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Apostila Inventario Florestal SOS Sertao

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Tropical Forest Conservation Act (TFCA) 
Chamada para projetos de conservação, manutenção e restauração das florestas 
tropicais. 
FUNBIO Chamada de projetos 01/2011 
 
FUNBIO 
Tema Prioritário II – Manejo de Paisagem 
Linha de ação – 2.2 Manejo Florestal Sustentável 
Projeto: Consolidação do Manejo Florestal Comunitário em Projetos de Assentamentos 
Rurais Localizados na Caatinga do Estado da Paraíba. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Capacitação em Inventário Florestal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outubro, 2015. 
 
 
Curso de Capacitação em Inventário Florestal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Execução 
SOS Sertão – Organização Sertaneja dos Amigos da Natureza, 
CNPJ 03.975.649/0001-16, CREA/PB 4360, 
Rua Duque de Caxias, 53 - Centro – Patos/PB, CEP 58.701-200 
Contatos: (83) 3421 - 6467. E-mail: sossertao@gmail.com 
www.sossertao.org.br 
 
ÍKALLO GEORGE NUNES HENRIQUES, Eng. Florestal, Responsável Técnico – SOS Sertão 
 
 
Financiador: 
Tropical Forest Conservation Act (TFCA) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outubro, 2015. 
 
 
 
Lista de abreviaturas 
 
 
 
Sigla Descrição 
CAP Circunferência na altura do peito 
CNB Circunferência na base 
DAP Diâmetro na altura do peito 
DNB Diâmetro na base 
GPS Global Positioning System 
H Altura 
IBAMA 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis 
MMA Ministério do Meio Ambiente 
RMFC Rede de Manejo Florestal da Caatinga 
PT Plano de Trabalho 
QF Qualidade do Fuste 
SFB Serviço Florestal Brasileiro 
TFCA Tropical Forest Conservation 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
A SOS Sertão é pioneira na consolidação da prática do Manejo Florestal 
Comunitário (PMFC) na Paraíba. Desenvolve atualmente projetos que aliam 
sustentabilidade e melhoria social, por meio da implantação do Manejo 
Florestal em Unidades de Produção Familiar (UPF’s). Essa iniciativa vem 
sendo desenvolvida pela SOS Sertão desde 2006, no atual momento sendo 
apoiada pelo Tropical Forest Conservation Act. (TFCA), acordo entre o Brasil e 
EUA que objetiva a conservação das florestas tropicais brasileiras, dentre elas 
a Caatinga. 
O Objetivo deste curso de capacitação é capacitar estudantes a 
desenvolverem atividades de campo voltadas a execução dos Planos de 
Manejo, pode-se encontrar nesse guia informações sobre o inventário e manejo 
florestal da Caatinga, que resultaram da experiência acumulada pela pesquisa 
e sua aplicação prática na região Nordeste. 
Tem como objetivo contribuir para a conservação e uso sustentável do 
recurso florestal, indispensável para o desenvolvimento social e econômico do 
Nordeste, buscando a melhoria da qualidade de vida da sua população. 
 
 
 
1- Introdução 
No sertão nordestino a vegetação nativa dominante é Caatinga, floresta 
arbóreo-arbustiva adaptada ao clima semiárido, com ocorrência de cactos e 
bromélias e estrato herbáceo abundante durante o período chuvoso. Este 
bioma apresenta uma grande diversidade de fitofisionomias, em função de 
diferentes padrões de precipitação e solo (MMA, 2008). Essa diversidade se 
reflete na definição de oito ecorregiões conforme o próximo mapa. 
 
 
Figura 1 – Ecorregiões da Caatinga 
Considerando as características naturais da Caatinga e suas adversidades 
para prática de atividades agrícolas, o manejo florestal aparece como uma 
alternativa viável economicamente, pois promove a geração de emprego e 
renda durante o período seco através do aproveitamento legalizado e 
consciente dos recursos florestais existentes. Além disto, consiste em 
alternativa sustentável, pois promovem a conservação do ecossistema, a 
 
 
regeneração e recuperação da vegetação, dando possibilidade de uso e 
manutenção da qualidade de vida às futuras gerações. 
Para a realização do manejo é necessário que se conheça a floresta: as 
espécies, a quantidade, qual a velocidade de crescimento da floresta. Para 
isso, deve-se realizar o inventário amostral da floresta, que verifica a 
viabilidade econômica do manejo, e, em seguida, o inventário 100% da área 
que será manejada anualmente. 
Este documento contém diretrizes que orientam quanto à área útil de 
medição, marcação e identificação de parcelas, parâmetros a serem avaliados 
(circunferência na base, circunferência à altura do peito, altura, sanidade, entre 
outros), além da época de medição e técnicas de identificação de espécies. 
 
