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Listas/semana 1/semana_01ap_gab.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 01 – Soluc¸o˜es Temas abordados : Func¸o˜es Sec¸o˜es do livro: 1.1 a 1.3; 1.5; 1.6 1) A figura abaixo ilustra um recipiente formado por dois cilindros circulares retos justapos- tos de altura 10m e raios respectivamente 12m e 6m. Suponha que, a partir do instante t = 0, o recipiente comece a ser abastecido a uma vaza˜o constante de modo que o n´ıvel da a´gua s(t) no recipiente e´ dada por s(t) = { 2t, para 0 ≤ t ≤ 5 8t− 30, para 5 < t ≤ 6 onde a altura e´ dada em metros e o tempo e´ dado em segundos. (a) Esboce o gra´fico da func¸a˜o s(t). (b) Determine, caso existam, os instantes τ ∈ [0, 6] nos quais s(τ) = 15. (c) Determine a imagem da func¸a˜o s. 12 6 10 10 Soluc¸o˜es: (a) Para 0 ≤ t ≤ 5, o gra´fico e´ um segmento de reta de inclinac¸a˜o 2 que passa pela origem; para 5 < t ≤ 6, o gra´fico e´ um segmento de reta de inclinac¸a˜o 8 que se conecta ao segmento de reta de inclinac¸a˜o 2. Usando essas informac¸o˜es, o gra´fico e´ como ilustrado abaixo. (b) Do gra´fico de s(t) vemos que s(t) e´ crescente, com s(0) = 0, s(5) = 10 e s(6) = 18. Um vez que 15 esta´ entre 10 e 18, um instante τ em que s(τ) = 15 deve estar, portanto, no intervalo (5, 6), no qual temos que s(t) = 8t− 30. Resolvendo para τ a equac¸a˜o 8τ − 30 = 15, obtemos que τ = 45/8 e´ o u´nico instante para o qual s(τ) = 15. (c) A ana´lise do gra´fico mostra que a imagem da func¸a˜o s e´ o intervalo fechado [0, 18]. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 1 de 6 2) Considere a func¸a˜o f : (0,∞) → R dada por f(x) = 1/√x. Pode-se mostrar que a inclinac¸a˜o da reta La, que e´ tangente ao gra´fico de f(x) no ponto Pa = (a, f(a)), e´ dada por −1 2a √ a . A figura abaixo ilustra o gra´fico da func¸a˜o, a reta La e os pontos Qa e Ra em que a reta intercepta os eixos coordenados. Julgue a veracidade dos itens a seguir, justificando suas respostas. (a) A reta La tem equac¸a˜o y = −x 2a √ a + 3 2 √ a . (b) Tem-se que Ra = (2a, 0). (c) A a´rea do triaˆngulo ∆OPaRa e´ igual a 1 2 2af(a). (d) A a´rea do triaˆngulo ∆O PaQa e´ igual a 1 2 3 2 √ a a. (e) Para todo a > 0, a a´rea do triaˆngulo ∆OPaQa e´ o dobro da a´rea do triaˆngulo ∆O PaRa. Pa Qa O Ra Soluc¸o˜es: Lembre que a equac¸a˜o da reta r que tem inclinac¸a˜o m e passa pelo ponto (x0, y0) e´ dada por r(x) = ym +m(x− x0). (a) Correto. A reta La tem inclinac¸a˜o −1/(2a √ a) e passa pelo ponto (a, f(a). Desse modo, se denotarmos por La(x) a sua equac¸a˜o, temos que La(x) = − 1 2a √ a (x− a) + f(a) = − 1 2a √ a (x− a) + 1√ a . (b) Errado. Veja que Ra = (xa, 0). Uma vez que esse ponto pertence a` reta La temos que 0 = La(xa) = − 1 2a √ a (xa − a) + 1√ a , de modo que −xa + a = −2a, ou ainda, xa = 3a. Assim Ra = (3a, 0). (c) Errado. A base do triaˆngulo ∆OPaRa mede 3a e sua altura mede f(a). Como a a´rea de um triaˆngulo e´ igual a` metade do produto entre a base e a altura, a a´rea em questa˜o e´ igual a 1 2 3af(a) = 3 2 √ a a. (d) Correto. Observe que Qa = (0, y) e pertence a` reta La. Assim, y = La(0) = − 1 2a √ a (0− a) + 1√ a = 1 3 √ a . Como o triaˆngulo ∆O PaQa tem base medindo y e altura medindo x = a, conclu´ımos que sua a´rea e´ dada por 1 2 3 2 √ a a (e) Errado. Pelos itens (c) e (d), a a´rea de ∆O PaQa vale a metade da a´rea de ∆OPaRa. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 2 de 6 3) Uma amostra radioativa emite part´ıculas alfa e, consequentemente, sua massa M = M(t) e´ uma func¸a˜o decrescente do tempo. Suponha que, para um determinado material radioativo, essa func¸a˜o seja dada por M(t) = M0e −k1t, onde M0 > 0 e´ a massa inicial, k1 > 0 e´ uma constante e t > 0 e´ o tempo medido em anos. A meia-vida do material e´ o tempo necessa´rio para que a massa se reduza a` metade da massa inicial. (a) Calcule k1 sabendo que, depois de um ano e meio, a massa restante e´ 1/8 da inicial. (b) Usando o item anterior, determine a meia-vida do material. (c) Calcule quantos anos devemos esperar para que 99% da amostra tenha se desinte- grado (use as aproximac¸o˜es ln 2 = 0, 7 e ln 5 = 1, 6). (d) Suponha que outra amostra radioativa tenha massa N(t) = M0e −k2t, com k2 > 0. Estabelec¸a uma relac¸a˜o entre k1 e k2 sabendo que a meia-vida desse segundo material e´ igual ao triplo da meia-vida do primeiro. Soluc¸o˜es: (a) Note que M0 8 =M(3/2) = M0e −k1 32 . Cancelando o termo M0 e aplicando o logaritmo dos dois lados obtemos −3 2 k1 = ln(1/8) = − ln 8 = − ln 23 = −3 ln 2. (b) Basta notar que, se t0 e´ a meia-vida do material, enta˜oM(t0) =M0e −2ln2 t0 = M0/2. Dessa forma, mais uma vez cancelando o termoM0 e aplicando o logaritmo dois lados obtemos t0 = ln 2 k1 . (1) (c) Procuramos o instante t1 para o qual M(t1) = 0, 01M0. Utilizando o fato de que ln 100 = ln(4 · 25) = 2(ln 2 + ln 5) e procedendo como em (b) encontramos t1. (d) Considere agora o material cuja massa e´ N(t). Procedendo de forma ana´loga ao item (b), conclu´ımos que a sua meia vida e´ dada por t0 = ln 2 k2 . (2) Como t0 = 3t0, combinando-se (1) e (2) obtemos que k2 = k1/3. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 3 de 6 4) Uma espira circular esta´ imersa em uma regia˜o de campo magne´tico uniforme e constante. O fluxo magne´tico pela espira e´ dado por φ(α) = AB cos(α), onde A e´ a a´rea da espira, B e´ a intensidade do campo e α ∈ [0, 2pi] e´ o aˆngulo entre o vetor normal ao plano da espira e as linhas de campo. Supondo inicialmente que, em unidades f´ısicas apropriadas, AB = 4, resolva os itens a seguir. (a) Calcule o menor e o maior valor que o fluxo φ pode assumir. (b) Determine um aˆngulo α0 ∈ [0, 2pi] tal que φ(α0) = 2. (c) Se a espira tivesse o dobro do diaˆmetro e estivesse imersa no mesmo campo, qual seria o valor do produto AB ? (d) Para uma espira com o dobro do diaˆmetro, use o valor encontrado no item (c) para determinar um aˆngulo α1 ∈ [0, pi] tal que o fluxo magne´tico seja igual a 4. Soluc¸o˜es: (a) Como para todo aˆngulo α temos −1 ≤ cos(α) ≤ 1, ∀α, segue que −4 ≤ φ(α) ≤ 4. Ale´m disso, φ(0) = φ(2pi) = AB = 4 e φ(pi) = −AB = −4. Desse modo max α∈[0,2pi] φ(α) = 4 e min α∈[0,2pi] φ(α) = −4. (b) Procuramos por α0 ∈ [0, pi] tal que 4 cos(α0) = 2 ou, equivalentemente, cos(α0) = 1/2. Basta enta˜o escolher α0 = pi/3 ou α = 5pi/3. (c) Sejam A0 e A, respectivamente, as a´reas da espira inicial e da espira com o diaˆmetro dobrado. Note que se A0 = pir 2, onde r > 0 e´ o raio da espira inicial, enta˜o: A = pi(2r)2 = 4pir2 = 4A0. Logo, AB = 4A0B = 16. (d) Aqui, basta resolver a equac¸a˜o 16 cos(α) = 4. Observe que a func¸a˜o cos : [0, pi]→ [−1, 1] e´ invert´ıvel. Sua inversa, chamada de arco-cosseno, e´ dada por arccos : [−1, 1]→ [0, pi], onde arc cos y = x⇔ cosx = y. Desse modo, para que 16 cos(α) = 4, devemos ter α = arccos(1/4). Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 4 de 6 5) O objetivo desse exerc´ıcio e´ usar as propriedades da func¸a˜o exponencial ex para investigar as propriedades das func¸o˜es cosseno e seno hiperbo´licos dadas por cosh(t) = et + e−t 2 e senh(t) = et − e−t 2 . Lembrando que ex+y = exey, onde e e´ a base Neperiana, resolva os itens abaixo. (a) Mostre que cosh2(t)− senh2(t) = 1. Fazendo x = cosh(t) e y = senh(t), isso mostra que o ponto (x, y) esta´ sobre a hipe´rbole unita´ria dada por x2 − y2 = 1. (b) Verifique a fo´rmula do cosseno hiperbo´lico da soma cosh(s+ t) = cosh(s)cosh(t) + senh(s)senh(t). (c) Verifique a fo´rmula do seno hiperbo´lico da soma senh(s+ t) = senh(s)cosh(t) + senh(t)cosh(s). (d) Verifique que cosh(t) e´ uma func¸a˜o par enquanto senh(t) e´ uma func¸a˜o ı´mpar. (e) Prove que na˜o existe t ∈ R tal que senh(t) = cosh(t). Compare as propriedades dos itens acima com as suas ana´logas para as func¸o˜es trigo- nome´tricas. Soluc¸o˜es: (a) Uma vez que exe−x = e0 = 1, segue que cosh2(t) = ( et + e−t 2 )2 = (et)2 + 2 + (e−t)2 4 = (et)2 + (e−t)2 4 + 1 2 e senh2(t) = ( et − e−t 2 )2 = (et)2 − 2 + (e−t)2 4 = (et)2 + (e−t)2 4 − 1 2 . Isso que mostra que cosh2(t)− senh2(t) = 1. (b) Usando que ex+y = exey, temos que cosh(s)cosh(t) = ( es + e−s 2 )( et + e−t 2 ) = es+t + es−t + e−s+t + e−s−t 4 e que senh(s)senh(t) = ( es − e−s 2 )( et − e−t 2 ) = es+t − es−t − e−s+t + e−s−t 4 . Isso mostra que cosh(s)cosh(t) + senh(s)senh(t) = 2es+t + 2e−s−t 4 = es+t + e−(s+t) 2 = cosh(s+ t). Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 5 de 6 (c) Usando que ex+y = exey, temos que senh(s)cosh(t) = ( es − e−s 2 )( et + e−t 2 ) = es+t + es−t − e−s+t − e−s−t 4 logo, trocando s por t, temos que senh(t)cosh(s) = et+s + et−s − e−t+s − e−t−s 4 = es+t + e−s+t − es−t − e−s−t 4 . Isso mostra que senh(s)cosh(t) + senh(t)cosh(s) = 2es+t − 2e−s−t 4 = es+t − e−(s+t) 2 = senh(s+ t). (d) Temos que cosh(−t) = e −t + e−(−t) 2 = e−t + et 2 = et + e−t 2 = cosh(t) e senh(−t) = e −t − e−(−t) 2 = e−t − et 2 = −e t − e−t 2 = −senh(t). (e) Suponha que, para algum t ∈ R, tenhamos senh(t) = cosh(t). Enta˜o et − e−t 2 = et + e−t 2 , o que implica que e−t = 0. Mas a igualdade acima nunca se verifica, visto que a imagem da func¸a˜o exponencial e´ o intervalo (0,+∞). Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 01 - Pa´gina 6 de 6 Listas/semana 1/semana_01ex.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Exerc´ıcios – Semana 01 Temas abordados : Introduc¸a˜o ao Ca´lculo e Revisa˜o Sec¸o˜es do livro: 2.1; 1.1 a 1.3; 1.5; 1.6 1) Se a posic¸a˜o de um carro no instante t > 0 e´ dada por s(t) = (4+ t2), enta˜o a velocidade me´dia entre os instantes t = 2 e t = 2 + h e´ dada por (veja Texto 1 e/ou v´ıdeo) s(2 + h)− s(2) h = [4 + (2 + h)2]− [4 + 22] h = · · · = h(4 + h) h = 4 + h. Quanto mais pro´ximo h estiver de zero, mais perto a velocidade me´dia estara´ da veloci- dade em t = 2, de modo que essa velocidade vale v(2) = lim h→0 s(2 + h)− s(2) h = lim h→0 (4 + h) = (4 + 0) = 4. Para cada func¸a˜o abaixo, simplifique o quociente (s(t0+h)−s(t0))/h que da´ a velocidade me´dia entre os instantes t = t0 e t = t0+h. Em seguida, calcule a velocidade v(t0) fazendo h se aproximar de zero. (a) s(t) = t2, no ponto t0 = 3 (b) s(t) = t 3, no ponto t0 = 1 (c) s(t) = √ t, no ponto t0 = 9 (d) s(t) = s0 + v0t + a 2 t2, com s0, v, a ∈ R, em um ponto t0 > 0 gene´rico Dica: para o item (b), lembre que (a+b)3 = a3+3a2b+3ab2+b3; para o item (c), multiplique o numerador e o denominador por ( √ 9 + h+ 3) 2) Sejam I ⊂ R um intervalo aberto e f : I → R uma func¸a˜o. Dado a ∈ I, a reta tangente ao gra´fico de f no ponto (a, f(a)) e´ a (u´nica) reta que passa pelo ponto (a, f(a)) e tem inclinac¸a˜o igual a f ′(a) = lim x→a f(x)− f(a) x− a , quando o limite existe (veja Texto 2 e/ou v´ıdeo). Neste caso, a equac¸a˜o da reta tangente y = y(x) e´ dada por y − f(a) = f ′(a)(x− a). A expressa˜o acima significa que, quando x se aproxima de a, o quociente (f(x)− f(a))/(x− a) se aproxima do nu´mero f ′(a). Por exemplo, se f(x) = x3 e a = 1, enta˜o f ′(1) = lim x→1 x3 − 13 x− 1 = limx→1 (x− 1)(x2 + x+ 1) (x− 1) = limx→1(x 2 + x+ 1) = (12 + 1 + 1) = 3, de modo que a equac¸a˜o da reta tangente no ponto (1, f(1)) = (1, 1) e´ y − 1 = 3(x− 1). Para cada uma das func¸o˜es abaixo, determine a inclinac¸a˜o f ′(a) para o valor de a indicado. Em seguida, calcule a equac¸a˜o da reta tangente ao gra´fico de f no ponto (a, f(a)) (a) f(x) = x2, para a = 2 (b) f(x) = 1 x , para a = 3 (c) f(x) = mx+ b, com m, b ∈ R, para um valor gene´rico de a Dica: para calcular f ′(2) no item (a), fatore o numerador (x2 − 4) de modo a cancelar o denominador (x − 2); no item (b), calcule a diferenc¸a (1/x)− (1/3) reduzindo as frac¸o˜es a um mesmo denominador, de modo a eliminar o denominador (x− 3) Lista de Exerc´ıcios – Semana 01 - Pa´gina 1 de 4 Revisa˜o Nos exerc´ıcios abaixo sa˜o lembrados alguns conteu´dos estudados no Ensino Me´dio. Espera- se que voceˆ consiga resolver todos eles. Se na˜o for esse o caso, este e´ o momento de pegar os livros antigos e recordar as coisas! 