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Resumo do livro O que é leitura. Beatriz Dias

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CASSILÂNDIA
CURSO DE LETRAS
Professora: Camila A. N. Silva
Disciplina: Prática de Leitura e produção de texto
Data: 25 de agosto de 2013
Resumo elaborado pela acadêmica Beatriz Dias Barbosa, do 1º ano de Letras
Derivada do latim “lectura”, leitura é definido, pela maioria, como a simples ação de ler algo. Porém ao analisarmos de maneira mais aprofundada, notamos que a mesma não se encaixa apenas dentro deste conceito, sendo assim, bem mais do que apenas “ler”. Trata-se de decodificar e entender as palavras, dando a elas um sentido dentro do contexto ao qual são inseridas. Mas será que ler relaciona-se apenas com palavras, as quais estão presentes desde uma manchete em um jornal até um livro bem elaborado? A doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada, Maria Helena Martins, dentro de sua obra “O que é leitura”, responde a essa e a outras perguntas mais, na perspectiva de fazer com que o nosso conhecimento – básico – sobre a leitura, seja ampliado. Dentro do mesmo a autora ressalta a importância da leitura dentro de nosso cotidiano e como, mesmo que indiretamente, estamos em constante contato com esta.
Dentro do primeiro capítulo do livro, “Falando em leitura...”, a autora esclarece que leitura não está apenas relacionado a palavras, mas também a imagens, sons, gestos, situações. Também neste capítulo ela faz algumas diferenças entre a leitura considerada superficial com a aprofundada, como no trecho: 
Com frequência nos contentamos (...) em ler superficialmente (...). Não acrescentamos ao ato de ler algo mais de nós além do gesto mecânico de decifrar sinais. Reagimos assim ao que não nos interessa no momento. Sentimo-nos isolados do processo de comunicação que essas mensagens instauram – desligados. Se o texto é todo visual, ficamos cegos a ele (...). Se é sonoro, surdos. Quer dizer: não o lemos, não o compreendemos, impossível dar-lhe sentido porque ele diz muito pouco ou nada para nós. (pp. 9-10)
Já no segundo capítulo, “Como e quando começamos a ler”, a autora retrata o nosso contato inicial com a leitura em geral, como quando nascemos e temos contato com um berço ou com o aconchego do peito materno. Maria Helena descreve como esse processo evolui e quais são as dificuldades que enfrentamos durante esse período, o qual ela caracteriza como natural. E é nesse cenário que a autora afirma “Enfim, dizem os pesquisadores da linguagem, em crescente convicção: aprendemos a ler lendo. Eu diria vivendo”. (p. 14).
A doutora narra também, a estória do autor Edgar Rice Burroughs, criador de “Tarzan” e de Sartre, ambas narrando como estes aprenderam a ler sozinhos, tanto Tarzan de forma fictícia e fantasiosa, quanto Sartre em sua cama de armar e de maneira concreta. A partir daí a autora faz uma comparação:
(...) temos duas sínteses literárias do processo de aprendizagem da leitura; uma altamente ficcional, outra autobiográfica. Ambas evidenciam a curiosidade se transformando em necessidade e esforço para alimentar o imaginário, desvendar os segredos do mundo e dar a conhecer o leitor a si mesmo através do que lê e como lê.” (pp. 16-17)
No terceiro capítulo “Ampliando a noção de leitura”, a porto-alegrense destaca os benefícios que o hábito de uma leitura correta nos traz. E mais adiante a autora faz uma crítica quanto ao ensino que os educadores estão habituados a passar no Brasil, os quais são lembrados pelo seu defeito em exercer seu dever, como as pessoas que capacitam os educandos quanto a leitura, assim causando uma crise de desta, como apresenta em “Muitos educadores não conseguiram superar a prática formalista e mecânica, enquanto para a maioria dos educandos aprender a ler se resume à decoreba de signos linguísticos (...). Prevalece a pedagogia do sacrifício, do aprender por aprender, sem colocar o porquê, como e para quê (...)” (p. 23). A Doutora sintetiza a leitura em duas caracterizações: a “decodificação mecânica”, que se dá pelo aprendizado estabelecido que provêm do condicionamento estímulo-resposta; e a “compreensão abrangente”, a qual está envolvida com os componentes sensoriais, emocionais, intelectuais, dentre outros; destacando de forma mais detalhada, entre as duas, a compreensão abrangente. Concluindo o capítulo, mostra-nos que: 
A leitura vai, portanto, além do texto (...) e começa antes do contato com ele. O leitor assume um papel atuante, deixa de ser mero decodificador ou receptor passivo. (...) porque o dar sentido a um texto implica sempre levar em conta a situação desse texto e de seu leitor. E a noção de texto aqui também é ampliada, não mais fica restrita ao que está escrito, mas abre-se para englobar diferentes linguagens. (pp. 32-33)
No quarto, e mais extenso capítulo, que se intitula por “O ato de ler e os sentidos, as emoções e a razão”. O mesmo tem por objetivo tornar a compreensão básica de leitura algo acessível. A partir daí, a autora faz uma divisão da leitura em três faces: a “leitura sensorial”, a “leitura emocional” e a “leitura racional”. 
A “leitura sensorial”, segundo a autora (pp. 40-43):
(...) caracteriza a descoberta do universo adulto no qual todos nós precisamos aprender a viver para sobreviver. Não se trata de uma leitura elaborada; é antes uma resposta imediata às exigências e ofertas que esse mundo apresenta; relaciona-se com as primeiras escolhas e motiva as primeiras revelações. Talvez, por isso mesmo, marcantes.
A leitura sensorial vai, portanto, dando a conhecer ao leitor o que ele gosta ou não, (...) sem a necessidade de racionalizações (...).
Antes de ser um texto escrito, um livro é um objeto; tem forma, cor, textura, volume, cheiro. Pode-se até ouvi-lo se folhearmos suas páginas.
Enquanto a “leitura emocional”, como o próprio nome diz, está diretamente relacionado com o emocional, aos sentimentos.

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