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2006 5-1 ufpr/tc405 5 5FLEXÃO SIMPLES – ARMADURA LONGITUDINAL DE VIGA 5.1 Introdução Uma viga reta, desde que não possua carregamentos horizontais ou inclinados, será solicitada por momentos fletores e forças cortantes, como mostrado na Figura 5.1. Figura 5.1 Solicitações em viga Nas vigas de concreto armado, os momentos fletores e as forças cortantes são responsáveis pela existência de dois tipos de armadura (Figura 5.2): − longitudinal, para resistir aos momentos fletores; e − transversal, para resistir às forças cortantes. Neste capítulo só serão estudadas as armaduras longitudinais, ou seja, as armaduras necessárias para resistir aos momentos fletores. Figura 5.2 Armaduras de viga de concreto armado Segundo o item 18.3.1 da ABNT NBR 6118, as vigas ficam caracterizadas quando: − l/h ≥ 3 para vigas isostáticas; e − l/h ≥ 2 para vigas contínuas; onde: l é o comprimento do vão teórico (ou o dobro do comprimento teórico, no caso de balanço); e h é a altura total da viga. Vigas com relações l/h menores devem ser tratadas como vigas-parede. força cortante momento fletor A A corte AA armadura para momento fletor armadura para momento fletor armadura para força cortante 2006 5-2 ufpr/tc405 5.2 Vãos efetivos de vigas Segundo a 6118, item 14.6.2.4, o vão efetivo (Figura 5.3) pode ser calculado pela seguinte expressão: 210ef aa ++= ll Equação 5.1 com = = h3,0 t5,0 mina h3,0 t5,0 mina 2 2 1 1 onde: lef vão efetivo da viga; l0 distância entre faces de dois apoios consecutivos; t comprimento do apoio paralelo ao vão da viga analisada; h altura da viga. Figura 5.3 Vão efetivo de viga 5.3 Estado limite último – domínios da ABNT NBR 6118 5.3.1 Domínios 2, 3 e 4 Quando da apresentação dos domínios da ABNT NBR 6118 (Figura [4.7]) foi visto que as peças de concreto armado solicitadas somente por momento fletor (vigas) seriam possíveis apenas nos domínios 2, 3 e 4, como reproduzido na Figura 5.4. Desta Figura deve ser observado que: − no domínio 2 ! o concreto não chegou ao seu encurtamento limite (3,5), possuindo, ainda, uma certa reserva de capacidade resistente; ! o aço chegou ao seu alongamento máximo (10), tendo esgotado sua capacidade resistente; e ! a viga, se submetida a um carregamento superior ao de projeto, deve apresentar um quadro de fissuração intensa devido ao excessivo alongamento da armadura (e do concreto adjacente); − no domínio 3 (seção subarmada) ! o concreto chegou ao seu encurtamento limite (3,5), tendo esgotado sua capacidade resistente; ! o aço tem seu alongamento compreendido entre εyd e 10, possuindo, ainda, uma boa reserva de capacidade resistente; e ! a viga, se submetida a um carregamento superior ao de projeto, deve apresentar um quadro de fissuração expressivo devido ao fato da armadura (e o concreto adjacente) apresentar alongamento considerável; h t2 t1 l0 lef viga pilar 2006 5-3 ufpr/tc405 − no domínio 4 (seção superarmada) ! o concreto pode estar próximo de ultrapassar seu encurtamento limite (3,5), tendo esgotado, por inteiro, sua capacidade resistente; ! o aço tem seu alongamento compreendido entre 0 e εyd, possuindo uma grande reserva de capacidade resistente; e ! a viga, se submetida a um carregamento superior ao de projeto, não deve apresentar um quadro de fissuração tão perceptível quanto aos dos domínios 2 e 3 devido ao pequeno alongamento da armadura (e do concreto adjacente). Figura 5.4 Domínios possíveis para vigas de concreto armado As vigas, quando dimensionadas no domínio 4 (superarmadas), podem, em caso de uma eventual sobrecarga imprevista, ser conduzidas a uma ruptura frágil (sem aviso prévio pois o concreto rompe bruscamente sem que a armadura tenha esgotado sua capacidade resistente). As vigas dimensionadas nos domínios 2 e 3 (subarmadas) têm, devido a condições mais adequadas da posição da linha neutra, garantida boas condições de dutilidade, sendo conduzidas, para uma condição adversa de carregamento, a rupturas com aviso prévio (a armadura escoa antes do rompimento do concreto mostrando um quadro visível de deterioração da viga). O comportamento de viga, se subarmada ou superarmada1, fica definido pela passagem do domínio 3 para o domínio 4 (Figura 5.4), que corresponde à reta 3-4 definida pela Equação [4.8]. Desta forma é possível estabelecer, matematicamente, a condição para comportamento de viga subarmada (desejado) e superarmada (a ser evitado), ou seja: 1 As vigas superarmadas possuem, em geral, pouca altura e excessiva armadura (daí o super, no sentido de excessiva quantidade de armadura), ao passo que as vigas subarmadas têm uma distribuição mais equilibrada de materiais (daí o sub, no sentido de menos quantidade de armadura). sub- armada super- armada x σs d x x =β MSd βx 10 εyd εs εc = 3,5 4 2 3 d As fyd 3 4 2 0,259 βx,34 1,000 βx,34 CA-25: 0,772 CA-50: 0,628 CA-60: 0,585 0,000 0,259 1,000 βx,34 2006 5-4 ufpr/tc405 ⇒β> ⇒β≤ β⇒ − − − =β erarmadasup subarmada 60CA585,0 50CA628,0 25CA772,0 34,x 34,x xx,34 Equação 5.2 5.3.2 Recomendações da ABNT NBR 6118 ABNT NBR 6118, item 16.2.3: Em relação aos ELU, além de se garantir a segurança adequada, isto é, uma probabilidade suficientemente pequena de ruína, é necessário garantir uma boa dutilidade, de forma que uma eventual ruína ocorra de forma suficientemente avisada, alertando os usuários. ABNT NBR 6118, item 17.2.3: Nas vigas, principalmente nas zonas de apoio, ou quando feita redistribuição de esforços, é importante garantir boas condições de dutilidade, sendo adotada, se necessário, armadura de compressão que garanta a posição da linha neutra (x), respeitando-se os limites de 14.6.4.3. A introdução da armadura de compressão para garantir o atendimento de valores menores da posição da linha neutra (x), que estejam nos domínios 2 ou 3, não conduz a elementos estruturais com ruptura frágil (usualmente chamados de superarmados). A ruptura frágil está associada a posições da linha neutra no domínio 4, com ou sem armadura de compressão. ABNT NBR 6118, item 14.6.4.3: A capacidade de rotação dos elementos estruturais é função da posição da linha neutra no ELU. Quanto menor for x/d, tanto maior será essa capacidade. Para melhorar a dutilidade das estruturas nas regiões dos apoios das vigas ou de ligações com outros elementos estruturais, mesmo quando não forem feitas redistribuições de esforços solicitantes, a posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites: − x/d ≤ 0,50 para concretos com fck ≤ 35 MPa; ou − x/d ≤ 0,40 para concretos com fck > 35 MPa. Esses limites podem ser alterados se forem utilizados detalhes especiais de armaduras, como por exemplo os que produzem confinamento nessas regiões. O dimensionamento e detalhamento de vigas de concreto armado ficam mais simples se for seguido, para todas as regiões da viga (regiões de apoios e afastadas deles), o prescrito no item 14.6.4.3 da ABNT NBR 6118. Desta forma, a melhora nas condições de dutilidade das estruturas fica garantida se for adotado, para a posição da linha neutra, os valores limites (daí o βx.lim) mostrados na Figura 5.5 e na Equação 5.3. > ≤ =β MPa35f400,0 MPa35f500,0 ck ck limx, Equação 5.3 2006 5-5 ufpr/tc405 Figura 5.5 Condições de dutilidade da ABNT NBR 6118 5.4 Distribuição de tensõesna região de concreto comprimido Conforme visto em [4.1], o diagrama tensão-deformação simplificado de cálculo (Figura [4.3]) permite, ao longo da altura y, a distribuição constante de tensões σc (região de concreto comprimido), como mostrado na Figura 5.6. Figura 5.6 Distribuição de tensões na região de concreto comprimido y ∆l εs MSd esforços resistentes de cálculo solicitações de cálculo x εc σc Rsd MRd d As Rcd 0,7 x σs d x x =β MSd βx 10 εyd εs εc = 3,5 4 2 d As fyd 4 2 0,259 1,000 βx,lim 0,500 ⇒ fck ≤ 35 MPa 0,400 ⇒ fck > 35 MPa 0,000 0,259 1,000 βx,lim dútil 3 βx,lim frágil 3 2006 5-6 ufpr/tc405 Da Figura 5.6, tem-se: x7,0y c c ε −ε = Equação 5.4 Tendo em vista que nos domínios 3 e 4 o encurtamento do concreto εc é igual a 3,5 (Figura 5.4), a Equação 5.4 resulta: x 5,3 7,05,3y −= x8,0y = Equação 5.5 ABNT NBR 6118, item 17.2.2-e: a distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-retângulo, definido em 8.2.10, com tensão de pico igual a 0,85 fcd, com fcd definido em 12.3.3. Esse diagrama pode ser substituído pelo retângulo de altura 0,8 x (onde x é a profundidade da linha neutra), com a seguinte tensão: − 0,85 fcd no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a partir desta para a borda comprimida; − 0,80 fcd no caso contrário. As diferenças de resultados obtidos com esses dois diagramas são pequenas e aceitáveis, sem necessidade de coeficiente de correção adicional. Como pode ser observado, a ABNT NBR 6118, item 17.2.2-e, estende o resultado alcançado pela Equação 5.5 a todos os domínios, inclusive o domínio 2, deixando de ser necessário representar o valor de y como função da deformação εc (Equação 5.4). Cabe ao engenheiro responsável pelo projeto estrutural a opção em adotar o procedimento mostrado Capítulo [4]1, onde a altura do retângulo de tensões de compressão é estabelecida em função do encurtamento da fibra de concreto mais comprimida e da posição da linha neutra (y = y(εc, x) ⇒ Equação 5.4), ou adotar a simplificação prevista no item 17.2.2-e da ABNT NBR 6118, onde a altura do retângulo de tensões de compressão é estabelecida em função apenas da posição da linha neutra (y = 0,8 x ⇒ Equação 5.5). Tendo em vista que o prescrito no item 17.2.2-e da ABNT NBR conduz a uma sistemática de cálculo mais simples, a Equação 5.5 será usada na determinação das equações de dimensionamento e verificação de armadura longitudinal de vigas de concreto armado. Ainda, seguindo o que prescreve o item 17.2.2-e da ABNT NBR 6118, o valor da tensão de compressão (σc) deve obedecer ao mostrado na Figura 5.7, para a condição y = 0,8 x. Figura 5.7 Valor de tensão de compressão na região de concreto comprimido 5.5 Variáveis adimensionais - ELU 5.5.1 Elementos geométricos de seções retangulares Seja a Figura 5.8 onde são mostrados, dentre outros: os esforços resistentes de cálculo (Rcd e Rsd), a posição da linha neutra (x), a altura do retângulo de tensões de compressão (y), a distância entre os esforços resistentes de cálculo (z) e a altura útil da viga (d). 1 Ver Exemplo [4.1], item c e Exemplo [4.2], item c. σc = 0,85 fcd x linha neutra y = 0,8 x σc = 0,80 fcd y = 0,8 x linha neutra x 2006 5-7 ufpr/tc405 Figura 5.8 Solicitação e esforços resistentes em vigas de concreto armado Da Figura 5.8 e levando-se em conta a Equação 5.5, tem-se: − posição da linha neutra1 dx sc c ε+ε ε = sc c x d x ε+ε ε ==β − altura do retângulo de tensões σc2 == d xd8,0x8,0y xy 8,0d y β==β − braço de alavanca entre os esforços resistentes de cálculo Rcd e Rsd y5,0dz −= ( )x8,05,0dz −= −=−= d x4,01dx4,0dz xz 4,01d z β−==β Agrupando todas as variáveis geométricas β, e criando a variável auxiliar βc, tem-se: ( ) auxiliar variável4,0168,068,0 R e R entre alavanca de braço4,01 d z tensões de retângulo do altura8,0 d y neutra linha da posição d x xxzxc sdcdxz cxy sc c x β−β=ββ=β β−==β σβ==β ε+ε ε ==β Equação 5.6 A Equação 5.6 mostra que as variáveis adimensionais βy, βz e βc são funções diretas de βx. Desta forma, uma vez conhecida a posição da linha neutra (βx), todos os demais elementos 1 Ver Equação [4.3]. 2 Ver Equação 5.5. ∆l εs MSd esforços resistentes de cálculo solicitação de cálculo x εc σc Rsd MRd d bw As z h y = 0,8 x 0,5 y Rcd 2006 5-8 ufpr/tc405 geométricos (βy, βz e βc) ficam igualmente definidos. A Equação 5.6 permite agrupar os valores de β como mostrado na Tabela 5.1. βx βy βz βc 0,100 0,080 0,960 0,065 0,259 0,207 0,896 0,158 0,585 0,468 0,776 0,305 0,628 0,502 0,749 0,320 0,772 0,618 0,691 0,363 Tabela 5.1 Valores de βy, βz, e βc como função de βx 5.5.2 Diagrama adimensional tensão-deformação do aço Conforme visto em [4.2.2], o diagrama tensão-deformação do aço tem o aspecto mostrado na Figura 5.9. Nesta Figura optou-se por apresentar este diagrama de forma adimensional, com a introdução dos valores de βs e βs dados pela Equação 5.7. Figura 5.9 Diagrama adimensional tensão- -deformação do aço 0,1 f E f 0,1 f E f yd s ' s yd ' s' s yd ss yd s s ≤ ε = σ =β ≤ ε = σ =β Equação 5.7 Seja a Figura 5.10 onde são mostrados, dentre outros: os esforços resistentes de cálculo (Rcd, Rsd e Rsd), a posição da linha neutra (x), a altura útil da viga (d), a posição da armadura comprimida (d), o encurtamento da fibra de concreto mais comprimida (εc), o encurtamento da armadura comprimida (εs) e o alongamento da armadura tracionada (εs). yd ss s f Eε =β εyd yd ' s' s f σ =β yd s s f σ =β ε's εs 1,0 1,0 10 εyd Es = 210.000 MPa 3,5 2006 5-9 ufpr/tc405 Figura 5.10 Alongamento e encurtamento da armadura Da Figura 5.10 e levando-se em consideração a Equação 5.6, a Figura 5.4 e a Figura 5.9, tem-se: − alongamento da armadura tracionada1 ccs d x d x1 x xd ε − =ε −=ε c x x s 1 ε β β− =ε >β × β β− ≤β =ε 4 e 3 domínios 259,0 5,31 2 domínio 259,0 10 X x x X s Equação 5.8 − encurtamento da armadura comprimida2 s ' c ' ' s xd dx x dx ε − − =ε − =ε s ' c ' ' s d x1 d d d x d x d d d x ε − − =ε − =ε s x ' x c x ' x ' s 1 d d d d ε β− −β =ε β −β =ε 1 Ver Equação [4.15], Equação [4.16] e Equação [4.17]. 2 Ver Equação [4.12], onde foi considerada a convenção de sinais da Figura [4.8]. d' σc Rcd y ∆l εs MSd esforços resistentes de cálculo solicitações de cálculo x εc Rsd MRd d As RsdAs εs 2006 5-10 ufpr/tc405 >β × β −β ≤β × β− −β =ε 4 e 3 domínios 259,0 5,3d d 2 domínio 259,0 10 1 d d X x ' x X x ' x ' s Equação 5.9 A associação da Equação 5.7 com a Equação 5.8 e com a Equação 5.9 resulta: >β ≤× β −β ≤β ≤× β− −β = σ =β >β ≤× β β− ≤β = σ =β 4 e 3 domínios 259,0 0,15,3d d f E 2 domínio 259,0 0,110 1 d d f E f 4 e 3 domínios 259,0 0,15,31 f E 2 domínio 259,0 0,1 f X x ' x yd s X x ' x yd s yd ' s' s X x x yd s X yd s s Equação 5.10 A Equação 5.10 demonstra que βs e βs são funções de βx, da relação d/d e da categoria do aço (fyk). Assim como feito para as variáveis βy, βz, e βc (Tabela 5.1), é possível associar os valores βs e βs a valores pré-fixados de βx e (d/d), como mostrado na Tabela 5.2, feita para o aço CA-501. CA-50 βs para (d/d) = βx βy βz βc βs 0,05 0,10 0,15 0,100 0,080 0,960 0,065 1,000 0,268 0,259 0,207 0,896 0,158 1,000 1,000 1,000 0,712 0,628 0,502 0,749 0,320 1,000 1,000 1,000 1,000 0,800 0,640 0,680 0,370 0,422 1,000 1,000 1,000 Tabela 5.2 Flexão simples CA-50 A Figura 5.4 pode, também, ser apresentada com o diagrama adimensional tensão-deformação do aço, como mostrado na Figura 5.11. 1 As tabelas completas são apresentadas em 5.16. 2006 5-11 ufpr/tc405 Figura 5.11 Vigas - domínios e diagrama adimensional do aço 5.6 Indexação de áreas comprimidas Para a caracterização de áreas comprimidas e correspondentes esforços resistentes de cálculo (forças e momentos), será usada a seguinte indexação (Figura 5.12): − índice 1 ! área de concreto comprimido de largura bw e altura y; ! força resistente de cálculo (Rcd1) definida pelo produto (bw y) σc; e ! momento resistente de cálculo (MRd1) definido pelo produto Rcd1 z. − índice 2 ou plica () ! área de armadura comprimida (As); ! força resistente de cálculo (Rsd) definida pelo produto As σs; e ! momento resistente de cálculo (MRd2) definido pelo produto Rsd (d d). − índice 3 ! área de concreto comprimido de largura (bf - bw) e altura hf; ! força resistente de cálculo (Rcd3) definida pelo produto [(bf - bw) hf] σc; e ! momento resistente de cálculo (MRd3) definido pelo produto Rcd3 (d hf/2). x βs d x x =β MSd βx 10 εyd εs εc = 3,5 4 2 d As 1,0 3 4 2 0,259 1,000 βx,lim 0,500 ⇒ fck ≤ 35 MPa 0,400 ⇒ fck > 35 MPa 0,000 0,259 1,000 βx,lim dútil 3 βx,lim frágil 2006 5-12 ufpr/tc405 Figura 5.12 Indexação de áreas comprimidas 5.7 Armaduras longitudinais máximas e mínimas 5.7.1 Armadura mínima A ruptura frágil de seções transversais de vigas de concreto armado pode, também, ocorrer devida a pouca quantidade de armadura. Vigas com baixa taxa de armadura longitudinal têm comportamento semelhante ao das vigas de concreto simples, onde a ruptura sem aviso prévio pode ocorrer imediatamente após o aparecimento das primeiras fissuras decorrentes de solicitações normais (momento fletor). A ABNT NBR 6118, item 17.3.5.2.1, define a taxa de armadura longitudinal mínima como sendo: c min,s min A A =ρ Equação 5.11 e adota os seguintes valores: tracionada mesa T seções %15,0 f f031,0 max comprimida mesa T seções %15,0 f f024,0 max esretangular seções %15,0 f f035,0 max yd cd min yd cd min yd cd min =ρ =ρ =ρ Equação 5.12 Nas seções T, a área da seção a ser considerada deve ser caracterizada pela alma acrescida da mesa colaborante. Para vigas de seção retangular, a taxa de armadura mínima pode ser expressa por: ==ρ %15,0 f f 035,0 max hb A yd cd w min,s min Equação 5.13 εs esforços resistentes de cálculo Rsd MRd ∆l bw bf d' As σc εc y x Rcd1 Rcd3 Rsd As z d hf solicitação de cálculo MSd h 1 3 3 2 MRd = MRd1 + MRd2 + MRd3 εs 2006 5-13 ufpr/tc405 5.7.2 Armadura máxima O Capítulo [4] mostrou expressões para a determinação de armadura tracionada (As) e de armadura comprimida (As), sem nenhuma limitação de valores. Esta não limitação para as quantidades de armaduras pode dar a falsa impressão de que sempre seria possível determinar um conjunto delas (As e As) que, compondo com as dimensões da seção transversal e com as resistências dos materiais (fcd e fyd), seria capaz de resistir a qualquer solicitação de cálculo. A ABNT NBR 6118 apresenta valores máximos para as armaduras longitudinais tracionadas ou comprimidas. ABNT NBR 6118, item 17.3.5.1: A especificação de valores máximos para as armaduras decorre da necessidade de se assegurar condições de dutilidade e de se respeitar o campo de validade dos ensaios que deram origem às prescrições de funcionamento do conjunto aço-concreto. ABNT NBR 6118, item 17.3.5.2.4: A soma das armaduras de tração e compressão (As + A’s) não devem ter valor maior que 4% Ac, calculada na região fora da zona de emendas. O item 17.3.5.2.4 da ABNT NBR 6118 pode ser representado por: ( ) %4 A AA c max ' ss max = + =ρ Equação 5.14 A aplicação direta da Equação 5.14, para seções T, pode conduzir a vigas de difícil concretagem (excesso de armadura). A Figura 5.13 mostra uma seção retangular e uma seção T, de mesma altura (h) e mesma armadura tracionada (As). Admitindo-se que a armadura comprimida (As) seja de pequena monta a seguinte situação pode vir a ocorrer: ( ) ( ) %4 hb AA A AA w ' ss c ' ss ret < + = + =ρ ( ) ( ) ( ) %4hbbhb AA A AA fwfw ' ss c ' ss T <−+ ∑+ = ∑+ =ρ Figura 5.13 Comparativo entre seções retangulares e T Como pode ser observado na Figura 5.13, no retângulo bw h as quantidades de armadura são iguais tanto para seção retangular como para a seção T. Isto nos leva a concluir que a verificação da taxa máxima de armadura em seções T deve ser feita tanto para a seção total como para a seção bw h., de tal forma que: ( ) ( ) ( ) ≤ + ≤ −+ ∑+ =ρ %4 hb AA %4 hbbhb AA w ' ss fwfw ' ss T Como a concentração de armadura sempre ocorre no retângulo bw h, a verificação da taxa máxima de armadura em seções retangulares e seções T pode, de modo simplificado, ser feita da seguinte forma: ( ) %4 hb AA w max ' ss max = + =ρ Equação 5.15 hf bw bf As h bw As As As 2006 5-14 ufpr/tc405 5.8 Vigas de seção retangular sem armadura de compressão Seja a Figura 5.14 onde são mostrados, dentre outros, a solicitação de cálculo (MSd), os esforços resistentes de cálculo (Rcd e Rsd), os elementos geométricos referentes à seção transversal da viga (x, y, z, d, bw e h), as deformações (εc e εs) e a área de armadura (As). Figura 5.14 Viga de seção retangular sem armadura de compressão Da Figura5.14 e considerando as equações anteriormente apresentadas, tem-se: − elementos geométricos da seção retangular (Equação 5.6) dx xβ= dy yβ= dz zβ= − valores geométricos adimensionais (Equação 5.6) zxc xz xy 68,0 4,01 8,0 ββ=β β−=β β=β − valor adimensional da tensão na armadura tracionada (Equação 5.10) >β ≤× β β− ≤β = σ =β 4 e 3 domínios 259,0 0,15,31 f E 2 domínio 259,0 0,1 f X x x yd s X yd s s − condição de segurança SdRd MM ≥ − esforços resistentes de cálculo sd1cd RR = − momento fletor (binário) devido aos esforços resistentes de cálculo 1RdRd MM = zRzRM sd1cd1Rd == − esforço resistente de cálculo atuante na região de concreto comprimido de largura bw ( ) cw1cd ybR σ= ( )( )( )cdw1cd f85,0x8,0bR = ( )( )( )cdxw1cd fdb68,0R β= ( )( )cdwx1cd fdb68,0R β= As ∆l εs MSd esforços resistentes de cálculo solicitação de cálculo x εc σc Rsd MRd = MRd1 d bw Rcd = Rcd1 z h 1 y = 0,8 x 2006 5-15 ufpr/tc405 − esforços resistentes de cálculo atuantes nas armaduras tracionadas sssd AR σ= ydsssd fAR β= ydsssd fAR β= − binário MRd1/Rcd1 zRM 1cd1Rd = ( )( )cdwx1cd fdb68,0R β= dz zβ= xz 4,01 β−=β ( )xxzxc 4,0168,068,0 β−β=ββ=β ( )( )[ ]( )dfdb68,0M zcdwx1Rd ββ= ( )( )cd2wzx1Rd fdb68,0M ββ= cd 2 wc1Rd fdbM β= ( )( )( )cd2wxx1Rd fdb4,0168,0M β−β= ( )( )( )cd2wxx1Rd fdb4,0168,0M β−β= ( ) ( )2xx cd 2 w 1Rd 272,068,0 fdb M β−β= 0 fdb272,0 M 5,2 cd 2 w 1Rd x 2 x =+β−β cd 2 w 1Rd x fdb272,0 M5625,125,1 −−=β − binário MRd1/Rsd zRM sd1Rd = ydsssd fAR β= dz zβ= ( )( )dfAM zydss1Rd ββ= ydsz 1Rd s fd MA ββ = − equilíbrio dos esforços resistentes de cálculo ( )( )cdwx1cd fdb68,0R β= ydsssd fAR β= 1cdsd RR = ( )( )cdwxydss fdb68,0fA β=β x yds cdw s fA fdb68,0 β =β 2006 5-16 ufpr/tc405 − equações principais x