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DELEGADO CIVIL DIURNO 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
 
MATERIAL DE APOIO 
Disciplina: Direito Penal Geral 
 Professor: André Estefam 
Aulas: 25 e 26 | Data: 06|10|15 
 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1.LEGÍTIMA DEFESA 
2.CULPABILIDADE 
 
1.LEGÍTIMA DEFESA 
 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
 
- Artigo 25 do Código Penal. 
- Atual e eminente. 
- Agressão (conduta humana). 
- Injusta (ilícita). 
- reação contra o excesso = legitima defesa sucessiva 
 
Agressão ≠ de provocação 
 
- pode proteger qualquer bem jurídico; 
- legitima defesa própria e ou de terceiro; 
- “animus deffendendi” 
 
É possível a repulsa (ato de repelir), com o emprego dos meios necessários e moderação. 
Meios necessários: é aquele menos lesivo a disposição da vitima e eficaz (apto) a repelir a agressão. 
Moderação: reação moderada é aquela exercida até se fazer cessar a agressão. 
***Enquanto o agressor não for contido, a vítima reage em legítima defesa, mas, a partir de fazer-se cessar a 
agressão, a reação continua daí sim, haverá o excesso. *** 
 
 Absolvição por legitima defesa faz coisa julgada no cível? 
R – Como regra, sim. 
Exceção: quando houver legitima defesa com erro na execução – “aberratio ictus”, ou seja, acabou atingindo um 
terceiro por erro e, terá que indenizar. 
 
Excludentes de ilicitude em branco: 
 
- Exercício regular do direito – a lei confere uma “faculdade”. 
Sujeito ativo do flagrante: qualquer um do povo (exercício de um direito) – flagrante facultativo; 
Direito de retenção; 
 
 
 
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Desforço imediato na defesa da posse; 
 
- Estrito cumprimento do dever legal – uma imposição que a lei descreve (dever). 
Sujeito ativo do flagrante compulsório: agentes; 
Cumprimento de um Mandado de Prisão; 
Cumprimento de um Mandado de despejo; 
 
“ius corrigendi” – seria um caso de ERD e ou ECDL? 
Trata-se de um dever de educar (pais), ou seja, é um ERD (dever de educar), quanto à imposição dos castigos 
moderados seria uma ferramenta no processo de educação (discricionariedade dos pais). 
 
 Em matéria de legitima defesa, exige o Código Penal o chamado “commodus discessus”? (Saída mais 
cômoda) 
R – O Código Penal não exige o emprego do “commudus discessus”, no ponto de vista jurídico penal, a legítima 
defesa está configurada. 
 
 Qual a natureza jurídica dos ofendículos? 
Ofendículos: são aparatos pré-dispostos na defesa de algum bem jurídico. Exemplo: cerca elétrica, lanças 
pontiagudas e etc. 
É preciso destacar dois momentos, ou seja, quanto a sua instalação e o seu acionamento. 
Instalação e manutenção do aparato: exercício regular de um direito. 
Jurisprudência: exige um aparato visível e inaccessível a terceiros inocentes. 
Momento de utilização do aparato: legítima defesa preordenada. 
 
 
2.CULPABILIDADE 
 
O que se entende por culpabilidade segundo o Código Penal. 
É preciso a concorrência de três elementos: 
1º - Imputabilidade; (artigos 26 a 28 do Código Penal) 
É a reunião das capacidades mentais de entendimento e autodeterminação (no momento exato em que for 
praticada a ação ou omissão. 
Capacidade de entendimento: é a capacidade mental de discernimento do certo e o errado, quanto ao licito e o 
ilícito. 
Quando houver suspeita (CPP) – incidente de insanidade mental (artigo 149 do CPP). 
 
Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental 
do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do 
Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, 
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este 
submetido a exame médico-legal. 
 
 
 
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§ 1o O exame poderá ser ordenado ainda na fase do 
inquérito, mediante representação da autoridade policial ao 
juiz competente. 
§ 2o O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar 
o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação 
penal, salvo quanto às diligências que possam ser 
prejudicadas pelo adiamento. 
 
E somente poderá ser instaurado via judicial, ou seja, o delegado deve representar ao Juiz. 
Exceção: 
Quando o indivíduo provoca em si mesmo restrições as suas capacidades mentais. Exemplo: ingestão de bebida 
alcoólica para praticar uma conduta criminosa. “Teoria da actio libera in causae”. 
 
Causas que excluem essas possibilidades: (Código Penal) 
- Lei 11343/06 – artigo 45 – Lei de Drogas. 
 
Inimputabilidade: 
 
Causas: artigo 26 do CP. 
- doença mental e ou desenvolvimento incompleto ou retardado. 
Efeitos: supressão das capacidades mentais = inimputabilidade / Consequência: medida de segurança (sentença 
absolutória – absolvição imprópria) 
Redução da capacidade de entendimento = semi-imputabilidade/ Conseqüência: condenação pena de redução 
de 1/3 a 2/3 ou medida de segurança. (Sentença condenatória). 
 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao 
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
 
Redução de pena 
 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois 
terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde 
mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
 
 
Artigo 27 do Código Penal: menor de 18 anos + artigo 228 da Constituição Federal. 
- critério biológico 
Conseqüências: ECA – ato infracional / medidas sócias educativas / medidas de proteção 
 
 
 
 
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Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente 
inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na 
legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito 
anos, sujeitos às normas da legislação especial. 
 
Artigo 28 do Código Penal: Embriaguez (completa e involuntária). 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Embriaguez 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou 
substância de efeitos análogos. 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez 
completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, 
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou 
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a 
plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
- Embriaguez: trata-se da intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou substancias de efeitos análogos 
(reguladas pela Lei de Drogas). 
É preciso que ela seja completa e involuntária. (Embriaguez) 
Completa: níveis de excitação, depressão e letargia (coma alcoólico). 
 
Embriaguez voluntária: não se aplica o artigo 28 do Código Penal, ou seja, responderá pelos seus atos. 
- Teoria da “actio libera in causae”. 
- Três modalidades: culposa, dolosa e a preordenada. 
Culposa – é a que decorre do excesso imprudente na ingestão (consumo). 
Dolosa – a intenção é de se embriagar. 
***A responsabilidade pelo fato cometido em estado de embriaguez culposa ou dolosa exige que, no momento 
da ingestãoda substância, seja possível prever o resultado posteriormente causado. *** 
 
Preordenada – em que o sujeito se embriaga para cometer um crime. 
 
**Embriaguez patológica = alcoolismo (doença mental). 
 
 
 
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- Artigo 26 do Código Penal – medida de segurança (é possível impor a ele) 
 
Embriaguez involuntária: proveniente de caso fortuito e ou força maior. 
Exemplo: trote acadêmico. 
 
Supressão das capacidades mentais = inimputabilidade = absolvição própria (nenhum tipo de sanção) 
Redução das capacidades mentais = “semi-imputabilidade” = condenação (com pena diminuída) 
 
Capacidade de autodeterminação: é o autocontrole, ou seja, tem como “frear” e controlar os seus impulsos. 
 
2º - Potencial consciência da ilicitude; (artigo 21 do Código Penal) 
 
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre 
a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, 
poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente 
atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, 
quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir 
essa consciência. 
- Princípio geral do direito. 
- Examinar se o sujeito tinha potencial consciência da ilicitude do fato. 
- Examina o aspecto cultural. 
 
 
3º - Exigibilidade de conduta diversa; (artigo 22 do Código Penal) 
 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em 
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de 
superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da 
ordem.

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