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Reflexão Crítica do Capítulo 2 – Influências Filosóficas sobre a Psicologia do livro Historia da Psicologia

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Universidade Estadual de Feira de Santana
História da Psicologia – I Semestre
Data: 29 de novembro de 2012
Discente: Ariadne Santana
Reflexão Crítica do Capítulo 2 – Influências Filosóficas sobre a Psicologia
A Aristocracia da Europa do século XVII tinha uma e verdadeiramente estimulante diversão: figuras mecânicas que faziam uma variedade de movimentos e tocavam instrumentos musicais – tudo produzido por maquinário movido a pistões de pressão de água. Essa diversão refletia o fascínio pela máquina - um objeto produzido para ser utilizado na indústria e nos divertimentos. Um exemplo claro é o relógio mecânico – até então uma das poucas máquinas disponíveis, ao menos visualmente, para todos – tornar-se conhecido como “a mãe das máquinas”. A relação existente entre os maquinários do século XVII com a Psicologia é o Zeitgeist Mecanicista – a imagem do universo como uma grande máquina, precisa e perfeita como um relógio, e os seres humanos também sendo máquinas criadas por Deus.
A ideia teve origem na física, como um resultado do trabalho “associado” de Galileu e Newton: acreditava-se que todo o universo fosse partículas de matéria em movimento – tais partículas, corpúsculos (ou átomos) que se afastavam um dos outros pelas forças de atração e repulsão. Sendo assim, todo movimento seria consequência de uma causa física direta e, portanto, estaria sujeita às leis de medida e cálculos tornando-se previsível. As descobertas da ciência se desenvolviam rapidamente, assim como a tecnologia, havendo entre elas uma combinação muito eficiente – observação e experimentação tornaram-se marcas definitivas da ciência.
Metaforicamente tratando do universo como um relógio afirmou-se a ideia de determinismo – todo ato é determinado por eventos passados –, e sendo-o verdadeiro poder-se-ia prever as mudanças por causa de seu sistema operacional e sua infalibilidade. Assim, o reducionismo firmou-se como método de analise – o mecanismo das máquinas era compreendido primeiramente reduzindo-as a seus componentes principais, e pela observação de seu complexo operacional –, e para descobrir como funcionava o universo bastava analisar os átomos e as moléculas. Essa crença mecanicista dói a responsável pelo desenvolvimento de autônomos – bonecos automáticos que assemelhavam-se e muito aos seres humanos – para entretenimento da aristocracia e embelezamento de praças e relógios de torre.
René Descartes foi um dos maiores pensadores empiristas, e foi ele que resolveu um antigo entrave entre a Igreja Católica e a Ciência – a autopsia. Descartes modifica a tradição dualista introduzindo uma abordagem a partir da psicologia e física; ao fazê-lo muda-se o foco da “alma” para a mente. E consegue então argumentar que o corpo seria como um autômato, uma máquina e a “partícula divina” que nos confere racionalidade e fé era a mente, não estando instalada no corpo, simplesmente o controlando, tornando assim a autopsia não mais um problema religioso.
Outros pensadores empiristas importantes foram: John Locke, George Berkeley, David Hume, David Hartley, James Mill, e John Stuart Mill.

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