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Medicina Legal pt II

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MDA 
Medicina Legal 
PARTE II 
Prof. Eduardo Magalhães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material didático para acompanhamento na disciplina de Medicina Legal do curso de Direito. 
 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
2 
 
 
 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
3 
 
 
SEXOLOGIA CRIMINAL 
• Conceito 
• Crimes contra os costumes X Crimes contra a dignidade sexual 
• Modificações na sociedade 
• Forças biológicas 
 - Nutrição – Fome 
 - Perpetuação - Libido 
Atos libidinosos 
• Todos aqueles atos praticados com o intuito de desafogar, completa ou 
parcialmente, a libido, o desejo erótico, o apetite sexual. 
• Variação na forma e na intensidade 
• Cópula Tópica (conjunção carnal) 
• Cópulas Ectópicas 
 - Vulvar ou vestibular - Auricular 
 - Anal ou sodomítica - Axilar 
 - Interglútea - Umbilical 
 - Intercrural ou interfêmural - Colostomia 
 - Intermamária - Podálica 
 - Bucal ou felação - Orovulvar cunilingua 
• Anilíngua 
 
• Masturbação 
 - Automasturbação 
 - Heteromasturbação 
 - Pseudomasturbação 
• Contatos voluptuosos 
• Beijo 
• Contemplação da nudez 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
4 
 
 
Transtornos da Sexualidade 
• Qualitativos ou quantitativos 
• Transtornos psicossexuais X Perversão sexual 
• Não constituem infrações penais 
• Fatores criminogênicos (escândalos, chantagens, ameaças, corrupções, 
violências) 
• Esfera cívil (separação judicial, divórcio, anulação do casamento, perda do 
pátrio poder) 
• DSM – IV 
 - Disfunções Sexuais 
 - Transtornos de identidade de gênero 
 - Parafilias 
Disfunção Sexual 
• Transtorno do desejo sexual hipoativo 
• Transtorno de aversão sexual 
• Transtorno de excitação sexual 
• Transtorno erétil masculino 
• Transtorno orgástico 
• Ejaculação precoce 
• Dispareunia 
• Vaginismo 
 
Transtorno de desejo sexual hipoativo 
• Deficiência ou ausência de fantasias sexuais e do desejo de ter atividade 
sexual, com acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. 
• Frigidez ou anafrodisia 
Transtorno de aversão sexual 
• Aversão e esquiva ativa do contato genital com o parceiro, com acentuado 
sofrimento ou dificuldade interpessoal. 
Transtorno de excitação sexual 
• Incapacidade persistente ou recorrente de adquirir ou manter uma resposta de 
excitação adequada, de lubrificação e turgência genital, até a conclusão da 
atividade sexual, com acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. 
• Somente no sexo feminino. 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
5 
 
Transtorno erétil masculino 
• Incapacidade persistente ou recorrente de obter ou manter uma ereção 
adequada até a conclusão da atividade sexual, com acentuado sofrimento ou 
dificuldade interpessoal. 
• Impotentia coeundi. 
Transtorno orgástico 
• Atraso ou ausência, persistente ou recorrente, do orgasmo, após uma fase 
normal de excitação sexual, com acentuado sofrimento ou dificuldade 
interpessoal. 
Ambos os sexos 
Ejaculação Precoce 
• Desencadeamento persistente ou recorrente, do orgasmo e da ejaculação 
mediante estimulação mínima, antes, durante ou logo após a penetração e sem 
que o indivíduo deseje, com acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. 
Dispareunia 
• Dor genital associada ou intercurso sexual, antes durante ou depois do coito, 
com acentuado sofrimento ou dificuldade interpessoal. 
Masculino e feminino 
Vaginismo 
• Contração involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo, 
adjacentes ao terço inferior da vagina, quando é tentada a penetração vaginal 
com pênis, dedo, tampão ou espéculo, com acentuado sofrimento ou 
dificuldade interpessoal. 
Impotentia coeundi feminina. 
Transtorno de identidade de Gênero 
• Convicção íntima do gênero 
• 3 anos de idade 
• Forte identificação sexual com o gênero oposto, acompanhada por desconforto 
persistente com o próprio sexo que lhe é atribuído. 
 
 
 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
6 
 
Parafilias 
• Anseios, fantasias ou comportamentos sexuais, manifestados de modo intenso 
e recorrente, que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns e 
causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento 
social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida. 
• Coprofilia 
 
• Coprolalia 
 
• Exibicionismo 
 
• Fetichismo 
 
• Homossexualismo 
 
• Lubricidade senil 
 
• Masoquismo 
 
• Necrofilia 
 
• Ninfomania 
 
• Pedofilia 
 
• Transexualismo 
 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
7 
 
PERÍCIA 
• Vestígios na vítima e no agressor 
• Identidade 
• Estado mental da vítima e do agressor 
• Metodologia do exame de conjunção carnal 
• Metodologia na violência sexual mediante fraude 
Metodologia nos atos libidinosos 
Conjunção carnal 
• Histórico 
• Exame subjetivo e objetivo 
 - Exame objetivo genérico 
 - Exame objetivo específico 
1. Estudo da integridade himenal (virgem) 
2. Hímens complacentes e vida sexual pregressa 
 - Gravidez 
 - Esperma na cavidade vaginal 
 - Dosagem de substâncias do líquido prostático 
 - Contaminação venérea profunda 
Exame sexológico 
• Rotura himenal 
• Hímen 
 - Cicatrização 20 dias / Sangramento até 3 dias / orvalho sanguínio e 
equimose 2 a 6 dias / exsudação ou supuração 6 a 12 dias / cicatrizes recente 
(rosa) 10 a 20 dia.s 
• Presença de gravidez com idade compatível com o estupro 
• Esperma 
• Fosfatase ácida 
• Glicoproteína P30 
• Contágio por DST 
• Ausência de ejaculação 
• Agente ativo vasectomizado 
• Uso de preservativo 
• Provas biológicas 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
8 
 
