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�PAGE � �PAGE �32� Descrição de um fluido em Movimento: a. Método de Lagrange - Neste método, as variáveis físicas de um determinado movimento de fluido são descritas a medida que ele atravessa o escoamento (ao longo da trajetória). As coordenadas x,y,z são as coordenadas do elemento fluido e são funções do tempo (x = x(t); y = y(t); z = z(t)), conseqüentemente, são variáveis dependentes no método lagrangeano. O elemento de fluido é identificado por sua posição em um tempo arbitrário (usualmente t = to); o campo de velocidade neste caso é escrito numa forma funcional como: v = v(So,t); So ( vetor posição do elemento de fluido em t = to. As outras variáveis do escoamento (ex.: massa específica (), podem ser representadas em uma forma similar. � b. Método de Euler - O método Euleriano fornece o valor de uma variável em um determinado ponto do escoamento em um dado tempo. Na forma funcional o campo de velocidades é dado como: v = v(x,y,z,t) onde x,y,z,t são variáveis independentes. � Regimes de Escoamento: a. Regime Permanente - As variáveis não dependem do tempo. Ex.: � b. Regime não Permanente ou Transiente - Existe variação com o tempo. Ex.: � c. Linha de corrente - Linha contínua traçada sobre o escoamento tangente em todos pontos aos vetores velocidade. Ex.: � Em regime permanente as linhas de corrente coincidem com as trajetórias, em regime transiente isto não ocorre. d. Sistema - Quantidade fixa de matéria isolada do meio para o estudo de um certo fenômeno. Obs.: em termodinâmica os sistemas podem ser abertos, fechados e isolados. e. Volume de controle - Região do espaço escolhida para análise de um determinado acontecimento, sua fronteira é a superfície de controle. Possui tamanho e forma arbitrários conforme a vontade do pesquisador (Sistema aberto). Características Fenomenológicas dos Escoamentos: Escoamento Laminar e Turbulento: Pode-se ter uma idéia sobre escoamento laminar e turbulento se observarmos por exemplo, a fumaça de um cigarro, inicialmente, a fumaça propaga-se uniformemente; em seguida inicia um movimento de oscilação e por fim, num movimento irregular, espalha-se completamente misturando-se com o ar. No início, escoamento laminar, no final escoamento turbulento, onde porções macroscópicas de fluido (“pacotes”) são deslocadas entre as camadas. O conceito de turbulência remonta do ano de 1883, quando Osborne Reynolds publicou um artigo, descrevendo uma experiência que se tornou clássica. � A transição de escoamento laminar para turbulento em tubos é portanto função da velocidade do fluido. Reynolds observou que além da velocidade, também o diâmetro do tubo, a viscosidade e a massa específica influenciam a natureza do escoamento. Estas quatro variáveis, combinadas em um único parâmetro adimensional, Re ( D(v/(, formam o número de Reynolds, simbolizado como Re em homenagem a Osborne Reynolds. Para escoamento em tubos com Re < 2300, o escoamento é laminar, acima deste valor, o escoamento pode ser laminar ou turbulento (observou-se escoamento laminar para Re até 40000, quando perturbações externas são minimizadas). � O motivo pelo qual o escoamento laminar torna-se subitamente turbulento não é completamente entendido até a atualidade. Muitas teorias foram propostas para explicar o fenômeno. A teoria das pequenas perturbações, isto é, as forças viscosas são maiores do que as forças de inércia associadas com as perturbações e estas são prontamente amortecidas. Entretanto, acima do Re crítico o escoamento é instável e as perturbações eventuais são prontamente amplificadas e difundidas. No escoamento turbulento as variáveis do fluido e do escoamento variam com o tempo. O vetor “velocidade instantânea” por exemplo, será diferente do vetor “velocidade média” tanto em magnitude como em direção. Camada Limite A observação de uma região onde a influência das tensões