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Equilíbrio Federativo e Receitas Tributárias

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EQUILÍBRIO FEDERATIVO E RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2015 
CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
 
 
 
 
 
EQUILÍBRIO FEDERATIVO E RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
ALUNO (A): HALLANA ANTÔNNYA DE OLIVEIRA BONIFÁCIO 
MATRÍCULA: 01070706 
 
PROFESSOR (A): ANNA PRISCYLLA LIMA PRADO 
TURMA: 8º NB DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2015 
O Equilíbrio Federativo é estruturado pelos seus famosos entes federativos: 
União, Estados, Munícipios e o Distrito Federal. Juntos eles compõem uma união 
inseparável que é amparada pela Constituição Federal de 1998. Cada ente, de cada 
nível possui sua Autonomia, ou seja, cada um tem capacidade de trabalhar dentro 
de um limite que lhe foi instituído. Essa autonomia vai se expandir em vários campos 
do Direito, inclusive na área Tributária. O trabalho em questão vai abordar de 
maneira critica a construção de receitas tributárias e como ela vem a ser manuseada 
a favor da atualização do domínio econômico brasileiro. Existem vários princípios 
dentro do direito tributário que irão nortear a esfera ampliativa da prática tributiva, 
lembrando que esses princípios são caracterizados como direitos e garantias 
individuais iguais aos contidos nas chamadas Clausulas Pétreas do artigo 60, § 4º 
da Constituição Federal, logo não poderá haver projeto de emenda constitucional 
contra esses eles, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal já os pacificou 
como núcleo duro da Carta Magna. O principio do Pacto Federativo irá nos informar 
que é necessário que exista harmonia entre os Estados, a União, os Municípios e o 
Distrito Federal para que a sociedade consiga exercer e cumprir com os seus 
deveres, através de seus representantes. Dentro desse principio, o artigo 151, 
incisio I da Carta diz que é necessário uma uniformidade geográfica que é vedado a 
União escolher, ter um ente “preferido” ou distinguir um do outro e que apenas é 
admitido incentivos fiscais para a promoção do equilíbrio sócio-econômico, para o 
desenvolvimento dentro das regiões no Brasil. No mesmo artigo, em seu inciso III 
somos apresentados a um instituto conhecido como Isenção Heterônoma que é uma 
disposição protetiva da própria Carta para que a União não interfira na competência 
tributárias das outras entidades. Então, os demais entes ficaram isentos de contribuir 
tributariamente visto que é constituído como Exclusão do Crédito Tributário que está 
disposto nos artigos 176 a 179 do Código Tributário Nacional. É simétrico, já que 
também é vedado aos demais entes cobrarem impostos uns dos outros, não 
compreende a isenção tributária nas suas competências. A Constituição estabeleceu 
competência para cada um dos entes, denominada competência privativa, que está 
definida dentro do texto constitucional que cada ente é competente de um tributo e 
eles classificam-se em uma Quintapartide (Impostos, Taxas, Contribuição de 
Melhoria, Empréstimo Compulsório, Contribuições Especiais), baseando-se na 
Doutrina Majoritária definida pelo Supremo Tribunal Federal. Há limitações a esse 
poder de tributar, estes estão contidos no artigo 150 em diante que tem como 
finalidade maior a garantia de proteção ao contribuinte. Apresentadas essas 
informações, fica em aberto espaço para questionamentos críticos construtivos. É de 
concordância que a isenção heterônoma seja vedada, porque como bem vimos, se a 
Constituição demarcou tributos específicos para cada ente federativo porque eles 
interfeririam na competência tributária de outro ente? Porque violariam o principio do 
pacto federativo manifestado em seu artigo 18 da Constituição de 1988? Seria um 
ataque direto a organização politico-administrativa exposta em tal, uma afronta a 
forma federativa de Estado que é clausula pétrea da Carta Soberana. Os artigos 6º 
ao 8º do Código Tributário Nacional falam especificamente da Competência 
Tributária: 
 
Art. 6º A atribuição constitucional de competência 
tributária compreende a competência legislativa plena, 
ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, 
nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito 
Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. 
Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, 
no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito 
público pertencerá à competência legislativa daquela a que 
tenham sido atribuídos. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de 
executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em 
matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito 
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição. 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os 
privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de 
direito público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, 
por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a 
tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o 
cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da 
função de arrecadar tributos. 
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a 
defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a 
que a Constituição a tenha atribuído. 
Como disposto, estritamente, no artigo 7º, se pode delegar para outro ente 
federativo ou outra pessoa jurídica de direito público a capacidade de arrecadar e 
fiscalizar tributos. Há essa delegação de competência, mesmo que ele não tenha 
aptidão para criar tributos, ele tem para delegá-los e dependendo do convênio 
acordado entre eles o Ente federativo pode até ficar para si o que valor da 
arrecadação. Inserindo outro assunto nesta critica, irá se demonstrar o que é 
conhecido como Receitas Tributárias. Ricardo Alexandre prossegue afirmando que: 
 
“Para atingir a autonomia financeira necessária à efetivação do 
poder de auto-organização e normatização, autogoverno e 
autoadministração, o legislador constituinte brasileiro se utilizou 
de duas técnicas de repartição de renda: a atribuição de 
competência tributária própria (discriminação por fonte) e a 
participação dos entes menores na receita arrecadada dos 
entes maiores (discriminação por produto). Assim, o sistema 
brasileiro de discriminação de rendas tributárias se classifica 
como misto.” 
 