2- Inventario Florestal 
 De um modo geral conceitua-se “Inventário Florestal”, como sendo uma 
atividade que visa obter informações qualitativas e quantitativas dos recursos 
naturais e ou socioeconômicos, existentes em uma área pré-estabelecida, qual 
denominamos de população, com o objetivo de bem administrá-la e servir de 
base para bem planejar sua utilização racional, e ou sua recuperação 
ambiental, se for o caso. O termo é associado principalmente a determinação 
ou a estimativa de variáveis de interesse como área basal, volume, qualidade 
do fuste, estado fitossanitário e etc. 
Sendo que sua execução compreenderá cinco grandes componentes de 
atividades a serem executados para o melhor acompanhamento do PMF. 
 Mapeamento da vegetação; 
 Levantamento e interpretação das unidades de amostra de paisagem 
(UAP); 
 Coordenação Geral do IF; 
 Coleta de Dados em Campo; 
 Controle de Qualidade. 
 
 
 
 
2.1. Conceitos básicos sobre amostragem 
 
A amostragem proporciona a obtenção dos dados requeridos a um custo e 
tempo menor e consiste em observar uma parte da população, para se obter as 
informações representativas do todo. 
O objetivo da amostragem é fazer inferências corretas sobre a população, 
as quais são evidenciadas se à parte selecionada, que é a população amostral, 
constitui-se de uma representação verdadeira da população objeto (LOETSCH 
& HALLER, 1973). 
2.1.1. População 
Segundo PÉLLICO NETTO e BRENA (1997), uma população pode ser 
definida como um conjunto de seres da mesma natureza que ocupam um 
determinado espaço em um determinado tempo. 
A Figura 2 representa uma população teórica, com forma quadrada, 
composta por (N) unidades amostrais quadradas, da qual foi extraída uma 
amostra de (n) unidades. 
 
 
Figura 2 - Organização Estrutural de uma População 
 
2.1.2. Amostra 
 
A amostra pode ser definida como uma parte da população, constituída 
de indivíduos que apresentam características comuns que identificam a 
população a que pertencem. Uma amostra selecionada deve ser 
 
 
representativa, ou seja, deve possuir as mesmas características básicas da 
população e duas condições principais devem ser observadas na sua seleção: 
(i) a seleção deve ser um processo inconsciente (independente de influências 
subjetivas, desejos e preferências) e (ii) indivíduos inconvenientes não podem 
ser substituídos. 
 
2.1.3. Unidade amostral 
 
Unidade amostral é o espaço físico sobre o qual são observadas e 
medidas as características quantitativas e qualitativas (variáveis) da população. 
Considerando um inventário florestal, uma unidade amostral pode ser uma 
parcela com área fixa, ou então, pontos amostrais ou mesmo árvores. O 
conjunto das unidades amostrais consiste uma amostra da população. 
 
2.1.4. Tipos de Amostragem 
Amostragem aleatória simples: A amostragem aleatória simples é o 
processo fundamental de seleção a partir do qual derivam todos os demais 
procedimentos de amostragem, visando aumentar a precisão das estimativas 
e reduzir os custos do levantamento. Este processo de amostragem é 
aplicado nos inventáriosde pequenas áreas florestadas, de fácil acesso e 
homogêneas na característica de interesse. 
 
Figura 3: amostragem aleatória. 
Amostragem aleatória estratificada: A amostragem aleatória 
estratificada é assim denominada quando as unidades amostrais são 
selecionadas aleatoriamente dentro de cada estrato. Se comparada à 
 
 
amostragem aleatória simples, apresenta três vantagens básicas. Primeira: 
possibilita o cálculo individual das estimativas da média e da variância por 
estratos; segunda: reduz os custos de amostragem; e terceira: aumenta a 
precisão das estimativas. É empregado nos inventários de grandes áreas 
florestadas, principalmente onde há grande variabilidade. 
 
