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Execução Penal Unificação das Penas e Autorizações de Saídas Lei nº 7.210/84 – LEP (arts. 111 e 120 a 125) Unificação das Penas Unificação das Penas – art. 111, LEP – art. 82, 2ª parte, CPP Por força do art. 59, III, do CP, o regime inicial do cumprimento das penas privativas de liberdade é determinado pelo juiz da sentença, que deve obedecer aos parâmetros impostos no art. 33, §§ 2º e 3º, do CP. Mas, pode ocorrer de, após o início da execução, serem proferidas novas condenações contra o preso. Assim, impostas novas penas, devem ser elas somadas a fim de ser determinado o regime de cumprimento daí por diante. A competência, nesse caso, é do Juiz de execução penal (art. 66, III, a, LEP), por tal razão, não há que se falar em unificação por meio de HC ou revisão criminal. Unificação das Penas O rito pode ser iniciado de ofício ou a requerimento (art. 195, LEP) Só é possível unificar penas da mesma natureza. Na hipótese de haver condenação a pena restritiva de direitos, em não sendo possível o cumprimento simultâneo com a PPL, converte-se aquela em PPL e unifica as penas. Inviável unificar penas se ausente trânsito em julgado de uma das sentenças. Somente quando todas as sentenças se tornarem definitivas far-se-á a soma ou unificação perante o juiz de execução penal. Unificação das Penas Deve ser descontado na soma o tempo de pena de prisão já cumprida. Deve ser observado, após essa soma, se será possível a permanência no regime anterior ou se terá que haver a regressão. De ser observado também remição e detração. O despacho com que o juiz homologa o cálculo das penas está sujeito ao duplo grau de jurisdição, cabendo da decisão o recurso de agravo em execução (art. 197, LEP). Existindo um hiato entre a satisfação das penas anteriores e o começo das atuais, não se pode falar em constrangimento ilegal sob pretexto de estar o paciente cumprindo mais de 30 anos de prisão. Unificação das Penas Das Autorizações de Saídas O preso tem direito a ‘permissão de saída” e a “saídas temporárias” (arts. 120 ao 125, LEP). As hipóteses de permissão de saída se fundam em razões humanitárias, previstas no art. 120 da LEP. São destinadas aos condenados em regime fechado e semiaberto, bem como aos presos provisórios, mediante escolta, e a duração se limitará ao tempo necessário à finalidade da saída. São concedidas pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso. Das Autorizações de Saídas As saídas temporárias são destinadas aos presos em regime semiaberto, apenas. Consiste na liberdade do preso para visitar a família, frequentar cursos profissionalizantes, de segundo grau ou superior e participar de atividades que concorram para o retorno ao convívio social. Não se admite a medida para os condenados em regime fechado ou presos provisórios. No regime aberto, como não há vedação legal, é possível (para que o condenado não precise dormir na casa de albergado, por exemplo). Das Autorizações de Saídas São concedidas apenas mediante ato motivado do juiz de execução penal (art.194, LEP – Súmula 520, STJ), após ouvidos MP e a administração penitenciária. O condenado obtém o direito de sair sem escolta, mas nada impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica, quando assim o determinar o juiz (par. único, art. 122 c/c o art. 146-B, II, LEP) Requisitos: comportamento adequado (senso Das Autorizações de Saída de responsabilidade e disciplina); 1/6 da pena, se primário; ¼, se reincidente (obs. A Súmula 40 do STJ – cumprimento ainda no regime fechado, acaso tenha havido progressão); compatibilidade do benefício com os objetivos da pena (evitar contatos nocivos) Concessão por: prazo não superior a 7 dias, renováveis por mais quatro vezes, com um prazo mínimo de 45 dias entre uma e outra; se para cursos, pelo tempo necessário à sua conclusão. O prazo é delimitado pelo juiz. Das Autorizações de Saídas Revogação: praticar fato definido como crime doloso (ver Súmula 526, STJ), for punido com falta grave (ver Súmula 533, STJ), desatender as condições impostas na autorização (do art.124, LEP) ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso.
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