1) A func¸a˜o mo´dulo e´ definida, para todo x ∈ R, como sendo |x| = { x se x ≥ 0 −x se x < 0. Marcando o ponto x na reta real, o mo´dulo de x e´ exatamente a distaˆncia desse ponto ate´ o ponto 0. Determine para quais valores de x as igualdades abaixo sa˜o satisfeitas. (a) |x| = 4 (b) |2− x| = −1 (c) |x| = −|x| (d) |2x+ 5| = 4 (e) |x− 3| = |2x+ 1| 2) Determine para quais valores de x as desigualdades abaixo sa˜o satisfeitas. (a) |x| < 2 (b) |5x| ≥ 20 (c) |x| > 0 (d) |x+ 3| ≥ 2 (e) |3x− 8| < 4 3) Determine o domı´nio de cada uma das func¸o˜es abaixo. (a) f(x) = 3x+ 4 x2 − x− 2 (b) g(x) = |x2 − 1| 3 √ x+ 1 (c) h(x) = √|x| − x ex − 1 (d) r(x) = x√|x| − 1 (e) p(x) = √ 1−√1− x2 (f) f(x) = ln(−x2 + 4x− 3) 4) Definimos a soma de duas func¸o˜es f e g como sendo a func¸a˜o (f + g)(x) := f(x) + g(x), ∀ x ∈ dom(f + g) := dom(f) ∩ dom(g). Observe que o domı´nio da func¸a˜o soma e´ a intersecc¸a˜o dos domı´nio de f e g, pois para somar precisamos calcular f(x) e g(x). Por exemplo, se f : R→ R e g : R \ {7} → R sa˜o dadas por f(x) = 2x2 − 8, g(x) = 2 x− 7 , enta˜o (f + g)(x) = f(x) + g(x) = 2x2 − 8 + 2 x− 7, para todo x ∈ dom(f + g) = R \ {7}. De maneira ana´loga definimos subtrac¸a˜o, produto e quociente de duas func¸o˜es. Neste u´ltimo caso e´ importante excluir do domı´nio os pontos que anulam o denominador. Para f e g como acima, determine a expressa˜o e domı´nio de (a) (f − g)(x) := f(x)− g(x) (b) (f · g)(x) := f(x)g(x) (c) ( f g ) (x) := f(x) g(x) (d) ( g f ) (x) := g(x) f(x) 5) Definimos a composic¸a˜o de duas func¸o˜es f e g como sendo a func¸a˜o (f ◦ g)(x) := f(g(x)), ∀ x ∈ dom(f ◦ g) := {x ∈ dom(g) : g(x) ∈ dom(f)}. Para o ca´lculo de (f ◦g)(x), calculamos f(y), com y = g(x). Assim, e´ preciso que y = g(x) esteja no domı´nio de f , da´ı a explicac¸a˜o do domı´nio da composic¸a˜o. Lista de Exerc´ıcios – Semana 01 - Pa´gina 2 de 4 Por exemplo, considerando as func¸o˜es f e g do exerc´ıcio anterior, temos que (g ◦ f)(x) = g(f(x)) = 2 f(x)− 7 = 2 (2x2 − 8)− 7 = 2 2x2 − 15 , ∀ x 6= ± √ 15 2 . Veja que, no domı´nio, tivemos que excluir todos os pontos tais f(x) 6∈ dom(g) = R \ {7}. Assim, eliminamos todos os valores de x reais, tais que f(x) = 2x2 − 8 = 7. Ainda considerando as func¸o˜es f e g como no exerc´ıcio anterior, determine a expressa˜o e domı´nio de cada uma das composic¸o˜es abaixo. (a) (f ◦ g) = f(g(x)) (b) (f ◦ f)(x) = f(f(x)) (c) (g ◦ g)(x) = g(g(x)) 6) Considerando f(x) = (4 − x)/x, determine a expressa˜o e o domı´nio de cada uma das func¸o˜es abaixo. (a) f ( 1 x ) − 1 f(x) (b) f(x2)− f(x)2 (c) f(f(x)) 7) Em cada um dos itens abaixo, encontre a equac¸a˜o da reta que satisfaz as exigeˆncias apresentadas (veja v´ıdeo). (a) passa pelos pontos (3, 4) e (−2, 5) (b) passa pelo ponto (−1, 3) e tem inclinac¸a˜o igual a −1 (c) passa pelo ponto (5,−1) e e´ paralela a` reta 2x+ 5y = 15 (d) passa pelo ponto (0, 1) e e´ perpendicular a` reta 8x− 13y = 13 8) Denotando por x e y os lados de um retaˆngulo cujo per´ımetro e´ igual a 100, determine o domı´nio e a expressa˜o da func¸a˜o d(x) que fornece o comprimento da diagonal do retaˆngulo em func¸a˜o de x. 9) A partir de uma cartolina medindo 14× 22 vamos construir uma caixa sem tampa como segue: recortamos quadrados de lado x em cada um dos ve´rtices da cartolina e dobramos as abas. Determine a expressa˜o e o domı´nio da func¸a˜o V (x) que fornece o volume da caixa em func¸a˜o de x. 10) Sejam x, y e z os lados de um triaˆngulo retaˆngulo, onde x e´ a hipotenusa. Suponha que o triaˆngulo tem per´ımetro igual a 6. Determine a expressa˜o da func¸a˜o A(x) que fornece a a´rea do triaˆngulo em func¸a˜o de x. Dica: eleve os dois lados da igualdade y + z = 6− x ao quadrado. 11) Um grama de gelo, inicialmente a −40oC, e´ posto em uma fonte de calor. Neste expe- rimento, observa-se a menor quantidade de calor absorvido Q(T ), em calorias, para que a amostra atinja temperatura T , em oC. Sabe-se que a cada 1 cal, o gelo aumenta sua temperatura em 2oC. Quando atinge 0oC, sa˜o necessa´rias mais 80 cal para o derretimento total (que ocorre sob temperatura constante). Depois de liquefeita, a a´gua necessita de 1 cal para aumentar sua temperatura em 1oC. (a) Calcule Q(−40), Q(−38), Q(0), Q(1) e Q(2). (b) Determine a expressa˜o de Q(T ), para T ∈ [−40, 80]. Lista de Exerc´ıcios – Semana 01 - Pa´gina 3 de 4 RESPOSTAS 1) (a) v(3) = 6 (b) v(1) = 3 (c) v(9) = 1 6 (d) v(t) = v0 + at 2) (a) f ′(2) = 4, y − 4 = 4(x− 2) (b) f ′(3) = −1 9 , y − 1 3 = −1 9 (x− 3) (c) f ′(a) = m, y = mx+ b Revisa˜o 1) (a) x ∈ {−4, 4} (b) nenhum valor de x, pois |x| ≥ 0 (c) x = 0 (d) x ∈ {−9 2 ,−1 2 } (e) x ∈ {−4, 2 3 } 2) (a) x ∈ (−2, 2) (b) x ∈ R \ (−4, 4) (c) x 6= 0 (d) x ∈ (−∞,−5] ∪ [−1,+∞) (e) x ∈ (4 3 , 4) 3) (a) R \ {−1, 2} (b) R \ {−1} (c) R \ {0} (d) (−∞,−1) ∪ (1,+∞) (e) [−1, 1] (f) (1, 3) 4) (a) (f − g)(x) = 2x2 − 8− 2 (x− 7), para x 6= 7 (b) (f · g)(x) = 4x 2 − 16 x− 7 , para x 6= 7 (c) (f g )(x) = (x2 − 4)(x− 7), para x ∈ R (d) ( g f )(x) = 1 (x− 7)(x2 − 4), para x 6∈ {−2, 2, 7} 5) (a) (f ◦ g)(x) = 8 (x− 7)2 − 8, para x 6= 7 (b) (f ◦ f)(x) = 8x4 − 64x2 + 120, para x ∈ R (c) (g ◦ g)(x) = 2(x− 7)−7x+ 51, para x 6∈ {7, 51 7 } 6) (a) f ( 1 x ) − 1 f(x) = −4(x2 − 4x+ 1) 4− x , para x 6∈ {0, 4} (b) f(x2)− f(x)2 = −2(x 2 − 4x+ 6) x2 , para x 6= 0 (c) f(f(x)) = 5x− 4 4− x , para x 6∈ {0, 4} 7) (a) y = −1 5 x+ 23 5 (b) y = −x+ 2 (c) y = −2 5 x+ 1 (d) y = −13 8 x+ 1 8) d(x) = √ x2 + (50− x)2, x ∈ (0, 50) 9) V (x) = x(22 − 2x)(14− 2x), x ∈ (0, 7) 10) A(x) = 9− 3x 11) (a) Q(−40) = 0, Q(−38) = 1, Q(0) = 20, Q(1) = 101, Q(2) = 102 (b) Q(T ) = { (T/2) + 20 se T ∈ [−40, 0] T + 100 se T ∈ (0, 80] Lista de Exerc´ıcios – Semana 01 - Pa´gina 4 de 4 Listas/semana 10/semana_10ap.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 10 Temas abordados : Concavidade; Esboc¸o de gra´ficos; regra de L’Hospital Sec¸o˜es do livro: 4.4, 4.5 1) Durante o processo de tosse, provocado pela presenc¸a na traque´ia de algum corpo es- tranho, a traque´ia se contrai com o objetivo de aumentar o fluxo de ar atrave´s dela, e assim tornar mais eficiente o me´todo de expulsa˜o do corpo estranho. Segundo Poiseuille, indicando por r0 o raio da traque´ia em estado normal e por r ≤ r0 o seu raio durante a tosse, o fluxo de ar V = V (r) na traque´ia pode ser modelado por V (r) = K r0 2 r4 se 0 ≤ r ≤ r0/2, K(r0 − r) r4 se r0/2 ≤ r ≤ r0, onde K e´ uma constante positiva. (a) Determine os pontos cr´ıticos de V (r) no intervalo (0, r0). (b) Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de V (r). (c) Determine os intervalos em que o gra´fico de V (r) e´ coˆncavo para cima ou para baixo. (d) Use os itens anteriores para esboc¸ar o gra´fico de V (r) no caso em que K = 1. 