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TRABALHO DE REPRODUÇÂO- USO DE CONTRACEPTIVOS EM CADELAS E GATAS

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INTRODUÇÃO
	
 O médico veterinário tem o dever de instruir seus clientes perante suas obrigações com relação à posse responsável de seus animais, indicando o controle do ciclo reprodutivo e contenção das fêmeas durante o cio, garantindo, assim, a prevenção de gestações indesejadas (SHILLE, 1982 apud BRUNCKHORST, et al., 2000). 
O ciclo estral das fêmeas engloba a ação hormonal sobre os ovários, útero e glândula mamária possibilitando ao organismo um ambiente favorável à fertilização e uma provável gestação. O conhecimento da fisiologia desse evento é essencial para a clínica veterinária de animais de companhia como cães e gatos. Assim, pode-se realizar procedimentos como interromper a fertilidade, inseminação em raças com dificuldade de coito (DUKES, 2006).
O período que compreende o ciclo estral é momento em que se inicia o estro até sua próxima ocorrência. Cada espécie tem suas particularidades quanto a esse evento (DUKES, 2006). 
Os métodos contraceptivos em animais de companhia variam entre cirúrgicos e não cirúrgicos. Dentre os não cirúrgicos são utilizados fármacos que podem evitar a concepção de modo temporário ou de modo definitivo, mas muitos desses métodos causam vários efeitos colaterais (DIAS, 2013).
FISIOLOGIA DO CICLO REPRODUTIVO DAS GATAS
 	A gata é sazonal e poliéstrica (BARBOSA, 2015) sendo assim durante a estação de acasalamento, as fêmeas não-gestantes exibem uma série de ciclos estrais (DUKES, 2006) essa espécie também pode apresentar ciclo sazonal e monoéstrico apresentando um ciclo estral por fase de acasalamento.
Geralmente o ciclo hormonal reprodutivo se regulariza com o início da maturidade sexual, essa fase é chamada de puberdade, na maioria das espécies esse período se inicia aos seis meses de idade, podendo variar (GÜRTLER, 1987).
O ciclo hormonal reprodutivo nas gatas inicia se com a liberação da gonadotropina (GnRH) que é secretado a mando dos neurônios hipotalâmicos. O GnRH é enviado até a hipófise anterior onde ele promove estímulo da secreção do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio foliculoestimulante (FSH). Esses hormônios levam os ovários ao desenvolvimento folicular intenso, ovulação e luteinização. 
As gônadas então irão secretar estrogênio, progesterona e inibina. Nas fêmeas não-gestantes ocorre a maturação sequencial dos folículos que se desenvolvem em oócitos e consequentemente ocorre a ovulação seguida de formação de corpo lúteo, a ovulação da gata bem como das coelhas e furões é chamada de ovulação induzida, esse tipo de ovulação necessita do ato da cópula para acontecer (DUKES, 2006).
As fases do ciclo das gatas não são bem definidas em estro, anestro, diestro, metaestro. O período de aceitação ao macho considerado como estro dura cerca de 4 a 10 dias, quando o macho está presente a cópula ocorre no terceiro dia e na ausência do mesmo esse período pode perdurar por mais tempo e rescindir após 15 a 20 dias. Essas fêmeas não são corpo lúteo dependentes a partir da segunda fase da gestação (BARBOSA, 2015).	
CICLO ESTRAL DE CADELAS
A cadela é monoéstrica, ou seja, o estro é separado por períodos de anestro (DUKES, 2006). São fêmeas sazonais (BARBOSA, 2015). Apresentam a maior duração do cio entre os animais domésticos, com cerca de 6 a 10 dias, que é precedido pela preparação para ovulação que ocorre de 4 a 6 dias (GURTLER, 1987). 
O proestro das cadelas caracterizam-se por apresentarem vulva dilatada, inquietação, micção constante e sangramento até o início do estro. Essa fase do ciclo o hormônio predominante é o estrógeno (BARBOSA, 2015). 
