Buscar

IED II - Noberto Bobbio, Teoria Geral do Direito - cap 13 a 30

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Professor: Rafael Basile 
IED II – Norberto Bobbio 2
O ordenamento jurídico como sistema 
Sistema: totalidade ordenada, conjunto de organismos, ordenados e compatíveis entre si.
1. Sistema:
	1 – Sistema estático: normas ligadas em relação ao conteúdo
	2 – Sistema dinâmico: normas que derivam delegação de poder (autoridade)
2. Normas materiais: conteúdo da prescrição
3. Normas formais: autoridade estabelecida
 
4. Ordenamentos jurídicos: sistemas dinâmicos
5. Ordenamentos morais: sistemas estáticos
Três significados de sistema 
Sistema: ordenamento jurídico; sistema normativo
Sistema dedutivo
2. Jurisprudência sistemática ou sistema Indutivo
3. Princípio da compatibilidade das normas
 Antinomias 
1. Seis relações de antinomia
2. Relação de incompatibilidade:
	1- Norma que comanda algo e norma que proíbe fazê-lo
	2- Norma que comanda fazer e norma que permite não fazer
	3- Norma que proíbe fazer e norma que permite fazer
3. Condições da existência de antinomias:
	1- Pertencer ao mesmo ordenamento
	2- Ter o mesmo âmbito de validade:
			a)Validade temporal
			b)Validade espacial
			c)Validade pessoal
			d)Validade material
Antinomias 
4. Antinomia de acordo com a extensão do contraste entre elas:
	1- Antinomia total-total
	2- Antinomia parcial-parcial
	3- Antinomia total-parcial	
5. Antinomias impróprias:
	1- Antinomia de princípios
	2- Antinomia de valoração
	3- Antinomia teleológicas
6. Antinomias aparentes
7. Antinomias reais
8. Critérios para solução de antinomias:
	1- Critério cronológico
	2- Critério hierárquico
	3- Critério da especialidade
Insuficiência dos critérios 
1. Antinomia entre duas normas:
	1- contemporâneas
	2- no mesmo nível
	3- ambas gerais
2. Critério da forma da norma:
	1- Conflito entre norma imperativa ou proibitiva e outra permissiva
	2- Conflito entre norma imperativa e outra proibitiva
3. Possibilidades do intérprete quando os critérios cronológico, hierárquico e da especialidade falham:
	1- Eliminar uma das normas: interpretação ab-rogante
	2- Eliminar as duas normas
	3- Conservar as duas normas (mais seguida pelos intérpretes)
Conflito dos critérios 
1. Conflito dos critérios:
	1- hierárquico e cronológico: norma anterior-superior é antinômica em relação a uma norma posterior-inferior
	2- de especialidade e cronológico: norma anterior-especial é incompatível com uma norma posterior-geral.
	3- hierárquico e de especialidade: norma superior-geral incompatível com uma norma inferior-especial. 
 
O dever da coerência 
1. Regra de coerência:
	1- para o produtor das normas
	2- para o aplicador das normas
2. Três casos para verificação da regra de coerência:
	1- Normas hierarquicamente colocadas
						a) considerando-se o produtor
						b) considerando-se o aplicador
	2- Normas de mesmo nível, sucessivas no tempo
						a) considerando-se o produtor
						b) considerando-se o aplicador
3. Normas de mesmo nível contemporâneas
4.Exigência de certeza e exigência da justiça
O problema das lacunas
1. Completude
2. Incompletude
3. Relação entre coerência e completude do ordenamento
4. A completude como condição necessária nos ordenamentos que possuem como regras:
	1- O juiz é obrigado a julgar todos conflitos que se apresentem a ele
	2- O juiz é obrigado a julgá-los com base em norma do sistema
5. Ordenamento incompleto:
	1- que não possui a primeira regra
	2- que não possui a segunda regra
O dogma da completude
1. Dogma da completude: princípio que o ordenamento deve ser completo para fornecer ao juiz solução para cada caso sem recorrer à equidade
	1- Nos tempos modernos: parte integrante da concepção estatista do direito (produção jurídica como monopólio do Estado)
	2- O legislador possui confiança cega na suficiência das leis, o código basta completamente e não possui lacunas
2. Pressupostos do dogma da completude segundo Eugen Ehrlich:
	1- A proposição maior de todo raciocínio jurídico deve ser uma norma jurídica
	2- A norma jurídica deve ser sempre uma lei do Estado
	3- Todas as normas devem formar, em conjunto, uma unidade
O espaço jurídico vazio
1. Corrente do livre direito, e da livre pesquisa do direito
2. O primeiro argumento positivista: espaço jurídico vazio
3. Compartimentos do âmbito de atividade do homem:
		1- Espaço jurídico cheio
		2- Espaço jurídico vazio
4. Falha da teoria do espaço jurídico vazio
A norma geral exclusiva 
1. A norma geral exclusiva
		1- A primeira teoria
		2- A segunda teoria
2. O ponto fraco da norma geral exclusiva
3. No caso de lacunas há sempre duas soluções:
		1- Norma geral exclusiva
		2- Norma geral inclusiva
4. O problema das lacunas reaparece
Lacunas
1. Lacunas no ordenamento jurídico:
		1- Acepções de lacuna:
				a) Ausência de critérios válidos para decidir qual norma aplicar
				b) Ausência de solução satisfatória
2. Lacunas ideológicas 
3. Lacunas reais
4. Casos típicos em que se pode falar de completude ou não:
		1- Comparação entre determinada coisa com o tipo ideal
		2- Comparação entre a representação e a coisa representada
		
