de uma falsa aparência que encobre a verdadeira feição do negócio jurídico. Os requisitos necessários para sua caracterização são: a) é uma falsa declaração bilateral da vontade; b) a vontade exteriorizada diverge da interne da interna ou real, não correspondendo à intenção das parte; c) é sempre concertada com a outra parte, sendo, portanto, intencional o desacordo entre a vontade interna e a declarada; d) é feita no sentido de iludir terceiro.
Diferencie a simulação da dissimulação e da reserva mental. Poderíamos falar em invalidade do negócio jurídico?
R: A simulação provoca falsa crença num estado não real, quer enganar sobre a existência de uma situação não verdadeira, ou seja, procura aparentar o que não existe. O enganado é sempre terceiro, acarretando invalidação do negócio, pelo menos entre as partes. Já a dissimulação oculta ao conhecimento de outrem uma situação existente, pretendendo, portanto, incutir no espírito de alguém a inexistência de uma situação real, ou seja, existe, mas eu não quero transparecer, ocultando. E a reserva mental alguém faz uma declaração negocial, reservando para si sua real vontade, ou seja, o agente quer algo e declara, conscientemente, coisa diferente para, eventualmente poder alegar o erro em seu proveito, enganando o outro contratante, sendo ineficaz, por não atingir a validade do negócio jurídico.
Analise e diferencie a simulação absoluta da relativa. 
R: Simulação absoluta, quando a declaração enganosa da vontade exprime um negócio jurídico bilateral ou unilateral, não havendo intenção de realizar negócio algum, assim sendo fingem uma relação jurídica que na realidade não existe. Já a simulação relativa, é quando resulta no intencional desacordo entre a vontade interna e a declarada; dá-se quando uma pessoa, sob a aparência de um negócio fictício, pretende realizar outro que é o verdadeiro, diverso, no todo ou em parte, do primeiro.
No que consiste fraude como credores? Quais os elementosnecessários à sua caracterização?
R: Constitui fraude contra credores a prática maliciosa, pelo devedor, de atos que desfalcam o seu patrimônio, com o escopo(finalidade) de colocá-lo a salvo de uma execução por dívidas em detrimento(Prejuízo ou estrago, tanto material quanto moral; perda, dano) dos direitos creditórios alheios. Com isso, existem dois elementos necessários para sua caracterização: 1º OBJETIVO ( eventus damni) é todo ato prejudicial ao credor, por tornar o devedor insolvente ou por ter sido realizado em estado de insolvência, ainda quando o ignore.
Qual o meio judicial apto a impugnar a validade de ato jurídico praticado com fraude contra credores? O que deve ser demonstrado?
R: Por meio de ação judicial (Pauliana) cabível afim de peticionar a anulabilidade do ato. A ação pauliana consiste numa ação pessoal movida por credores com intenção de anular negócio jurídico feito por devedores insolventes com bens que seriam usados para pagamento da dívida numa ação de execução. A ação pauliana pode ser ajuizada sem a necessidade de uma ação de execução anterior.
A ação pauliana é movida contra todos os integrantes do ato fraudulento:
Devedor insolvente
Pessoa que com ele celebrou o negócio
Terceiro adquirente que agiu de má-fé.
 
No que consiste forma do ato jurídico. Análise e diferencie forma, solenidade e prova da existência e validade do negócio jurídico.
R: A forma é o meio pelo qual se externa a manifestação da vontade nos negócios jurídicos, para que possam produzir efeitos jurídicos, ou seja, forma é o modo pelo qual a vontade se manifesta, se exterioriza. SOLENIDADE... A prova é o conjunto de meios empregados para demonstrar, legalmente, a existência de negócios jurídicos. Se para a validade do negócio jurídico a lei exige forma especial, p. ex., instrumento público, sua prova só poderá ser feita pela exibição do documento exigido pela lei, assim, a prova da propriedade de imóveis far-se-á pela certidão do registro da escritura pública.
No que consiste elementos acidentais do negócio jurídico? Analise e diferencie dos elementos essenciais.
R: Elementos acidentais do negócio jurídico são cláusulas que se lhe acrescentam com o objetivo de modificar uma ou alguma de suas consequências naturais. Nada mais são do que categorias modificadoras dos efeitos normais do negócio jurídico, restringindo-os no tempo ou retardando o seu nascimento ou exigibilidade. Os acidentais são dispensáveis para a existência do negócio, uma vez que são dispensáveis declarações acessórias da vontade, incorporado a outra, que é principal.
No que consiste condição juridicamente falando. Quais os requisitos necessários à sua caracterização. Qual o efeito que uma condição poderá exercer sobre um negócio jurídico. 
R: Condição é o acontecimento futuro e incerto de que depende a eficácia do N.J. Para a caracterização da condição são necessários três requisitos: 1º aceitação voluntária, por ser declaração acessória da vontade incorporada a outra, que é a principal por se referir ao negócio a que a cláusula condicional se adere com o objetivo de modificar uma ou alguma de suas consequências naturais; 2º futuridade do evento, visto que exigirá sempre um fato futuro, do qual o efeito do negócio dependerá; e 3º incerteza do acontecimento, pois a condição relaciona-se com um acontecimento incerto, que poderá ocorrer ou não. Requer sempre um fato futuro, do qual o efeito do negócio jurídico ficará dependendo. Se for alusiva a fato passado ou presente não é condição, ainda que seja desconhecido ou ignorado. Se o evento já estiver concretizado por ocasião da declaração da vontade, o negócio é puro e simples e não condicional. Se não se efetivou, o ato negocial não chega a formar-se por ter falhado o implemento da condição.
Como poderão ser classificadas as condições? Analise cada uma delas.
R: PÁG 541,542. Quanto à licitude – São lícitas todas as condições não contrárias à lei, àmordem pública ou aos bons costumes; e ilícitas todas que atentarem contra proibição expressa ou virtual do ordenamento jurídico, a moral ou os bons costumes.
Quanto à possibilidade – Podem ser possíveis e impossíveis. Estas podem ser física ou juridicamente impossíveis. Fisicamente impossíveis são as que não podem ser cumpridas por nenhum ser humano. Juridicamente impossível é a que esbarra em proibição expressa do ordenamento jurídico ou fere a moral ou os bons costumes.
Quanto à fonte de onde promanam – Classificam-se em casuais, potestativas e mistas. Casuais são as que dependem do acaso, não estando de qualquer modo dentro do poder do credor ou do devedor; Potestativas são as que decorrem da vontade ou do poder de uma das partes para provocar ou impedir a ocorrência; Mistas são as condições que dependem simultaneamente da vontade de uma das partes e da vontade de um terceiro. EX: dar-te-ei tal quantia se casares com tal pessoa.
Quanto ao modo de atuação – Assim considerada, a condição pode ser suspensiva que impede que o ato produza efeitos
No que consiste termo, em sentido jurídico. Quais as espécies de termo existentes no direito? Qual os efeitos que eles acarretarão no negócio jurídico.
R: O termo pode ser classificado em quatro: 1º termo inicial ou suspensivo, se fixar o momento em que a eficácia di negócio deve iniciar, retardando o exercício do direito. O titular de um direito adquirido, cujo exercício esteja na dependência de um termo inicial, poderá exercer todos os atos conservatórios que forem necessários para assegurar seu direito, não podendo, ainda, ser lesado por qualquer ato de disposição efetivado pelo devedor ou alienante antes do avento do termo suspensivo. 2º Termo Final, se determinar a data da cessação dos efeitos do ato negocial, extinguindo as obrigações oriundas dele. Assim antes de chegar o dia do vencimento o neg. vigorará plenamente, logo seu titular poderá exercer todos os direitos dele oriundos. 3º Termo Certo, quando estabelece uma data do calendário, dia mês e ano, ou então quando fica um certo lapso de tempo. 4º Incerto, se se referir a um acontecimento futuro, que ocorrerá em data indeterminada. 
No que consiste modo ou encargo, em sentido jurídico. Qual o efeito que acarretará sobre o negócio jurídico.
R: - O encargo produz os seguintes efeitos:
1º Não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no ato, pelo disponente, como condição suspensiva.