cisalhantes diminui a medida que o número de Reynolds aumenta levou a Ludwig Prandtl em 1904 ao conceito de camada limite. De acordo com a hipótese de Prandtl os efeitos de atrito do fluido no número de Re elevados são limitados a uma fina camada próxima a superfície do corpo denominada camada limite. Pode-se demonstrar que não há variação significativa da pressão através da camada limite. Isto significa que a pressão na camada limite é a mesma que a do fluido fora da camada limite. A importância da teoria de Prandtl reside na simplificação que ela permite no tratamento analítico de escoamentos viscosos. A pressão por exemplo pode ser obtida de experimentação ou da teoria dos fluidos invíscidos para o escoamento fora da camada limite. Então somente os componentes da velocidade necessitam ser determinados. A camada limite sobre uma placa plana é apresentada na figura a seguir: � Espessura da camada limite ( é arbitrariamente tomada como a distância da superfície. A figura acima ilustra como a espessura da camada limite aumenta com a distância x da borda de ataque. Com este aumento fica fácil de se ver que o gradiente de velocidade dvx/dy diminui, e obviamente a tensão cisalhante também diminui, isto implica que com o aumento da espessura da camada limite as forças viscosas não conseguem mais amortecer as forças de inércia, tornando o escoamento turbulento. Então, para valores relativamente pequenos de x, o escoamento no interior da camada limite é laminar, em valores maiores de x, tem-se a região de transição, onde flutuações entre escoamento laminar e turbulento ocorrem no interior da camada limite. Finalmente, a partir de um determinado valor de x acima, a camada limite será sempre turbulenta. Da região na qual, a camada limite é turbulenta, existe, conforme indicado na figura, um filme muito fino de fluido chamado de subcamada laminar, onde existem elevados gradientes de velocidade. O critério para o tipo de camada limite é baseado no Rex, conhecido como o número de Reynolds local, baseado na distância x a partir da borda de ataque. Rex é definido como: � Para escoamento sobre uma placa plana, os dados experimentais indicam que: ( Rex < 200000 ( camada limite laminar; ( 200000 < Rex <3000000 ( camada limite laminar ou turbulenta (transição); ( Rex > 3000000 ( camada limite turbulenta. Para escoamento em dutos (escoamento confinado) o desenvolvimento da camada limite está registrado na figura a seguir: � Le: comprimento de entrada, necessário para o estabelecimento de um perfil laminar, completamente desenvolvido, foi expresso por Langhar: Le/d = 0,0575 Re d = diâmetro do tubo, Re < 2300 Não há relação disponível para prever comprimento de entrada de um perfil turbulento completamente desenvolvido. Quando a superfície sobre o qual o fluido escoa como por exemplo asa de avião e capota de automóvel, o escoamento na camada limite é qualitativamente semelhante ao de uma placa plana. Entretanto, isto é verdade apenas na parte frontal da superfície sólida, na parte posterior pode ocorrer o fenômeno de deslocamento da camada limite. Na figura abaixo ilustra-se o descolamento (separação) da camada limite no escoamento de ar sobre um cilindro. � Analogamente a camada limite hidrodinâmica, pode-se supor a existência de uma camada limite térmica e uma camada limite de concentração. � em (T = ((T - Ts)/(T( - Ts)) = 0.99 Obs.: � Pr ( Número de Prandtl ( � � em (Ca = ((Ca - Cas)/(Ca( - Cas)) = 0.99 Obs.: � Sc ( Número de Schmidt ( � Soluções das Equações da Camada Limite Utilizando-se a equação da continuidade, e fazendo-se uma análise da ordem de grandeza do tipo: � onde � Usando esta ordem de grandeza para Vy na equação do movimento em x: � Dividindo-se a expressão acima por x para obter a grandeza adimensional, tem-se: Fundamentos da Camada Limite O conceito de camada limite foi introduzido por Prandtl, em 1904. Serviu como artifício fundamental