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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS ANÁPOLIS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS HENRIQUE SANTILLO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ROCHAS SEDIMENTARES JHENIFER RENNER LUZ SANTANA ANÁPOLIS, GO 2015 2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CÂMPUS ANÁPOLIS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS HENRIQUE SANTILLO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ROCHAS SEDIMENTARES Pesquisa sobre Rochas Sedimentares como complemento do conteúdo de Geologia da Universidade Estadual de Goiás- Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas Henrique Santillo, sob a orientação pelo professor D.r Pedro Oliveira Paulo, como requisito para a obtenção de nota na matéria. JHENIFER RENNER LUZ SANTANA ANÁPOLIS, GO 2015 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5 2 O QUE SÃO ROCHAS SEDIMENTARES ........................................................................ 6 Figura 1 ........................................................................................................................... 6 3 FORMAÇÃO ......................................................................................................................... 7 Figura 2 ........................................................................................................................... 7 3.1 METEORIZAÇÃO ................................................................................................... 7 3.2 SEDIMENTAÇÃO ................................................................................................... 7 3.3 DIAGÉNESE ............................................................................................................ 8 Figura 3 ........................................................................................................................... 8 4 CLASSIFICAÇÃO DE ROCHAS SEDIMENTARES ...................................................... 9 Figura 4 ........................................................................................................................... 9 4.1 SEDIMENTARES CLÁSTICAS ............................................................................. 9 Figura 5 ......................................................................................................................... 10 4.2 SEDIMENTARES QUÍMICAS ............................................................................. 10 Figura 6 ......................................................................................................................... 11 4.3 SEDIMENTARES ORGÂNICAS .......................................................................... 11 Figura 7 ......................................................................................................................... 12 5 NOMENCLATURA DAS ROCHAS ................................................................................. 13 5.1 TIPOS DE TEXTURA ........................................................................................... 13 Figura 8 ......................................................................................................................... 13 5.2 TIPOS MINERALÓGICOS ................................................................................... 14 Figura 9 ......................................................................................................................... 14 5.3 ESTRUTURA DAS ROCHAS ............................................................................... 14 Figura 10 ....................................................................................................................... 15 Figura 11 ....................................................................................................................... 15 Figura 12 ....................................................................................................................... 16 6 PRINCIPAIS ROCHAS SEDIMENTARES ..................................................................... 17 6.1 ARENITO ............................................................................................................... 17 Figura 13 ....................................................................................................................... 17 6.2 CALCÁRIO ............................................................................................................ 17 Figura 14 ....................................................................................................................... 18 6.3 AREIAS E CASCALHOS ...................................................................................... 18 Figura 15 ....................................................................................................................... 