2º Sua iliceidade ou impossibilidade física ou jurídica leva a considerá-lo como não escrito, libertando o ato negocial de qualquer restrição, a não ser que se apure ter sido o MODUS a causa ou o motivo determinante do negócio, caso em que se terá a invalidação do ato negocial.
3º Gera uma declaração de vontade qualificada ou modificada que não pode ser destacada do negócio, daí sua compulsoriedade. De modo que a pessoa que foi beneficiada por uma doação ou legado deverá cumprir o encargo, sob pena de se revogar a liberalidade.
4º Podem exigir o seu cumprimento o próprio instituidor, seus herdeiros, as pessoas beneficiadas ou representante do M.P, se se contiver em disposição testamentária ou for de interesse público.
5º A resolução do N.J em virtude de inadimplemento do modo não prejudica direitos de terceiros.
 Analise e diferencie nulidade da anulabilidade do negócio jurídico. Quando se dará cada uma delas – Exemplifique. Quais os efeitos que acarretarão?
R: A nulidade do N.J não produz qualquer efeito por ofender, gravemente, princípios de ordem pública. É nulo o ato negocial inquinado por vício essencial, não podendo ter, obviamente, qualquer eficácia jurídica. Já a anulabilidade refere-se a negócios que se acham inquinados de vício capaz de lhes determinar a ineficácia, mas que poderá ser eliminado, restabelecendo-se a sua normalidade. Ou seja, no ato nulo não se pode falar em efeito jurídico de maneira alguma, porém o ato anulável pode vir a produzir efeito jurídico. Portanto, claro são os exemplos de nulidade que se dá quando: lhe faltar qualquer elemento essencial, ou seja,se for praticado por pessoa absolutamente incapaz sem a devida representação; se tiver objeto ilícito, impossível o indeterminável, quando o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito; se não revestir a forma prescrita em lei ou preterir alguma solenidade imprescindível para sua validade; quando se tratar de simulação... Exemplos de anulabilidade: Se praticados por pessoa relativamente incapaz, sem a devida assistência de seus legítimos representantes(pais, tutores e curadores); Se viciados por erro, dolo, coação, lesão e estado de perigo, ou fraude contra credores; se a lei assim o declarar, tendo em vista a situação particular em que se encontra determinada pessoa. Os efeitos da anulabilidade de um certo negócio só aproveitam a parte que alegou, com exceção de indivisibilidade ou solidariedade; na nulidade, a inoperância do instrumento não implica a do ato, se este se puder provar por outros modos.
Faça uma análise diferenciando atos nulos e anuláveis.
R: O ato nulo possui invalidade ex tunc, ou seja, para o ordenamento jurídico ele nunca fora considerado válido. Dispõe o CC:
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo
Assim, a nulidade do ato pode ser alegada por qualquer interessado, inclusive pelo MP, podendo até ser decretada de ofício pelo juiz. Sendo um ato inválido desde a sua constituição, entende-se que o mesmo pode ser questionado a qualquer tempo. Sobre tais atos, exemplifica o Código:
 
Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma.
 
Como exemplo, o CC determina, em seu art. 167,caput, que o ato jurídico simulado é nulo. Assim, se você simula a venda de sua casa ao seu filho, quando na verdade houve uma doação, esse ato será nulo, podendo ser alegado por qualquer interessado e a qualquer momento. Eventualmente, ainda neste exemplo, o seu filho pode ter alienado a casa a terceiros de boa fé, os quais não deverão ser prejudicados pela nulidade do ato, não sendo possível a restauração do status quo e não havendo outra oportunidade senão a conversão da obrigação em perdas e danos.
 
O ato anulável, por outro lado, pode ser confirmado pelas partes quando não houver prejuízo a direito de terceiros. Note que tal possibiildade não existe para os atos nulos. O art. 178, aliás, estabelece prazo decadencial para o pedido de anulação do ato. A anulabilidade não pode ser declarada de ofício pelo juiz, devendo ser peticionada pela parte interessada.
 
Como exemplo de ato anulável, podemos citar o negócio jurídico celebrado por sujeito relativamente incapaz (jovem de 17 anos de idade, por exemplo).