 - anticorpos espermatóxicos 
Identidade do autor 
• Coito anal 
• Alterações locais 
• Presença de esperma 
• Coito oral 
• Objetos 
ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS DO CASAMENTO 
• Conceito 
• Contrato X Instituição 
• IBGE - 747.151 (1993) / 710.950 (2002) 
• Medicina Legal – Condições de natureza médica 
 - Impedir a realização do casamento 
 - Dissolução 
 - Anulação 
 - Nulidade 
• Código antigo (1916) – Impedimentos matrimoniais 
 - Dirimentes absolutos, relativos e proibitivos. 
• Novo Código 
• Impedimentos apenas os absolutos – incisos I a VII 
Dirimentes relativos – outras causas de anulação 
Proibitivos – causas suspensivas 
Art. 1.521. Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau 
inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de 
homicídio contra o seu consorte. 
Art. 1.514. O casamentose realiza no momento em que o homem e a mulher 
manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz 
os declara casados. 
• Identidade de Sexo. 
 - Hermafroditismo verdadeiro 
 - Pseudo-hermafroditismo – interno/extero – masculino/feminino 
 Perícia Médica 
Parentesco 
Art. 1.591. São parentes em linha reta as pessoas que estão umas para com as 
outras na relação de ascendentes e descendentes. 
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as 
pessoas provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra. 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consangüinidade 
ou outra origem. 
Art. 1.594. Contam-se, na linha reta, os graus de parentesco pelo número de 
gerações, e, na colateral, também pelo número delas, subindo de um dos parentes 
até ao ascendente comum, e descendo até encontrar o outro parente. 
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo 
vínculo da afinidade. 
§ 1º O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes e 
aos irmãos do cônjuge ou companheiro. 
§ 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou 
da união estável. 
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Aluno: ______________________________________________ 
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• Decreto-lei 3.200/41 – Casamento entre Tio e sobrinha 
• Por afinidade (ético) – Sogro e nora ou Sogra e genro 
Bigamia (impedimento de vínculo) 
• Legislação brasileira adota a monogamia. 
 Art. 235 - Contrair alguém, sendo casado, novo casamento: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. 
• Viúvo, divorciado, ou que o primeiro casamento tenha sido nulo ou anulado. 
• Separação judicial 
• Divórcio 
Crime 
• Impossibilidade moral 
• Pessoa que matou ou tentou matar 
• Mesmo não tendo havido cumplicidade 
• 
Causas Suspensivas (impedimentos proibitivos) 
Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer 
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
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II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido 
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da 
sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha 
dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, 
cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não 
cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
Causa de anulação do casamento (impedimentos dirimentes relativos) 
O casamento realizado é válido, mas padece de defeito capaz de prejudicar um 
dos cônjuges. 
Requerer anulação dentro dos prazos estabelecidos. 
Art. 1.550. É anulável o casamento: 
I - de quem não completou a idade mínima para casar; 
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal; 
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558; 
IV - do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento; 
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da 
revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges; 
VI - por incompetência da autoridade celebrante. 
Art. 1.556. O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por 
parte de um dos nubentes, ao consentir, erro essencial quanto à pessoa do outro. 
Art. 1.557. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge: 
 I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal 
que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge 
enganado; 
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza,torne 
insuportável a vida conjugal; 
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de 
moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a 
saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; 
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Aluno: ______________________________________________ 
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IV - a ignorância, anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua 
natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado. 
Art. 1.558. É anulável o casamento em virtude de coação, quando o 
consentimento de um ou de ambos os cônjuges houver sido captado mediante 
fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua 
ou de seus familiares. 
 Idade 16 anos ambos os sexos. 
 Art. 1.551. Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou 
gravidez. 
 Débito conjugal – Impotência sexual 
- Generandi, concipiendi e coeundi. 
Impotência coeundi 
• Fisiológica – extremo das idades 
• Física – Alteração na função e na forma 
 - Sexo masculino e feminino. 
 - Disfunção erétil 
 - Disfunção quantitativa 
 - Vaginismo 
• Psíquica 
 - Impotência seletiva 
 - Coitofobia 
• Perícia Médica 
Moléstia grave e transmissível 
• Não fosse possível percebê-la antes do casamento. 
• AIDS, Hepatites B e C, TP, Hanseníase ou sífilis 
• Epilepsia essencial, hemofilia, dist. Metabólicos 
Doença Mental Grave 
• Abrangência maior que ao art. 26 do CP. 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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“ É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento.” 
• Intolerável a vida em comum 
• Coação 
• Incapacidade de Consentir 
• Surdo-mudos não educados 
• Oligofrênicos 
• Perícia Médica – vontade de aceitar “ de modo inequívoco” 
Prazos 
Art. 1.560. O prazo para ser intentada a ação de anulação do casamento, a 
contar da data da celebração, é de: 
I - cento e oitenta dias, no caso do inciso IV do art. 1.550; 
II - dois anos, se incompetente a autoridade celebrante; 
III - três anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557; 
IV - quatro anos, se houver coação. 
§1º Extingue-se, em cento e oitenta dias, o direito de anular o casamento dos 
menores de dezesseis anos, contado o prazo para o menor do dia em que 
perfez essa idade; e da data do casamento, para seus representantes legais ou 
ascendentes. 
§ 2º Na hipótese do inciso V do art. 1.550, o prazo para anulação do 
casamento é de cento e oitenta dias, a partir da data em que o mandante tiver 
conhecimento da celebração. 
Dissolução da Sociedade Conjugal 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: 
I - pela morte de um dos cônjuges; 
II – pela nulidade ou anulação do casamento; 
III - pela separação judicial; 
IV - pelo divórcio. 
§1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo 
divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código quanto ao 
ausente. 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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§ 2º Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge 
poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em 
contrário a sentença de separação judicial. 
Art. 1.572. Qualquer dos cônjuges poderá propor a ação de separação judicial, 
imputando ao outro qualquer ato que importe grave violação dos deveres do 
casamento e torne insuportável a vida em comum. 
§ 1º A separação judicial pode também ser pedida se um dos cônjuges provar 
ruptura da vida em comum hámais de um ano e a impossibilidade de sua 
reconstituição. 
§ 2º O cônjuge pode ainda pedir a separação judicial quando o outro estiver 
acometido de doença mental grave, manifestada após o casamento, que torne 
impossível a continuação da vida em comum, desde que, após uma duração 
de dois anos, a enfermidade tenha sido reconhecida de cura improvável. 
GRAVIDEZ, PARTO E PUERPÉRIO 
CC - Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; 
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
• Conceito 
• Fisiologia 
• Ovulação 5º ao 13º dia do ciclo 
• Importância Pericial 
 - Comprovação (simulação e dissimulação) 
 - Investigação de paternidade 
 - Infanticídio 
 - Prova de violação carnal 
 - Impossibilidade de anulação do casamento 
Reprodução Assistida 
Inseminação artificial 
 Fertilização “in vitro” ou Ectogênese 
 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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Inseminação artificial 
• Casal não puder procriar 
Homóloga / heteróloga 
 