18 4 7 IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES...................................................... 19 Figura 16 ....................................................................................................................... 19 Figura 17 ....................................................................................................................... 19 Figura 18 ....................................................................................................................... 20 8 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 21 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 22 5 1. INTRODUÇÃO O grupo mais importante de rochas para os Paleontólogos é o das Rochas Sedimentares, tais rochas formam-se a partir do transporte, do acúmulo e da consolidação das partículas sedimentares (areia, lama). Fatores climáticos, como a chuva, o vento e o frio/calor, reduzem as rochas pré-existentes a fragmentos de tamanhos diversos. Esses fragmentos, chamados de partículas sedimentares, são agora transportados pelos rios, pelas geleiras e pelo vento e depositadas nos lagos, nas baías, nas lagunas, nos estuários, nos deltas e no fundo dos oceanos. Com o passar do tempo, há acúmulo de sedimentos e parte desses sofrerá diagênese. As rochas sedimentares assim formadas são também conhecidas como rochas sedimentares clásticas ou mecânicas. Um outro grupo de rochas sedimentares tem origem diferente, as chamadas rochas sedimentares orgânicas. São formadas pelo transporte, deposição e litificação de restos orgânicos. Duas características são comuns às rochas sedimentares: 1- rochas sedimentares contêm camadas e estratos; 2- rochas sedimentares podem conter fósseis. Quando os sedimentos são depositados, esses são acumulados sobre as camadas anteriores, formando estratificações (SIMÕES e RODRIGUES, 2009). 6 2. O QUE SÃO ROCHAS SEDIMENTARES As rochas sedimentares são derivadas de restos e detritos de outras rochas pré-existentes que devido ao intemperismo encontram-se em constante alteração. O material sedimentar é carregado pela água, geada e vento, que são acumulados e compactados em áreas deprimidas. Estas rochas correspondem a 75% da área dos continentes e contêm a maior parte do material fóssil. Além de serem o principal indicador de quais ambientes elas foram criadas (CARVALHO, 2015). Figura 1 Rocha sedimentar.7 3. FORMAÇÃO As rochas sedimentares são formadas a partir de restos de outras rochas, seres vivos ou outros materiais transportados pelo vento e pela água e sofrem um conjunto de etapas para sua formação: Figura 2 Processos de formação. 3.1 METEORIZAÇÃO Consiste na alteração das rochas expostas à superfície da Terra. A rocha está sujeita a uma meteorizarão física quando é desagregada por ação do clima ou dos seres vivos, já a meteorizarão química é quando os minerais sofrem alterações por reação com a água ou com o ar (COELHO, 2013). 3.2 SEDIMENTAÇÃO A sedimentação consiste na acumulação dos sedimentos. Ocorre quando os agentes transportadores perdem energia. Os sedimentos ficam dispostos horizontalmente, em camadas ou estratos sedimentares (COELHO, 2013). 8 3.3 DIAGÉNESE É um conjunto de processos que transforma sedimentos soltos depositados em rochas sedimentares consolidadas. Durante a diagénese, verifica-se uma aproximação entre os detritos, com diminuição dos espaços entre eles. A água e os compostos voláteis vão desaparecendo, sendo substituída por materiais rochosos. Devido à pressão a que estão sujeitos, os sedimentos ficam mais compactos, acabando por ficar ligados por um cimento. (COELHO, 2013). As principais etapas são: o Compactação: A compactação química engloba a dissolução de minerais sob pressão. Já a compactação mecânica não engloba processos químicos, mas sim aspectos físicos, como mudança no empacotamento Inter granular e a deformação ou quebra de grãos individuais (MACHADO, 2000). o Dissolução: Tem como fator principal o efeito ou não de pressão. Se houver ausência de pressão, ocorre somente a percolação de fluidos no material depositado, podendo ocorrer reações químicas entre a solução e os minerais depositados. Quando ocorre dissolução sob pressão, podem ocorrer vários tipos de feições, as quais dependem da escala do material analisado (MACHADO, 2000). o Cimentação: Trata-se da cristalização de minerais formados a partir dos íons dissolvidos na solução intersticial. Ocorre em conjunto com a dissolução. Os tipos mais comuns de cimentos em rochas sedimentares são os compostos por minerais como quartzo, calcita, pirita e argilominerais (MACHADO, 2000). o Recristalização: Neste processo, sob condições de soterramento, ocorrem mudanças na mineralogia e na textura cristalina do material sedimentar (MACHADO, 2000). Figura 3 Etapas da Diagênese. 