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DELEGADO CIVIL DIURNO CARREIRAS JURÍDICAS Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO Disciplina: Penal Geral Professor: André Estefam Aulas: 09 e 10| Data: 01|09|15 ANOTAÇÃO DE AULA SUMÁRIO 1.CONFLITO APARENTE DE NORMAS 2.TEORIA GERAL DO CRIME 3.SISTEMAS PENAIS 1.CONFLITO APARENTE DE NORMAS *Pressupostos 1 – Unidade do fato. 2 – Pluralidade de tipos penais aparentes aplicáveis. 3 – Vigência simultânea dos tipos penais. Critérios – (princípios). 1 – Principio da Especialidade. 2 – Principio da Subsidiariedade. 3 – Principio da Consunção. 4 – Principio da Alternatividade. Tipos: *relação de gênero – espécie. *relação de continente – conteúdo (um dentro do outro). *relação meio – fim. * tipos mistos alternativos. 1 – Princípio da especialidade: ele é utilizado quando houver uma relação de especialidade. Uma relação de gênero-espécie. Ocorre quando os tipos penais contêm as mesmas elementares, mais um deles se vê acrescido de outras que o tornam especiais. Solução: o tipo especial prevalece sobre o geral. Atenção: o tipo especial poderá ser ou não mais grave. 2 – Princípio da subsidiariedade: exige uma relação de continente-conteúdo ou uma relação de subsidiariedade e, famulativa. Ocorre quando os tipos penais descrevem diferentes graus de violação do mesmo bem jurídico. O que descrever o grau menor será subsidiário. O que descrever o grau maior será o primário/principal. Espécies: Página 2 de 4 *Expressa/explicita: acontece quando a norma se auto proclama subsidiária. *Implícita/tácita: ocorre quando um tipo penal, figura como elementar ou circunstância de outro. Exemplo: Artigo 303 do CTB – lesão corporal culposa. Parágrafo único: causas de aumento de pena. ***omissão de socorro*** Artigo 304 do CTB – omissão de socorro. Solução: o tipo primário prevalece sobre o tipo famulativo/subsidiário. 3 – Princípio da consunção ou absorção: relação meio-fim (relação consuntiva). Ocorre quando um crime atua como fase normal de preparação ou execução de outro. Atenção: o crime fim absorve o crime meio. Seguintes hipóteses: Crime progressivo – único dolo desde o inicio. (Objetivo final). Progressão criminosa – existe o dolo, mas ocorre a mudança da intenção. (Ideia/dolo). O crime fim absorve. Antefato impunível: ocorre quando o agente pratica mais de um fato criminoso em que o anterior serve como um meio para a prática seguinte, no qual, exauri/esgota sua potencialidade lesiva. Exemplo: Falsificação – uso documento. Falsificação do cheque – Estelionato – Súmula 17 STJ. Pós fato impunível: ocorre quando após a consumação do crime, o agente realiza nova conduta contra o mesmo bem jurídico, pertencente ao mesmo sujeito passivo, sem agravar a lesividade do ato anterior. Exemplo: dano da coisa subtraída (artigo 155 do CP). 4 – Princípio da alternatividade: *Tipos mistos alternativos – (crimes de conteúdo variado). São aqueles que na sua discrição, possuem mais de um verbo nuclear. Todas as condutas atingiram o mesmo objeto material. Quando as condutas guardam relação de uma com a outra e de maneira a compor um único “iter criminis”. Atingindo os mesmos objetos materiais, quando isso acontece, pratica um único crime. 2.TEORIA GERAL DO CRIME Página 3 de 4 Conceito de crime: Material: intrínseco, essência (ontológico). Formal: extrínseco, conseqüências. Analítico: científico, sistematizar os elementos e estrutura. Material: limitar a escolha do legislador na elaboração dos tipos penais. Crime é a conduta que lesa ou expõe a perigo bens fundamentais para a paz e o convívio social. Formal: objetivo, permitir identificar a natureza do ilícito e impor o regime jurídico penal. Exemplo: LICP (artigo 1º) – crime é a infração penal. Apenada com reclusão ou detenção. Contravenção penal é a infração penal – penas simples ou multa. Exceção: artigo 28 da Lei de Drogas. A Constituição Federal define “crimes de responsabilidade” do Presidente da República – Lei 1079/50? R – Será uma infração político administrativo. Analítico: serve para uniformizar a aplicação da lei penal e consequentemente a segurança jurídica. Conceito analítico: 1 – Fato típico e antijurídico. Culpabilidade – (pressuposto da pena). Teoria Bipartida (dicotômica) 2 – (Corrente Majoritária) – Fato típico, antijurídico e culpável. Teoria Tripartida (Tricotômica). 3 – Fato típico, antijurídico, culpável e punível. Teoria Quadripartida. 4 – Fato típico, antijurídico e punível. Culpabilidade – pressuposto da pena. Teoria constitucionalista do delito. 3.SISTEMAS PENAIS *sistematizar Sistema Clássico – (1900) Página 4 de 4 Principais teorias: - causal/naturalística da ação – psicológica da culpabilidade. Sistema Neoclássico/Neokantista – (1907) Principais teorias: - teoria causal / natural - teoria normativa da culpabilidade Sistema Finalista – (1931) - Teoria finalista da ação - Teoria normativa pura da culpabilidade Sistema Funcionalista – (1970) - Teoria da imputação objetiva - Teoria funcionalista da culpabilidade SISTEMA CLÁSSICO CRIME - aspecto objetivo – fato típico: 1) conduta; 2)tipicidade + Crimes materiais: resultado e nexo causal. + Antijuridicidade Aspecto subjetivo – culpabilidade – espécies: DOLO ou CULPA.
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