Buscar

Direito Penal - Dosimetria

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dosimetria da Pena.
(É o juiz quem decide.)
1°fase: Analisar os Art.59 (circunstâncias judicias) e 60 (em caso de multa). Escolher a pena aplicável, entre as previstas (reclusão, detenção e/ou multa). Ao final fixa a pena-base.
2°fase: Aplicar atenuantes, se existentes (Art. 65 e 66 do CP). Aplicar agravantes, se existentes (Art. 61 e 62 do CP). Ao final fica a pena provisória.
3°fase: Aplicar causas de diminuição. Aplicar causas de aumento. E por fim, fixa a pena final. 
Primeira Fase (Pena Base): Art.59 do Código Penal. Na primeira fase, a pena base não poderá ultrapassar o máximo e nem ficar abaixo do mínimo previsto em lei, sendo que, mesmo que todas as circunstâncias judicias sejam desfavoráveis, o limite máximo para a pena base é o ponto médio do tipo. (Limite máximo = limite mínimo : 2). 
Qualificadora: É uma só. As qualificadoras sempre estabelecem novas penas mínimas e máximas e, por esse motivo, são consideradas logo na primeira fase da dosimetria da pena, definindo novo ponto médio como limite máximo para a pena. Havendo duas ou mais qualificadoras, apenas uma será considerada na primeira fase e as demais serão consideradas como circunstâncias agravantes na segunda fase, desde que previstas em lei (Art. 161 e 162 do Código Penal). 
Circunstâncias Judiciais: Culpabilidade: Análise da reprovação pessoal do agente (não é considerada a espécie de dolo). Antecedentes: Pressupõe que o agente tenha um trânsito em julgado de sentença condenatória por crime anterior.
Pontos Importantes: Conduta Social: como a sociedade que o cerca o enxerga. Personalidade: aquilo que o agente é. Motivos: Porque cometeu o crime? Matar a fome? Satisfazer a vontade? Vingança? São os conjuntos de elementos que reunidos levaram o agente a cometer o crime. Circunstâncias: Reflexos direitos ou indiretos da ação criminosa. Comportamento da vítima: Estudo chamado “vitimologia” não compensa a culpa mas há agravantes e atenuantes.
Segunda Fase (Agravantes e Atenuantes): O mínimo e o máximo previstos em lei tem que ser respeitados. Não existe valor certo, predeterminado, mas por jurisprudência, sabe-se que não pode aumentar além de 1/6 ou diminuir além de 1/6. 
Observação: Na segunda fase considera-se as agravantes (Art. 61 e 62/CP) e atenuantes (Art. 65 e 66/CP). Embora não haja valor certo, a jurisprudência determina o limite de 1/6 para agravante ou atenuante. Exemplo: reincidência, maioridade relativa.
Reincidência: Ocorre quando comete novo crime após trânsito em julgado de sentença condenatória referente a crime anterior (No Brasil ou no exterior), desde que esta prática se dê até 5 anos após o término do cumprimento da pena ou da extinção da punibilidade.
O artigo 66 do CP, prevê atenuante inominada ou genérica, permitindo ao juiz reduzir a pena sempre que houver alguma circunstância relevante para isso, devendo ser pedida pelo advogado caso não seja contida de ofício. Exemplo: dificuldade econômica.
Validade de reincidência: Até 5 anos após o cumprimento da pena ou a extinção da punibilidade.
Crimes militares e políticos não contam para reincidência.
Concurso de agravantes e atenuantes (Art.67 do CP): A pena deve aproximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes: - Reincidência, menoridade relativa e motivos determinantes. 
Prevalecem sobre os demais agravantes e atenuantes. Se tiver que escolher entre os 3, escolhe o que mais beneficiar o réu. Na ausência de preponderância, circunstancia comuns (agravantes e atenuantes) anulam-se mutuamente e, restando alguma, esta atrai a pena para mais ou para menos. Exemplo: 2 agravantes e 1 atenuante: 1 dos agravantes exclui o atenuante, assim, calcula-se a pena com base na agravante que sobrou.
Terceira Fase (Causas de Aumento e Diminuição): Está na parte geral do código penal. Tem valor certo. Pode extrapolar o máximo ou ficar inferior ao mínimo. 
Exemplos: 1- Tentativa de homicídio (Art.14, II, §Único). O crime é tentado quando a execução é iniciada mas não se consuma por motivos alheio à vontade do agente. É punido com a pena correspondente ao crime consumado, diminuindo de 2/3.
2- Homicídio Privilegiado (Art. 121, §Único). Matar alguém impelido por motivo de relevante valor social, ou moral, ou sob domínio de violenta emoção logo após injusta provocação da vítima, a pena é reduzida de 1/6 a 1/3.
3- Induzimento ao Suicídio (Art. 122, §Único). Quem induzir ou instigar alguém a suicidar-se terá pena duplicada. 
Conflitos entre causas de aumento e de diminuição: 
- Havendo 2 causas de diminuição, a maior será abatida na segunda fase e menor (ou menores) será(ão) abatida (s) na terceira fase, calculadas em cima do valor já diminuído.
Exemplo: 9 anos de pena com 2 causas de diminuição: 2/3 e 1/3. Na segunda fase, abate-se a maior, ou seja 2/3. Teremos: 9 anos menos 2/3 = 6 anos. Na terceira fase, abate-se a menor, calculada em cima do valor já diminuído. Teremos 6 anos menos 1/3 = 4 anos.
- Havendo 2 ou mais causas de aumento, cada uma incidirá sobre o valor da segunda fase.
Exemplo: 10 anos de pena com 3 causas de aumento ½ + ½ + 1/4. 10 anos + ½ (5 anos) = 15 anos + 5 = 20 anos. 20 anos + 2,5 anos = 22.5.
- Havendo causa de aumento e de diminuição, primeiro opera-se o aumento sobre o valor da segunda fase e depois incide a diminuição sobre o valor já amentado. 
Exemplo: 10 anos de pena mais ½ (aumento), menos ½ (diminuição). 10 anos + ½ (5 anos) = 15 anos. 15 anos – ½ (7,5 anos) = 7 anos e 5 meses. 
Progressão da Pena.
- O Código Penal determina que as penas privativas de liberdade devem ser executadas de forma progressiva. Assim, o condenado passa, gradativamente, de um regime mais rigoroso para outro mais brando, desde que preenchidos os requisitos legais. Na reclusão, o condenado deve cumprir a pena nos regimes fechado, semiaberto ou aberto.
- Detração penal: Abater ou computar na pena privativa de liberdade o tempo de prisão preventiva ou provisória, e o de internação em hospital ou manicômio. Esse “desconto” se dá na pena definitiva aplicada. Art. 42/CP. Valido no país ou no exterior.
- Fechado: Execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média. A cela deve ter no mínimo 6 m2 e, em caso de penitenciárias femininas, gestantes e mães de recém nascidos, devem ter uma área especial.
Fechado para o Semiaberto: 1- ter cumprido no mínimo 1/6 da pena ou total de penas (no caso de várias execuções); 2- ter bom comportamento; 3- parecer da Comissão Técnica de Classificação; 4- exame criminológico.
-Semiaberto: Execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. Alojamento coletivo, tem que dormir no instituto mas pode trabalhar fora. O condenado poderá ser alojado em locais coletivos e sua pena estará atrelada ao seu trabalho, ex: cada 3 dias de trabalho, reduz 1 dia de prisão. Pode saber do estabelecimento até 5 veze ao ano, após cumprir ¼ da pena.
Semiaberto para o aberto: 1- cumprido de 1/6 do restante da pena (quando iniciado ou fechado) ou 1/6 do total da pena (quando iniciado no semiaberto); 2- é preciso que o preso aceite as condições da prisão-albergue e as impostas pelo juiz; 3- que esteja trabalhando ou comprove a possibilidade de fazê-lo imediatamente; 4- que seus antecedentes e os exames a que tenha submetido demonstrem que irá se ajustar, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Lembrando que é facultativa a realização do exame criminológico.
-Aberto: Execução da pena em casa e albergado ou estabelecimento adequado. Os presos permanecem no local apenas para dormir e aos finais de semana. Há exigência de que ele trabalhe ou prove que tem condição de ir para o mercado de trabalho imediatamente após a progressão. 
Observação: O Ministério Público deve se manifestar quando à progressão de regime. Crimes hediondos, tráfico de entorpecentes e terrorismo devem ser cumpridos integralmente em regimefechado. 
Excludentes no Direito Penal.
Excludente de Ilicitude: Situações em que mesmo praticado uma conduta expressamente proibida por lei, o agente não será considerado criminoso.
Ex: Estado de necessidade, legitima defesa, exercício regular de um direito, estrito cumprimento de um dever legal.
Excludente de culpabilidade: Reprova de conduta típica e antijurídica. 
Ex: Por ausência de imputabilidade: menoridade, doença mental ou desenvolvimento, embriaguez completa por caso fortuito ou força maior.
Por ausência de potencial conhecimento da ilicitude: erro de proibição inevitável (erro de ilicitude).
Por ausência de exigibilidade de conduta diversa: Coação moral irresistível, obediência hierárquica. 
Excludente de tipicidade: Tipicidade é a descrição legal de um fato que a lei proíbe ou ordena. A conduta humana que se amolda à definição de um crime, preenchendo todas as suas características é típica. Ex: Coação física absoluta, princípio da insignificância, princípio da adequação social, teoria da tipicidade conglobante. 
Observação: Princípio da Insignificância (crime de bagatela): Exclui ou afasta a própria tipicidade penal, ou seja, não considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação sesulta na absolvição do réu e não apenas na diminuição e substituição da pena ou não por sua aplicação. Princípio da adequação social: Diz que uma conduta tolerada pela sociedade não pode ser reputada como criminosa, ainda que se enquadre em uma descrição típica. São condutas formalmente típicas, mas materialmente atípicas, porque socialmente adequadas. Ex: a circuncisão praticada na religião judaica, a tatuagem, o furo na orelha para colocação de brinco, etc.

Outros materiais