9 4. CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES As rochas sedimentares podem ser consolidadas: se os detritos se apresentam ligados por um cimento, como é o caso das brechas ou do arenito. E também não consolidadas: se os detritos não estão ligados entre si, como no caso dos grãos de areia das dunas (CARVALHO, 2015). Figura 4 Classificação. 4.1 SEDIMENTARES CLÁSTICAS As rochas sedimentares mais comuns são as formadas por materiais que se desintegraram pela ação atmosférica, provenientes de rochas magmáticas, metamórficas e outras rochas sedimentares. Os detritos resultantes foram transportados de sua localização original pela água, vento ou gelo e novamente depositados em um lugar diferente. Embora ao 10 chegar esses detritos geralmente tomassem a forma de minúsculas partículas de rochas ou minerais, foram depois comprimidos durante milhões de anos e transformados em rochas compactas. Tais rochas foram cimentadas por minerais carbonatos ou por quartzo. Essas rochas são classificadas segundo a classe de tamanho (granulometria) O tamanho dos grânulos é fator importante. Rochas cujos grânulos têm menos de 0,06 mm de diâmetro são classificadas como folhelhos; aquelas com grânulos entre 0,06 e 2,0 mm são os arenitos e as com grânulos de mais de 2,0 mm de diâmetro denominam-se brechas, conglomerados ou cascalhos (CARVALHO, 2015). Figura 5 Arenito – Arizona. 4.2 SEDIMENTARES QUÍMICAS São constituídas de depósitos formados pela precipitação de líquidos que as transportaram de sua localização anterior. Se formam quando o líquido no qual os detritos minerais foram dissolvidos se torna saturado: esse processo frequentemente resulta na formação de belos cristais, o que faz com que às vezes sejam parecidas com rochas Ígneas. As rochas sedimentares quimicamente formadas mais comuns são os calcários, a calcita, aragonita e dolomita. As rochas sedimentares químicas, em geral, têm granulação mais grossa do que as rochas detríticas, e sua estrutura tende a ser menos facilmente visível. Os cientistas podem obter grande quantidade de informações sobre as condições em que se formaram originalmente as rochas sedimentares de origem química medindo o teor de sal e ácido que elas contêm. Os 11 minerais mais comumente encontrados nesse tipo de rochas são os pertencentes ao grupo evaporita. Estes incluem anidrita, gipsita e halita (sal comum) (CARVALHO, 2015). Figura 6 Gruta da Torrinha - Chapada diamantina. 4.3 SEDIMENTARES ORGÂNICAS São sedimentos formados pela acumulação bioquímica de carbonatos, sílica e outras substâncias, ou então pela deposição e transformação da própria matéria orgânica. Entre os primeiros, também chamados de sedimentos acaustobiolitos, merecem destaque os calcários formados pela acumulação de conchas, corais, etc., ou originados pela intervenção de certas algas, assim como os sedimentos formados pela acumulação de estruturas silicosas de foraminíferos e diatomáleas (diatomitos). Os segundos são denominados caustobiolitos, ou seja, biólitos combustíveis, e se formam pela acumulação de maior ou menor quantidade de matéria orgânica, juntamente com uma certa porção dos sedimentos argilosos ou calcários (CARVALHO, 2015). 12 Figura 7 Carvão Mineral. 13 5. NOMENCLATURA DAS ROCHAS A nomenclatura de uma rocha sedimentar é feita com base em sua descrição e possível identificação genética. Como na maioria das vezes o material sedimentado não possui uma única composição mineralógica, o nome da rocha é em função do material predominante. As rochas sedimentares possuem vários critérios de classificação. Podemos dividi-las em três grupos: 5.1 TIPOS DE TEXTURA Os tipos de texturas para rochas terrígenas são em função de sua granulometria. A textura também pode ser identificada pelo tipo de matriz, como arenito, ortoconglomerado e paraconglomerado, resultado direto da deposição de areia ou cascalho onde ocorre uma seleção granulométrica. Ortoconglomerado é quando a rocha é suportada pelo arcabouço, enquanto o paraconglomerado é suportado pela matriz. Os psamitos terrígenos são classificados como ” arenite” quando são limpos, e “subwacke” quando possuem menos de 10% de matriz verdadeira; do contrário, são chamados de wacke, onde o material fino tem caráter de matriz (mais de 10%). Figura 8 Tipos de textura. 14 5.2 TIPOS MINERALÓGICOS São exemplos as rochas rudáceas e lutáceas. As rochas rudáceas são classificadas de acordo com dois critérios: o primeiro consiste na sua classificação composicional, sendo o prefixo poli para grande variação composicional, e oligo para pouca. No segundo critério é levada em conta sua mineralogia, como por exemplo quartzo-rudito ou ainda rudito feldspático. Para as rochas lutáceas é utilizado o diagrama de Alling, onde é levado em consideração a proporção relativa de três componentes: argilominerais, carbonatos e sílica; não se limitando apenas às rochas terrígenas e nem ao conjunto de rochas alóctones. Figura 9Grãos de minerais pesados. 