Figura 4: amostragem aleatória estratificada. 
Amostragem sistemática: é um método em que a seleção dos 
indivíduos para análise se baseia numa regra pré-definida - por exemplo, 1 
indivíduo em cada 5 – de tal modo que, determinado o primeiro indivíduo da 
amostra, todos os outros ficam conhecidos. O primeiro indivíduo tem que ser 
selecionado por um processo aleatório. 
Num método de seleção sistemático as árvores ou parcelas que fazem 
parte da amostra são selecionadas de acordo com um padrão ou regra 
previamente definido, em vez de sorteados com base num processo aleatório. 
 
Figura 5: amostragem Sistemática. 
 
 
Amostragem em conglomerados: A amostragem em conglomerados é 
vista como uma variação da amostragem em dois estágios, onde o segundo 
estágio é sistematicamente organizado dentro do primeiro estágio de 
amostragem (PÉLLICO NETTO & BRENA, 1997). De acordo com os autores 
acima citados, quando comparado com o processo de amostragem casual 
simples, este pode oferecer certa vantagem quando a população alvo do 
inventário for extensa e a variável de interesse apresentar grande até razoável 
homogeneidade. 
Esse processo de amostragem usa um grupo de pequenas unidades 
(subunidades), no lugar de unidades de amostras individuais, o que 
proporciona uma melhor percepção da variabilidade da variável de interesse 
(geralmente, Volume ou Área basal), isso é devido o conglomerado ser 
formado por um determinado número, (M), de subunidades que explicam a 
variabilidade dentro do conglomerado. 
 
Figura 6: amostragem em conglomerados. 
É um método muito usado em florestas tropicais, devido a grande 
heterogeneidade de variável de interesse e também pelo difícil acesso aliado a 
pouca infraestrutura. Isso correlacionado a áreas inventariadas de grandes 
extensões. 
 
 
 
 
3. Procedimentos para abertura de parcelas em campo 
Cada parcela será georeferenciada com GPS, num vértice previamente 
definido. Deverão ser colocados piquetes de madeira pintados (0,50m). Cada 
piquete deverá ser fixado permanentemente, introduzido em uma cova aberta 
que em seguida será firmemente preenchida com solo local. 
No vértice georeferenciado definindo o início das medições será colocada 
uma plaqueta de alumínio contendo os números da área experimental e da 
respectiva parcela. 
 
4. Critérios de inclusão 
Serão consideradas árvores mensuráveis nas parcelas todos os fustes 
com CAP ≥ 6 cm. Toda árvore cuja base do tronco esteja dentro da parcela 
será incluída, mesmo que o fuste e a copa fiquem fora. Se o fuste e a copa 
estiverem dentro da parcela, mas a base estiver fora, a árvore não será 
incluída. 
 
Figura 7- Abrindo parcelas 
 
 
 
 
5- Dados a serem coletados e formas de obtenção 
Todas as árvores mensuráveis serão identificadas individualmente 
através de uma plaqueta, com numeração progressiva, conforme modelo na 
Figura 8. 
 
 
Figura 8- Etiqueta de identificação das árvores nas parcelas permanentes, onde o código 01 se 
refere à árvore 1. 
 
Paralelamente, poderá ser desenhado um croqui de localização das 
árvores dentro das parcelas, utilizando a metodologia de X e Y. Contudo, esse 
procedimento não será obrigatório para todas as parcelas, ficando a critério do 
responsável pela medição ou do pesquisador a sua adoção. A elaboração 
desse croqui permitirá estudos sobre a distribuição espacial e agregação de 
espécies, o que poderá ser feitos em pesquisas específicas. 
 
a) Espécies 
 
A identificação das espécies será feita no campo por nome vulgar, 
coletando sempre que possível material botânico daquelas ainda não 
corretamente identificadas, para identificação em herbário. O material deverá 
estar acompanhado do nome vulgar, número de registro da árvore na parcela e 
de descrição dendrológica simples, com as principais características 
observadas ou mencionadas pelo mateiro. 
As características dendrológicas mais importantes a serem observadas e 
anotadas, associadas ao nome vulgar das espécies ou ao material botânico de 
espécies não conhecidas, são: 
 
o Morfologia do tronco (se reto, tortuoso ou inclinado); presença de 
sapopemas; seção do tronco (circular, irregular, achatada ou 
acanalada); 
 
 
o Aspecto da casca externa (cor e textura, se lisa, áspera, com fissuras ou 
placas; presença de casca que desprende do fuste; cor e textura da 
casca interna, presença de embira e presença de lenticelas); 
o Presença de espinhos ou de acúleos (quantidade e parte da planta onde 
ocorrem); 
o Exsudação de látex, goma ou resina (registrar cor e odor); 
o Odor característico da casca interna e/ou das folhas maceradas; 
o Coloração e consistência das folhas (mole, dura, quebradiça); 
o Observação: O tipo de folha e a filotaxia deverão estar visíveis no 
material coletado, assim como a possível presença de estruturas 
especiais como estípulas, pecíolos dilatados, etc.; 
o Coloração de flores e frutos (que deverão ser coletados, quando 
possível). 
 
