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25/08/2009 1 FERMENTAÇÃO E MICROBIOLOGIA RUMINAL Prof. Leilson Rocha Rúmen • Câmara de fermentação • Microorganismos degradam celulose – Formação de gases (metano) – Ruminantes tem to be able to eructate (belch) • Poucos nutrientes são absorvidos • Partículas são reduzidas de tamanho Nitrogênio nao-proteico Proteína dietética Celulose Amido Gordura Amonia Proteína bacteriana Ácidos graxo voláteis Gorduras saturadas Vitamina B Amino Ácidos Glucose Proteína Carboidratos Gorduras Energia Gordura na carcaça e leite Vitamina B DIAGRAMA DO PROCESSO FERMENTATIVO NO RÚMEN Rúmen Maior compartimento Contém microorganismos Fermenta celulose Absoção de AGV’s Dividido em compartimentos Contrações contínuas Contém papilas Produção de CO2 e CH4 pH próximo neutro (5,5 - 7) COMPARTIMENTOS DO RÚMEN Esta formada principalmente por alimento e microorganismos flotantes. Contem líquido com pequenas partículas de alimento e microorganismos suspendidos Contém gases produzidos durante a fermentação dos alimentos. 4 Etapas da Ruminação • Regurgitação – Peristáltico reverso carreiam alimento para a boca • Remastigação – Líquido embebeda o bolo e engolir – Mastigação do bolo alimentar • Reinsalivação – Adição de mais saliva • Redeglutição – Engolir bolo e líquido 25/08/2009 2 Ruminação • Permite o animal forragear e comer comida rapidamente, e então armazena para digestão posterior • Reduz tamanho de partícula apenas partículas pequenas deixam Rúmen- reticulo • Degradação da parede de plantas impermeáveis • Aumento do fluxo de saliva Tempo de Ruminação • Tempo médio para um animal pastando – Comendo – 8 horas – Ruminando – 8 horas – Restante – 8 horas • O tempo de Ruminação é bastante variável – Redução foragem:concentrado reduz tempo de ruminação – Redução do tamanho das partículas do alimento decresce tempo dispendido para ruminação Mecanismo de Ruminação: Regurgitação • Estímulo - digesta fibrosa arranha superfície próximo esfíncter cardíaco • Contracão do reticulo força a digesta para o cardia • Animal inala com epiglote que fecha para produzir ume vacúo • Esfíncter do Cardia abre e esofago dilata – Pressão negativa (vacúo) suga digesta no esofago • Movimentos peristalticos reversos movems digesta para boca Mecanismo de Ruminação: Remastigação, Reinsalivação, and Redeglutição • Remastigação do bolo – A mastigação e aliberação do alimento é mais lentaque durante a fase inicial • Reinsalivação da digesta – A glândula Parótida secreta mais saliva durante a ruminação que com o animal comendo • Saliva da glândula parotida secreta mais NaHCO3 que outras glândulas • Redeglutição – Após a reinsalivação, as contrações ruminais movem o bolo alimentar para dentro do rúmen Contrações Ruminais • Facilita a penetração de microorganismos no alimento • Mistura conteúdos – Minimiza efeitos da estratifiação – Move produtos da fermentação (VFA’s) para a parede do rúmen • Ordena a passagem de partículas pequenas para o omaso • Ruminação • Eructação dos gases da fermentação Necessidade de Eructação • O pico de producão de gases ocorre de 30 min à 2 hr pós- alimentação (12-27 litros/min) – Média é 1-2 litros/min • Apoximadamente 30% do CO2 produzido no rúmen é absorvido pelo sangue e eliminado pelos pulmões • Apenas 20% do CH4 é eliminado pelos pulmões Composição dos gases do rúmen __Gas__ _%__ CO2 65.35 CH4 (variable) 27.76 N2 7.00 O2 (at wall) .56 H2 .18 H2S .01 25/08/2009 3 Controle da Eructação • Estímulo – Distenção gasosa do retículo e do rúmen – Esôfago dilata e o animal eucta • 12-30 L por minuto em bovinos • 3-17 vezes por minuto • Inibitção – Presença da digesta próximo ao esfícter do cardia • Afeta os esfíncteres • Mecanismo protetor que impede que o alimente vá do intestino para os pulmões – Epinefrina – Histamina • A inibição da euctação fará o animal inchar- TIMPANISMO – A pressão ruminal aumenta de 45 para 100 mm Hg – Formação de uma espuma no rúmen ADP