O estro das cadelas é quando a fêmea esta aceitando o macho para cópula, sua vulva está edemaciada e a coluna está em lordose (DUKES, 2006). É nesse período em que ocorre a ovulação caracterizando um quadro hormonal de alta concentração de estrógeno e um pico de LH. O ovócito é liberado nos 3 primeiros dias da ovulação. A liberação dos óvulos não ocorre de uma vez e podem resistir quatro dias ou mais até a fecundação. Devido a essa particularidade que cadelas podem ser fecundadas por vários machos, evento denominado por superfecundação (GURTLER, 1987). 
Após a ovulação de 3 a 4 dias ocorre à formação do corpo lúteo (CL) que é consolidado no metaestro. O CL excreta progesterona (P4), que é o hormônio responsável para preparar o organismo para a gestação e mantê-la (GURTLER, 1987). Em cadelas o metaestro pode ser desconsiderado e incorporado no estro (BARBOSA, 2015). 
O diestro dura em torno de 2 meses, essa fase caracteriza- se pela persistência do CL com altas concentrações de P4. A esse período associasse uma fase de anestro que dura em torno de 3 a 4 meses. Esse CL duradouro é a causa de pseudogestação com associação de questões comportamentais (GLUTLER, 1987).
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS EM CADELAS E GATAS
	
 4. 1. Imunológico
A imunoesterilização consiste na imunização contra proteínas ou hormônios interrompendo a atividade reprodutiva dos animais (BOUÉ et al., 2004; GRIFFIN et al., 2004 apud MACEDO, 2011). Dessa forma, a fêmea produz respostas imunológica causando sua esterilização. Atualmente há a produção de anticorpos contra o Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH); Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) agonista, conhecido com Lupron (acetato de leuprolida); gametas (antígeno zona pelúcida e esperma); implantação e gestação (HCG) (MACEDO, 2011).
4. 2. Castração 
 A técnica cirúrgica mais realizada em hospitais veterinários e clinicas é a ovariosalpingohisterectomia (OHS) (HOWE, 2006 apud QUESSADA, et al., 2009). A intervenção cirúrgica é a melhor opção para cães e gatos que não serão utilizados para reprodução (BRUNCKHORST, 2000). A OSH é indicada principalmente para controle de natalidade, distócia, prevenção de tumores mamários, estros prolongados, tratamento de doenças ovarianas, uterinas e vaginais (CONCANNON, 1997 apud QUESSADA, et al., 2009).
 	A OSH é um método que quando realizado durante os primeiros cios das cadelas previne o aparecimento de doenças neoplásicas e metastáticas. Após a idade de 2 anos e meio ou no momento da exérese cirúrgica dos tumores das glândulas mamarias, a OSH não possui mais o efeito preventivo da doença ou no aparecimento de metástases (JOHNSTON, 1993; MacEWEN & WITHROW, 1996 apud BOCARDO, 2008). 
 	A principal vantagem do método cirúrgico de castração é que o animal tem a capacidade reprodutiva interrompida irreversivelmente e realizada apenas em um único processo (MAHLOW, 1996 apud MACEDO, 2011). Outras vantagens são que as cadelas que passaram pela OSH não têm cio e com isso os machos acabam não apresentando libido. 
Dessa forma, ocorre à diminuição de aglomerados de animais acarretando na minimização das brigas, agravos a seres humanos, acidentes com automóveis, e disseminação de zoonoses (HEIDENBERGER e UNSHELM, 1990 apud MACEDO, 2011). As desvantagens da OSH são pelas possíveis complicações cirúrgicas e anestésicas. Além do cuidado do proprietário no pós- cirúrgico que conta muito para que não existam problemas (MAKIE, 1998 apud MACEDO, 2011). 