yds cdw s ydsz 1Rd s x x x yd s x s zxc xz xy cd 2 w 1Rd x cd 2 wc1Rd 1RdRd SdRd fA fdb68,0 fd MA 259,00,15,31 f E 259,00,1 68,0 4,01 8,0 fdb272,0 M5625,125,1 fdbM MM MM β =β ββ = >β≤× β β− ≤β =β ββ=β β−=β β=β ⇒−−=β β= = ≥ Equação 5.16 5.8.1 Dutilidade A dutilidade de uma viga fica garantida pela condição estabelecida na Equação 5.3, ou seja: > ≤ =β≤β MPa35f400,0 MPa35f500,0 ck ck limx,x A associação da Equação 5.6 com a Equação 5.3 torna possível estabelecer, também, valores limites de βc que garantam a condição de dutilidade de uma viga, ou seja: > ≤ =β≤β MPa35f228,0 MPa35f272,0 ck ck limc,c Equação 5.17 Por outro lado, associando MRd1 da Equação 5.16 com a Equação 5.17 torna-se possível estabelecer, também, valores limites para MRd1 que garantam a condição de dutilidade de uma viga, ou seja: > ≤ =≤ MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 MM ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd1Rd Equação 5.18 Tanto a Equação 5.3, como a Equação 5.17, como a Equação 5.18 representam a condição de dutilidade de uma viga de concreto armado. 5.8.2 Equações para dimensionamento Considerando as condições de: − equilíbrio, compatibilidade e segurança (Equação 5.16); − dutilidade (Equação 5.3 ou Equação 5.17 ou Equação 5.18); − armadura mínima (Equação 5.13); e − armadura máxima (Equação 5.15), o dimensionamento ou a verificação de vigas de seção retangular, sem armadura de compressão, pode ser representado por: 2006 5-17 ufpr/tc405 x yds cdw s wmax,s w w yd cd min,s ydsz 1Rd s x x x yd s x s xz ck ck cd 2 w 1Rd x sz ck ck cd 2 w 1Rd c 1RdRdSd lim,1RdSd ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd fA fdb68,0 hb04,0A hb0015,0 hb f f035,0 maxA fd MA 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e tab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMM compressão de armadura de enecessidad há nãoMM MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M β =β =≤ =≥ ββ = >β≤× β β− ≤β =β β−=β > ≤ ≤−−=β β⇒⇒ > ≤ ≤=β == ⇒≤ > ≤ = Equação 5.19 Exemplo 5.1: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 125 kNm. Dados: concreto: C20; e aço: CA-50. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.19. A solução fica facilitada se for feita a utilização da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 20 cm 5 cm 45 cm MSd = 125 kNm As 2006 5-18 ufpr/tc405 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = 2s kN/cm 00021MPa000210GPa 210E === cm 20bw = cm 45d = cm 50h = = hb0015,0 hb f f035,0 maxA w w yd cd min,s 2 2 2 min,s cm50,1 cm50,150200015,0 cm15,15020 5,43 43,1035,0maxA = =×× =××× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,040502004,0A =××= kNcm50012kNm125MSd == MPa35ffdb272,0M ckcd 2 wlim,1Rd ≤= kNcm7531543,14520272,0M 2lim,1Rd =×××= { compressão de armadura de enecessidad há nãoMM kNcm75315 lim,1Rd kNcm50012 Sd ⇒< 321 kNcm50012MMM 1RdRdSd === b. Linha neutra (βx) 500,0 fdb272,0 M5625,125,1 cd 2 w 1Rd x ≤−−=β OK500,0373,0 43,14520272,0 500125625,125,1 2x <=××× −−=β c. Braço de alavanca (βz) xz 4,01 β−=β ( ) 851,0373,04,01z =×−=β d. Tensão na armadura (βs) 0,2590,15,31 f E x x x yd s s >β≤× β β− =β 000,1000,1840,2 0001 5,3 373,0 373,01 5,43 00021 ss =β⇒>=× −×=β e. Cálculo da armadura (As) ≤ ≥ ββ = max,s min,s ydsz 1Rd s A A fd MA OK cm0,40 cm50,1cm50,7 5,43000,145851,0 50012A 2 2 2 s < > = ××× = 2cal,s cm50,7A = ◄ (armadura calculada) 2006 5-19 ufpr/tc405 f. Resolução com uso de tabela 272,0 fdb M cd 2 w 1Rd c ≤=β OK272,0216,0 43,14520 50012 2c <=×× =β =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 851,0 373,0 216,0 s z x tabela c 321 ≤ ≥ ββ = max,s min,s ydsz 1Rd s A A fd MA OK cm0,40 cm50,1cm50,7 5,43000,145851,0 50012A 2 2 2 s < > = ××× = 2cal,s cm50,7A = ◄ (armadura calculada) g. Verificação x yds cdw s fA fdb68,0 β =β OK000,1001,1373,0 5,4350,7 43,1452068,0 s ≅=× × ××× =β5.9 Disposição da armadura A distribuição e o posicionamento corretos das armaduras dentro da seção transversal de uma viga constitui fator de suma importância para a durabilidade das estruturas de concreto. A disposição da armadura dentro da seção transversal da viga não pode obstruir a colocação do concreto fresco, devendo permitir, com relativa folga, a introdução de equipamentos de vibração (Figura 5.15). Figura 5.15 Espaçamento horizontal e vertical de barras longitudinais ABNT NBR 6118, item 18.3.2.2: O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores: a) na direção horizontal (ah): − 20 mm; − diâmetro da barra, do feixe ou da luva; − 1,2 vez o diâmetro máximo do agregado1; b) na direção vertical (av): − 20 mm; − diâmetro da barra, do feixe ou da luva; − 0,5 vez o diâmetro máximo do agregado. 1 O correto seria dizer dimensão máxima do agregado. Ver Equação [2.2]. ah av φt dmax φl 2006 5-20 ufpr/tc405 Para feixes de barras deve-se considerar o diâmetro do feixe: φn = φ √ n. Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras. O item 18.3.2.2 da ABNT NBR 6118 pode ser expresso pela Equação 5.20. φ≥ φ≥ max v max h d5,0 cm2 maxa d2,1 cm2 maxa l l Equação 5.20 Exemplo 5.2: Determinar o máximo momento fletor solicitante de cálculo (MSd) que a viga abaixo representada pode suportar. Dados: concreto: C20; aço: CA-50; armadura longitudinal: 5 φ 16 mm; armadura transversal: 6,3 mm; cobrimento: 3 cm; e dimensão máxima do agregado: 19 mm. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.19 e Equação 5.20, com o auxílio da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 45h = cm 3cnom = cm0,63mm 3,6t ==φ 20 cm 45 cm MSd As 2006 5-21 ufpr/tc405 cm 1,9mm 19dmax == 2 2 efs,s cm 05,104 6,15AA =×π×== (armadura efetiva) = hb0015,0 hb f f035,0 maxA w w yd cd min,s 2 2 2 min,s cm35,1 cm35,145200015,0 cm04,14520 5,43 43,1035,0maxA = =×× =××× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,036452004,0A =××= OKcm00,36cm05,10cm35,1 max,ssmin,s A 2 A 2 A 2 434214342143421 << b. Verificação de ah e av ( ) 1n n2c2ba tnomwh − φ+φ+− = l bw largura da viga cnom cobrimento nominal da armadura φt diâmetro da armadura transversal (estribo) φl diâmetro da armadura longitudinal n número de barras na camada ( ) cm97,3 13 6,1363,020,3220ah =− ×+×+×− = φ≥ max h d2,1 cm2 maxa l cm28,2 cm28,29,12,1d2,1 cm6,1 cm2 maxa max h ≥ =×= =φ≥ l { OKaa cm28,2 min,h cm97,3 cal,h 321 > φ≥ max v d5,0 cm2 maxa l cm0,2 cm95,09,15,0d5,0 cm6,1 cm2 maxa max v ≥ =×= =φ≥ l cm0,2av = (valor adotado) c. Determinação da altura útil (d)1 10 hycg < cm5,4 10 45ycg =< 1 ABNT NBR 6118, item 17.2.4.1: Os esforços nas armaduras podem ser considerados no centro de gravidade correspondente, se a distância deste cento ao ponto da seção de armadura mais afastada da linha neutra, medida normalmente a esta, for menor que 10%. (Ver Figura 5.26) φt cnom φl av ah cg d φt cnom φl ycg (ycg + φt + cnom) h d = h - (ycg + φt + cnom) 2 cm (av) 2006 5-22 ufpr/tc405 ∑ ∑ ×= si isi cg A yA y OKcm4,5cm 24,2 4 6,12 4 6,13 2 6,10,26,1 4 6,12 2 6,1 4 6,13 y 22 22 cg <= ×π ×+ ×π × ++× ×π ×+ × ×π × = ( )nomtcg cyhd +φ+−= ( ) cm93,380,363,044,245d =++−= d. Momento limite (MRd1,lim) MPa35ffdb272,0M ckcd 2 wlim,1Rd ≤= kNcm7901143,193,3820272,0fdb272,0M 2cd 2 wlim,1Rd =×××== e. Verificação para valores efetivos x yds cdw s fA fdb68,0 β =β xxs 732,15,4305,10 43,193,382068,0 β=β× × ××× =β d.1 1ª tentativa 577,0 732,1 1 x ==β =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 302,0 769,0 577,0 s c z tabela x 321 Ok000,1577,0732,1732,1 xs =×=β=β f. Momento solicitante de cálculo (MSd) 1RdRdSd MMM == cd 2 wc1Rd fdbM β= 4434421 lim,1RdM 2 1Rd kNcm79011kNcm0901343,193,3820302,0M >=×××= Como o valor MRd1 calculado (13 090 kNcm) resultou maior que o valor limite MRd1,lim (11 790 kNcm) isto significa que a viga esta com excesso de armadura. Para que sejam mantidas as condições de dutilidade da seção transversal apresentada é necessário que o valor de MSd fique limitado ao valor limite. Portanto: kNm9,117kNcm79011MM lim,1RdSd === kNm9,117MSd = ◄ O valor assumido obedece ao item 14.6.4.3 da ABNT NBR 6118 que limita a 0,500 o valor de βx (βx,lim) para regiões de vigas próximas a apoios, onde ocorrem momentos negativos como é o caso deste exemplo. 