ATP NADP+ NADPH Açucares C atabolism o Crescimento Mantença Transporte Metabolismo Microbiano AGVs CO2 CH4 Calor O que os Ruminantes fazem a favor dos Microorganismos? • Um lugar para viver • Remoção de AGVs e gas • Fornecimento contínuo de alimento • Qual a função do pH e da temperatura para o crescimento microbiano? Relação Simbiótica • Ruminantes para os microorganismos – Moradia • Calor (39 ± 2°C) • Umidade (ingestão de água) – 85 a 90% água • Garantia de 18 a 96 horas dependendo da dieta e do animal – Búfalo – maior tempo de permanência – Ruminantes seletivos – menor tempo de permanência dos microorganismos • Ruminantes para os microorganismos – Garantia de remoção • Absorção de AGVs – Energia para o ruminante • Eructação – CO2 e CH4 • Passagem de resíduos indigestíveis and microorganismos para trato gastrointestinal baixo – Movimentos ruminais separam partículas menores Relação Simbiótica • Ruminantes para os microorganismos – Nutrientes • Substratos oriundos da alimentação animal • Ureia proveniente da saliva (fornece N para as bactérias) Relação Simbiótica 25/08/2009 4 • Ruminantes para os microorganismos – Ótimo ambiente para o crescimento • Ambiente reduzido (pouco ou nenhum oxigênio) – Microorganismos estritamente anaeróbicos no interior do rumen – Anaeróbios funcionais nas paredes do rúmen • pH 6.0 a 7.0 – Saliva contendo bicarbonate e fosfato » Vacas produzem até 250litros de saliva por dia » Secreção contínua » Maior produção durante o consumo e a ruminação » Vacas ruminam 10-12 horas/dia » A diminução do tamanho da partícula reduz o tempo de ruminação, tempo de mastigação, produção de saliva e pH ruminal - ACIDOSE Relação Simbiótica • Ruminantes para os microorganismos – Ambiente ótimo (pH) • Se pH for < 5.7 ao invés de > 6.5 – Síntese microbiana cai 50% – Bactérias Celulolíticas funcionammelhor até pH ~6.8 » Taxa do uso de carboidratos estruturais decresce – Bactérias Amilolíticas funcionammelhor até pH ~5.8 » Mais lactato e menos acetato é produzido – Further downward pH spiral • Em seletores de concentrados (cabras), glândula salivares parótidas são 0.3% do peso do corpo Relação Simbiótica • Ruminantes para os microorganismos – Desintoxicação de componentes tóxicos • Exemplo: – Mimosina na Leucena causas problemas » Crescimento retardado, reprodução e perda de pêl – Ruminantes da Austrália, possuem microorganismos que degradam mimosina da Leucena podendo ser alimentado Relação Simbiótica • Digestão de celulose e hemicelulose (ruminantes não conseguem degradar alguns componentes da fibra) • Produção de fonte de energia (AGVs) • Produção de proteína de alta qualidade (bactérias e protozoários passam para o abomaso e intestino delgado e são absorvidos) • Produção de vitaminas do complexo B • Desintoxição O que os Microorganismos fazem a favor dos Ruminantes? Duas Fontes de Energia nas Foragens • Conteúdo Celular contém açucares, amido, proteínas, etc – >90% digestível, rapidamente degradada • Parede Celular contém celulose, lignina hemicelulose, etc – 40-70% digestível, mais disponível e lentamente digerido pelas bactérias Photo courtesy of Pioneer Hi-Bred International, Inc. Fermentação dos Alimentos DEGRADAÇÃO DOS CARBOIDRATOS - Carboidratos Estruturais (fibra) *Bactérias celulolíticas degradam celulose e hemicelulose *Ácido Acético é o produto final (produção de AG ) - Carboidratos não-Estruturais (amido, açucar) *Bactérias amidolíticas degradam amido e açucar*Propionato é o produto final (produção de glicose) 25/08/2009 5 Quai são os Produtos Finais da Fermentação Microbiana? • Ácido Acético • Ácido Propiônico • Ácido Butírico • CO2 • CH4 • Água • Calor • ATP (usado pelos microorganismos) • Massa Microbiana Quais são as desvantagens da Fermentação ? • Incompleto uso da energia alimentar -perdas pelo calor e produção de gás • REQUER BALANÇO PRÓPRIO de energia e proteina para ótima fermentação e crescimento microbiano no rúmen Fermentação Bactérias Anaeróbicas