Sempre que possível, deverão ser feitos registros fotográficos dessas 
características para subsidiar a identificação. 
As espécies serão registradas na ficha de campo por códigos de quatro 
letras, definidos previamente (ver Anexo I, com relação preliminar de códigos 
sugeridos). 
Caso novas espécies surjam durante as medições, novos códigos serão 
criados desde que devidamente anotados no verso da ficha de campo. Caso 
equipes diferentes estejam desenvolvendo os trabalhos de medições 
simultaneamente, deverão uniformizar os códigos empregados ao final dos 
trabalhos. 
Contudo, é obrigatória a realização de uma expedição botânica para 
coleta de material na área e identificação das espécies. Essa expedição será 
também realizada no início da instalação de uma área experimental ou quando 
da primeira medição. 
 
 
 
 
É importante a devida atenção com as espécies desconhecidas para que 
elas não componham um único e heterogêneo grupo. Para evitar que isso 
aconteça, deve-se registrar a ocorrência de Des1, Des2,...., etc a cada 
morfoespécie desconhecida encontrada, ou associá-la à família se houver 
condição de reconhecer algumas características - ou ao nome vulgar de 
alguma espécie parecida para posterior pesquisa (p.ex. Euforbiácea 
desconhecida; jurema tipo2). 
Árvores mortas com tecidos lenhosos ainda íntegros e com serventia 
para lenha serão medidas e, caso não permitam identificação por nome vulgar, 
poderão integrar a categoria das desconhecidas gerais. 
Nomes vulgares muito abrangentes é outro problema frequente em 
inventários da Caatinga: jurema, por exemplo, há várias: branca, preta, 
vermelha, de embira, que correspondem a um elenco ainda maior de Mimosa 
spp. Ao ser mencionada a ocorrência jurema, é importante perguntar “o tipo de 
jurema?” e coletar material botânico correspondente. 
 É sempre recomendável perguntar se existem outros tipos de árvores 
com o mesmo nome e quais as diferenças entre elas,evitando sempre anotar 
nomes vulgares muito genéricos. Apesar de o bom mateiro conhecer bem as 
matas, sua forma de raciocínio é diferente quando comparada à dos botânicos. 
Muitas vezes os mateiros chamam espécies diferentes por um único nome, 
dadas às suas semelhanças quanto a alguma característica como madeira ou 
fruto. O técnico deverá desenvolver a necessária experiência para diferenciar 
essas espécies até que consiga realmente identificá-las. 
 
 
b) Solo 
Em cada área experimental deverá ser feita uma caracterização do solo, 
identificando o respectivo tipo (classificação brasileira) e, a partir de amostras 
coletadas ou de referências de levantamentos detalhados, as características 
físicas e químicas principais. Essa avaliação será feita uma única vez, na 
ocasião das primeiras medições. 
 
 
 
c) Circunferência à altura do peito – CAP 
Medida com fita métrica, a 1,30m do solo, com aproximação de 0,5cm, 
em cada fuste mensurável da árvore. O ponto de medição deve ser aferido com 
bastão de 1,30m de altura (ver Figuras 9 e 10). 
 
d) Circunferência na base – CNB 
Medida com fita métrica, a 30cm do solo, com aproximação de 0,5cm 
(ver Figuras 9 e 10). 
 
 
Figura 9 - Esquema de marcação de pontos em bastão auxiliar para os trabalhos de campo 
 
As circunferências a altura do peito e na base (CAP e CNB) em árvores 
com irregularidades, protuberâncias ou inclinações do fuste devem ser medidas 
conforme a Figura 10. 
 
Figura 10- Pontos de medição de CAP e CNB em situações especiais. 
e) Altura total 
É o comprimento entre a base e o ápice, medida individualmente em 
cada fuste, com régua graduada e aproximação de 10cm. Alternativamente 
pode-se adotar hipsômetro, principalmente para as árvores maiores. Situações 
especiais de árvores bifurcadas encontram-se ilustradas na Figura 11, com os 
respectivos pontos de medição. 
 