5.10 Vigas de seção retangular com armadura de compressão Conforme visto em 5.8, vigas com dimensões adequadas e sem armadura de compressão, tem comportamento dútil desde que sejam projetadas para suportar momentos solicitantes inferiores a um determinado limite (MSd ≤ MRd1,lim). Quando os momentos solicitantes ultrapassam o valor limite, a dutilidade das vigas pode ser garantida com o uso de armadura de compressão, como mostrado na Figura 5.16. Para tal basta forçar que a linha neutra mantenha-se no domínio 2 ou no domínio 3. 2006 5-23 ufpr/tc405 A manutenção da linha neutra no domínio 2 (0,000 ≤ βx ≤ 0,259) ou no domínio 3 (0,259 ≤ βx ≤ βx,lim) pode ser alcançada com a definição do valor de βx que conduza ao dimensionamento mais econômico, ou seja, aquele que definir a menor quantidade total de armadura (menor As + As). Em termos práticos, isto nem sempre é possível. A prática comum é simplesmente adotar para βx o seu valor limite (βx = βx.lim que corresponde a MRd1 = MRd1,lim), independentemente de qualquer estudo econômico. Figura 5.16 Vigas de seção retangular com armadura de compressão Como mostrado na Figura 5.16, o momento fletor resistente de cálculo MRd (MRd ≥ MSd) é composto por dois momentos MRd1 e MRd2. No que se refere a MRd1 valem todas as considerações apresentadas em 5.8. Desenvolvendo, para a Figura 5.16, um raciocínio semelhante ao apresentado em 5.8, chega-se: − valor adimensional da tensão na armadura comprimida (Equação 5.10) >β ≤× β −β ≤β ≤× β− −β = σ =β 4 e 3 domínios 259,0 0,15,3d d f E 2 domínio 259,0 0,110 1 d d f E f X x ' x yd s X x ' x yd s yd ' s' s − armadura comprimida ( ) yd's' 2Rd' s fdd M A β− = − armadura tracionada yds ' 2Rd z 1Rd s f 1 )dd( M d MA β − + β = − equação de verificação ' s s ' s x yds cdw s A A fA fdb68,0 β +β =β Rsd σc As ∆l εs MSd esforços resistentes de cálculo solicitação de cálculo x εc MRd = MRd1 + MRd2 d' d bw R'sd Rcd1 d-d z Rsd Rsd2 + Rsd1 (Rsd) (Rcd1) v As v As2 + As1 h A's 2 1 y = 0,8 x ε's 2006 5-24 ufpr/tc405 Desta forma, as vigas de seção retangular com armadura de compressão, podem ser representadas por: ( ) ( ) ( ) ' s s ' s x yds cdw s w ' ss yd ' s ' 2Rd' s w w yd cd min,s yds ' 2Rd z 1Rd s x x ' x yd s x x ' x yd s ' s x x x yd s x s xz ck ck cd 2 w 1Rd x ' ssz ck ck cd 2 w 1Rd c 1RdRd2Rd 2Rd1RdRdSd lim,1RdRd1lim,1Rd1Rd lim,1RdSd ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd A A fA fdb68,0 hb04,0AA fdd MA hb0015,0 hb f f035,0 maxA f 1 dd M d MA 259,00,15,3d d f E 259,00,110 1 d d f E 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e β ,βtab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMM MMMM )MM ser (pode assumido ser a valorMM compressão de armadura de enecessidad háMM MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M β +β =β ≤+ β− = =≥ β − + β = >β≤× β −β ≤β≤× β− −β =β >β≤× β β− ≤β =β β−=β > ≤ ≤−−=β ⇒⇒ > ≤ ≤=β −= +== =⇒≤ ⇒> > ≤ = Equação 5.21 Exemplo 5.3: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 220 kNm. Dados: concreto: C20; aço: CA-50; armadura transversal: 6,3 mm; cobrimento: 3 cm; e dimensão máxima do agregado: 19 mm. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). 2006 5-25 ufpr/tc405 Solução: A solução do problema consiste na aplicação da Equação 5.19 ou Equação 5.21 e da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 50h = (assumido)cm 44d = (assumido)cm 4d' = cm 3cnom = cm0,63mm 3,6t ==φ cm 1,9mm 19dmax == = hb0015,0 hb f f035,0 maxA w w yd cd min,s 2 2 2 min,s cm50,1 cm50,150200015,0 cm15,15020 5,43 43,1035,0maxA = =×× =××× = ( ) 2wmax'ss cm,040502004,0hb04,0AA =××==+ kNcm00022kNm220MSd == MPa35ffdb272,0M ckcd 2 wlim,1Rd ≤= kNcm0611543,14420272,0M 2lim,1Rd =×××= { compressão de armadura de enecessidad háMM kNcm06115 lim,1Rd kNcm00022 Sd ⇒> 321 kNcm06115MM limRd1,1Rd =≤ ) a de(correspon adotado valorkNcm06115M limc,Rd1 β⇒= kNcm00022MMMM 2RdRd1RdSd =+== 1RdRd2Rd MMM −= kNcm93960611500022M 2Rd =−= 20 cm 50 cm MSd = 220 kNm As 2006 5-26 ufpr/tc405 b. Tabela CA-50 272,0 fdb M cd 2 w 1Rd c ≤=β limRd1,Rd12c M de diferente fosse M se 0,272 de diferente erias272,043,14420 06115 ⇒= ×× =β { =β =β =β =β ⇒⇒ == =β 000,1 000,1 800,0 500,0 091,0 44 4 d d 272,0 ' s s z x tabela' c ( ) min,syds' 2Rd z 1Rd s Af 1 dd M d MA ≥ β − + β = OKcm50,1cm82,13 5,43000,1 1 )444( 9396 44800,0 06115A 22s >=× − + × = 2cal,s cm82,13A = ◄ 2 2 ef,s cm71,154 0,25mm20 5A =×π×=φ= (2 camadas) ( ) yd's' 2Rd' s fdd MA β− = 2's cm99,35,43000,1)444( 9396A = ××− = 2' cal,s cm99,3A = ◄ 2 2 ' ef,s cm02,44 6,12mm16 2A =×π×=φ= OKcm0,40cm73,1902,471,15AA 22' ef,sef,s <=+=+ c. Verificação para valores calculados 's s ' s x yds cdw s A A fA fdb68,0 β +β =β OK000,1000,1 82,13 99,3500,0 5,4382,13 43,1442068,0 s =× +× × ××× =β d. Verificação de ah e av para as barras de 20 mm ( ) 1n n2c2ba tnomwh − φ+φ+− = l bw largura da viga cnom cobrimento nominal da armadura φt diâmetro da armadura transversal (estribo) φl diâmetro da armadura longitudinal n número de barras na camada ( ) cm37,3 13 0,2363,020,3220ah =− ×+×+×− = φ≥ max h d2,1 cm2 maxa l cm28,2 cm28,29,12,1d2,1 cm2 cm2 maxa max h ≥ =×= =φ≥ l φt φl ah cnom av 2006 5-27 ufpr/tc405 { OKaa cm28,2 min,h cm37,3 cal,h 321 > φ≥ max v d5,0 cm2 maxa l cm0,2 cm95,09,15,0d5,0 cm2 cm2 maxa max v ≥ =×= =φ≥ l cm0,2av = (valor adotado) e. Determinação da altura útil (d) 10 hycg < cm0,5 10 50ycg =< ∑ ∑ ×= si isi cg A yA y OKcm5,0cm 60,2 4 0.22 4 0,23 2 0,20,20,2 4 0,22 2 0,2 4 0,23 y 22 22 cg <= ×π ×+ ×π × ++× ×π ×+ × ×π × = ( )nomtcg cyhd +φ+−= ( ) cm44cm77,430,363,060,250d <=++−= f. Determinação de d 2 cd tnom ' lφ+φ+= cm4cm43,4 2 6,163,00,3d' >=++= g. Cálculo da armadura para novos valores de d e d kNcm9031443,177,4320272,0fdb272,0M 2cd 2 w1Rd =×××== kNcm09779031400022M 2Rd =−= limRd1,Rd12c M de diferente fosse M se 0,272 de diferente erias272,043,177,4320 14903 ⇒= ×× =β =β =β =β ⇒⇒ == =β 000,1 000,1 800,0 101,0 77,43 43,4 d d 272,0 ' s s z tabela ' c 321 OKcm50,1cm93,13 5,43000,1 1 )43,477,43( 0977 77,43800,0 90314A 22s >=× − + × = 2cal,s cm93,13A = ◄ 2 2 ef,s cm71,154 0,25mm20 5A =×π×=φ= cg d φt cnomφl ycg (ycg + φt + cnom) h d = h - (ycg + φt + cnom) 2 cm (av) d φt cnom φl h d' = cnom + φt + 0,5φl 2006 5-28 ufpr/tc405 2's cm15,45,43000,1)43,477,43( 0977A = ××− = 2' cal,s cm15,4A = ◄ 2 22 ' ef,s cm81,44 0,1 4 6,12mm10 1mm16 2A = ×π + ×π ×=φ+φ= OKcm0,40cm52,2081,471,15AA 22' ef,sef,s <=+=+ h. Resolução para MRd1 <MRd1,lim (assumido)cm 77,43d = (assumido)cm 43,4d' = kNcm9031443,177,4320272,0fdb272,0M 2cd 2 wlim,1Rd =×××== kNcm90314MM limRd1,1Rd =≤ adotado valorkNcm95810MRd1 ⇒= kNcm04211kNcm9581000022M 2Rd =−= OK272,0200,0 43,177,4320 95810 2c <=×× =β =β =β =β ⇒⇒ == =β 000,1 000,1 864,0 101,0 77,43 43,4 d d 200,0 ' s s z tabela ' c 321 OKcm50,1cm11,13 5,43000,1 1 )43,477,43( 04211 77,43864,0 95810A 22s >=× − + × = 2cal,s cm11,13A = ◄ 2 2 ef,s cm71,154 0,25mm20 5A =×π×=φ= 2's cm45,65,43000,1)43,477,43( 04211A = ××− = 2' cal,s cm45,6A = ◄ 2 22 ' ef,s cm07,74 0,1 4 0,22mm 10 1mm 20 2A =×π+×π×=φ+φ= OKcm0,40cm78,2207,771,15AA 22' ef,sef,s <=+=+ i. Comparação de resultados g.1 valores teóricos (valores calculados de As e As) kNcm90314MM lim,1Rd1Rd == 2cal,s cm93,13A = 2' cal,s cm15,4A = 2' cal,scal,s cm08,1815,493,13AA =+=+ kNcm95810M 1Rd = 2cal,s cm11,13A = 2' cal,s cm45,6A = %2,8cm56,1945,611,13AA 2' cal,scal,s +=+=+ g.2 valores reais (valores efetivos de As e As) kNcm90314MM lim,1Rd1Rd == 2ef,s cm71,15A = 2006 5-29 ufpr/tc405 2' ef,s cm81,4A = 2' ef,sef,s cm52,2081,471,15AA =+=+ kNcm95810M 1Rd = 2ef,s cm71,15A = 2' ef,s cm07,7A = %11cm78,2207,771,15AA 2' ef,sef,s +=+=+ 5.11 Vigas de seção T sem armadura de compressão 5.11.1 Região de concreto comprimido A região de concreto comprimido, em uma viga de seção T, pode ocorrer de três modos distintos como apresentado na Figura 5.17. Figura 5.17 Regiões de concreto comprimido em vigas de seção T A situação em que toda a mesa está comprimida, corresponde a: fhy = d h d y f= Considerando a Equação 5.6, tem-se: d h d y f y ==β d8,0 h 8,0 fy x = β =β ( ) − = − =β−β=β 2 hd d h85,0 d8,0 h4,01 d8,0 h68,04,0168,0 f2 fff xxc Levando-se em conta as condições estabelecidas na Figura 5.14, cuja região comprimida é definida pelo retângulo de dimensões bw y, tem-se, pela Equação 5.16: cd 2 wc1Rd fdbM β= ( ) cdffwcd2wf2f1Rd f2 hdhb85,0fdb 2 hd d h85,0M −= − = No caso particular em que bw (da Figura 5.14) for igual a bf (da Figura 5.17), e definindo, para este caso, MRd1 como sendo o momento resistente de cálculo resistido pela mesa comprimida da seção T, tem-se: ( ) cdfffmesa,Rd1Rd f2 hdhb85,0MM −== y bw bf As hf y < hf y bw bf As y = hf y bw bf As y > hf 2006 5-30 ufpr/tc405 ( ) cdfffmesa,Rd f2 hdhb85,0M −= Equação 5.22 Desta forma, para as regiões de concreto comprimido em vigas de seções T, têm-se: mesa,RdRdf mesa,RdRdf mesa,RdRdf MMhy MMhy MMhy >⇔> =⇔= <⇔< Equação 5.23 5.11.2 Seções T sem armadura de compressão: y ≤ hf Seja Figura 5.18 onde está representada uma viga de seção T em que a solicitação de cálculo MSd é resistida pelo momento resistente de cálculo MRd, composto somente pelo binário das forças Rcd e Rsd, sem a necessidade de armadura de compressão. Figura 5.18 Vigas de seção T sem armadura de compressão y ≤ hf Comparando a Figura 5.14 com a Figura 5.18 pode-se concluir que a viga de seção T sem armadura de compressão, com y ≤ hf, é equivalente a uma viga de seção retangular de base bf. Desta forma, introduzindo valores de bf nos lugares de bw apresentados na Equação 5.19 e considerando: − a relação entre y e hf (Equação 5.23); − armadura mínima (Equação 5.12); e − armadura máxima (Equação 5.15), as vigas de seção T, sem armadura de compressão, com y ≤ hf, podem ser representadas por: x εs esforços resistentes de cálculo Rsd MRd = MRd1 ∆l bf As σc εc Rcd = Rcd1 z d solicitação de cálculo MSd h 1 y = 0,8 x bw hf 2006 5-31 ufpr/tc405 ( ) x yds cdf s wmax,s c c yd cd min,s ydsz 1Rd s fy x x x yd s x s xz xy ck ck cd 2 f 1Rd x szy ck ck cd 2 f 1Rd c 1RdRdSd lim,1RdSd ckcd 2 f ckcd 2 f lim,1Rd ffmesa,RdSd cd f ffmesa,Rd fA fdb68,0 hb04,0A A0015,0 A f f024,0 maxA fd MA hdy 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 8,0 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e β ,βtab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMM compressão de armadura de enecessidad há nãoMM MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M b base de eequivalent retangular seçãohyMM f 2 hdhb85,0M β =β =≤ =≥ ββ = ≤β= >β≤× β β− ≤β =β β−=β β=β > ≤ ≤−−=β ⇒⇒ > ≤ ≤=β == ⇒≤ > ≤ = ⇒≤⇒≤ −= Equação 5.24 Exemplo 5.4: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 220 kNm. Dados: concreto: C20; e aço: CA-50. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). 10 cm 40 cm 20 cm MSd = 220 kNm As 60 cm 2006 5-32 ufpr/tc405 Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.24 e da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 06bf = cm 44d = (assumido) cm 50h = cm 10hf = ( ) fwfwc hbbhbA −+= ( ) 2c cm 00411020-605020A =×+×= = c c yd cd min,s A0015,0 A f f024,0 maxA 2 2 2 min,s cm10,2 cm10,240010015,0 cm10,14001 5,43 43,1024,0maxA = =× =×× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,040502004,0A =××= kNcm00022kNm220MSd == ( ) cdfffmesa,Rd f2 hdhb85,0M −= ( ) kNcm4432843,1 2 1044106085,0M mesa,Rd =× −×××= { ff kNcm44328 mesa,Rd kNcm00022 Sd b base de eequivalent retangular seçãohyMM ⇒<⇒< 43421 MPa35ffdb272,0M ckcd 2 flim,1Rd ≤= kNcm1824543,14460272,0M 2lim,1Rd =×××= { compressão de armadura de enecessidad há nãoMM kNcm18245 lim,1Rd kNcm00022 Sd ⇒< 321 kNcm00022MMM 1RdRdSd === b. Tabela CA-50 272,0 fdb M cd 2 f 1Rd c ≤=β OK272,0132,0 43,14460 00022 2c <=×× =β bf As d h hf 2006 5-33 ufpr/tc405 =β =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 915,0 170,0 213,0 132,0 s z y x tabela c 321 OKcm0,10cm48,744170,0dy fh y 43421 <=×=β= ≤ ≥ ββ = max,s min,s ydsz 1Rd s A A fd M A OK cm0,40 cm10,2cm56,12 5,43000,144915,0 00022A 2 2 2 s < > = ××× = 2cal,s cm56,12A = ◄ 2 2 ef,s cm57,124 0,24mm20 4A =×π×=φ= c. Verificação para valores calculados x yds cdf s fA fdb68,0 β =β OK000,1001,1213,0 5,4356,12 43,1446068,0 s ≅=× × ××× =β d. Comparação com o Exemplo 5.3, para d igual a 44 cm e. Observação Deve ser verificado o valor de d (assumido igual a 44 cm) em função da disposição da armadura definida por As,ef. Esta verificação pressupõe o conhecimento do diâmetro da armadura transversal (estribo), cobrimento da armadura e dimensão máxima do agregado graúdo. MSd = 220 kNm Seção Retang. Seção T ∆ Ac 1000,0 cm2 1400,0 cm2 40,0% Acc 352,0 cm2 448,8 cm2 27,5% As 3,99 cm2 # # As 13,82 cm2 12,56 cm2 -9,1% As + As 17,81 cm2 12,56 cm2 -29,5% βx 0,500 0,213 Domínio 3 2 17,6 cm 20 cm As As As = 13,82 cm2 As = 3,99 cm2 6 cm 10 cm 34 cm 20 cm As 60 cm 7,48 cm As = 12,56 cm2 2006 5-34 ufpr/tc405 5.11.3 Seções T sem armadura de compressão: y > hf Seja Figura 5.19 onde está representada uma viga de seção T em que a solicitação de cálculo MSd é resistida pelo momento resistente de cálculo MRd, composto pelos binários das forças Rcd1 / Rsd1 e Rcd3 / Rsd3, sem a necessidade de armadura de compressão. Figura 5.19 Vigas de seção T sem armadura de compressão y > hf Como mostrado na Figura 5.19, o momento fletor resistente de cálculo MRd (MRd ≥ MSd) é composto por dois momentos MRd1 e MRd3. No que se refere a MRd1 valem todas as considerações apresentadas em 5.8. Desenvolvendo, para a Figura 5.19, um raciocínio semelhante ao