Fertilização “in vitro” – Ectogênese 
Retirada do óvulo para fecundação 
Homóloga / heteróloga 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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Resolução CFM 1.957/2010 
 Consentimento informado prévio obrigatório a todos os pacientes 
 As técnicas não podem ser utilizadas para a seleção de sexo, exceto em casos 
de doenças hereditárias ligadas ao sexo 
 Doação de gametas será sempre anônima, sendo que a identidade da doadora 
e da receptora nunca será revelada 
 Criopreservação de embriões excedentes e viáveis, não sendo permitido o 
descarte 
 Gestação de substituição (doação temporária do útero) permitida somente a 
parente até de segundo grau, sem fins lucrativos e comercial 
• Redefinição do número de embriões transferidos 
 Até 35 a. - 2 , 36 a 39 – 3 , acima de 40 - 4 
• Utilização de embriões e gametas de cônjuge post mortem 
Realização de Reprodução Assistida em Solteiras e Casais Homossexuais 
CC - Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os 
filhos: 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, 
decorrentes de concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia 
autorização do marido. 
Diagnóstico de gravidez 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
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• Exame objetivo e subsidiário 
• Exame objetivo 
 - Sinais de presunção 
 - Sinais de probabilidade 
 - Sinais de certeza 
Sinais de Presunção 
• Pertubações digestivas 
• Máscara gravídica (cloasma) 
• Lanugem (Sinal de Halban) 
• Alterações de aparelhos e sistemas 
• Pigmentação da linha alba 
• Congestão das mamas 
• Hipertricose 
• Estrias abdominais 
Sinais de probabilidade 
• Suspensão da menstruação (amnorreia) 
• Cianose da vulva (Klüge) 
• Cianose da vagina (Jacquemier) 
• Pulsação vaginal (Oseander) 
• Redução dos fundos de saco (Puzos) 
• Rechaço vaginal 
• Flexibilidade do ístimo uterino 
• Hipertrofia e alterações da forma do útero 
• Modificação das glândulas mamárias 
Sinais de certeza 
• Movimentos do feto (18ª semana) 
• Batimentos do coração fetal (20 a 21ª semana) 
• Rechaço uterino (16 a 18ª semana) 
• Palpação de segmentos fetais (18ª semana) 
• Estudo radiológico do esqueleto fetal 
• USG 
• RNM 
• Testes biológicos 
- beta-hCG (4 a 6 dias após implantação do ovo) 
Alteração na percepção da Gravidez 
• Suposição da gravidez (boa-fé) 
• Simulação da gravidez (má-fé) 
• Dissimulação da gravidez (boa ou má-fé) 
Medicina Legal - Turma _________ 
Aluno: ______________________________________________ 
18 
 