degradam celulose; AGV’s são liberados pelas bactérias e chegam à corrente sanguínea pelas papilas; CO2 e CH4 são produzidos pelas bactérias; Bactérias são controladas pelos protozoários; A ingesta passa para o omaso pelas contrações; Microorganismos do Rúmen • O rúmen e o reticulo contêm milhões de microorganismos:bactérias, protozoários e fungos; • Juntos, estes minúsculos organismos alimentam-se do material fibroso no rúmen. • Eles digerem Celulose e Amido, sintetizam proteína e vitaminas. População microbiana ruminal Três tipos de microrganismos ativos: • Bactérias • Protozoários • Fungos Bactérias ruminais • cerca de 20 espécies predominam • população: 109 a 1010 células/ml • massa: 60-90% total • são as mais ativas fermentadoras, mais estudadas e consideradas as mais importantes nutricionalmente • São classificadas de acordo com o sustrato utilizado e o produto de ferementação 25/08/2009 6 Os grupos de bactérias do Rúmen Vivem livres na fase líquida; Frouxamente associadas com partículas de alimento; Firmemente aderidas as partículas alimentares; Associadas como epitélio do rúmen; Presas para fugir de protozoários e fungos; Nincho Ambiental para Bactérias Bactérias Associadas com particulas alimentares Grupos 2 e 3 75% da população de bactérias do rúmen 90% da atividade dissacarídeos e polissacarídeos 70% da atividade amilase 75% da atividade de protease Fatores Dietéticos que Reduzem o Cescimento Microbiano • Mudanças drásticas e rápdas de Ração – Aproximadamente 3-4 semanas para microorganismos estabilizarem • Restrição Alimentar • Excesso de Gordura insaturada – Bactérias não utilizam gordura como energia – Inibe digestão da fibra e crescimento microbiano – Diferentes tipos de gordura podem causar diferentes efeitos • Excesso de carboidratos não-estruturais – Queda do pH do rúmen (Acidose Ruminal) • Alimentação á base de açucares • Alimentação a base de cevada ou trigo (rapidamente fermentáveis) • Para prevenir acidose, tem que equilibrar os níveis de lactato Fatores Dietéticos que Reduzem o Cescimento MIcrobiano • Ingestão maxima de matéria seca • Equilibrar carboidratos e frações proteicas ao mesmo tempo – Bactérias prescisam tanto de energia qunato de N para sintetizar aminoácidos • Mudança gradual de Ração • Alimento disponível todo o tempo – Manutenção estável do pH ruminal Fatores Dietéticos que Maximizam o Cescimento MIcrobiano Alimentação duas vezes/dia Alimentação ad libitum GRÁFICO: PH DO RÚMEN EM FUNÇÃO DA FREQUENCIA DE ALIMENTAÇÃO 25/08/2009 7 Adesão Bacteriana ao Tecido da Planta 1. Transporte de bactérias ao sustrato fibroso Baixo número de bactérias livres e mistura pobre 2. Adesão inicial não-específica Electrostática, hidrofóbica, ionica Em superfície cortada ou macerada 3. Adesão específica ao tecido dgestível Ligação ou adesão da bactéria a superfície celular 4.Proliferação do ataque da bactéria Permite colonização de superfícies disponíveis Ataque das Bactérias às Fibras Aderência celular Não-aderência celular Glicocálice Celulose Cel Cel Digesão e fermentação Celodextrinas pela aderência e não-aderência celular Mecanismos de Adesão Bacteriana 1. Complexo de Multicomponentes Celulosomes 2. Material de filamentos extracelulares Complexo pili-proteico 3. Carboidratos do glicocálice bacteriano 4. Ligação de enzimas dominantes Benefícios do Ataque Bacteriano Se o ataque for previnido ou diminuir Digestão da celulose também reduz • Enzimas e substratos misturam-se em um sistema pobre • Protege enzimas da protease no rúmen • Permite que bactérias colonizem a superfície digestible das partículas dos alimentos • Retenção no rúmen para prolongar digestão • Reduz actividade predatória dos protozoários Permitem que bactérias colonizem a superfície digestível das partículas do alimento Trazem enzimas (dos microorganismos) e substratos (do bolo alimentar) junto Protegem enzimas microbianas da protease no rúmen Se a aderência for previnida ou reduzida, a digestão