No que consiste ato ilícito? Quais os elementos necessários para sua caracterização.
R: Ato ilícito é praticado em desacordo com a ordem jurídica, violando direito subjetivo individual. Causa dado a outrem, criando o dever de reparar tal prejuízo seja ele moral ou patrimonial. Logo, produz efeito jurídico não desejado pelo agente, mas imposto pela lei. São indispensáveis para sua caracterização: 1º FATO LESIVO VOLUNTÁRIO, ou imputável, causado pelo agente por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência. 2º Ocorrência de um dano. Para que haja pagamento da indenização pleiteada, além da prova da culpa ou do dolo do agente, é necessário comprovar a ocorrência de um dano moral ou patrimonial, fundado não na índole dos direitos subjetivos afetados, mas nos efeitos da lesão jurídica. 3º Nexo de causalidade entre o dano e o comportamento do agente. A responsabilidade civil não pode existir sem a relação de causalidade entre o dano e a conduta ilícita do agente.
Quais as consequências que o ato ilícito é capaz de provocar?
R: A obrigação de indenizar é a conseqüência jurídica do ato ilícito, conforme os artigos. 186 e 927 e os artigos. 944 a 954 do CC. 
O Código civil, ao prever hipóteses de responsabilidade civil por atos ilícitos, consagrou a teoria objetiva em vários momentos, como por exemplo, nos artigos 927, § único; 929; 931; 933; 938. Quando a responsabilidade é determinada sem culpa, o ato não pode ser considerado ilícito. Apesar dos progressos dessa teoria, a necessidade de culpa para haver responsabilidade, preconizada pela teoria subjetiva, continua a ser regra geral.
O ato ilícito poderá produzir consequências jurídicas em duas áreas do nosso direito, quais sejam, direito civil e direito penal.
Se deixar imprudentemente um vaso de plantas no parapeito da janela de um apartamento e, com a ventania forte, ele despenca e vai danificar um veículo estacionado na rua, sou o responsável pela reparação do dano ocorrido, e o caso vincula-se ao ramo do Direito Civil.
Se, em comemoração à passagem do ano, solto foguetes estrondosos da janela e um deles a atinge alguém, causando lesões corporais leves, sou responsável pela minha ação criminosa, e o caso será da esfera do Direito Penal.
E se numa estrada, imprudentemente, faço com o meu carro uma ultrapassagem na curava, invadindo a pista oposta e colidindo de frente com um veículo que trafega em sentido contrário, sou responsável pelos danos materiais que tenha causado em  tal veículo, além de responder pelos ferimentos que tenha causado no motorista do mesmo. Nesse caso, há duas ilicitudes, vinculadas, respectivamente, ao Direito civil e ao Direito penal.
Assim, ato ilícito ao contrário ao direito, praticado com dolo ou culpa, em prejuízo de alguém, gera a obrigação de reparar o dano, conforme o art. 927 do CC
Indique os atos ilícitos que não são lesivos. Explique-os.
R: São três os atos lesivos que não são ilícitos: Legítima defesa, pois será legítimo o prejuízo infligido ao agressor pelo agredido, o agredido poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, não acarretando qualquer reparação por perdas e danos, sendo improcedente qualquer pedido de indenização formulado pelo prejudicado. 2º O exercício regular de um direito reconhecido que lesar direitos alheios exclui qualquer responsabilidade pelo prejuízo, por não ser um procedimento prejudicial ao direito. Portanto quem usa de seu direito não causa a ninguém. Só haverá “ATO ILÍCITO” se houver abuso do direito ou seu exercício irregular ou anormal. 3º O estado de necessidade consiste na ofensa do direito alheio (deterioração ou destruição de coisa pertencente a outrem ou lesão a uma pessoa) para remover perigo iminente, quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário e quando não exceder os limites do indispensável para a remoção do perigo. Ex de estado de necessidade: matar um cão de outrem, atacado de hidrofobia e que ameaça morder várias pessoas; o sacrifício de um automóvel alheio para salvar vida humana, evitando atropelamento.
Não ficou claro: 29;
Art. 186 pratica ato ilícito quem “violar direito ou causar dano a outrem”

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