• Metassimulação da gravidez 
Anomalias da gravidez 
• Gemeliparidadedade univitelina 
• Superfecundação 
• Superfetação 
• Gravidez extra-uterina 
• Gravidez molar 
Duração da gravidez 
• 270 a 280 dias, ideal 275 dias (40 semanas – 9 meses) 
• Lei civil, concebidos na constância do casamento 
 I – nascidos 180 dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal. 
 II – nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, 
por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento (art. 1.597) 
• Data do coito único, DUM, altura do fundo do útero, início dos movimentos 
ativos do feto, medidas do feto pela radiologia. 
Retenção Fetal 
• Morte do feto 
• Obstétricos, laboratoriais e radiológicos. 
• Ausência de sinais vitais 
• Queda das taxas hormonais (estriol) 
• Radiológicos 
 - Achatamento da calvária, deformidades torácicas, etc... 
• Após 5º mês – maceração. 
• Perícia 
 - Confirmar a morte fetal 
 - Tempo de morte 
Sinais de parto na mulher viva 
• Parto Antigo 
• Estrias e flacidez abdominal 
• Pigmentação das mamas 
• Cicatrizes himenais 
• Cicatrizes da fúrcula e períneo 
• Cicatriz abdominal 
• Cicatriz de órgãos internos 
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Aluno: ______________________________________________ 
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Sinais de parto na mulher morta 
• Parto Recente 
• Útero aumentado e cavidade com coágulos 
• Vasos abertos 
• Parto Antigo 
Estado do útero 
Perícia 
• Existência do parto 
• Recentidade ou antiguidade do parto 
• Número de partos 
• Provas laboratoriais 
 - Mucosidade vaginal 
 - Líquido amniótico 
 - Leite e colostro 
 - Mecônio 
 - Exame microscópico do útero e ovários 
Puerpério 
• Desprendimento da placenta até condição anterior 
• Útero 
 - Diminuição de tamanho (metade na primeira semana) 
• Colo 
• Vagina (epitélio 8 a 10 semanas) 
Ovário e ovulação 
ABORTO 
Parâmetros obstétrico X Parâmetros Legais 
 - Antes da 20ª semana ( menos que 500g – 20 a 22 semanas) 
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• CP – Crimes contra a vida, Art. 124 – 128. 
“ Art. 124 – Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lhe provoque. 
Art. 125 – Provocar o aborto sem o consentimento da gestante; 
Art. 126 – Provocar o aborto com o consentimento da gestante. 
Art. 128 – Não se pune o aborto praticado por médico: 
 I – Se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
 II – Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante, ou quando incapaz, de seu representante legal.” 
Modalidades 
• Quanto ao objeto 
 - Ovular (até 8ª semana de gestação) 
 - Embrionário (até 15ª semana de gestação) 
 - Fetal (após 15ª semana de gestação) 
• Quanto à causa 
 - Espontâneo 
 - Acidental, ocasional ou circunstancial 
 - Provocado 
 Tóxico (medicamentoso) – vegetal ou mineral 
 - Intoxicação com morte da gestante 
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 - Intoxicação com aborto e morte da gestante 
 - Intoxicação com aborto e cura da gestante 
 - Intoxicação sem aborto e com cura da gestante 
• Mecânico – Diretos e Indiretos 
• Diretos 
 - Cavidade vagina – Duchas, cópulas repetidas ... 
 - Colo uterino – Cauterizações, dilatações... 
 - Cavidade uterina 
Quanto à finalidade 
• Terapêutico 
 - Aborto necessário 
 - Salvar a vida da gestante ( sacrifíciodo bem menor) 
 1- A mãe apresenta risco de vida 
 2- O perigo esteja sob a dependência direta da gravidez 
 3- A interrupção da gravidez faça cessar esse perigo para a vida da mãe 
 4- O procedimento seja o único meio capaz de salvar a vida da gestante 
 5- Sempre que possível, com a confirmação ou concordância de outros dois colegas. 
• Sentimental 
 - Piedoso ou moral (estupro) 
• Eugênico 
 - Presença de doença, sexo não almejado 
• Econômico ou social 
• Estético 
Por motivo de honra 
• Legal 
 - Necessário e o sentimental 
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• Criminoso 
 - Gravidez – fecundação até o parto (estados patológicos) 
 - Dolo (direto ou eventual) 
 - Emprego de técnica abortiva (diretas, indiretas ou extrauterinas) 
 - Morte do concepto no ventre materno ou após sua expulsão 
• Espécies de aborto criminoso 
 - Autoaborto 
 - Provocado por terceiro com o consentimento da gestante 
 - Aborto sofrido 
 - Aborto preterintencional ou preterdoloso 
Provas da existência do crime 
• Existência da gravidez 
• Realidade do aborto 
• Natureza do aborto 
• A época do abortamento 
• A data da manobra abortiva 
Lesão corporal ou a morte da gestante 
Quesitos na perícia do aborto criminoso 
• Na viva 
1. Se há vestígio de provocação de aborto. 
2. Qual o meio empregado. 
3. Se, em consequência do aborto ou meio empregado para provocá-lo, sofreu a 
gestante incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, ou 
perigo de vida, ou debilidade permanente, ou perda , ou inutilização de 
membro, sentido ou função, ou incapacidade permanente para o trabalho, ou 
enfermidade incurável, ou deformidade permanente. 
4. Se não havia outro meio de salvar a vida da gestante. 
5. Se a gestante é alienada ou débil mental ou menor de 14 anos. 
Quesitos na perícia do aborto criminoso 
• Na morta (após a necropsia) 
1. Se houve morte. 
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2. Se a morte foi precedida de aborto. 
3. Qual o meio empregado para a provocação do aborto. 
4. Qual a causa da morte. 
5. Se a morte da gestante sobreveio em consequência do aborto ou do meio 
empregado para provocá-lo. 
Prática da interrupção seletiva da gravidez 
• Alvará judicial 
• Comissão para reforma do CP – “ Não constitui crime de aborto praticado por 
médico: se se comprovar, através de diagnóstico pré-natal, que o nascituro 
venha a nascer com graves e irreversíveis malformações físicas ou psíquicas, 
desde que a interrupção da gravidez ocorra até a vigésima semana e seja 
precedida de parecer de dois médicos diversos daquele que, ou sob cuja 
direção, o aborto é realizado (art. 128 III).” 
• Anencefalia 
Argumentos Pró-aborto 
• Ideológicos, socioeconômicos e privados 
• Abortismo ideológico 
 - A mulher é dona do seu corpo e o feto faz parte do organismo da gestante. 
 - O feto é um ser humano ? Desde quando ? 
• Socioeconômico 
 - Caráter social, econômico e político 
• Privado 
 - Gravidez não desejada, pressões físicas e psicológicas 
 - Deficiência física e mental do futuro ser 
 - Fatores relacionados à contracepção 
Violência contra recém-natos e crianças 
Infanticídio 
• CP – “ matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o 
parto ou logo após.” 
• Atenuante – considerando a condição biopsicossocial do estado puerperal – 
estado confusional 
• Psicose pós-parto 
• Crime próprio ( só a mãe ) por ação e omissão sempre doloso. 
• Elemento cronológico. 
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• Sujeito passivo – feto nascente ou recém-nascido. 
• CP Art. 134 – “expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra 
própria.” 
• Objetivos periciais 
 - crucis peritorum 
 - Diagnóstico de tempo de vida (natimorto, feto nascente, infante nascido ou recém-
nascido) 
• Natimorto 
 - Feto morto durante o período perinatal (22ª semana – 500g) 
• Feto nascente (feticídio) 
 - Não apresentou respiração 
 - Lesões nas regiões onde o feto começa a se expor 
 - Feridas produzidas em vida (características) 
• Objetivos periciais 
• Infante nascido 
 - Apresentou respiração e não recebeu nenhum cuidado. 
 - Estado sanguinolento. 
 - Induto sebáceo. 
 - Tumor do parto. 
 - Cordão umbilical. 
 - Presença de mecônio 
 - Respiração autônoma 
• Objetivos periciais 
• Recém-nascido 
 - Primeiros cuidados após o parto até o 7º dia do nascimento. 
• Prova da vida extra-uterina 
 - Respiração autônoma (vida independente) 
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Docimásias 
 - Docimásias e provas ocasionais. 
• Provas da possível respiração 
• Pulmonares 
 - Docimásia hidrostática pulmonar de galeno 
 - Baseado na densidade pulmonar 
 - Quatro fases 
1ª - Se os órgão flutuam por inteiro ou a meia-água (positiva). 
2ª - Só os pulmões (positiva). 
3ª - Cortam-se os pulmões em fragmentos- no fundo (negativa). 
4ª - Compressão dos fragmento se desprender finas bolhas gasosas com sangue 
(positiva). 
 