2) Conforme ilustra a figura abaixo, as a´reas dos retaˆngulos inscritos na circunfereˆncia x2+y2 = 16 podem ser calculadas por meio da func¸a˜o A(x) = 4 x √ 16− x2, com x ∈ [0, 4]. (a) Calcule os pontos cr´ıticos da func¸a˜o A(x) no intervalo (0, 4). (b) Determine os intervalos de crescimento e os de decrescimento da func¸a˜o A(x). (c) Determine os intervalos em que a concavi- dade do gra´fico de A(x) e´ voltada para baixo e os intervalos em que concavidade e´ voltada para cima. (d) Esboce o gra´fico de A(x). x y 3) Suponha que o nu´mero de milhares de pessoas infectadas por um v´ırus seja modelado pela func¸a˜o N(t) = −2t3+at2+bt+c, em que a, b e c sa˜o constantes e o tempo t e´ medido em anos. Suponha ainda que, no instante t = 0, nove mil pessoas estavam infectadas, um ano depois esse nu´mero atingiu um valor mı´nimo e, em seguida, cresceu ate´ atingir um valor ma´ximo para t = 2. (a) Determine as constantes a, b e c a partir das informac¸o˜es dadas. (b) Determine o nu´mero de pessoas infectadas 1, 2 e 3 anos depois do instante t = 0. (c) Determine a concavidade de N(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico para t ∈ [0, 3]. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 1 de 4 4) O mecanismo de suspensa˜o dos automo´veis consiste num sistema composto de uma mola e de um amortecedor. Denotando por s(t) a posic¸a˜o vertical de um ve´ıculo de massa m em relac¸a˜o a posic¸a˜o de equil´ıbrio, temos que a forc¸a da mola e´ dada, pela lei de Hooke, por F = −ks(t) e a forc¸a do amortecedor e´ dada por R = −bv(t), onde v(t) e´ a velocidade instantaˆnea e a constante b e´ denominada viscosidade do amortecedor. Como a forc¸a resultante e´ F +R, pela Segunda Lei de Newton, temos que (∗) ma(t) = −ks(t)− bv(t) para t > 0. Suponha que, em unidades adequadas, m = 1, b = 4 e k = 4 e considere s(t) = −3te−2t. (a) Calcule v(t) e a(t) e verifique que a equac¸a˜o (∗) e´ satisfeita. (b) Calcule os pontos cr´ıticos de s(t) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. (c) Determine os pontos de inflexa˜o de s(t) e os interva- los onde a concavidade e´ voltada para cima e onde e´ voltada para baixo. (d) Determine as ass´ıntotas de s(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico. 5) Considere duas cargas ele´tricas com carga unita´ria e positiva, fixadas num eixo perpen- dicular a uma parede, como na figura abaixo. O potencial ele´trico gerado por essas duas part´ıculas num ponto x ao longo desse eixo e´ dado, em unidades convenientes, pela seguinte func¸a˜o V (x) = 1 |x+ 1| + 1 |x− 1| , x > −1. (a) Verifique que o potencial ele´trico e´ dado por V (x) = − 2 x2 − 1 , −1 < x < 1 2x x2 − 1 , x > 1 (b) Calcule a forc¸a exercida numa part´ıcula de carga unita´ria posicionada em x, dada por F (x) = −V ′(x). (c) Calcule os pontos cr´ıticos de V (x) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. A forc¸a F (x) se anula em algum ponto? (d) Determine os pontos de inflexa˜o de V (x) e seus intervalos de concavidade para cima e para baixo. (e) Determine as ass´ıntotas verticais e horizontais de V (x) e esboce seu gra´fico. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 2 de 4 Gabarito 1. (a) {r0/2, 4r0/5} (b) cresce em (0, r0/2) ∪ (r0/2, 4r0/5); decresce em (4r0/5, r0) (c) coˆncava para cima em (0, r0/2) ∪ (r0/2, 3 r0/5); coˆncava para baixo em (3 r0/5, r0) 2. (a) {√8} (b) cresce em (0, √ 8); decresce em ( √ 8, 4) (c) coˆncava para baixo em (0, 4) 3. (a) a = 9; b = −12; c = 9 (b) 4000, 5000 e 0, respectivamente (c) coˆncava para cima em (0, (3/2)); coˆncava para baixo em ((3/2), 3) 4. (a) v(t) = s′(t) = −3(1− 2t)e−2t, a(t) = v′(t) = 12(1− t)r−2t (b) ponto cr´ıtico: t = 1/2; cresce em (1 2 ,∞); decresce em (0, 1 2 ) (c) ponto de inflexa˜o: t = 1; coˆncava para cima em (0, 1); coˆncava para baixo em (1,∞) (d) s = 0 e´ ass´ıntota horizontal 5. (a) lembre que |y| = y se y ≥ 0, e |y| = −y se y < 0 (b) F (x) = −V ′(x) = − { 4x(x2 − 1)−2, −1 < x < 1 −2(x2 + 1)(x2 − 1)−2, x > 1 (c) ponto cr´ıtico: x = 0 e´ mı´nimo local; cresce em (0, 1); decresce em (−1, 0)∪(1,+∞) (d) coˆncava para cima em todo o domı´nio (e) ass´ıntotas verticais: x = −1 e x = 1; ass´ıntota horizontal: y = 0 Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 3 de 4 Listas/semana 10/semana_10ap_gab.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 10 – Soluc¸o˜es Temas abordados : Concavidade; Esboc¸o de gra´ficos; regra de L’Hospital Sec¸o˜es do livro: 4.4, 4.5 1) Durante o processo de tosse, provocado pela presenc¸a na traque´ia de algum corpo es- tranho, a traque´ia se contrai com o objetivo de aumentar o fluxo de ar atrave´s dela, e assim tornar mais eficiente o me´todo de expulsa˜o do corpo estranho. Segundo Poiseuille, indicando por r0 o raio da traque´ia em estado normal e por r ≤ r0 o seu raio durante a tosse, o fluxo de ar V = V (r) na traque´ia pode ser modelado por V (r) = K r0 2 r4 se 0 ≤ r ≤ r0/2, K(r0 − r) r4 se r0/2 ≤ r ≤ r0, onde K e´ uma constante positiva. (a) Determine os pontos cr´ıticos de V (r) no intervalo (0, r0). (b) Determine os intervalos de crescimento e de decrescimento de V (r). (c) Determine os intervalos em que o gra´fico de V (r) e´ coˆncavo para cima ou para baixo. (d) Use os itens anteriores para esboc¸ar o gra´fico de V (r) no caso em que K = 1. Soluc¸o˜es: (a) Observe que o u´nico ponto onde a func¸a˜o pode na˜o ser deriva´vel e´ r = r0/2. De fato, calculando os limites laterais do quociente de Newton nesse ponto temos que lim r→ r0 2 − V (r)− V ( r0 2 ) r − r0 2 = lim r→ r0 2 − 1 r − r0 2 ( Kr0 2 r4 − Kr0 25 r4 0 ) = Kr4 0 4 , e lim r→ r0 2 + V (r)− V (r0) r − r0 2 = lim r→ r0 2 + 1 r − r0 2 ( K(r0 − r)r4 −K(r0 − r)r 4 0 24 ) = 3Kr4 0 16 , e portanto V na˜o e´ deriva´vel em r = r0/2. A derivada nos intervalos (0, r0/2) e (r0, r) pode ser feita de maneira usual e tem a seguinte expressa˜o V ′(r) = { 2Kr0r 3 se 0 < r < r0/2, K(4r0r 3 − 5r4) se r0/2 < r < r0. (1) Como a func¸a˜o acima se anula somente no ponto r = 4r0/5, os pontos cr´ıticos de f sa˜o r0/2 e 4r0/5. (b) Note que por (1) observa-se que V ′(r) > 0 em (0, r0/2). Ale´m disso, fazendo o estudo do sinal do polinoˆmio 4r0r 3−5r4 observamos que V ′(r) > 0 em (r0/2, 4r0/5) e V ′(r) < 0 em (4r0/5, r0). Dessa forma, a func¸a˜o e´ crescente em (0, r0/2) e (r0/2, 4r0/5), e decrescente em (4r0/5, r0). Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 1 de 9 (c) A derivada segunda pode ser calculada como acima e, apo´s as devidas simplificac¸o˜es, obtemos V ′′(r) = { 6Kr0r 2 se 0 < r < r0/2, 4Kr2(3r0 − 5r) se r0/2 < r < r0. (2) Procedendo de maneira ana´loga a feita do item (b), via estudo do sinal de cada parte da derivada segunda dada em (2), conclu´ımos que a func¸a˜o e´ coˆncava para cima nos intervalos (0, r0/2) e (r0/2, 3 r0/5), e coˆncava para baixo no intervalo (3 r0/5, r0). (d) O gra´fico tem o aspecto mostrado abaixo. Observe que, apesar de na˜o ser deriva´vel r0 2 3r0 5 4r0 5 r0 x ma´xy infl. em r0/2, a func¸a˜o V (r) e´ cont´ınua nesse ponto, sendo portanto crescente em todo o intervalo (0, 4r0/5). Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 2 de 9 2) Conforme ilustra a figura abaixo, as a´reas dos retaˆngulos inscritos na circunfereˆncia x2+y2 = 16 podem ser calculadas por meio da func¸a˜o A(x) = 4 x √ 16− x2, com x ∈ [0, 4]. (a) Calcule os pontos cr´ıticos da func¸a˜o A(x) no intervalo (0, 4). (b) Determine os intervalos de crescimento e os de decrescimento da func¸a˜o A(x). (c) Determine os intervalos em que a concavi- dade do gra´fico de A(x) e´ voltada para baixo e os intervalos em que concavidade e´ voltada para cima. (d) Esboce o gra´fico de A(x). x y Soluc¸o˜es: (a) A derivada de A e´ dada por A′(x) = 4 √ 16− x2 − 4x 2 √ 16− x2 = 64− 8x2√ 16− x2 , 0 < x < 4, (3) e se anula somente no ponto x = √ 8. (b) Como √ 16− x2 > 0 em (0, 4), fazendo o estudo do sinal de 64 − 8x2, conclu´ımos que A(x) e´ crescente em (0, √ 8) e decrescente em ( √ 8, 4). (c) Fazendo a derivada com relac¸a˜o a x em (3), obtemos pela regra do quociente A′′(x) = −16x√ 16− x2 + x(64− 8x2) (16− x2)3/2 = 8x(−24 + x2) (16− x2)3/2 , 0 < x < 4. (4) Agora observe que como x/(16 − x2)3/2 > 0 em 0 < x < 4, estudando-se o sinal do polinoˆmio (64− 8x2), conclu´ımos que o gra´fico tem concavidade voltada para baixo em (0, 4). (d) Com base em (a)-(c), conclu´ımos que o gra´fico de A(x) e´ como ao lado. √ 8 4 x ma´xy Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 3 de 9 3) Suponha que o nu´mero de milhares de pessoas infectadas por um v´ırus seja modelado pela func¸a˜o N(t) = −2t3+at2+bt+c, em que a, b e c sa˜o constantes e o tempo t e´ medido em anos. Suponha ainda que, no instante t = 0, nove mil pessoas estavam infectadas, um ano depois esse nu´mero atingiu um valor mı´nimo e, em seguida, cresceu ate´ atingir um valor ma´ximo para t = 2. (a) Determine as constantes a, b e c a partir das informac¸o˜es dadas. (b) Determine o nu´mero de pessoas infectadas 1, 2 e 3 anos depois do instante t = 0. (c) Determine a concavidade de N(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico para t ∈ [0, 3]. Soluc¸o˜es: (a) Uma vez que N(0) = c e 9 mil pessoas esta- vam infectadas no instante t = 0 conclu´ımos que c = 9. Segue das informac¸o˜es do enun- ciado que N ′(1) = N ′(2) = 0. Uma vez que N ′(t) = −6t2+2at+b, substituindo os valo- res t = 1 e t = 2 conclu´ımos que a e b devem satisfazer o sistema linear{ 2a+ b = 6 4a+ b = 24, e portanto a = 9 e b = −12. Desse modo N(t) = −2t3 + 9t2 − 12t. y ma´x. loc. 9 5 4.5 4 mı´n. loc. 1 1.5 2 x 3 (b) Basta usar a expressa˜o de N(t). (c) Como N ′′(t) = −12t+18, estudando o sinal de N ′′ conclu´ımos que N e´ coˆncava para cima em (0, 3 2 ) e coˆncava para baixo em (3 2 , 3). Pelos dados do enunciado ja´ sabemos que t = 1 e t = 2 sa˜o pontos cr´ıticos de N(t). Como N(t) e´ deriva´vel, e N ′(t) e´ um polinoˆmio do segundo grau, conclu´ımos que estes sa˜o os u´nicos pontos cr´ıticos de N(t). Ainda pelo enunciado, ja´ sabemos que estes sa˜o pontos de ma´ximo local e mı´nimo local, respectivamente. Note que o item (b) confirma esta´ informac¸a˜o. Agora, como N ′′(t) troca de sinal em t = 1.5, segue que este e´ um ponto de inflexa˜o. Notando que N(3/2) = 9/2, e usando as informac¸o˜es dos itens (a)-(d) obtemos o gra´fico ao lado. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 4 de 9 4) O mecanismo de suspensa˜o dos automo´veis consiste num sistema composto de uma mola e de um amortecedor. Denotando por s(t) a posic¸a˜o vertical de um ve´ıculo de massa m em relac¸a˜o a posic¸a˜o de equil´ıbrio, temos que a forc¸a da mola e´ dada, pela lei de Hooke, por F = −ks(t) e a forc¸a do amortecedor e´ dada por R = −bv(t), onde v(t) e´ a velocidade instantaˆnea e a constante b e´ denominada viscosidade do amortecedor. Como a forc¸a resultante e´ F +R, pela Segunda Lei de Newton, temos que (∗) ma(t) = −ks(t)− bv(t) para t > 0. Suponha que, em unidades adequadas, m = 1, b = 4 e k = 4 e considere s(t) = −3te−2t. (a) Calcule v(t) e a(t) e verifique que a equac¸a˜o (∗) e´ satisfeita. (b) Calcule os pontos cr´ıticos de s(t) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. (c) Determine os pontos de inflexa˜o de s(t) e os interva- los onde a concavidade e´ voltada para cima e onde e´ voltada para baixo. (d) Determine as ass´ıntotas de s(t) e, em seguida, esboce o seu gra´fico. Soluc¸o˜es: (a) Temos que v(t) = −3(te−2t)′ = −3((t)′e−2t + (e−2t)′t) = −3(e−2t − 2te−2t) = −3(1− 2t)e−2t e tambe´m que a(t) = −3((1− 2t)e−2t)′ = −3((1− 2t)′e−2t + (e−2t)′(1− 2t)) = 12(1− t)e−2t. Segue enta˜o que −4s(t)− 4v(t) = −4(−3te−2t +−3(1− 2t)e−2t) = 12(1− t)e−2t = a(t), verificando a equac¸a˜o (∗). (b) Temos que s′(t) = v(t) = 0 se e so´ se t = 1/2, que e´ o u´nico ponto cr´ıtico. Ale´m disso, como e−2t > 0, segue que o sinal s′(t) e´ igual ao sinal de −3(1 − 2t). Logo temos que s′(t) > 0, se t > 1 2 e tambe´m s′(t) < 0, se 0 ≤ t < 1 2 . Portanto a func¸a˜o s cresce em (1 2 ,∞) e decresce em [0, 1 2 ). Temos enta˜o que t = 1/2 e´ ponto de mı´nimo global de s. (c) Como e−2t > 0, segue que o sinal s′′(t) = a(t) e´ igual ao sinal de 12(1 − t). Logo s′′(t) > 0, se 0 ≤ t < 1 e tambe´m s′′(t) < 0, se t > 1. Portanto a func¸a˜o s tem concavidade para cima em [0, 1) e tem concavidade para baixo em (1,∞). Temos enta˜o que t = 1 e´ um ponto de inflexa˜o de s. (d) Na˜o existem ass´ıntotas verticais nem ass´ıntota horizontal pela esquerda, uma vez que s(t) e´ cont´ınua e esta´ definida em [0,∞). Para determinar se existe ass´ıntota horizontal pela direita, calculamos o limite lim t→∞ s(t) = lim t→∞ −3t e2t = lim t→∞ −3 2e2t = 0, Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 5 de 9 onde usamos L’Hospital, de modo que s = 0 e´ ass´ıntota horizontal pela direita. Usando essas informac¸o˜es, podemos esboc¸ar o gra´fico de s(t) como ilustrado abaixo. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 6 de 9 5) Considere duas cargas ele´tricas com carga unita´ria e positiva, fixadas num eixo perpen- dicular a uma parede, como na figura abaixo. O potencial ele´trico gerado por essas duas part´ıculas num ponto x ao longo desse eixo e´ dado, em unidades convenientes, pela seguinte func¸a˜o V (x) = 1 |x+ 1| + 1 |x− 1| , x > −1. (a) Verifique que o potencial ele´trico e´ dado por V (x) = − 2 x2 − 1 , −1 < x < 1 2x x2 − 1 , x > 1 (b) Calcule a forc¸a exercida numa part´ıcula de carga unita´ria posicionada em x, dada por F (x) = −V ′(x). (c) Calcule os pontos cr´ıticos de V (x) e determine seus extremos locais e seus intervalos de crescimento e decrescimento. A forc¸a F (x) se anula em algum ponto? (d) Determine os pontos de inflexa˜o de V (x) e seus intervalos de concavidade para cima e para baixo. (e) Determine as ass´ıntotas verticais e horizontais de V (x) e esboce seu gra´fico. Soluc¸o˜es: (a) Para −1 < x < 1 temos que x+ 1 > 0 e que x− 1 < 0, portanto V (x) = 1 x+ 1 − 1 x− 1 = − 2 x2 − 1 = −2(x 2 − 1)−1. Para x > 1 temos que x+ 1 > 0 e que x− 1 > 0, portanto V (x) = 1 x+ 1 + 1 x− 1 = 2x x2 − 1 = 2x(x 2 − 1)−1. (b) Basta obter V ′(x). Como V (x) na˜o esta´ definida no ponto x = 1 onde muda sua expressa˜o alge´brica, para derivar V (x) basta derivar cada expressa˜o alge´brica (−2(x2 − 1)−1)′ = 4x(x2 − 1)−2, (2x(x2 − 1)−1)′ = 2(x2 − 1)−1 − 4x2(x2 − 1)−2 = −2(x2 + 1)(x2 − 1)−2, de modo que V ′(x) = { 4x(x2 − 1)−2, −1 < x < 1 −2(x2 + 1)(x2 − 1)−2, x > 1 (c) Nas ana´lises de sinal, vamos usar diversas vezes que x2 − 1 e´ negativo para −1 < x < 1 e positivo para x > 1 e que (x2 − 1)2 e´ positivo para x 6= ±1. Pelo item (b), o sinal de V ′(x) em (−1, 1) e´ o sinal de x. Segue que x = 0 e´ ponto cr´ıtico, que V (x) e´ decrescente em (−1, 0) e crescente em (0, 1). Em particular, x = 0 e´ um mı´nimo local. O sinal de V ′(x) em (1,∞) e´ o sinal de −(x2 + 1) que e´ sempre negativo. Segue que V (x) e´ decrescente em (1,∞). Como x = 0 e´ o u´nico ponto cr´ıtico de V (x), segue esse e´ o u´nico ponto onde a forc¸a F (x) se anula. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 7 de 9 (d) Uma vez que V ′(x) na˜o esta´ definida no ponto x = 1 onde muda sua expressa˜o alge´brica, para obter V ′′(x) basta derivar cada expressa˜o alge´brica (4x(x2 − 1)−2)′ = 4(x2 − 1)−2 − 16x2(x2 − 1)−3 = −4(3x2 + 1)(x2 − 1)−3 (−2(x2+1)(x2−1)−2)′ = −4x(x2−1)−2+8(x2+1)x(x2−1)−3 = 4x(x2+3)(x2−1)−3 de modo que V ′′(x) = { −4(3x2 + 1)(x2 − 1)−3, −1 < x < 1 4x(x2 + 3)(x2 − 1)−3, x > 1 O sinal de V ′′(x) em (−1, 1) e´ o sinal de −(x2 − 1)−3, que e´ o sinal de −(x2 − 1), que e´ positivo para −1 < x < 1. Segue que V possui concavidade para cima em (−1, 1). O sinal de V ′′(x) em (1,∞) e´ o sinal de x(x2 − 1)−3, que e´ o sinal de x2 − 1, que e´ positivo para x > 1. Segue que V possui concavidade para cima em (1,∞). Portanto V (x) sempre possui concavidade para cima e na˜o possui pontos de inflexa˜o. (e) Uma vez que V (x) e´ cont´ınua em (−1, 1)∪(1,∞), os candidatos a ass´ıntotas verticais sa˜o x = −1 e x = 1. Temos que lim x↓−1 V (x) = lim x↓−1 − 2 x2 − 1 = +∞, uma vez que x2−1 se anula em x = −1 e que o sinal de −2/(x2−1) quando x ↓ −1 e´ positivo. Com uma ana´lise ana´loga, conclu´ımos que lim x↑1 V (x) = lim x↑1 − 2 x2 − 1 = +∞. Segue que ambas x = 1 e x = −1 sa˜o ass´ıntotas verticais de V (x). Temos por u´ltimo que lim x↓1 V (x) = lim x↓1 2x x2 − 1 = +∞, uma vez que x2−1 se anula em x = 1, que 2x na˜o se anula em x = −1 e que o sinal de 2x/(x2 − 1) quando x ↓ 1 e´ positivo. Pela forma do domı´nio de V (x) ela so´ pode ter ass´ıntota horizontal a` direita. Temos que lim x→∞ V (x) = lim x→∞ 2x x2 − 1 = limx→∞ 2 2x = 0, onde usamos L’Hospital no limite indeterminado ∞/∞. Segue que y = 0 e´ uma ass´ıntota horizontal a` direita de V (x). Para esboc¸ar o gra´fico de V (x) primeiro notamos que V (x) e´ sempre positivo, o que segue da sua expressa˜o no enunciado da questa˜o. Do item (c) segue que V ′′(x) e´ sempre positivo. Assim, o gra´fico de V (x) esta´ sempre acima do eixo x com concavidade para cima. O item (b) nos diz que V (x) e´ decrescente em (−1, 0), crescente em (0, 1) e novamente decrescente em (1,∞). Juntando essa informac¸a˜o com a informac¸a˜o das ass´ıntotas, temos que o esboc¸o do gra´fico de V (x) abaixo. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 8 de 9 Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 10 - Pa´gina 9 de 9 Listas/semana 10/semana_10ex.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 Temas abordados : Concavidade; Esboc¸o de gra´ficos Sec¸o˜es do livro: 4.4 1) Para as func¸o˜es f abaixo determine: pontos cr´ıticos, ma´ximos e mı´nimos locais, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de inflexa˜o, intervalos onde f e´ coˆncava para cima e para baixo, ass´ıntotas verticais. Note que as derivadas ja´ esta˜o dadas. (a) f(x) = 16− x2 4(x− 2)2 , f ′(x) = x− 8 (x− 2)3 , f ′′(x) = 2(11− x) (x− 2)4 (b) f(x) = x2 − x+ 1 x− 1 , f ′(x) = x(x− 2) (x− 1)2 , f ′′(x) = 2 (x− 1)3 (c) f(x) = 3 4 3 √ x(x− 4), f ′(x) = x− 1 3 √ x2 , f ′′(x) = 1 3 (x+ 2) 3 √ x5 2) Para cada uma das func¸o˜es abaixo determine: pontos cr´ıticos, ma´ximos e mı´nimos locais, intervalos de crescimento e decrescimento, pontos de inflexa˜o, intervalos onde f e´ coˆncava para cima e para baixo. Determine ainda as (poss´ıveis) ass´ıntotas e, finalmente, fac¸a um esboc¸o do gra´fico da func¸a˜o. (a) f(x) = −2x3 − 3x2 + 12x+ 4 (b) f(x) = 3x4 − 8x3 + 6x2 + 2 (c) f(x) = ln(x) (d) f(x) = ex (e) f(x) = tan(x2), x ∈ (− √ pi/2, √ pi/2) (f) f(x) = arctan(x) (g) f(x) = arccos(x), x ∈ (−1, 1) (h) f(x) = x 3 − 2 x (i) f(x) = 2x2 − 8 x2 − 16 (j) f(x) = e −x − e−2x (k) f(x) = x+ sen x, x ∈ (0, 2pi) (l) f(x) = x 2 − 1 x3 3) Repita o que foi feita no exerc´ıcio acima para as func¸o˜es seguintes. (a) f(x) = 2x+ 200 x (b) f(x) = (x+ 1)2 1 + x2 (c) f(x) = x+ 1 x− 1 (d) f(x) = e−x 2/2 (e) f(x) = ln(1 + x2) Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 - Pa´gina 1 de 5 RESPOSTAS 1) (a) pontos cr´ıticos: x = 8 (mı´nimo local) crescente em: (−∞, 2); (8,+∞) decrescente em: (2, 8) concavidade volta para cima em: (−∞, 2); (2, 11) Observe que estaria incorreto dizer que f e´ coˆncava para cima em (−∞, 11) porque 2 6∈ dom(f) concavidade volta