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DCDiurno PenalGeral AEstefam Aula27e28 131015 MGomes

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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 27 e 28 | Data: 13|10|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.CULPABILIDADE 
2.ERRO DE PROIBIÇÃO 
3.OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA 
4.CONCURSO DE PESSOAS 
 
1.CULPABILIDADE 
 
Elementos: 
 
1º - Imputabilidade (artigos 26/28 do CP) 
- examina-se capacidade mental do agente e perícia de exame psiquiátrico. 
 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao 
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Redução de pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois 
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde 
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Menores de dezoito anos 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Embriaguez 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou 
substância de efeitos análogos. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 Página 2 de 6 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez 
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, 
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a 
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
2º - Potencial Consciência da Ilicitude (artigo 21 do CP) 
- Inescusabilidade do desconhecimento da Lei. 
“ignorantia legis neminem excusat” 
 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre 
a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, 
poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente 
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, 
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir 
essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Coação irresistível e obediência hierárquica (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
- Artigo 65, II, do Código Penal – Atenuante genérica. 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou 
maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença; (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - o desconhecimento da lei; (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou 
moral; 
 
 
 
 Página 3 de 6 
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, 
logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as 
conseqüências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano; 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em 
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a 
influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a 
autoria do crime; 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, 
se não o provocou. 
 
- Desconhecimento da Lei = falta de conhecimento do texto da Lei. 
- Ilicitude do fato = trata-se do desconhecimento “profano do injusto”, desconhecimento do caráter ilícito do fato 
(comportamento proibido). 
Sua natureza é cultural. 
 
1º - O réu tinha consciência (conhecimento) do caráter ilícito do fato? 
Sim, tem o conhecimento da ilicitude. 
 
3º - Exigibilidade de conduta diversa. 
Não, erro de proibição (intensidade do erro). 
 
2º - O réu tinha possibilidade (potencial – histórico cultural do réu/exame antropológico) de conhecer a ilicitude 
do fato? 
Sim, erro de proibição evitável (inescusável – diminuição da pena em 1/6 a 1/3). 
Não, erro de proibição inevitável (escusável – este caso gera absolvição, não há culpabilidade, ou seja, falta de 
Potencial Excludente de Ilicitude. 
 
2.ERRO DE PROIBIÇÃO 
 
Erro de Proibição: 
- Inevitável (escusável) = exclui a culpabilidade; 
- Evitável (inescusável) = causa de diminuição (1/6 a 1/3). 
 
Erro de Tipo: (essencial) 
- Inevitável (escusável) = exclui do dolo / culpa – fato atípico; 
- Evitável (inescusável) = somente exclui o dolo, mas enseja a punição por crime culposo (se a Lei previr...). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Página 4 de 6 
3.EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA 
 
- Artigo 22 do Código Penal. 
 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Só se deve punir criminalmente o sujeito, quando ele podia agir de outro modo. (Livre arbítrio). 
Livre arbítrio/comportamento = *premiar a boa conduta e punir a má conduta* 
 
- Causas (legais) de inexigibilidade de conduta diversa: 
*Coação moral irresistível; 
*Obediência hierárquica; 
 
Coação moral irresistível: só responde o coator da ação ≠ coação física. 
Coagido não sofre punição. 
 
Coação Física irresistível: é o emprego de força bruta. 
- Ato involuntário (não há conduta/fato atípico). 
 
Coação moral irresistível: usando o terror (terror psicológico). 
- Inexigibilidade de conduta diversa e não há culpabilidade. 
1º - envolve a promessa de inflição de um mal grave e injusto; 
2º - promessa séria (pode ser um “blefe” com a intimidação); 
3º - mal verossímil. 
 
*É preciso que esta coação moral seja irresistível. 
VETORES – Ponderação 
1 – Gravidade do mal prometido; 
2 – Imediatidade do mal (atual); 
3 – Confronto entre o mal prometido e a conduta exigida. 
Coação Moral Irresistível: 
- Coator: é condenado + agravante do artigo 62 do CP (autor mediato). 
- Coagido: estando claro, não há processo. Será absolvido “mero instrumento”. 
 
Coação Moral Resistível: 
- Coator: condenado + agravante. 
- Coagido: condenação + atenuante. 
 
 
 
 
 Página 5 de 6 
Observação: ***Ao invés de agravante, é o reconhecimento de crime de Tortura em concurso formal (corrente 
minoritária) *** 
 
3.OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA 
 
Requisitos: 
1 – Relação hierárquica (hierarquia); 
*somente em direito público* 
2 – Ordem do superior hierárquico; 
3 – Que a ordem seja legal; 
4 – Ilegalidade (duvidosa) não manifesta (evidente). 
 
Superior hierárquico: 
- Ordem não manifestamente ilegal; 
 Condenado + agravante 
- Ordem manifestamente ilegal; 
Condenado + agravante 
 
Inferior hierárquico: 
- Ordem não manifestamente ilegal; 
Absolvido 
“mero instrumento” 
- Ordem manifestamente ilegal;Condenado + atenuante 
 
 
4.CONCURSO DE PESSOAS 
 
- artigos 29 a 31 do Código Penal. 
Concorrente: (gênero) 
Partícipes/co-autores: espécie. 
 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua 
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena 
pode ser diminuída de um sexto a um terço. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime 
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o 
resultado mais grave. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
 
 
 Página 6 de 6 
Circunstâncias incomunicáveis 
 
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições 
de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Casos de impunibilidade 
 
Art. 31 - O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, 
salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis, se o 
crime não chega, pelo menos, a ser tentado. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
1º - É necessária a pluralidade de pessoas, ou seja, e melhor “colocação”, pluralidade de condutas; 
Condutas = ações ou omissões (?) 
Omissões: só há participação por omissão, quando o omitente podia e devia agir para impedir o resultado. 
Dever jurídico – (artigo 13, parágrafo 2º do CP) 
 
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se 
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente 
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir 
incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; 
(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o 
resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da 
ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
2º - Relevância causal das condutas: (artigo 29, “caput” do CP) + (artigo 13, “caput” do CP – Teoria da Equivalência 
do Antecedente – “conditio sine qua nom”). 
 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua 
culpabilidade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
Próxima aula: não há participação após a consumação do crime

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