• Diafragmática de Ploquet 
• Óptica ou visual de Bouchut 
• Táctil de Nerio Rojas 
• Docimásias extrapulmonares 
• Gastrintestinal de Breslau. 
• Auricular de Vreden, Wendt e Gelé. 
Provas ocasionais 
• Corpo estranho nas vias respiratórias 
• Substâncias alimentares no tubo digestivo 
• Lesões c/ reações vitais 
• Estado psíquico da parturiente 
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26 
 
1. Se o parto ocorreu de forma angustiante ou dolorosa. 
2. Se a parturiente, após ter realizado o crime, tratou ou não de esconder o 
cadáver do filho. 
3. Se ela se lembra ou não de ter ocorrido ou se simula. 
4. Se a mulher tem antecedentes psicóticos. 
5. Se há vestígios de outra perturbação mental. 
INVESTIGAÇÃO DO VÍNCULO 
GENÉTICO 
• Importância. 
• Quem já tem a paternidade estabelecida. 
• Investigação de paternidade do filho adotivo. 
 - Art. 41 ECA. 
• Investigação de paternidade por iniciativa do pai. 
Importância 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 8.560, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1992. 
 
Regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento e dá 
outras providências. 
• Provas médico-legais não genéticas 
 - Elementos relacionados com o ato gerador e suas consequências diretas 
 - Elementos relativos à idade do filho 
• Provas médico-legais genéticas 
 - Pré-mendelianas 
 - Mendelianas 
Provas médico-legais não-genéticas 
1. Elementos relacionados com o ato gerador e suas consequências diretas 
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 - Dados biológicos sobre a duração da gestação 
 - Verificação da ausência ou da possibilidade de coabitação (virgindade, 
impotência) 
 - Verificação da impossibilidade de fecundação (esterilidade) 
 - Inexistência de parto 
 - Aplicação de métodos anticoncepcionais definitivos 
2. Elementos relativos à idade do filho 
 - Para confronto com a época da coabitação 
 - Para confronto com a data conhecida do parto 
Provas médico-legais genéticas 
1. Pré-mendelianas 
 - Provas de semelhança fisionômica 
 - Caracteres adquiridos 
 - Impressões maternas 
 - Telegonia ou “barriga suja” 
2. Provasmédico-legais genéticas mendelianas 
 - Exame do pavilhão auricular 
 - Anomalias dos dedos - Cor da Pele 
 - Cor dos olhos - Mancha mongólica 
 - Os cabelos - Os dentes 
Provas genéticas sanguíneas 
• Grupo sanguíneo (sistema ABO) 
 - Grupo O (46%) – aglutinogênio o – aglutininas a e b 
 - Grupo A (39%) – aglutinogênio A – aglutinina b 
 - Grupo B (11%) – aglutinogênio B – aglutinina a 
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 - Grupo AB (4%) – aglutinogênio a e b – não tem aglutinina 
Herança genética – grupo O (OO) 
 - grupo A (AA ou AO) 
 - Grupo B (BB ou BO) 
 - Grupo AB (AB) 
Fatores MN , fatores Rh, Grupo P, sistema HLA 
Vínculo genético - DNA 
DNA FINGERPRINTS 
• Código genético 
• Adenina, guanina, citocina e timina 
• Valor do perfil de DNA 
Hoje os exames de DNA permitem: 
a) identificação de suspeitos em casos de crimes sexuais, 
b) identificação de cadáveres carbonizados e em decomposição; 
c) identificação de cadáveres mutilados; 
d) identificação de partes e órgãos de cadáveres; 
e) estabelecimento de relação entre instrumento(s) lesivo(s) e vítima(s), por 
produção de perfis de DNA recuperado e produzido a partir de material 
biológico (sangue, esperma, pêlos, pele); 
f) investigação de paternidade nos casos de gravidez resultante de estupro; 
g) estudo de vínculo genético; 
h) identificação de cadáveres abandonados nos casos de aborto provocado, 
em casos de infanticídio e de falta de assistência após o parto. 
DNA FINGER PRINT 
1) Coleta de amostras biológicas que podem ser 
saliva, sangue, esperma e cabelo com raiz, entre 
outros. 
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2) Extração e purificação do DNA. 
3) Corte com enzimas de restrição (tesouras 
moleculares que reconhecem e cortam seqüências 
específicas do DNA). 
4) Eletroforese: onde, através de uma corrente 
elétrica, são separados os fragmentos de DNA por 
tamanho. 
A partir daí, é formada uma espécie de código de 
barras que é a identificação individual e 
intransferível de cada indivíduo. 
TÉCNICAS 
• RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphism). 
• PCR (Polymerase Chain Reaction). 
 