 
 
Observação geral: 
Cada base (CNB) será considerada um fuste. Para cada base/fuste se 
utilizará uma linha na ficha de campo. Portanto, uma árvore poderá ser 
composta por diversos fustes e cada um deles poderá ter uma ou mais 
ramificações na altura do peito (CAP). Para fustes que tenham mais de uma 
ramificação (CAP), será mensurada a altura da ramificação mais alta. 
 
 
Figura 11 - Exemplos de formas de árvores e pontos de medições de CAP,CNB e H. 
 
 
 
 
f) Classe de vitalidade 
Avaliar cada fuste em função de sua vitalidade e sanidade, registrando o 
código correspondente. 
1. Fuste sadio; 
2. Fuste doente ou muito atacado por insetos ou patógenos; 
3. Fuste morto. 
 
g) Qualidade de fuste 
Registrar o código correspondente ao estado que prevalece na maior 
parte do fuste. 
 
1. Totalmente reto, sem defeitos, sem bifurcações até 2,50m; 
2. Ligeiramente torto ou com poucos defeitos, sem bifurcações até 2,50m; 
3. Muito torto, com defeitos graves (oco, rachado, podre), ou com bifurcações 
até 2,50m. 
 
h) Posição da copa 
Avaliada em função do dossel geral da parcela e não apenas das 
árvores vizinhas. 
1. Dominante (se pertence aos 10% das árvores mais altas da parcela); 
2. Intermediária (se localizada no nível médio de altura das árvores da parcela); 
3. Oprimida (se localizada por debaixo de outras copas da parcela). 
 
 
 
6- Fichas de Campo 
6.1. Das parcelas 
 
A ficha de campo encontra-se no Anexo II. Abaixo, apresenta-se um 
exemplo de preenchimento da ficha para diversas situações comuns na 
Caatinga. As árvores registradas correspondem aos exemplos da Figura 10. 
 Inventário Florestal (Ficha de Campo) Pagina ____ de ____ 
Local:...................................................Número da parcela:........................ Data:...../...../... 
Município:............................................Área da Parcela:.................................. 
Equipe:................................................................................................................................... 
Coordenadas geográficas: S................................... W.............................. 
Nº Espécie CAP (cm) HT (m) CV QF OBERVAÇÕES 
1 CATI CAP HT CV QF 
2 AROE CAP HT CV QF 
3 EMBI CAP HT CV QF 
 
 
 
 
Anexo I - Lista de códigos para as espécies 
 
Nome vulgar Código 
Aceroleira ACER 
Alecrim ALEC 
Algaroba ALGA 
Algodão bravo ALOB 
Ameixeira AMEX 
Amoroso AMOR 
Angico vermelho ANGV 
Anil ANIL 
Arapiraca ARAP 
Aroeira AROE 
Assa peixe ASSP 
Aveloz AVEL 
Barriguda BARR 
Bom nome BONO 
Braúna BRAU 
Bugi BUGI 
Burra leiteira BURA 
Cachimbeira CACH 
Cajá CAJA 
Cajarana CAJR 
Cajueiro CAJU 
Canafístula CANA 
Canela de veado CAVE 
Cansanção CANS 
Carcará CARC 
Carnaúba CARN 
Catanduva CATA 
Catinga branca CABR 
Catingueira CATI 
Catingueira miúda CATM 
Cauaçu CAUA 
Caxumba CAXU 
Cedro CEDR 
Cinamomo CINA 
Côco catolé COCA 
Côco catolé 2 COC2 
Coroa-de-frade COFR 
Craibeira CRAI 
Cumaru CUMA 
Embiratanha EMBI 
Espinheiro branco ESPB 
Espinheiro de 
cerca ESPC 
Espinheiro preto ESPC 
Nome vulgar Código 
Juazeiro JUAZ 
Jucá JUCA 
Jurema amorosa JUAM 
Jurema branca JUBR 
Jurema de imbira JUIM 
Jurema preta JUPR 
Jurema vermelha JUVE 
Licuri LICU 
Louro LOUR 
Macambira MACA 
Macaúba MACU 
Madeira-nova MANO 
Malva MALV 
Malva branca MABR 
Mandacaru MAND 
Mangaba MANG 
Maniçoba MANI 
Maria preta MAPR 
Marizeira MARI 
Marmeleiro MARM 
Marmeleiro 
branco MABR 
Mata pasto MAPA 
Mofumbo MOFU 
Moleque duro MODU 
Mororó MORO 
Morta MORT 
Mulungu MULU 
Mulungu do alto MUAL 
Nim indiano NIIN 
Oiticica OITI 
Orelha de negro ORNE 
Orelha de onça ORON 
Palmatória de 
espinho PAES 
Nome vulgar 
Pau branco PAUB 
Pau de leite PAUL 
Pequi PEQU 
Pereiro PERE 
Pereiro branco PERB 
Pinha PINH 
Pinhão bravo PINB 
Pinhão manso PINM 
 