4. 3. Acetato de Megestrol
	O anticoncepcional da Biovet Preve Gest, permite retardar ou bloquear o cio de cachorras e gatas; diminuir ou suprimir a hemorragia vulvar, diminuir ou suprimir a atração dos machos, evitando a concepção. Em cadelas o tratamento inicia no primeiro dia do cio usando 1,5mg/kg de peso vivo durante os 3 primeiros dias de cio e em seguida metade da dose nos próximos 6 dias, totalizando um tratamento de 9 dias consecutivos. Em gatas deve-se iniciar também no primeiro dia do cio, porém administrar 1 comprimido ao dia, durante 8 dias. (BioVet®).
4. Acetato de medroxiprogesterona
O mercado fornece vários produtos com a base acetato de medroxiprogesterona, os mais conhecidos são Anticion, Promone- E e Inibidex.Suas apresentações de ampolas de 1mL acompanhadas de seringas estéreis (Lema Injex Biologic, 2011).
O Anticion e o Promone-E em cadelas a aplicação deverá ser feita durante a fase de anestro, isto é, do 3° ao 5° mês ou após o cioou do 1° ao 3° mês após o parto. Intervalo de 6 meses entre as aplicações. Utilizar dose de 1mL para cada 10kg com o cuidado para não passar da quantidade máxima de 3 mL (Lema Injex Biologic, 2011).Em gatas, a aplicação deverá ser feita durante a fase de anestro, isto é, da 3ª a 6ª semanas após o cio ou do 15° ao 20° dia após o parto. Intervalo de 4 meses entre as aplicações, tomando o cuidado de aplica no máximo 1 mL do produto, independente do peso do animal (Lema Injex Biologic, 2011).
O inibidex em cadelas dele ser aplicado durante o anestro, ou seja, após o cio ou do primeiro ao terceiro mês pós parto. Para fêmeas de pequeno porte (até 10kg) aplicar a dose única de 1 mL, em médio porte (de 10 a 20 kg) administrar dose única de 2mL, animais acima de 20 kg dose única de 3 mL (Lema Injex Biologic, 2011)
Outros progestágenos também são usados como métodos contraceptivos pelo seu feito feedback negativo e podem reduzir as concentrações de estrógeno e testosterona. São feitos no anestro e também inibem o ciclo estral, e a aplicação destas no próestro pode inibir ovulação (FIENE, 1996 apud MACEDO, 2011). Algumas delas são: Acetato de melengestrol, Acetato de megestrol , Covinan, Acetato de lovonorgestrol, Acetato delmadinone, Etonogestrei, Acetato de ciproternona.
EFEITOS COLATERAIS DO USO DE MÉTODOS CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
Drogas a base de progetágenos funcionam como contraceptivos pela retroalimentação negativa no eixo hipotalâmico-hipofisário, quando o organismo reconhece a progesterona no organismo das cadelas e gatas ocorre a inibição da liberação de GnRH e a supressão do desenvolvimento folicular consequentemente evitando a liberação de LH e FSH (ROOT KUSTRITZ, 2012). 
Os anticoncepcionais hormonais para cadelas e gatas são administrados por via oral ou parenteral, eles exercem uma ação prolongada, esses medicamentos bloqueiam o estro e evitam suas consequências como a prenhês e acasalamentos errôneos, mas não são produtos com garantias no mecanismo de ação e promovem riscos à saúde dos animais submetidos ao uso (MOL, 1995; FILGUEIRA, 2008 apud DIAS, 2013).
Segundo Kutzler e Wood (2006) apenas uma administração de contraceptivos hormonais em animais de companhia é o suficiente para contribuir com a ocorrência de hiperplasias mamárias. Assim como hiperplasia endometrial cística e infecção uterina com evolução para piometra (OLIVEIRA & MARQUES JÚNIOR, 2006; MONTEIRO, 2009; EVANGELISTA, 2011; SILVA, 2012 apud DIAS, 2013).