ALCOOLISMO E DEPENDÊNCIA QUÍMICA 
• Conceito 
 - fase pré-alcoólica sintomática ou fase alfa de Jellineck 
 - fase prodrômica ou beta de Jellineck 
 - fase crucial ou gama 
 - fase crônica 
• Tolerância 
• Síndrome de dependência 
 Forte desejo ou senso de compulsão 
 - Dificuldade em controlar o consumo 
 - Abandono progressivo de prazeres alternativos 
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 - Forte persistência no uso 
• Estado de abstinência 
 - Se foi praticado em razão de 
 - Se há nexo 
 - Redução ou abolição na capacidade de entendimento 
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DAS DOENÇAS – CID 10 
(Substâncias psicoativas) 
• Uso de álcool, opióides, múltiplas drogas, etc… 
• Intoxicação aguda 
• Uso nocivo 
• Síndrome de dependência 
• Estado de abstinência 
• Estado de abstinência com delírio 
• Transtorno psicótico 
• Síndrome amnéstica 
• Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia 
Embriaguez Alcoólica 
• Embriaguez alcoólica X alcoolismo. 
• Problemas de ordem médica, psiquiátrica, psicológica, policial e médico-
legal. 
• Bebidas alcoólicas : 
 - Fermentadas (vinho, cerveja, etc...) – menor teor alcoólico. 
 - Destiladas (uísque, conhaque...) grande concentração alcoólica. 
 - Alcoolizadas (vinho do porto, vinho madeira) 
 0,5° GL – Gay-Lussac 
Embriaguez Alcoólica Aguda 
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• Efeitos psiconeurossomáticos da intoxicação etílica imediata. 
• Intolerância individual. 
• Manifestações físicas : 
 - Congestão da conjuntiva. 
 - Taquicardia 
 - Taquipnéia 
 - Hálito alcoólico 
• Manifestações psíquicas : 
 - Progressivas 
 - Alterações do humor, do senso ético, da atenção, curso do pensamento 
 - Exagero e ridículo – inconveniente, falastrão, memória prejudicada, 
atentar contra a moral pública - deficiência das inibições. 
 - Ato sexual prejudicado. 
 - Tendência ao obsceno e ao exibicionismo. 
 - Impulsos homossexuais (atitude foge à habitual). 
• Manifestações neurológicas : 
 - Alterações do equilíbrio, marcha e coordenação motora 
 - Disartria 
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 - Inibição relativa da sensibilidade táctil, dolorosa e térmica 
 - Fenômenos vagais (soluço, vômitos, embotamento das funções 
sensoriais). 
 
Pesquisa bioquímica do álcool 
Saliva, urina, humor, vítreo, bílis, ar expirado e sangue 
 
 
 
 
 
 
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0,5 ml (0,37g) por 1000ml - Intoxicação inaparente 
1ml (0,75g) por 1000ml – 0,4mg por litro de ar expirado 
1 a 1,5 ml(0,75 a 1,12g) – ebriedade 
1,6ml a 3 ml(1,25 a 2,25g) – embriagez completa 
Acima de 2ml por 1000ml – fenômenos neurológicos 
3 a 4 ml por 1000ml – coma alcoólico 
5 a 6 ml por 1000ml – morte 
Dosagem no cadáver 
• Até o início dos fenômenos putrefativos 
• Veia femoral 
• LCR 
• Coágulo sanguíneo 
• Medula óssea 
• No sangue – entre 0,6 e 2,0g/1.000ml 
• Manifestação clínica 
 
• Respostas 
 1º Se há ou não embriaguez; 
 2º Se, em caso afirmativo, a embriaguez é ou não completa; 
 3º Se a embriaguez comprovada é um fenômeno episódico, ocasional ou se 
se trata de um estado de embriaguez aguda manifestada em alcoolismo crônico; 
 4º Se é embriaguez patológica; 
 5º Se, no estado que se encontra o paciente, pode ele pôr em risco a 
segurança própria ou alheia; 
 6º Se é necessário o tratamento compulsório. 
• Bafômetro. 
Perícia 
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• Recusa a submeter-se ao exame 
 Direito fundamental 
ALCOOLISMO 
• Manifestações somáticas 
• Neurológicas 
 - Polineurite 
 - Poliencefalite superior hemorrágica de Wernicke 
 - Sindrome de Korsakow 
• Psíquicas 
 - Delirium tremens 
 - Alucinações dos bebedores 
 - Delírio de ciúmes dos bebedores 
 - Epilepsia alcoólica 
 - Dipsomanias 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
I - a emoção ou a paixão; 
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos 
análogos. 
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não 
constituem ou qualificam o crime: 
I - a reincidência; 
II - ter o agente cometido o crime: 
l) em estado de embriaguez preordenada. 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se 
de acordo com esse entendimento. 
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 Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o 
agente,em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do 
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: 
 Infração - gravíssima; 
 Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 
(doze) meses; 
 Medida Administrativa - retenção do veículo até a apresentação de 
condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. 
Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar 
alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165. 
Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a 
infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação 
metrológica. 
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito 
ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, 
perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma 
disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância 
psicoativa que determine dependência. 
 § 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada 
mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada 
pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras 
provas em direito admitidas. 
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em 
razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine 
dependência: 
 Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou 
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. 
 § 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: 
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue 
ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou 
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da 
capacidade psicomotora. 
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36 
 
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de 
alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova 
em direito admitidos, observado o direito à contraprova. 
 
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de 
alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo. 
 
Embriaguez habitual = Dependência alcoólica 
 
 
 
Evolução 
• Na produção 
• Na distribuição 
• Globalização 
• Crime organizado 
• 15 a 25 anos 
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• Desestruturação familiar 
• Lícitas X ilícitas 
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. 
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias 
ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou 
relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União. 
Substância Psicoativas 
• Delito cometido em razão da dependência 
• Delito cometido sob efeito de substância ou entorpecente que determina 
dependência física ou psíquica proveniente de caso fortuito ou força maior 
• Capacidade de entendimento 
 
Tipos de Tóxicos 
• Maconha 
• Morfina 
• Heroína 
• Cocaína 
• LSD 
• Barbitúricos 
• Ópio 
• Anfetaminas 
• Crack 
• Merla 
• Cola 
Maconha 
• Marijuana, diamba, haxixe ... 
• Cannabis sativa. 
• Xaropes, pastilhas, infusões, cigarros (baseado, dólar), cachimbos especiais. 
• Ausência de dependência, tolerância e abstinência. 
• Usuários pesados podem apresentar crises de abstinência. 
• Excitante (perturbações psíquicas)- associação com outras drogas. 
• Efeito varia de 2 a 8 h. 
• Uso médico. 
Morfina 
• Morfinomania. 
• Alcalóide derivado do ópio. (líquido incolor) 
• Injeção intramuscular. 
• Eufórico, disposto, extrovertido, loquaz e alegre (lua-de-mel da morfina) 
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• Emagrecido, pálido, envelhecimento precoce, insônia, sudorese, tremores – 
período de estado. 
• Falecimento por tuberculose ou problemas cardíacos. 
• Processo de intoxicação rápido. 
• Pratica delitos para obter a droga. 
Heroína 
• Produto sintético ( éter diacético da morfina ) 
• Pó branco e cristalino. 
• Diluído e injetado ou misturado ao fumo. 
• Decadência maior e mais rápida que a morfina. (5 vezes) 
• Dependente com 30 dias de uso. 
 