 
Nome vulgar Código 
Pitanga PITA 
Pitombeira PITO 
Quixabeira QUIX 
Rabo de raposa RABR 
Rompe gibão ROMG 
Facheiro FACH 
Faveleira FAVE 
Feijão bravo FEBR 
Flor de seda FLOS 
Goiabeira GOIA 
Gonçalo alves GONA 
Gravioleira GRAV 
Guapuruvu GUAP 
Icó ICÓ1 
Imbiruçu IMBI 
Imburana IMBU 
Imburana de 
Cambão IMBC 
Imburana de 
Cheiro CUMA 
Indeterminada 1 IND1 
Ingá INGA 
Ipê amarelo IPEA 
Ipê branco IPEB 
Ipê roxo IPER 
Jabuticaba JABU 
Jatobá JATO 
Jenipapo JENI 
João mole JOAM 
Juazeiro JUAZ 
Jucá JUCA 
Jurema amorosa JUAM 
Jurema branca JUBR 
Jurema de imbira JUIM 
Jurema preta JUPR 
Jurema vermelha JUVE 
Licuri LICU 
Louro LOUR 
Macambira MACA 
Macaúba MACU 
Madeira-nova MANO 
Malva MALV 
Malva branca MABR 
Mandacaru MAND 
Mangaba MANG 
Maniçoba MANI 
Nome vulgar Código 
Maria preta MAPR 
Marizeira MARI 
Marmeleiro MARM 
Marmeleiro 
branco MABR 
Mata pasto MAPA 
Mofumbo MOFU 
Moleque duro MODU 
Mororó MORO 
Morta MORT 
Mulungu MULU 
Mulungu do alto MUAL 
Nim indiano NIIN 
Oiticica OITI 
Orelha de negro ORNE 
Orelha de onça ORON 
Palmatória de 
espinho PAES 
Pau branco PAUB 
Pau de leite PAUL 
Pequi PEQU 
Pereiro PERE 
Pereiro branco PERB 
Pinha PINH 
Pinhão bravo PINB 
Pinhão manso PINM 
Pitanga PITA 
Pitombeira PITO 
Quixabeira QUIX 
Rabo de raposa RABR 
Rompe gibão ROMG 
Roxinho ROXI 
Sabiá SABI 
Sabonete SABO 
São joão SAOJ 
Sete cascas SETC 
Sipaúba SIPA 
Trapiá TRAP 
Turco TURC 
Ubaia UBAI 
Umbuzeiro UMBU 
Urtiga URTI 
Velame VELA 
Violete VIOL 
Xique xique XIQUAnexo II - Ficha de campo – parcelas 
 
 Pagina ____ de ____ 
INVENTÁRIO FLORESTAL (FICHA DE CAMPO) 
Local:...................................................Número da parcela:........................ Data:...../...../... 
Município:............................................Área da Parcela:.................................. 
Equipe:................................................................................................................................... 
Coordenadas geográficas: S................................... W.............................. 
Nº Espécie 
CAP 
(cm) 
HT (m) CV QF OBERVAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo III – Mapa UPA São Mamede-PB 
 
 
 
 
Referências 
 
COMITÊ TÉCNICO CIENTÍFICO DA REDE DE MANEJO FLORESTAL DA 
CAATINGA. Protocolo de medições de parcelas permanentes. Recife: 
Associação Plantas do Nordeste, 2005. 21 p. Portal: <http://rmfc.cnip.org.br> 
SOS Sertão 2013, Relatórios de produtos. 
HUSCH, B.; MILLER, C. I.; BEERS, T. W. Forest mensuration. 3.ed. Florida: 
Krieger Publishing Company, 402 p. 1993. 
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS 
NATURAIS RENOVÁVEIS – IBAMA. Projeto PNUD/FAO/IBAMA/ 
BRA/87/007. Plano de Manejo Florestal para a Região do Seridó do Rio 
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