Uma das enfermidades mais comuns em útero de cadelas, esta é associada a ocorrência de piometra, é a hiperplasia endometrial cística (HEC), essa patologia ocorre devido a ascendência das bactérias comensais da vagina para o interior do útero proliferando geralmente no final do estro, a ocorrência dessa injúria está mediada pela exposição à progesterona (FIENE, 2006 apud DIAS, 2013).
6. INTERRUPÇÃO DA GESTAÇÃO COM USO DE MEDICAMENTOS
6. 1. Estrógenos
O uso deste muda a relação entre estrógeno: progesterona fazendo com que pouco se desenvolva o endométrio, reduz a secreção de proteínas e aumenta a motilidade uterina retardando a nidação (CONCANNON, 1997). Segundo Olson et al (1992) a utilização de estrógeno para interrupção tem pouca efetividade e já foi muito utilizado no passado. Além disso pode causar vários efeitos adversos como trombocitopenia, leucopenia, anemia, piometra e cistos persistentes (CONCANNON, 1997). 
Apesar de todas as contraindicações, alguns ainda indicam o uso na dose de 0,01 mg/kg, via subcutânea por 3 dias alternados de benzoato de estradiol nos 2 primeiros dias após copula, ou nos dias 5,7 e 9 após cobertura. Existe a opção do cipionato de estradiol na dose de 44 mg/kg durante o estro pela via intramuscular. (SCHÜTT-MAST, 1990).
2. Citrato de tamoxifena
	Este apresenta ação estrogênica em cães. Apresenta pouca ação se a intenção é interromper a gestação, sendo mais utilizado no final do pró-estro na dose de 1 mg/kg via oral BID durante 10 dias. Não recomendado em caso de endometrites, piometra e cistos (BOWEN, 1988).
6. 3. Prostaglandinas 
	Utilizado para regressão do corpo lúteo (HOFFMANN et al, 1996 apud BRUNCKHORST, 2000) e causa contrações uterinas e dilatação da cervix (BRAAKMAN et al, 1993; COCANNON et al, 1991 citado por BRUNCKHORST, 2000). O aborto utilizando esta droga requer internação de 3 a 11 dias devido a vários efeitos colaterais (CONCANNON et al, 1991; HUBLER et al, 1991 citado por BRUNCKHORST, 2000).
É indicada somente no terço médio da gestação (FELDMAN et al, 1993; HUBLER et al, 1993; PARADIS et al, 1983; WICHTEL et al, 1990 citado por BRUNCKHORST, 2000), mas deve ser ofertada preferencialmente entre os dias 25 e 30 da gestação resultando em lise embrionária e não expulso o feto. Porém a utilização precoce exige mais doses de aplicação e isso pode aumentar os efeitos colaterais (CONCANNON, 1997).
As doses para este fármaco são consideradas baixas e altas, sendo 20~125 mg/kg e 180~250 mg/kg respectivamente, além disso as doses baixas requer mais aplicações que doses altas (OETTLE et al, 1988; ROMAGNOLI et al, 1996 apud BRUNCKHORST, 2000). A quantidade de dias de aplicação é determinada pelo período de gestação (CONCANNON, 1997).
Análogos a prostaglandinas tem sido utilizado com sucesso após o dia 25 da gestação, como o caso da PGF-2α-1052 (TSUTSUI, 1989), fenprostalene (ICHIJO, 1995) e o fluprostenol (LEIN, 1985). Estes podem ser utilizado em menores doses, por serem análogos apresentam maiores efeitos abortivos e menores efeitos colaterais (ICHIJO, 1995).	As aplicações desses medicamentos em doses terapêuticas podem gerar sinais clínicos como taquipneia, sialorreia, vomito, diarreias e micção (LEIN, 1985). Porem se utilizado em doses elevados, pode causar ataxia, ansiedade e até morte (LEIN, 1985).	Os efeitos podem ser reduzidos com o uso da atropina (BRAAKMAN et al, 1993; ROMAGNOLI et al, 1996 citado por BRUNCKHORST, 2000) e por estarem pouco disponível no mercado, este tem se tornado o método mais utilizado pelos veterinários em abortos invejáveis (CONCANNON, 1997).	