 
 
Cocaína 
• Alcalóide extraído da folha da coca. 
• Pó branco 
• Aspirado, fricção na mucosa, ou diluído para injeção. 
• Decadência física X humor imoderado e injustificável. 
• Sintomas psíquicos (excitação motora, agitação, ansiedade ...) 
• Sintomas neurológicos (afasia, paralisia, tremores, convulsões...) 
• Sintomas circulatórios (taquicardia, elevação da PA, dor precordial...) 
• Sintomas respiratórios (irregularidade na repiração) 
• Alterações secundárias – náuseas e vômitos ... 
L S D 
• Eminentemente alucinógena 
• Dietilamina do ácido lisérgico (semi-sintético) 
• Líquido dissolvido. 
• 4 grupos 
 - 1º grupo Reação megalomaníaca. 
 - 2º grupo Depressão profunda (suicídio) 
 - 3º grupo Perturbação paranóide 
 - 4º grupo Confusão geral (alucinações) 
Barbitúricos 
• Derivados do ácido barbitúrico 
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• Tratamento da insônia 
• Embriaguez barbitúrica 
Ópio 
• Extraída da papoula papaver somniferum 
• Cigarros 
• Fase de excitação geral e de depressão . 
• Prejuízo na inteligência, memória, estado de prostração e angústia. 
Anfetaminas 
• Drogas sintéticas. (bolinhas) 
• Aliviar a fadiga e desobstrução respiratória. 
• Uso nos esportes 
• Evitar sonolência, desinibir e euforizar. 
• Intoxicação aguda – inquietação psicomotora, incapacidade de atenção, 
estado de confusão mental e delírio. 
• Ingestão (com bebidas alcoólicas) e dissolvidas por injeção venosa e 
fumada. 
• Mais usada e mais facilmente vendida no brasil. Êxtase 
Crack 
• Efeito semelhante ao da cocaína (associação com bicarbonato de sódio) 
• Custo 
• Maior efeito de viciar e provocar danos. 
• Fumada (cachimbo) 
• Intoxicação aguda – Dilatação das pupilas, irritabilidade, agressividade, 
delírios. 
• Posteriormente profundo cansaço e ansiedade.stão (com bebidas 
alcoólicas). 
Merla 
• Opção mais barata do Crack (benzina, querosene, gasolina, éter, metanol ...) 
• Fumada (cachimbo) ou cigarros. 
• Efeitos duram cerca de 15 min. –m bem-estar e leveza 
• Posteriormente inquietação e nervosismo. 
• Poder destrutivo maior que o crack. 
• Pele com cheiro desagradável. 
Perícia 
• Pesquisa e a identificação da substância tóxica 
• Quantidade consumida. 
• Caracterização do estado de dependência (biopsicológico). 
• Estudo da personalidade do examinado. 
• Imputabilidade do drogado 
• Art. 50 da Lei nº 11.343/2006. 
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§ 1o Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento 
damaterialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e 
quantidade da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea. 
PSIQUIATRIA FORENSE 
Lei nº 10.216 de 04 de junho de 2001 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno mental, 
de 
que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de discriminação 
quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção política, nacionalidade, 
idade, família, recursos econômicos e ao grau de gravidade ou tempo de evolução de 
seu transtorno, ou qualquer outra. 
• Conceito 
• Imputabilidade e responsabilidade penal 
• Capacidade civil 
• Incapacidade laboral e invalidez 
• Acidente de trabalho 
Imputabilidade Penal 
• Típica, antijurídica e culpabilidade caracterizada 
• Imputabilidade – entendimento e autodeterminação 
• Critérios de Avaliação 
 - Biológico 
 - Psicológico 
 - Biopsicológico ou misto 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da 
omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
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Limites e Modificadores 
• Ambientais 
 - Grau de civilização 
 - Multidões 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o 
provocou. 
• Biológicos 
 - Idade 
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, 
ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 
(setenta) 
• Sexo 
• Sono, Sonambulismo e Hipnotismo 
Consciência – “Conjunto de fenômenos psíquicos, afetivos ou intelectivos, que 
permite ao indivíduo, em um dado momento, dar-se conta de si e do meio em que se 
encontra.” 
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• Emoção e paixão 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: 
 I - a emoção ou a paixão; 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
III - ter o agente: 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de 
ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por 
ato injusto da vítima; 
“Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor 
social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
• Surdo-mudez 
Art. 192 (CPP) - O interrogatório do mudo, do surdo ou do surdo-mudo será 
feito pela forma seguinte: 
I - ao surdo serão apresentadas por escrito as perguntas, que ele responderá 
oralmente; 
II -ao mudo as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as por escrito; 
III - ao surdo-mudo as perguntas serão formuladas por escrito e do mesmo 
modo dará as respostas. 
Parágrafo único - Caso o interrogando não saiba ler ou escrever, intervirá no 
ato, como intérprete e sob compromisso, pessoa habilitada a entendê-lo. 
• Doença Mental (Psicóticos, dementes e epilépticos) 
• Psicoses – juízo da realidade, agudas ou crônicas 
• Demênciais – perda gradual dos atributos cognitivos 
• Epilepsia- neuropsiquiátrica – psicoses epilépticas 
Automatismo (furor epiléptico) 
Fuga 
Estados crepusculares 
• Perturbações da Saúde Mental 
 - Psicopatias (Personalidades psicóticas e neuroses) 
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(F60-F69) Distorções da personalidade e do comportamento adulto 
(FF60.) Transtorno de personalidade específico 
(F60.0) Transtorno de personalidade paranóide 
(F60.1) Transtorno de personalidade esquizóide 
(F60.2) Transtorno de personalidade dissocial(sociopatia) 
Transtorno de personalidade anti-social 
(F60.3) Transtorno de personalidade emocionalmente instável 
Transtorno de personalidade limítrofe 
(F60.4) Transtorno de personalidade histriônica 
(F60.5) Transtorno de personalidade anancástica 
Transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva 
(F60.6) Transtorno de personalidade esquiva 
(F60.7) Transtorno de personalidade dependente 
(F60.8) Outros Transtorno de personalidade específico 
Transtorno de personalidade narcisista 
 