parasolução das equações do movimento. Basicamente a camada limite divide o escoamento em partes distintas: ( escoamento potencial ( escoamento na camada limite � Escoamento potencial: região acima da camada limite, onde os efeitos viscosos, não influenciam o escoamento e a velocidade é a própria velocidade da corrente livre Escoamento na camada limite: região próxima a superfície (camada muito fina), onde há predominância das forças viscosas. A camada limite foi determinada pela espessura da camada limite hidrodinâmica, (h, que corresponde a posição do escoamento relativa a 99% do escoamento potencial. A forma do perfil de velocidade da camada limite depende da natureza do escoamento. Esquematicamente, podemos representar um escoamento sob uma placa plana, composto pelos seguintes regimes: � Regime Laminar: Forças viscosas conseguem amortecer as perturbações do escoamento. Há predominância das forças de inércia sobre as viscosas. Regime de transição: Com o aumento da espessura da camada limite laminar a relação entre as forças de inércia e forças viscosas (maior Re) e as perturbações não mais são amortecidas dando origem a um movimento desordenado. Região turbulenta: Turbilhões e vórtices formam-se e destroem a regularidade laminar. A influência viscosa praticamente desaparece a menos a uma extremamente fina camada adjacente a superfície, conhecida como subcamada limite laminar. � Os conceitos apresentados para a camada limite hidrodinâmica (transporte de quantidade de movimento) também são válidos para transporte de calor, ou seja, aliada a camada limite hidrodinâmica tem-se uma camada limite térmica. � Se Pr = ( = ( então (h = (T : similaridade entre os fenômenos de transferência de calor e os de transferência de quantidade de movimento. Para quantificar-se a quantidade de calor transferida da placa para o fluido, tem-se: � Considerando que o calor conduzido nas primeiras camadas seja transferido por condução para as demais porções do fluido, tem-se: � � � Como o valor de gradiente de temperatura no fluido será o mesmo, qualquer que seja a temperatura de referência, pode-se escrever: � Introduzindo uma dimensão para especificar a geometria do objeto através do qual o calor flui: � Conhecendo-se o perfil de temperatura na camada limite, podemos determinar o coeficiente de transferência de calor por convecção. � a)Equação da Continuidade: � b)Equação do Movimento em x: � c)Equação do Movimento em y: � Pela análise da ordem de grandeza (Prandtl) concluiu-se que o movimento em y(a) é muito inferior ao movimento em x(b), sendo assim, desprezado. Equações da Camada Limite � � Solução exata (Blasius): � Solução aproximada (Karman-Pohlhausen): � _943158232.unknown _943158244/ole-[42, 4D, 16, F6, 02, 00, 00, 00] _943158280/ole-[42, 4D, 96, B0, 05, 00, 00, 00] _943158283/ole-[42, 4D, E6, 80, 02, 00, 00, 00] _943158285/ole-[42, 4D, DE, 67, 02, 00, 00, 00] _943158282.unknown _943158276/ole-[42, 4D, 26, 7C, 03, 00, 00, 00] _943158278/ole-[42, 4D, 2E, 72, 03, 00, 00, 00] _943158275/ole-[42, 4D, 02, E9, 01, 00, 00, 00] _943158237/ole-[42, 4D, AE, 58, 02, 00, 00, 00] _943158241/ole-[42, 4D, E6, A0, 01, 00, 00, 00] _943158243.unknown _943158239/ole-[42, 4D, 56, 26, 05, 00, 00, 00] _943158235.unknown _943158236.unknown _943158233/ole-[42, 4D, F6, 70, 02, 00, 00, 00] _943158219/ole-[42, 4D, 06, 96, 03, 00, 00, 00] _943158227.unknown _943158230.unknown _943158231.unknown _943158228.unknown _943158223/ole-[42, 4D, 6A, CC, 04, 00, 00, 00] _943158225/ole-[42, 4D, 16, 76, 05, 00, 00, 00] _943158221/ole-[42, 4D, AE, F7, 03, 00, 00, 00] _943158215.unknown _943158217.unknown _943158218.unknown _943158216.unknown _943158210.unknown _943158212.unknown _943158213.unknown _943158211.unknown _943158207.unknown _943158209.unknown _943158205.unknown _943158206.unknown _943158204.unknown _943158203.unknown
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