5.3 ESTRUTURA DAS ROCHAS Marcas onduladas: São formas de leito originadas durante o transporte de grãos por agentes naturais (água e vento) (CARVALHO, 2015). 15 Figura 10 Camada de Siltito com marcas onduladas assimétricas. Estratificação cruzada: é uma estrutura na qual há angularidade entre o leito e a posição primária da formação, adquirida no momento da deposição. Ocorre em ambiente fluvial, litorâneo, marinho e eólico (CARVALHO, 2015). Figura 11 Estratificação cruzada. 16 Estratificação plano-paralela: trata-se de uma estrutura originada por decantação (angular) ou tração (areia) do material, horizontalmente sobre a superfície deposicional. Ocorre principalmente em ambiente aquoso (CARVALHO, 2015). Figura 12 Plano-paralela. 17 6. PRINCIPAIS ROCHAS SEDIMENTARES 6.1 ARENITO Apresenta-se com superfície áspera. Na maioria das vezes é formado pôr grãos de quartzo cimentado; é poroso e facilmente absorve água, motivo pela qual é uma rocha de alta importância no acúmulo de água subterrânea ou de petróleo, ou de gás natural (CARVALHO, 2015). Figura 13 Arenito - Taquara/RS. 6.2 CALCÁRIO São talvez as rochas sedimentares mais abundantes e mais utilizadas pelo homem. Carbonato de cálcio precipitado ora pôr processo químico, ora, ainda pelo acúmulo de restos orgânicos carbonários. Muitos podem produzir o carbonato de cálcio, como as conchas, restos de corais, de equinodermos, briozoários, vermes-marinhos, algas calcárias, e outros. O próprio carbonato desses materiais se dissolve e se precipita nos vazios dos fragmentos, transformando- os em rochas corroentes, pela cimentação carbonática. Podem ser reconhecidos, pois liberam anidrido carbônico sob forma de bolhas gasosas, quando submersas em banho de ácido clorídrico diluído (CARVALHO, 2015). 18 Muitas vezes contém conchas fósseis. São rochas utilíssimas, imprescindíveis a civilização. Prestam-se a fabricação do cimento, do carbureto, do açúcar, bem como, na indústria farmacêutica, química, de bebidas, para neutralizar solos ácidos e muitos outros fins (CARVALHO, 2015). Figura 14 Brecha calcária. 6.3 AREIAS E CASCALHOS São rochas incoerentes. As areias são formadas na maioria das vezes pôr grãos de quartzo, feldspato e brilhantes lâminas de mica. Muitas vezes, contém minerais úteis e, pôr vezes, pedras preciosas. O cascalho é formado pôr pedregulhos e fragmentos polidos de rochas. É grande a importância econômica desses materiais na construção civil, na fabricação de vidro, moldes de fundição, filtros e outros (CARVALHO, 2015). Figura 15 processo de polimento do cascalho. 19 7. IMPORTÂNCIA DAS ROCHAS SEDIMENTARES Em virtude de as rochas sedimentares conservarem marcas indeléveis das condições em que originalmente se formaram, elas proporcionam uma grande quantidade de informações aos geólogos e historiadores. É nessas rochas que são encontrados fósseis, e estes contribuíram mais do que qualquer outra coisa para aumentar nosso conhecimento da história da vida na Terra. A importância econômica das rochas sedimentares está em suas reservas de petróleo, gás natural e carvão mineral, as principais fontes de energia do mundo moderno. Normalmente, são áreas em que sucessões espessas de sedimentos marinhos foram soterrados a grandes profundidades (CARVALHO, 2015). Figura 16 Fóssil. Figura 17 Minerais de rochas sedimentares. 20 Figura 18 Carvão fonte de energia. 21 8. CONCLUSÃO Com o trabalho vemos que a crosta terrestre tem 05% do seu volume composta por rochas sedimentares estratificadas. Os sedimentos são deposições de rochas já existentes que sofrem constantes alterações físicas e químicas. As principais rochas são arenito, calcário, areia e cascalho que podem ser classificadas como clásticas, químicas e orgânicas. Outro grande fator é que essas rochas sedimentares têm grande importância econômica, uma vez que nelas encontra-se grande parte das riquezas minerais do mundo, bem como matérias primas essenciais à indústria de construção. Além de fornecer informações sobre as variações ambientais ao longo do tempo geológico. 22 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COELHO, N. Rochas Sedimentares. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/nunocoelho77/rochas-sedimentares-27304400>. Acessado em: 08 de junho de 2015. CARVALHO, F. Rochas Sedimentares. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/geografia/paisagens-naturais/rochas>. Acessado em: 08 de junho de 2015. MACHADO, F. B. Rochas Sedimentares. Disponível em: <http://www.rc.unesp.br/museudpm/rochas/sedimentares/sedimentares.html>. Acessado em: 08 de junho de 2015. SIMÕES, M.G. RODRIGUES, S.C. Introdução à paleontologia – Rochas Sedimentares. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/paleodigital/Rochas_sedimentares.html>. Acessado em: 08 de junho de 2015.
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