Desenvolvimento Mental Retardado (oligofrenias) 
 
Categoria QI Idade Mental Habilidades 
Idiota < 25 < 3 anos Incapacidade de cuidar-se e de bastar-
se a si mesmo 
Imbecil entre 25 e 50 3 a 7 anos Pode defender-se do perigos comuns; 
incapaz de prover sua subsistência em 
condições normais 
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Débil Mental entre 50 e 90 7 a 12 anos Incapaz de concorrer com outros em 
condições de igualdade; capaz de manter-se 
em condições favoráveis 
Classificação do Retardo Mental (CID-10) 
Categoria QI Idade Mental Habilidades 
Leve 50 a 69 9 a < 12 anos Dificuldade na escola, consegue emprego para se manter. 
Moderada 35 e 49 6 a < 9 anos Alguma independência nos cuidados pessoais, comunicação 
adequada, adultos necessitam de apóio para trabalhar e viver. 
Grave 20 a 34 3 a < 6 anos Precisam de assistência contínua 
Profunda < 20 < 3 anos Graves limitações 
Art. 96. As medidas de segurança são: 
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, a falta, em 
outro estabelecimento adequado; 
II - sujeição a tratamento ambulatorial. 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (Art. 
26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz 
submetê-lo a tratamento ambulatorial. 
§ 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá 
ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. 
Art. 171 - Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, 
será ordenada a expedição de guia para a execução. 
Art. 172 - Ninguém será internado em Hospital de Custódia e Tratamento 
Psiquiátrico, ou submetido a tratamento ambulatorial, para cumprimento de medida de 
segurança, sem a guia expedida pela autoridade judiciária. 
Perícia 
• Exame de Sanidade Mental 
Art. 149(CPP) - Quando houver dúvida sobre a integridade mental do 
acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do 
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defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do 
acusado, seja este submetido a exame médico-legal. 
• Existência de Transtorno Mental 
• Tipo de Transtorno Mental 
• Nexo de Causalidade entre ilícito penal e o Transtorno 
• Capacidade de Entendimento 
• Capacidade de Autodeterminação 
• Cessação da Periculosidade 
• Art. 775 - A cessação ou não da periculosidade se verificará ao fim do 
prazo mínimo de duração da medida de segurança pelo exame das 
condições da pessoa a que tiver sido imposta, observando-se o seguinte: 
• II - se o indivíduo estiver internado em manicômio judiciário ou em casa 
de custódia e tratamento, o relatório será acompanhado do laudo de 
exame pericial feito por 2 (dois) médicos designados pelo diretor do 
estabelecimento; 
Capacidade Civil• Limitada ou Abolida 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil: 
I - os menores de dezesseis anos; 
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a prática desses atos; 
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, 
tenham o discernimento reduzido; 
III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
IV - os pródigos. 
• Interdição e curatela 
 - Limites da incapacidade relativa 
 - Meios de recuperação 
• Perícia e Laudo Pericial 
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• Entidades Médico-legais referidas no Código Civil 
- Enfermidade mental que retira o discernimento para a prática dos atos da vida 
civil 
- Deficiência mental que retira o discernimento para a prática dos atos da vida 
civil 
- Motivo permanente ou transitório, que impeça a expressão da vontade 
- Ébrios habituais 
- Viciados em tóxicos 
- Deficientes mentais que tenham o discernimento reduzido 
- Excepcionais, sem desenvolvimento mental completo 
- Prodigalidade 
Perícia Previdenciária 
• Incapacidade/invalidez 
• Carência 
• Nexo causal 
• Maior inválido 
• Majoração de 25% 
• Isenção de IR 
• BPC/LOAS 
INFORTUNÍSTICA E PERÍCIA PREVIDENCIÁRIA 
• Família Real no Brasil 1807 
• Abolição da escravatura 1988 
• Revolução industrial. 
• Movimentos anarquistas ( 1917 maior greve ) 
• Início do século XX – direito civil comum. 
• Responsabilidade extracontratual – aquiliana. 
• Decreto Legislativo (DL) nº 3724, de 15 de janeiro de 1919 – introduziu o 
conceito de risco profissional e determinou o pagamento de indenização ao 
segurado ou à família, proporcional à gravidade das seqüelas do acidente. 
• Culpa contratual – ambiente seguro. 
 Lei 24.637 de 10/07/1934 – “doença causada exclusivamente pelo trabalho” 
 1966 – Unificação da Previdência Social – INPS. 
 
• Risco genérico, genérico agravado e específico. 
• Risco Profissional 
 - Fadiga 
 - Imprudência do trabalhador 
 - Automatismo. 
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 - Aptidão individual. 
 - Adestramento. 
LEI 8.213/91 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço 
da empresa ou pelo exercício do trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
• Doenças ocupacionais 
 - doenças profissionais (tecnopatias) 
 - doenças do trabalho (mesopatias) 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as 
seguintes entidades mórbidas: 
 
I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo 
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva 
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
 
II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em 
função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I. 
 
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho: 
 a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela 
se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto 
determinado pela natureza do trabalho. 
• Acidente típico 
• Acidente de trajeto 
• Doenças ocupacionais 
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Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza 
acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico 
epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da 
empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação 
Internacional de Doenças - CID, em conformidade com o que dispuser o regulamento. 
 
Auxílio doença acidentário (E 91) 
• Acidente típico (CAT) 
• Doenças ocupacionais 
• Nexo Técnico Epidemiológico (NETEP) 
Perícia 
• Incapacidade 
• Temporária X Permanente 
• Reabilitação profissional 
• Simulação 
• Metassimulação 
• Dissimulação

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