apresentado em 5.8, chega-se: − armadura tracionada ydsf 3Rd z 1Rd s f 1 2 hd M d MA β − + β = − equação de verificação ( )[ ] − +β =β yds cdfwf x yds cdw s fA fhbb85,0 fA fdb68,0 Desta forma, as vigas de seção T, sem armadura de compressão, com y > hf, podem ser representadas por: Rsd3 + Rsd1 (Rcd3) (Rcd1) εs esforços resistentes de cálculo Rsd MRd = MRd1 + MRd3 ∆l bw bf As σc εc x Rcd1 Rcd3 z d hf solicitação de cálculo MSd Rsd v As v As3 + As1 h 1 3 3 y = 0,8 x 2006 5-35 ufpr/tc405 ( ) ( ) ( ) ( )[ ] − +β =β =≤ =≥ β − + β = >β= >β≤× β β− ≤β =β β−=β β=β > ≤ ≤−−=β ⇒⇒ > ≤ ≤=β −= +== ⇒+≤ −−= > ≤ = ⇒>⇒> −= yds cdfwf x yds cdw s wmax,s c c yd cd min,s ydsf 3Rd z 1Rd s fy x x x yd s x s xz xy ck ck cd 2 w 1Rd x szy ck ck cd 2 w 1Rd c 3RdRd1Rd 3Rd1RdRdSd 3Rdlim,1RdSd cd f fwf3Rd ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd fmesa,RdSd cd f ffmesa,Rd fA fhbb85,0 fA fdb68,0 hb04,0A A0015,0 A f f024,0 maxA f 1 2 hd M d MA hdy 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 8,0 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e β ,βtab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMM MMMM compressão de armadura de enecessidad há não MMM f 2 hdhbb85,0M MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M T seçãohyMM f 2 hdhb85,0M Equação 5.25 Exemplo 5.5: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 320 kNm. Dados: concreto: C20; e aço: CA-50. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). 2006 5-36 ufpr/tc405 Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.25 e da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 06bf = cm 44d = (assumido) cm 50h = cm 10hf = ( ) fwfwc hbbhbA −+= ( ) 2c cm 00411020-605020A =×+×= = c c yd cd min,s A0015,0 A f f024,0 maxA 2 2 2 min,s cm10,2 cm10,240010015,0 cm10,14001 5,43 43,1024,0maxA = =× =×× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,040502004,0A =××= kNcm00032kNm320MSd == ( ) cdfffmesa,Rd f2 hdhb85,0M −= ( ) kNcm4432843,1 2 1044106085,0M mesa,Rd =× −×××= { T seçãohyMM f kNcm44328 mesa,Rd kNcm00032 Sd ⇒>⇒> 43421 MPa35ffdb272,0M ckcd 2 wlim,1Rd ≤= kNcm0611543,14420272,0M 2lim,1Rd =×××= bf bf As d h hf 10 cm 40 cm 20 cm MSd = 320 kNm As 60 cm 2006 5-37 ufpr/tc405 ( ) cdffwf3Rd f2 hdhbb85,0M −−= ( ) kNcm9621843,1 2 104410206085,0M 3dR =× −××−×= kNcm3402396218kNcm06115MM 3Rdlim,1Rd =+=+ { compressão de armadura de enecessidad há nãoMMM kNcm02334 3Rdlim,1Rd kNcm00032 Sd ⇒+< 44 344 21 kNcm00032MMMM 3Rd1RdRdSd =+== 3RdRd1Rd MMM −= kNcm038139621800032M 1Rd =−= b. Tabela CA-50 272,0 fdb M cd 2 w 1Rd c ≤=β OK272,0235,0 43,14420 03813 2c <=×× =β =β =β =β =β ⇒⇒=β 000,1 834,0 332,0 415,0 235,0 s z y x tabela c 321 OKcm0,10cm61,1444332,0dy fh y 43421 >=×=β= ≤ ≥ β − + β = max,s min,s ydsf 3Rd z 1Rd s A A f 1 2 hd M d MA OK cm0,40 cm10,2cm34,19 5,43000,1 1 2 1044 96218 44834,0 03813A 2 2 2 s < > = × − + × = 2cal,s cm34,19A = ◄ 2 2 ef,s cm63,194 5,24mm25 4A =×π×=φ= c. Verificação para valores calculados ( )[ ] − +β =β yds cdfwf x yds cdw s fA fhbb85,0 fA fdb68,0 ( )[ ] OK000,1 5,4334,19 43,110206085,0415,0 5,4334,19 43,1442068,0 s = × ××−× +× × ××× =β d. Observação Deve ser verificado o valor de d (assumido igual a 44 cm) em função da disposição da armadura definida por As,ef. Esta verificação pressupõe o conhecimento do diâmetro da armadura transversal (estribo), cobrimento da armadura e dimensão máxima do agregado graúdo. 2006 5-38ufpr/tc405 5.12 Vigas de seção T com armadura de compressão 5.12.1 Seções T com Armadura de Compressão: y ≤ hf Nas seções T, a necessidade da armadura de compressão (Figura 5.20) pode vir a ser necessária, em alguns casos, quando a relação hf / d assume valores maiores que 0,4 para concretos de classe igual ou inferior a C35, ou 0,32 para concretos de classe superior a C35. Figura 5.20 Vigas de seção T com armadura de compressão y ≤ hf Desenvolvendo um raciocínio análogo ao apresentado em 5.8, 5.10 e 5.11, as vigas de seção T, com armadura de compressão, com y ≤ hf, podem ser representadas por: εs esforços resistentes de cálculo Rsd ∆l bw bf d' As σc εc x Rcd1 Rsd z d hf solicitação de cálculo MSd Rsd Rsd2 + Rsd1 (Rsd) (Rcd1) v As v As2 + As1 h As 1 2 εs y = 0,8 x MRd = MRd1 + MRd2 2006 5-39 ufpr/tc405 ( ) ( ) ( ) ( ) ' s s ' s x yds cdf s w ' ss yd ' s ' 2Rd' s c c yd cd min,s yds ' 2Rd z 1Rd s fy x x ' x yd s x x ' x yd s ' s x x x yd s x s xz xy ck ck cd 2 f 1Rd x ' sszy ck ck cd 2 f 1Rd c 1RdRd2Rd 2Rd1RdRdSd lim,1RdRd1lim,1Rd1Rd lim,1RdSd ckcd 2 f ckcd 2 f lim,1Rd ffmesa,RdSd cd f ffmesa,Rd A A fA fdb68,0 hb04,0AA fdd MA A0015,0 A f f024,0 maxA f 1 dd M d MA hdy 259,00,15,3d d f E 259,00,110 1 d d f E 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 8,0 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e β ,β ,βtab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMM MMMM )MM ser (pode assumido ser a valorMM compressão de armadura de enecessidad háMM MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M b base de eequivalent retangular seçãohyMM f 2 hdhb85,0M β +β =β ≤+ β− = =≥ β − + β = ≤β= >β≤× β −β ≤β≤× β− −β =β >β≤× β β− ≤β =β β−=β β=β > ≤ ≤−−=β ⇒⇒ > ≤ ≤=β −= +== =⇒≤ ⇒> > ≤ = ⇒≤⇒≤ −= Equação 5.26 Exemplo 5.6: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 500 kNm. Dados: concreto: C20; e aço: CA-50. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). 2006 5-40 ufpr/tc405 Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.26 e da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 06bf = cm 44d = (assumido) cm 4d' = (assumido) cm 50h = cm 52hf = ( ) fwfwc hbbhbA −+= ( ) 2c cm 00022520-605020A =×+×= = c c yd cd min,s A0015,0 A f f024,0 maxA 2 2 2 min,s cm00,3 cm00,300020015,0 cm58,10002 5,43 43,1024,0maxA = =× =×× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,040502004,0A =××= kNcm00050kNm500MSd == ( ) cdfffmesa,Rd f2 hdhb85,0M −= ( ) kNcm4325743,1 2 2544256085,0M mesa,Rd =× −×××= { ff kNcm43257 mesa,Rd kNcm00050 Sd b base de eequivalent retangular seçãohyMM ⇒<⇒< 43421 MPa35ffdb272,0M ckcd 2 flim,1Rd ≤= bf As d h hf 25 cm 25 cm 20 cm MSd = 500 kNm As 60 cm 2006 5-41 ufpr/tc405 kNcm1824543,14460272,0M 2lim,1Rd =×××= { compressão de armadura de enecessidad háMM kNcm18245 lim,1Rd kNcm00050 Sd ⇒> 321 kNcm18245MM limRd1,1Rd =≤ ) a de(correspon adotado valorkNcm18245M limx,Rd1 β⇒= kNcm00050MMMM 2Rd1RdRdSd =+== 1RdRd2Rd MMM −= kNcm81841824500050M 2Rd =−= b. Tabela CA-50 272,0 fdb M cd 2 f 1Rd c ≤=β limRd1,Rd12c M de diferente fosse M se 0,272 de diferente erias272,043,14460 18245 ⇒= ×× =β =β =β =β =β =β ⇒⇒ == =β 000,1 000,1 800,0 400,0 500,0 091,0 44 4 d d 272,0 ' s s z y x tabela ' c 321 OKcm0,25cm60,1644400,0dy fh y 43421 <=×=β= ( ) ≥ β − + β = c c yd cd yds ' 2Rd z 1Rd s A0015,0 A f f024,0 f 1 dd M d MA OKcm00,3cm28,32 5,43000,1 1 )444( 8184 44800,0 18245A 22s >=× − + × = 2cal,s cm28,32A = ◄ 2 2 ef,s cm36,344 5,27mm25 7A =×π×=φ= ( ) ( ) hb04,0AAfdd MA w ' ss yd ' s ' 2Rd' s ≤+⇒β− = 2's cm77,25,43000,1)444( 8184A = ××− = 2' cal,s cm77,2A = ◄ 2 2 ' ef,s cm68,34 25,13mm25 ,1 3A =×π×=φ= OKcm0,40cm04,3868,336,34AA 22' ef,sef,s <=+=+ c. Verificação para valores calculados 's s ' s x yds cdf s A A fA fdb68,0 β +β =β OK000,1000,1 28,32 77,2500,0 5,4328,32 43,1446068,0 s =× +× × ××× =β d. Observação Devem ser verificados os valores de d e d em função de As,ef e As,ef. Esta verificação pressupõe o conhecimento do diâmetro da armadura transversal (estribo), cobrimento da armadura e dimensão máxima do agregado graúdo. 