 
Contudo, o artigo 160 da Constituição Federal de 1988 nos mostra a vedação da 
retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos 
estados, ao distrito federal e aos municípios. Seguindo a linha de Ricardo Alexandre, 
se já existe uma competência para cada ente politico, e uma vedação em razão da 
delegação dessa competência, ficaria então constatado uma desigualdade se os 
entes superiores repassassem esse valor de receita arrecadada para entes menores 
tendo em vista a grande proporção de renda segurada no tesouro público federal. 
Considerando um aspecto muito pertinente a este trabalho, as Imunidades 
Tributárias que estão vistas no artigo 150 da Constituição Federal e que se dividem 
em duas: Recíproca e Genérica. Mas antes, o que viria a ser uma Imunidade 
Tributária? É uma forma de limitação de atuação estatal que irá delimitar a 
incidência tributária dentro do Sistema Tributário. A Recíproca é prevista no artigo 
150, inciso VI, alínea a da Constituição e diz ser vedado aos entes federados instituir 
e aumentar impostos sobre renda, patrimônio e serviço, uns dos outros. Ressaltando 
também, a importância de se verificaro § 2º do mesmo artigo onde se expande essa 
vedação as autarquias e fundações públicas instituídas e mantidas pelo Poder 
Público, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Já a 
Imunidade Genérica fica por conta do inciso VI, e seu rol exemplificativo do repetido 
artigo: 
 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos 
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência 
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão. 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no 
Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas 
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais 
que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de 
mídias ópticas de leitura a laser. (A alínea e foi recentemente 
incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013.) 
 
Fica assim, a forma federativa de Estado instituída pela Constituição Federal 
que através de uma descentralização transferiu sua titularidade de competência a 
outro ente de personalidade jurídica própria, a sua autonomia de ser competente, de 
ser independente, de poder resolver problemas sem que haja intermediação de 
outro Estado e que tem como objetivo a cooperação entre os demais entes políticos, 
a harmonia e a não hierarquia entre eles bem como a sua inseparável forma de 
legislar. Eles se completam, mantendo um equilíbrio federativo de um poder uno, 
que se junta e defendem o ordenamento brasileiro. É característica do Federalismo, 
o ato de repartição de receitas levando em consideração o pressuposto de 
autonomia, para que não se dê soberania apenas ao responsável central, que neste 
caso é a União Federal, o valor do lucro arrecadado dos tributos como já dito 
anteriormente poderão ser divididos entre os entes menores e maiores, garantindo 
assim que não ocorra uma preferência financeira dentro do estado democrático de 
direito. Essa receita tributária acumulada irá, assim, servir de recurso para o 
desempenho econômico e a efetivação de atos sem que aconteça submissão aos 
demais entes federados. 
Para que tudo que foi abordado se concretize é necessária à existência de uma 
entidade fiscalizadora, que esteja sempre vigiando os demais entes para saber se 
eles estão exercendo o principio do pacto federativo e as receitas tributárias. No 
Brasil, tal responsabilidade é dada ao Supremo Tribunal Federal, um ente que tem 
essência do Poder Judiciário, cuja obrigação é caracterizar o direito com força 
institucionalizada pelo Estado. Tomando como exemplo, é o STF que vai autorizar a 
Intervenção Federal sobre os estados com o dever de manter o pacto federativo 
conforme artigo 34 da Constituição Federal de 1988. 
O âmbito de proteção ao Principio federativo então, se entende como principio 
fundamental regulamentado como clausula pétrea, núcleo intocável da Constituição 
o qual os entes que o compõem – União, Estados, Municípios e Distrito Federal – 
são detentores de autonomia politica, competência e proteção do cerco estatal. O 
correto é afirmar que não aconteça a interferência de lei infraconstitucional para 
conferir poderes a entes que não estão previstos na Carta Magna, o que seria 
constatado inconstitucional, visto que não foi isso que o Legislador Constituinte quis 
quando emanou e criou a norma. Faz parte também de sua proteção, a incidência 
de receitas tributárias, receitas essas que cabem aos órgãos políticos repartirem 
para que atinjam a sua finalidade e necessidade. Ressaltando mais uma vez, que 
com isso é matéria dos próprios deliberarem o que acontece dentro da sua 
competência territorial e que não é possível, nem a União, como poder centrar, 
interferir em suas decisões. A Constituição define ainda mais que é direito de cada 
ente federativo fiscalizar e arrecadar o valor de receita tributária, de modo 
consequente, também instituir e aumentar os tributos a que lhe foram atribuídos. No 
que concerne a essência desse tão importante principio dentro do ordenamento 
jurídico brasileiro, é distinto dar foco a questão da autonomia. É considerada a cola, 
o liame entre as demais características do pacto federativo, sendo que Autonomia 
esta, vai abranger as demais competências e também a sua proteção geral. Tão 
certa autonomia, digo ainda, que ela dá liberdade ao Estado, de decidir sobre suas 
prioridades dentro do interesse coletivo e sem a submissão mandatória entre os 
entes políticos, concretizando a subsidiariedade e o então equilíbrio federativo que 
tanto foi trabalhado nesse posicionamento critico. Como finalização, a violação 
desse princípio pode causar um caos federativo, interferência na organização 
estrutural do estado, guerra fiscal ou até mesmo, a quebra do pacto federativo em 
consequência também o rompimento de clausula pétrea causas essas que atingirão 
não somente a esfera legislativo-administrativa, mas também as classes do direito 
tributário, financeiro, econômico entre outros. Por isso a relevância do Federalismo 
dentro da ordem jurídica do País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 8. ed. rev., atual. e ampl. São 
Paulo: Método, 2014, p. 650. 
 
BAHIA, Bruno Gomes. Do Principio Federativo. 
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,do-principio-federativo,41826.html 
Acessado em: 01 de outubro de 2015 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. 
BRASIL. Código Tributário Nacional.

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