	
	
			
Lacunas
5. Três faces do problema das lacunas:
		1- saber se o ordenamento jurídico, considerado em si mesmo, é completo ou não
		2 - saber se o ordenamento jurídico é completo ou não comparado ao ordenamento jurídico ideal
		3 - saber se o ordenamento jurídico é completo ou não
 	
	
			
Vários tipos de lacunas 
1. Tipos de lacunas:
		1- Lacunas próprias ou reais
		2- Lacunas impróprias
2. Lacunas objetivas
3. Lacunas subjetivas
		1- voluntárias
		2- involuntárias
4. Lacunas praeter legem
5. Lacunas intra legem
 	
	
			
Heterointegração e autointegração
1. Divisões da complementação do ordenamento jurídico:
		1- Heterointegração: se busca recursos de preenchimento de lacunas fora do ordenamento jurídico
				a) através de recursos diversos 
				b) do recurso a fontes diferentes da dominante
2. Autointegração: feita através do mesmo ordenamento, no âmbito da mesma fonte dominante, sem recorrência a outros ordenamentos e com o mínimo recurso a fontes diversas diversas da dominante, quando a resposta para a omissão legislativa se encontra no próprio ordenamento jurídico
 	
	
			
A analogia 
1. Método de autointegração:
		1- analogia 
		2- princípios gerais do direito
2. Analogia: se atribui a um caso não regulado a mesma disciplina de um caso regulado de maneira semelhante. A=B / B se assemelha relevantemente a C, logo C=A
3. Conclusão lícita quando há característica relevante em comum
4. Interpretação extensiva de maneira fácil, segundo Bobbio, é opinião comum
5. Analogia é ilícita, mas a interpretação extensiva é licita 
6. Analogia cria uma nova norma jurídica, já a interpretação extensiva estende uma norma já existente para casos não previstos por ela
Os princípios gerais do direito
1. Analogia iuris
2. Normas mais gerais (fundamentais)
3. Pressupostos básicos, lógicos
4. Princípios gerais do ordenamento jurídico
5. Autointegração: própria fonte, integração a partir do próprio ordenamento jurídico
6. Heterointegração (Betti): expansão axiológica, transcende o direito positivo, excesso de conteúdo axiólogico
 
Os princípios gerais do direito 
7. Princípios como norma:
	1- segundo sua fonte
	2- segundo sua função
8. Princípios expressos:
	1- normas do código, contituição, normas generalíssimas
	2- Aplicados e ainda não aplicados
9. Princípios não expressos:
	1- extraídos de normas específicas, pouco gerais
	2- formuladas pela interpretação, comparação de normas aparentemente distintas
	3- espírito do sistema
Os princípios gerais do direito 
 10- Bobbio define:
 “A primeira condição para que se possa falar de lacuna é a de que o caso não esteja regulado: o caso
não está regulado quando não existe nenhuma norma expressa, nem específica, nem geral, nem generalíssima, que diga respeito a ele, quer dizer, quando, além da falta de uma norma específica que lhe diga respeito, também o princípio geral, dentro do qual poderia entrar, não é expresso.”

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais