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www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO DO RJ Noções de Direito Administrativo – Simulado João Paulo Oliveira 1 1 – (FGV – 2015) A Secretaria Estadual de Tra- balho em conjunto com a de Cultura, atentas à atual crise de emprego e aproveitando o sucesso dos programas culinários, com escopo de fomen- tar a qualificação profissional de cozinheiros re- gionais, organizou curso de especialização em comidas típicas do Piauí. Inicialmente, o edital do curso previu que apenas cozinheiros com ex- periência poderiam se inscrever. Posteriormente, ao verificarem a baixa procura e a existência de grande quantidade de profissionais sem ex- periência comprovada, as Secretarias Estaduais envolvidas revogaram o edital e publicaram um novo, permitindo a inscrição de qualquer co- zinheiro, independentemente de experiência. O princípio administrativo implícito que viabilizou a alteração do edital, permitindo a revisão de mé- rito de ato administrativo anterior por motivos de oportunidade e conveniência, é o princípio da: A) autotutela; B) impessoalidade; C) moralidade; D) legalidade; E) reconvenção. 2 – (FGV – 2015) O Ministro de Estado da Justiça editou portaria determinando a expulsão de es- trangeiro do território nacional, em razão de sua condenação em processo criminal à pena priva- tiva de liberdade de oito anos. Inconformado, o estrangeiro ajuizou a ação judicial cabível e com- provou que o ato expulsório baseou-se unica- mente em pressuposto de fato equivocado, uma vez que, na verdade, foi absolvido naquela ação penal, por força do provimento de sua apelação criminal pelo Tribunal. Dessa forma, o es- trangeiro obteve judicialmente a declaração da nulidade da portaria de sua expulsão, porque a validade do ato administrativo, ainda que discri- cionário, vincula-se aos motivos apresentados pela administração, ou seja, o motivo do ato ad- ministrativo deve sempre guardar compati- bilidade com a situação de fato que gerou a man- ifestação da vontade. Com base na doutrina de Direito Administrativo, no caso em tela houve a aplicação: A) da teoria dos motivos determinantes; B) da teoria da vinculação da expulsão; C) do princípio administrativo da autotutela; D) do princípio da reciprocidade administrativa; E) do princípio da motivação ministerial. 3 – (FGV – 2015) Marcela, servidora pública es- tadual, foi removida da Capital do Estado para outro órgão estadual da mesma Secretaria no in- terior do Estado. A autoridade que determinou a remoção era a competente para o ato, mas não o motivou de forma específica. Marcela ajuizou ação judicial pleiteando a nulidade do ato de remoção, alegando e comprovando que a remoção, em verdade, ocorreu por retaliação, já que a autoridade que praticou o ato é seu antigo desafeto. No caso em tela, a pretensão de Marcela: A) merece prosperar, porque a remoção é ato admin- istrativo vinculado e a autoridade competente não motivou o ato de forma específica, dando causa a vício de legalidade que leva à nulidade absoluta do ato; B) merece prosperar, porque, apesar de a remoção ser ato administrativo discricionário, ocorreu abuso de poder por desvio de poder, afastando-se a autori- dade da finalidade pública do ato; C) merece prosperar, porque, apesar de a remoção ser ato administrativo vinculado, ocorreu abuso de poder por excesso de poder, uma vez que a autori- dade não motivou corretamente o ato; D) não merece prosperar, porque a remoção é ato administrativo vinculado e a autoridade competente não precisa motivar de forma específica o ato, que já traz implícita a cláusula geral de cometimento para atender ao interesse público; E) não merece prosperar, porque a remoção é ato administrativo discricionário e, por tal razão, a autori- dade competente não precisa expor motivação es- pecífica para o ato, tendo liberdade para decidir de acordo com critérios de oportunidade e conveniência. 4 – (FGV – 2015) O Tribunal de Justiça Estadual se prepara para construir em terreno próprio do Judiciário um novo prédio que abrigará as in- stalações judiciárias de segundo grau de ju- risdição, as de primeiro grau de jurisdição da Comarca da Capital e as de atividades adminis- trativas. As obras de engenharia a serem con- tratadas têm valor estimado de um milhão e oi- tocentos mil reais. De acordo com a Lei nº 8.666/93, a modalidade de licitação apropriada para o caso em tela é: A) convite; B) tomada de preços; C) concurso; D) leilão; E) concorrência. www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO DO RJ Noções de Direito Administrativo – Simulado João Paulo Oliveira 2 5 – (FGV – 2015) A Lei nº 8.666/93, que institui nor- mas para licitações e contratos da Administração Pública, prevê diversas modalidades de licitação, como por exemplo: A) leilão, convite e concurso; B) concorrência, concessão e permissão; C) delegação, outorga e pregão; D) tomada de preços, pregão e concessão; E) concorrência, tomada de preços e lotérica. 6 – (FGV – 2015) Ao lidar com contratos adminis- trativos públicos, realizados pela administração direta, é importante reconhecer suas carac- terísticas fundamentais, que as diferenciam dos contratos privados. Dentre elas encontra-se o reconhecimento da existência de cláusulas exor- bitantes e a diferença de uma cláusula leonina. É um exemplo de cláusula leonina a: A) alteração unilateral de contrato pelo contratante; B) aplicação de penalidades por inexecução do con- trato; C) exigência de garantia na forma de caução em din- heiro; D) fiscalização e o acompanhamento do contrato; E) rescisão unilateral do equilíbrio econômico-finan- ceiro. 7 – (FGV – 2015) Assinale a opção que indica o caso em que o contrato regido pela Lei nº 8.666/93 poderá ser alterado, com as devidas justifica- tivas, unilateralmente pela Administração. A) Quando for conveniente a substituição da garantia de execução. B) Quando for necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminu- ição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela Lei. C) Quando for necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários. D) Para restabelecer a relação que as partes pactu- aram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração, objetivando a ma- nutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato. E) Quando for necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias super- venientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao crono- grama financeiro fixado, sem a correspondente con- traprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço. 8 – Dois Policiais Militares abordaram um adoles- cente que estava caminhando sozinho em via pú- blica, sem qualquer indício de estar em situação flagrancial de ato infracional análogo a crime. Agindo com desnecessária agressividade física e moral, bem como com evidente arbitrariedade, os policiais revistaram o menor, o interrogaram e desferiram-lhe socos no rosto, tudo em mo- vimentada avenida. Finda a abordagem, os mili- tares estaduais liberaram o menor. Após orien- tação jurídica da Defensoria Pública, o menor ajuizou ação indenizatória com base na re- sponsabilidade civil: A) objetiva e direta dos Policiais Militares, que ar- carão diretamente com a reparação pelos danos mo- rais que causaram ao menor, mediante a comprov- ação de terem agido com dolo; B) subjetiva e solidária dos Policiais Militares e do Es- tado, que arcarão com a reparação pelos danos mo- rais causados ao menor, mediante a comprovação de terem agido com culpaou dolo; C) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos policiais ao menor, independentemente da comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso em face dos agentes públicos; D) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso em face dos agentes públicos; E) subjetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado o direito de regresso em face dos agentes públicos. 9 – (FGV – 2015) Apesar das sucessivas solic- itações formuladas pelos moradores de uma de- terminada localidade, o Estado deixou de reforçar a segurança no local. Em razão dessa omissão, foi praticado novo ilícito em detrimento de um morador, o que lhe causou danos patrimoniais. Nesse caso, é correto afirmar que eventual re- sponsabilidade do Estado será de natureza: A) objetiva, desde que demonstrado que o dano decorreu da omissão dos seus agentes; B) subjetiva, o que exige a prévia condenação do agente público omisso; C) objetiva, o que pressupõe a demonstração da culpa do agente público e o nexo de causalidade; D) subjetiva, sendo necessário demonstrar o ele- mento subjetivo do agir; www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO DO RJ Noções de Direito Administrativo – Simulado João Paulo Oliveira 3 E) objetiva, o que significa dizer que deve ser ana- lisada, apenas, possível culpa da vítima. 10 – (FGV – 2015) De acordo com a Lei nº 8.429/92 e com a doutrina de Direito Administrativo, o ato de improbidade administrativa: A) é ilícito de natureza criminal que tem como conse- quências a aplicação de pena privativa de liberdade e sanções de natureza político-administrativa; B) somente se configura se houver efetivo dano ao erário, ou seja, se os cofres públicos tiverem algum tipo de prejuízo econômico-financeiro; C) enseja a indisponibilidade de bens do agente pú- blico que se enriqueceu pela prática do ato, que pode ser decretada mediante decisão fundamentada da autoridade administrativa; D) pode ser cometido também pelo particular que in- duza ou concorra para a prática do ato ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta; E) dá azo à aplicação de sanções como cassação dos direitos políticos, perda da função pública, res- sarcimento dos danos ao erário e pena privativa de liberdade. www.cers.com.br MINISTÉRIO PÚBLICO DO RJ Noções de Direito Administrativo – Simulado João Paulo Oliveira 4 GABARITO 1. A 2. A 3. B 4. E 5. A 6. E 7. B 8. A 9. D 10. D
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