2006 5-42 ufpr/tc405 5.12.2 Seções T com Armadura de Compressão: y > hf Nas seções T, a necessidade da armadura de compressão (Figura 5.21) pode vir a ser necessária, em casos, que a altura da região de concreto comprimido (y) ocupe boa parte da nervura, além da ocupação total da mesa. Figura 5.21 - Vigas de seção T com armadura de compressão y > hf Desenvolvendo um raciocínio análogo ao apresentado em 5.8, 5.10 e 5.11, as vigas de seção T, com armadura de compressão, com y > hf, podem ser representadas por: εs esforços resistentes de cálculo Rsd MRd = MRd1 + MRd2 + MRd3 ∆l bw bf d' As σc εc x Rcd1 Rcd3 Rsd As z d hf solicitação de cálculo MSd Rsd Rsd3 + Rsd2 + Rsd1 (Rcd3) (Rsd) (Rcd1) v As v As3 + As2 + As1 h 1 3 3 2 εs y = 0,8 x 2006 5-43 ufpr/tc405 ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )[ ] − +β +β =β ≤+ β− = =≥ β − + − + β = >β= >β≤× β −β ≤β≤× β− −β =β >β≤× β β− ≤β =β β−=β β=β > ≤ ≤−−=β ⇒⇒ > ≤ ≤=β +−= ++== =⇒≤ ⇒+> −−= > ≤ = ⇒>⇒> −= yds cdfwf' s s ' s x yds cdw s w ' ss yd ' s ' 2Rd' s c c yd cd min,s ydsf 3Rd ' 2dR z 1Rd s fy x x ' x yd s x x ' x yd s ' s x x x yd s x s xz xy ck ck cd 2 w 1Rd x ' sszy ck ck cd 2 w 1Rd c 3Rd1RdRd2Rd 3Rd2Rd1RdRdSd limRd1,Rd1lim,1Rd1Rd 3Rdlim,1RdSd cd f fwf3Rd ckcd 2 w ckcd 2 w lim,1Rd fmesa,RdSd cd f ffmesa,Rd fA fhbb85,0 A A fA fdb68,0 hb04,0AA fdd MA A0015,0 A f f024,0 maxA f 1 2 hd M )dd( M d MA hdy 259,00,15,3d d f E 259,00,110 1 d d f E 259,00,15,31 f E 259,00,1 4,01 8,0 MPa35f400,0 MPa35f500,0 fdb272,0 M5625,125,1 ou β e β ,β ,βtab MPa35f228,0 MPa35f272,0 fdb M MMMM MMMMM )MM ser (pode assumido ser a valorMM compressão de armadura de enecessidad a há )MM(M f 2 hdhbb85,0M MPa35ffdb228,0 MPa35ffdb272,0 M T seçãohyMM f 2 hdhb85,0M Equação 5.27 2006 5-44 ufpr/tc405 Exemplo 5.7: Determinar a armadura necessária para a viga abaixo indicada, a qual está submetida a um momento fletor solicitante de cálculo (MSd) igual a 500 kNm. Dados: concreto: C20; e aço: CA-50. Considerar: somente solicitações normais (momentos fletores); e estado limite último, combinações normais (γc = 1,4 e γs = 1,15). Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta da Equação 5.27 e da tabela de flexão simples do CA-50 (item 5.16). a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm) 2ck kN/cm 2,0MPa 20f == normal) combinação - (ELU 1,40=γ c 2 c ck cd kN/cm 43,11,40 2,0ff == γ = 2yk kN/cm 50MPa 500f == normal) combinação - (ELU 1,15=γ s 2 s yk yd kN/cm 43,51,15 50ff == γ = cm 20bw = cm 06bf = cm 44d = (assumido) cm 4d' = (assumido) cm 50h = cm 10hf = ( ) fwfwc hbbhbA −+= ( ) 2c cm 00411020-605020A =×+×= = c c yd cd min,s A0015,0 A f f 024,0 maxA 2 2 2 min,s cm10,2 cm10,240010015,0 cm10,14001 5,43 43,1024,0maxA = =× =×× = hb04,0A wmaxs, = 2maxs, cm,040502004,0A =××= kNcm00050kNm500MSd == 10 cm 40 cm 20 cm MSd = 500 kNm As 60 cm 2006 5-45 ufpr/tc405 ( ) cdfffmesa,Rd f2 hdhb85,0M −= ( ) kNcm4432843,1 2 1044106085,0M mesa,Rd =× −×××= { T seçãohyMM f kNcm44328 mesa,Rd kNcm00050 Sd ⇒>⇒> 43421 MPa35ffdb272,0M ckcd 2 wlim,1Rd ≤= kNcm0611543,14420272,0M 2lim,1Rd =×××= ( ) cdffwf3Rd f2 hdhbb85,0M −−= ( ) kNcm9621843,1 2 104410206085,0M 3dR =× −××−×= kNcm0233496218kNcm06115MM 3Rdlim,1Rd =+=+ { compressão de armadura de enecessidad háMMM kNcm02334 3Rdlim,1Rd kNcm00050 Sd ⇒+> 44 344 21 lim,1RdRd1 MM ≤ adotado valorkNcm15061MRd1 ⇒= kNcm00050MMMMM 3Rd2Rd1RdRdSd =++== ( )3Rd1RdRd2Rd MMMM +−= kNcm97715)9621806115(00050M 2Rd =+−= b. Tabela CA-50 272,0 fdb M cd 2 w 1d c ≤=β limRd1,Rd12c M de diferente fosse M se 0,272 de diferente erias272,043,14420 06115 ⇒= ×× =β =β =β =β =β =β ⇒⇒ == =β 000,1 000,1 800,0 400,0 500,0 091,0 44 4 d d 272,0 ' s s z y x tabela ' c 321 OKcm0,10cm60,1744400,0dy fh y 43421 >=×=β= min,s ydsf 3Rd ' 2dR z 1Rd s Af 1 2 hd M )dd( M d M A ≥ β − + − + β = OKcm10,2cm20,30 5,43000,1 1 2 1044 96218 )444( 97715 44800,0 06115A 22s ≥=× − + − + × = 2cal,s cm20,30A = ◄ 2 2 ef,s cm36,344 5,27mm25 7A =×π×=φ= bf bf As d h hf 2006 5-46 ufpr/tc405 ( ) yd's' 2Rd' s fdd MA β− = ( ) 2' s cm18,95,43000,1444 97715A = ××− = 2' cal,s cm18,9A = ◄ 2 2 ' ef,s cm05,104 6,15mm16 5A =×π×=φ= viga da dimensões as aumentarcm0,40cm41,4405,1036,34AA 22' ef,sef,s ⇒>=+=+ c. Verificação para valores calculados ( )[ ] − +β +β =β yds cdfwf' s s ' s x yds cdw s fA fhbb85,0 A A fA fdb68,0 ( )[ ] 000,1 5,4320,30 43,110206085,0000,1 20,30 18,9500,0 5,4320,30 43,1442068,0 s = × ××−× +× +× × ××× =β OK d. Observação Se para a verificação da armadura máxima fosse usada a Equação 5.14 no lugar da Equação 5.15, teríamos: ( ) cmax'ss A04,0AA ≤+ ( ) 2max'ss cm0,56400104,0AA =×≤+ OKcm0,56cm41,4405,1036,34AA 22' ef,sef,s <=+=+ Porém, pelas razões apresentadas em 5.7.2, é conveniente seguir a seqüência de calculo mostrada no item b e aumentar as dimensões da seção transversal da viga. 5.13 Composição de bf 5.13.1 Conjunto laje–viga Nas estruturas de concreto armado, as vigas de seção T aparecem naturalmente pois o conjunto laje-viga define este tipo de seção, como mostrado na Figura 5.22. Figura 5.22 Conjunto laje-viga hf bw bf A A P4 20 x 20 P2 20 x 20 P3 20 x 20 P1 20 x 20 V4 2 0 x 50 V2 20 x 50 V3 2 0 x 50 V1 20 x 50 L1 10 cm L2 10 cm Corte AA L1 L2 V3 V4 L3 10 cm L3 2006 5-47 ufpr/tc405 Deve ser notado que no dimensionamento da armadura longitudinal (armadura de flexão), a viga de concreto armado composta por nervura (alma) e abas (mesa), como mostrado na Figura 5.22, só poderá ser considerada como seção T, quando a mesa estiver comprimida. Caso contrário (mesa tracionada), a viga deverá ser considerada como de seção retangular de base bw. De modo geral, pode se dizer que a seção T, com a mesa posicionada na parte superior da viga (T em pé), pode ser usada para o dimensionamento da armadura longitudinal positiva (momentos fletores positivos da viga V3 da Figura 5.22). Eventualmente, em construções com lajes rebaixadas (apoiadas na base da viga), é possível configurar-se seções ⊥ (T invertido da viga V4 da Figura 5.22). Nestes casos, estas seções poderiam ser usadas no dimensionamento da armadura longitudinal negativa (momentos fletores negativos, se houverem, na viga V4 da Figura 5.22). 5.13.2 Largura colaborante de vigas de seção T 5.13.2.1 Distância entre pontos de momentos fletores nulos A consideração da largura colaborante da laje associada à viga (Figura 5.22) deve obedecer às prescrições da ABNT NBR 6118. ABNT NBR 6118, item 14.6.2.2: A largura colaborante bf deve ser dada pela largura da viga bw acrescida de no máximo 10% da distância a entre pontos de momento fletor nulo, para cada lado da viga em que houver laje colaborante. A distância a pode ser estimada, em função do comprimento l do tramo considerado, como se apresenta a seguir: − viga simplesmente apoiada: a = 1,00 l; − viga com momento em uma só extremidade: a = 0,75 l; − viga com momento nas duas extremidades: a = 0,60 l; − viga
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