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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO FACULDADE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS MEDICINA RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA “Fator Reumatóide e PCR” Discentes: Alexandre de Almeida Parisi Filho Ana Paula de Faria Ana Paula Vieira Machado Ramos Aneicy Cristina Narciso Reis Disciplina: Imunologia Docente: Prof. Dra. Cristiane Rodrigues Corrêa Belo Horizonte 2015 Sumário 1. Introdução 3 a. O que é o ASLOTEST(FR) e o PCRTEST? 3 b. Qual a finalidade destes testes? 3 b. Qual a importância destes testes? 3 2. Resultados ASLOTEST 4 3. Resultados PCRTEST 4 4. Discussão 5 5. Conclusão 5 Introdução O que é o ASLOTEST(FR) e o PCRTEST? O ASLOTEST é um teste imunológico qualitativo e semiquantitativo que é constituído por uma suspensão de partículas de poliestireno sensibilizadas com Estreptolisina O. Ao se colocar essas partículas em contato com soro que tenha altos níveis de anticorpos antiestreptolisina O, processa-se a reação antígeno anticorpo, o que é evidenciado pela aglutinação das partículas de látex que formam agregados facilmente visíveis. O PCRTEST é também um teste imunológico, porém é constituído por uma suspensão de partículas de látex de poliestireno recobertas com anticorpos anti-Proteína C- Reativa (PCR). Esta suspensão, em contato com amostras contendo Proteína C Reativa produz uma aglutinação das partículas de látex, visíveis macroscopicamente. Qual a finalidade destes testes? O ASLOTEST tem a finalidade de determinar o antiestreptolisina O em soro, por meio da aglutinação de partículas de látex sensibilizadas com Estreptolisina O. O PCRTEST serve para determinação qualitativa e semiquantitativa da proteína C Reativa no soro, e que é somente para uso diagnóstico in vitro. Qual a importância destes testes? ASLO significa anticorpo antiestreptolisina O, ou seja, é um anticorpo que identifica a presença de uma proteína-toxina, a estreptolisina O, liberada por uma bactéria chamada Estreptococo beta hemolítico do grupo A de Lancefield (Streptococcus pyogenes), agente etiológico mais freqüente de faringite bacteriana em crianças, que pode provocar miocardite reumática, glomerulonefrites agudas difusas, vegetações valvares, amigdalite, escarlatina, erisipela, etc. Oitenta e cinco por cento dos portadores de febre reumática apresentam títulos elevados de ASLO. Embora considerado um importante teste, a ASLO representa apenas resposta a uma prévia infecção estreptocócica e sua elevação, sem associação de sintomas característicos, não é um indicador de doenças reumáticas. A proteína C reativa (PCR) é uma glicoproteína natural de nosso corpo, produzida pelos hepatócitos e que é usada como indicador de processos inflamatórios agudos de origem bacteriana ou de destruição tecidual, uma vez que está aumentada nesses casos. Com a regressão do mórbido, o nível de PCR no soro cai progressivamente. A PCR encontra-se aumentada em casos de: doença reumática, artrite reumatóide, neoplasias, colagenoses em geral, queimaduras extensas, pênfigo foliáceo, glomerulonefrite aguda etc. E, o nível de PCR no soro reflete, de certo modo, a extensão e gravidade do processo inflamatório. Dessa forma, o PCRTEST tem sido empregado no prognóstico, orientação e no controle terapêutico de diversas doenças. Resultados ASLOTEST Controle Positivo: aglutinação tênue ou nítida. Concentração igual ou superior a 8Ul/ml; Controle Negativo: total ausência de aglutinação. Concentração inferior a 8Ul/ml. Paciente T: ausência de aglutinação – negativo Paciente E: presença de aglutinação – negativo Paciente A: presença de aglutinação – positivo Paciente B: ausência de aglutinação – positivo Resultados PCRTEST Resultado positivo: Aglutinação tênue ou nítida. Concentração igual ou superior a 6 mg/litro. Resultado negativo: Total ausência de aglutinação. Concentração inferior a 6 mg/litro. Paciente T: resultado negativo Paciente E: resultado positivo Paciente A: resultado negativo Paciente B: resultado positivo Discussão O paciente B apresenta resultados positivos para o teste de PCR e FR, pois houve aglutinação nesses dois testes. O resultado positivo para FR evidencia a existência de um fator reumatóide, mas esse exame não é específico para artrite, que seria a hipótese diagnóstica. Assim, com a positividade ao PCR, percebe-se que a proteína C reativa está elevada, reforçando uma fase aguda de artrite-reumatóide. Outros exames que poderiam ser realizados para confirmar a hipótese diagnóstica são a ressonância magnética, que poderia evidenciar alterações nos tecidos moles e cartilagens e o hemograma, que demonstraria anemia. Porém, dados como rigidez matinal e articulações vermelhas e inchadas seriam dados essências para se ter uma hipótese diagnóstica como a artrite-reumatóide. O paciente A possui exame negativo para FR e positivo para PCR. O fato do FR estar negativo não exclui a possibilidade de uma artrite-reumatóide, pois o teste FR positivo pode aparecer apenas depois de seis meses do desenvolvimento da doença. E com a proteína C reativa é indicativo de uma inflamação, indicando possível moléstia reumática. Com isso, exames como hemograma, RX e também a ressonância magnética são essências para excluir ou confirmar a artrite-reumatóide. Além disso, o exame clínico que evidencia vermelhidão e inchaço das articulações seriam informações indicativas de artrite-reumatóide. Já o paciente E, ao contrário do paciente A, possui como resultado exame positivo para FR e negativo para PCR. Dessa forma, o paciente em questão apresenta um fator reumatóide, mas com o PCR negativo demonstra a ausência de inflamação. Porém, mesmo com o PCR negativo, o paciente E pode apresentar artrite-reumatóide. Assim, como o que acontece com os outros pacientes, é necessário a realização dos demais exames citados e dos dados da análise clínica, descritos nos pacientes anteriores. O paciente T é negativo para os dois exames, PCR e FR, mas ainda assim é necessário a realização de exames como RX e ressonância magnética para excluir a possibilidade de moléstias reumáticas. Principalmente se as queixas da paciente forem dores, vermelhidão e inchaço nas articulações. Conclusão A utilização do Imuno-Látex FR, mesmo não sendo capaz de discriminar com exatidão aquelas pessoas com artrite reumatóide, é importante para o acompanhamento da doença e para o diagnóstico desta em locais em que não há exames mais específicos. Além disso, esse exame associado à uma boa anamnese, com a colheita adequada da história do paciente, pode ser suficiente para o diagnóstico desta doença. Mesmo com suas limitações, esse exame possui uma boa confiabilidade, portanto, é indicado para o diagnóstico de certas doenças reumáticas. A PCR é normalmente solicitada pelos médicos quando eles querem saber se há inflamação (ou infecção, que causa inflamação), quando querem monitorar esta inflamação ou como medida indireta do risco cardíaco de uma pessoa. Alguns processos inflamatórios, no entanto, ocorrem sem a elevação de PCR. São exemplos disto doenças autoimunes como a esclerodermia, o lúpus, e dermatomiosite, onde frequentemente se vê atividade de doença na ausência de elevação de PCR. Sendo assim, apesar de muito sensível, este exame é largamente inespecífico, pois qualquer processo inflamatório pode elevar este exame. Assim, o médico deve tentar ter o maior grau de certeza possível de que a elevação da PCR traduz o evento que ele quer monitorar, ou outro qualquer. Por exemplo, um paciente com dor nas juntas pode ter estado com uma sinusite no dia em que colheu o exame, e o médico erradamente concluir que a dor era inflamatória. Portanto a PCR sozinha NÃO QUER DIZER NADA. Faz-se necessária toda análise da história, exame físico e de outros exames para que se possa chegar uma conclusão. 6
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