6. 4. Bromocriptina 
	A dose indicada é de 30 mg/kg duas vezes ao dia durante 4 dias na via oral, apresenta um papel luteolítico e pode apresentar até 50% na interrupção da gestação se utilizado a dose de 62,5 mg/kg (WICHTEL et al, 1990 citado por BRUNCKHORST, 2000). Pode causar efeitos colaterais como vomito, inapetência, apatia. Estes iniciam 1 a 3 horas após administração do medicamento, limitando seu uso (BRUNCKHORST, 2000).
6. 5. Metergolina
	As doses de forma geral são 0,1~0,2 mg/kg duas vezes ao dia por via oral. Alguns pesquisadores defendem que não existem efeitos colaterais para este fármaco (ROMAGNOLI et al, 1996; RÜSSE et al, 1979 citado por BRUNCKHORST, 2000) porem tem se observado agressividade em alguns animais tratados com metergolina e apresentam bom efeito abortivo (BRUNCKHORST, 2000).
6. 6. Mifepristona
	Este por sua vez tem atividade antiprogestagena e anticorticoide em cães se utilizados em altas doses (CONCANNON, 1997), e tem sido utilizado na interrupção da gestação em várias doses, vias de administração e período de utilização e fases da gestação. Além disso apresenta pouco ou nenhum efeito colateral. O efeito deste fármaco ocorre devido a ação antagonista de progesterona no útero. (CONCANNON, 1997).	
Existem ainda o aglepristona, glicocorticoides, superagonistas e antagonistas de GnRH, inibidor enzimático (epostana) e agentes embriológicos não-hormonais. Porem estes apresentam problemas na compra, ou apresentam efeitos colaterais que tornam pouco o uso.
CONCLUSÃO
Foi possível concluir após execução do presente estudo que a utilização de bases farmacológicas capazes de evitar a concepção em cadelas e gatas deve ser feita com cautela e orientação de médico veterinário, respeitando as fases do ciclo e as dosagens recomendadas para cada medicamento, adquirindo essa conduta é possível minimizar o aparecimento de efeitos e alterações no aparelho reprodutivo da fêmea.
8. REFERÊNCIASBIOVET. Pet. Disponível em: < http://www.pet.biovet.com.br/>. Acesso em : 27 de setembro de 2015.
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BOWEN, R.A.; OLSON, P.N.; YOUNG, S.; WITHROW, SJ. Efficacy and toxicity of tamoxi fen citrate for prevention and termination of pregnancy in bitches. American Journal of Veterinary Research, vA9, n.l, p.27-31, 1988.
BRUNCKHORST, C.S.; VUONO, L.; BARNABE, R. C. Interrupção eletiva da gestação em cães (Canis familiaris, LINNAEUS, 1758). Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 221-228, 2000.
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DIAS, L. G. G. G.; OLIVEIRA, M. E.; DIAS, F. G. G.; CALAZANZ, S. G.; CONFORTI, V. A. Uso de fármacos contraceptivos e seus efeitos adversos em pequenos animais. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.9, N.16; p. 2077. 2013.	
DUKES, H. H. (Henry Hugh); REECE, William o. Dukes, fisiologia dos animais domésticos. 12. ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, c2006. xvi, 926 p., il. Inclui bibliografia e índice. ISBN 8527711842 (enc.).	
GÜRTLER, H. Fisiologia veterinária. 4.ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan, 1989. 612 p, il. ISBN 8522600759.
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LEMA-INJEX. Inibidex. Disponível em: <http://www.lemainjex.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=211&Itemid=58>. Acesso em: 27 de setembro de 2015.
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