de celulose também reduz O tempo de retenção dos microorganismos no rúmen é incrementado pelo prolongamento da digestão Reduz a atividade predatória dos protozoários Gorduza fornecida juntamente com forragens dificulta a aderência dos microorganismos Benefícios da Aderência Bacteriana Bactérias – características fermentativas comuns 1. Fermentadoras de carboidratos estruturais: • associam-se as fibras dos alimentos e degradam componentes da parede celular dos vegetais • taxa de crescimento relativamente mais lenta • dependem de amônia e ácidos graxos de cadeia ramificada para síntese de suas proteínas Ex.: Ruminococcus albus, R. flavefaciens, Fribrobacter succinogenes 25/08/2009 8 Bactérias – características fermentativas comuns 2. Fermentadoras de carboidratos não-estruturais: • associam-se as partículas de cereais e amido e degradam os CHO de natureza não estrutural (amido, açúcares) • taxa de crescimento relativamente mais alta • podem utilizar amônia, aminoácidos ou peptídeos para a síntese de suas proteínas Ex.: Streptococcus bovis, Ruminobacter amylophilus, Lactobacillus sp. Bactérias – características fermentativas comuns 3. Proteolíticas: • a maior parte das espécies bacterianas ruminais degradam proteínas • algumas espécies, porém, utilizam os aminoácidos como fonte energética • atividade proteolítica intensa Ex.: Peptostreptococci sp. Bactérias – características fermentativas comuns 4. Metanogênicas: • as mais estritamente anaeróbicas • produzem metano a partir de CO2 e H2 derivados da atividade fermentativa das demais espécies Ex.: Methanobacterium sp., Methanobrevibacter sp. Bactérias – características fermentativas comuns 5. Láticas: • crescem em condições de pH ruminal baixo • utilizam ácido lático como substrato energético Ex.: Megasphera elsdenii, Selenomonas ruminantium Bactérias – características fermentativas comuns 6. Pectinolíticas: • fermentam pectina • pectina: polímero de natureza estrutural, mas tem fermentação semelhante a dos CHO não estruturais Ex.: Succinivibrio dextronosolvens Bactérias – características fermentativas comuns 7. Lipolíticas: • degradam triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos Ex.: Anaerovibrio lipolytica 8. Ureolíticas: • aderidas ao epitélio ruminal e hidrolisam uréia liberando amônia no rúmen Ex.: Enterococcus faecium 25/08/2009 9 Protozoários ruminais • em sua maioria ciliados • população: 106 células/ml • massa: 10% (até 50%) total • fagocitose e predação Microbiologia do rúmen Papel dos Protozoários • Digestão e fermentação – Carboidratos e proteínas • Ingestão de bactérias e partículas alimentares • Melhora no processo digestivo. • Fagocitose e Engolfamento. • São ativos fermentadores de lactato auxiliando na manutenção do pH ruminal; • Assim como nas bactérias fermentam carboidratos a AGVs e CO2 a metano Protozoários ruminais • Entodiniomorfos: • Ingerem preferencialmente partículas insolúveis suspensas no fluido ruminal; • São mais numerosos em dietas abase de forragem; • Holotriquias: • Ingerem partículas solúveis e grânulos de amido; • São mais numerosos em dietas a base de grão; Protozoários Contribuição para o animal? Desaparecem quando a alimentação possui grande quantidades de grão onde o pH não é controldado; Produz alguns ácidos graxos voláteis e NH3; Produz um tipo de amido que é digerido pelo animal; Fungos ruminais • os menos conhecidos • população: 104 zoósporos/ml • massa: 6-8% total Exigências Nutricionais dos Microorganismos do Rúmen • CO2 • Energia – E produtos da digestão de carboidratos Fermentação de açucares • Nitrogênio – Amônia (maior parte do N necessário) – Aminoácidos • Mineraiss – Co, S, F, Na, K, Ca, Mg, Mn, Fe, Zn, Mo, Se • Vitaminas 25/08/2009 10 Considerações Finais Microorganismos fornecem para os Ruminantes Energia!!! AGV 70% Celulas Microbianas 10% Fermentação digestiva do alimento 20% E os Ruminantes aos Microorganismos ?
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