para baixo em: (11,+∞) ponto de inflexa˜o: x = 11 ass´ıntota vertical: x = 2 ass´ıntota horizontal: y = −1/4 (b) pontos cr´ıticos: x = 0 (ma´ximo local); x = 2 (mı´nimo local) crescente em: (−∞, 0); (2,+∞) decrescente em: (0, 1); (1, 2) Observe que estaria incorreto dizer que f e´ decrescente em (0, 2) porque 1 6∈ dom(f) concavidade volta para cima em: (1,+∞) concavidade volta para baixo em: (−∞, 1) ass´ıntota vertical: x = 1 (c) pontos cr´ıticos: x = 0 (na˜o e´ extremo local); x = 1 (mı´nimo local) crescente em: (1,+∞) decrescente em: (−∞, 1) concavidade volta para cima em: (−∞,−2); (0,+∞) concavidade volta para baixo em: (−2, 0) pontos de inflexa˜o: x = −2; x = 0 2) (a) pontos cr´ıticos: x = −2 (mı´nimo local); x = 1 (ma´ximo local) crescente em (−2, 1) decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞,−2); (1,+∞) concavidade voltada para cima em: (−∞,−1/2) concavidade voltada para baixo em: (−1/2,+∞) ponto de inflexa˜o: x = −1/2 (b) pontos cr´ıticos: x = 0 (mı´nimo local); x = 1 (na˜o e´ extremo local) crescente em (0,+∞) decrescente em (−∞, 0) concavidade voltada para cima em: (−∞, 1/3) ∪ (1,+∞) concavidade voltada para baixo em: (1/3, 1) pontos de inflexa˜o: x = 1/3 e x = 1 (c) pontos cr´ıticos: na˜o existem sempre crescente concavidade sempre voltada para baixo pontos de inflexa˜o: na˜o existem ass´ıntota vertical: x = 0 (d) pontos cr´ıticos: na˜o existem sempre crescente Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 - Pa´gina 2 de 5 concavidade sempre voltada para cima pontos de inflexa˜o: na˜o existem ass´ıntota horizontal: y = 0 (e) pontos cr´ıticos: x = 0 (mı´nimo local) crescente em : (0, √ pi/2) decrescente em: (− √ pi/2, 0) concavidade sempre voltada para cima pontos de inflexa˜o: na˜o existem ass´ıntotas verticais: x = − √ pi/2; x = + √ pi/2 (f) sempre crescente concavidade voltada para cima em: (−∞, 0) concavidade voltada para baixo em: (0,+∞) ponto de inflexa˜o: x = 0 ass´ıntotas horizontais: y = −pi/2; y = pi/2 (g) sempre decrescente concavidade voltada para cima em: (−1, 0) concavidade voltada para baixo em: (0, 1) ponto de inflexa˜o: x = 0 (h) pontos cr´ıticos: x = −1 (mı´nimo local) crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−1, 0; (0,+∞) decrescente em: (−∞,−1) concavidade volta para cima em: (−∞, 0) ∪ (21/3,+∞) concavidade volta para baixo em: (0, 21/3) pontos de inflexa˜o: x = 21/3 ass´ıntotas verticais: x = 0 (i) pontos cr´ıticos: x = 0 (ma´ximo local) crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞,−4); (−4, 0) decrescente em cada um dos intervalos seguintes:: (0, 4); (4,+∞) concavidade volta para cima em: (−∞,−4) ∪ (4,+∞) concavidade volta para baixo em: (−4, 4) pontos de inflexa˜o: nenhum Observe que estaria incorreto dizer que x = −4 ou x = 4 sa˜o pontos de infleca˜o porque, ainda que a concavidade troque, a func¸a˜o na˜o e´ cont´ınua nestes pontos ass´ıntotas verticais: x = −4; x = 4 ass´ıntotas horizontais: y = 2 (j) pontos cr´ıticos: x = ln 2 (ma´ximo local) crescente em: (−∞, ln 2) decrescente em: (ln 2,+∞) concavidade volta para cima em: (ln 4,+∞) concavidade volta para baixo em: (−∞, ln 4) pontos de inflexa˜o: x = 2 ln 2 = ln 4 ass´ıntotas verticais: na˜o existem ass´ıntotas horizontais: y = 0 (k) pontos cr´ıticos: x = pi (na˜o e´ extremo local) Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 - Pa´gina 3 de 5 crescente em: (0, 2pi) decrescente em: nunca concavidade volta para cima em: (pi, 2pi) concavidade volta para baixo em: (0, pi) pontos de inflexa˜o: x = pi ass´ıntotas verticais: na˜o existem ass´ıntotas horizontais: na˜o existem (l) pontos cr´ıticos: x = −√3 (mı´nimo local); x = √3 (ma´ximo local) crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−√3, 0); (0,√3) decrescente em cada um dos intervalos seguintes:: (−∞,−√3); (√3,+∞) concavidade volta para cima em: (−√6, 0) ∪ (√6,+∞) concavidade volta para baixo em: (−∞,−√6) ∪ (0,√6) pontos de inflexa˜o: x = −√6; x = √6 ass´ıntotas verticais: x = 0 ass´ıntotas horizontais: y = 0 3) (a) pontos cr´ıticos: x = −10 (ma´ximo local); x = 10 (mı´nimo local) crescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞,−10); (10,+∞) decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−10, 0); (0, 10) concavidade voltada para cima em: (0,+∞) concavidade voltada para baixo em: (−∞, 0) pontos de inflexa˜o: na˜o existem ass´ıntotas verticais: x = 0 (b) pontos cr´ıticos: x = −1 (mı´nimo local); x = 1 (ma´ximo local) crescente em: (−1, 1) decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞,−1); (1,+∞) concavidade voltada para cima em: (−√3, 0) ∪ (√3,+∞) concavidade voltada para baixo em: (−∞,−√3) ∪ (0,√3) pontos de inflexa˜o: x = −√3, x = 0 e x = √3 ass´ıntotas verticais: na˜o existem ass´ıntotas horizontais: y = 1 (c) pontos cr´ıticos: na˜o existem decrescente em cada um dos intervalos seguintes: (−∞, 1); (1,+∞) concavidade voltada para cima em: (1,+∞) concavidade voltada para baixo em: (−∞, 1) pontos de inflexa˜o: na˜o existem ass´ıntotas verticais: x = 1 ass´ıntotas horizontais: y = 1 (d) pontos cr´ıticos: x = 0 (ma´ximo local) crescente em: (−∞, 0) decrescente em: (0,+∞) concavidade voltada para cima em: (−∞,−1) ∪ (1,+∞) concavidade voltada para baixo em: (−1, 1) ponto de inflexa˜o: x = −1 e x = 1 ass´ıntotas verticais: na˜o existem ass´ıntotas horizontais: y = 0 Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 - Pa´gina 4 de 5 (e) pontos cr´ıticos: x = 0 (mı´nimo local) crescente em: (0,+∞) decrescente em: (−∞, 0) concavidade voltada para cima em: (−1, 1) concavidade voltada para baixo em: (−∞,−1) ∪ (1,+∞) ponto de inflexa˜o: x = −1 e x = 1 Apresentamos abaixo o gra´fico de cada uma das func¸o˜es do exerc´ıcio. (a) f(x) = 2x+ 200 x (b) f(x) = (x+1) 2 1+x2 (c) f(x) = x+ 1 x− 1 (d) f(x) = e−x 2/2 (e) f(x) = ln(1 + x2) Figura 1: Gra´ficos do exerc´ıcio 4 Lista de Exerc´ıcios – Semana 10 - Pa´gina 5 de 5 Listas/semana 11/semana_11ex.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Exerc´ıcios – Semana 11 Temas abordados : Regra de L’Hoˆpital Sec¸o˜es do livro: 4.6 1) Resolva as indeterminac¸o˜es abaixo usando a Regra de L’Hoˆpital. (veja Vı´deo 1) (a) lim x→1 ex−1 − 1 x− 1 (b) limx→0+ ln(x+ 1) x (c) lim x→+∞ ln x x (d) lim x→+∞ x2 − 1 ex2 2) Em alguns casos, e´ necessa´rio aplicar a Regra de L’Hoˆpital mais de uma vez. Por exemplo, lim x→+∞ ex x2 = lim x→+∞ ex 2x = lim x→+∞ ex 2 = +∞. Note que tanto o primeiro quanto o segundo limite sa˜o indeterminac¸o˜es do tipo ∞/∞, enquanto o u´ltimo pode ser resolvido com as regras usuais do limite. Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı´deo 1) (a) lim x→0 ex − 1− x− x2 2 x2 (b) lim x→0 cos2 x− 1 x2 (c) lim x→+∞ x2 + 3e3x e3x (d) lim x→0 ln(1 + x)− x− x2 2 − x3 6 x3 3) A Regra de L’Hoˆpital se aplica somente a indeterminac¸o˜es do tipo 0/0 e ∞/∞. Em alguns casos, quando temos uma indeterminac¸a˜o do tipo 0·∞, uma manipulac¸a˜o alge´brica adequada nos permite aplicar L’Hoˆpital. Por exemplo, lim x→−∞ (x− 3)ex = lim x→−∞ x− 3 e−x = lim x→−∞ 1 −e−x = 0. Note que, no segundo limite acima, temos uma indeterminac¸a˜o do tipo ∞/∞, enquanto no u´ltimo o denominador tende para infinito. Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı´deo 2) (a) lim x→0+ x2 ln(x) (b) lim x→+∞ x sen(1/x) = 1 4) O limite lim x→0+ (1 + x)1/x e´ uma indeterminac¸a˜o do tipo 1∞. Ele pode ser calculado, observando-se que (1 + x)1/x = eln(1+x) 1/x = e ln(1+x) x Vimos no primeiro exerc´ıcio que limx→0+ ln(1+x) x = 1. Assim, como a func¸a˜o exponencial e´ cont´ınua, temos que lim x→0+ (1 + x)1/x = lim x→0+ e ln(1+x) x = elimx→0+ ln(1+x) x = e1 = e. Use a ideia acima para resolver os limites abaixo. (veja Vı´deo 2) (a) lim x→0+ xx (b) lim x→∞ (1 + 2x) 1 2 ln(x) Lista de Exerc´ıcios – Semana 11 - Pa´gina 1 de 2 5) Calcule cada um dos limites abaixo. (a) lim x→0 √ 1 + x− 1− (x/2) x2 (b) lim x→0 x arctan(x) (c) lim x→0+ ( 1 + 1 x )x (d) lim x→0 8x2 cos(x)− 1 (e) lim x→+∞ √ 9x+ 1√ x− 1 (f) lim x→−∞ x−2e−x 2 (g) lim x→+∞ ln(ln(x)) ln x (h) lim x→0 x cos ( 1 x ) (i) lim x→0 (cosx)1/x 2 (j) lim x→0+ xr ln(x), com r > 0 (k) lim x→+∞ x2 ln(x) (l) lim x→0 tan(x) x (m) lim x→+∞ p(x) ex , onde p e´ um polinoˆmio (n) lim x→0+ √ x√ sen(x) (o) lim x→2− 3 + x x− 2 (p) limx→4− √ x2 − 8x+ 16 x− 4 RESPOSTAS 1) (a) 1 (b) 1 (c) 0 (d) 0 2) (a) 0 (b) −1 (c) 3 (d) na˜o existe 3) (a) 0 (b) 1 4) (a) 1 (b) e1/2 5) (a) −1/8 (b) 1 (c) 1 (d) −16 (e) 3 (f) 0 (g) 0 (h) 0 (i) −1/2 (j) 0 (k) +∞ (l) 1 (m) 0 (n) 1 (o) −∞ (p) −1 Lista de Exerc´ıcios – Semana 11 - Pa´gina 2 de 2 Listas/semana 2/semana_02ap.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 02 Temas abordados : Limites no ponto (conceito intuitivo e formal) Sec¸o˜es do livro: 2.1 a 2.4 1) Suponha que um comprimido tenha a forma de um cilindro circular reto de raio da base igual a 4 mm, altura h > 0, e deva ter volume igual a 20 mm3. Como o processo de fabricac¸a˜o esta´ sujeito a erros, a altura h deve ser razoavelmente precisa, uma vez que dela depende a dosagem de medicamento que e´ ingerida pelo paciente. (a) Determine, em func¸a˜o de h, o volume V (h) do com- primido. (b) Determine o valor h0 para que o volume do compri- mido seja igual a V (h0) = V0 = 20 mm 3. h 4 mm (c) Determine, em mm, o erro ma´ximo tolerado na altura h de maneira que |V (h)−20| seja inferior a 1/10. (d) Dado ε > 0, encontre δ > 0 tal que o erro |V (h) − 20| no volume do comprimido seja menor do que ε sempre que o erro na altura |h− h0| seja menor do que δ. 2) Uma companhia de turismo cobra uma taxa de servic¸o fixa de R$ 50,00 para pacotes tur´ısticos de valor menor ou igual a R$ 1.000,00. Para pacotes de valor superior a R$ 1.000,00 e menor ou igual a R$ 5.000,00, a companhia cobra uma taxa fixa de R$ 30,00 acrescida de 2% do valor do pacote. Para os demais pacotes, a taxa fixa e´ de R$ c, acres- cida de 1% do valor do pacote. Indicando por T (x) o valor total da taxa de servic¸o cobrada por um pacote tur´ıstico no valor de x reais, julgue os itens abaixo, justificando suas respostas. (a) O gra´fico da func¸a˜o T (x) conte´m o ponto (3000, 90). (b) Para c = 100, na˜o e´ poss´ıvel encontrar um pacote tur´ıstico de valor R$ x0 de modo que se tenha T (x0) = 140. (c) limx→1000+ T (x) = 50. (d) Na˜o existe o limite limx→1000 T (x). (e) limx→5000+ T (x) na˜o depende de c. (f) c = 80 se, e somente se, limx→5000 T (x) = T (5000). 3) Um ga´s e´ mantido a uma temperatura constante em um pista˜o. A` medida que o pista˜o e´ comprimido, o volume do ga´s decresce com a func¸a˜o V (P ) = 200/P litros, ate´ atingir a pressa˜o cr´ıtica de 100 torr quando ele se liquidifica, havendo nesse momento uma variac¸a˜o brusca de volume. Em seguida, o seu volume passa a ser dado pela func¸a˜o V (P ) = −0, 01P + 2 ate´ que seja atingida a nova pressa˜o cr´ıtica de 150 torr, a partir da qual o volume permanece constante e igual a 0,5 litros. (a) Determine a expressa˜o de V (P ). (b) Calcule os limites laterais lim P→P − 0 V (P ) e lim P→P + 0 V (P ) para P0 = 100. Em seguida, decida sobre a existeˆncia do limite lim P→P0 V (P ) (c) Repita o item acima para P0 = 150. (d) O que acontece com o volume V (P ) para valores P pro´ximos de zero? 4) Considere o c´ırculo unita´rio da figura abaixo, em que α denota um aˆngulo no intervalo (0, pi/2). O triaˆngulo ∆OAB, cuja altura esta´ representada por h, esta´ contido no setor circular SOAB, que, por sua vez, esta´ contido no triaˆngulo ∆OCB de altura H . (a) Determine, em termos de h, α e H , as expresso˜es das a´reas do triaˆngulo ∆OAB, do setor circular SOAB e do triaˆngulo ∆OCB. Em seguida, use a figura para comparar tais grandezas. (b) Determine, com ajuda de func¸o˜es trigonome´tricas convenientes, uma equac¸a˜o que relaciona α e h; e outra que relaciona α e H . (c) Use os itens (a) e (b) para mostrar que se α ∈ (0, pi/2), enta˜o vale 0 < senα < α < tgα. (d) Use o item (c) para mostrar que limα→0+ senα = 0. (e) Usando o mesmo me´todo para aˆngulos pertencentes ao intervalo (−pi/2, 0), mostre que limα→0− senα = 0. Em seguida, conclua que limα→0 senα = 0. O A B C h H α OA = OB = 1 5) Ainda com respeito a` figura do exerc´ıcio acima, vamos mostrar o Limite Trigonome´trico Fundamental. (a) Sabendo que cosα > 0 sempre que α ∈ (−pi/2, pi/2) fac¸a cosα = √ 1− (senα)2 e conclua que limα→0 cosα = 1. (b) Inverta a desigualdade senα < α < tgα, va´lida para α ∈ (0, pi/2). (c) Lembrando que se α ∈ (0, pi/2) temos senα > 0 use o item acima para mostrar que, nesse intervalo, vale cosα < senα α < 1. (d) Mostre que limα→0+ senα α = 1. (e) Use um procedimento ana´logo para aˆngulos pertencentes ao intervalo (−pi/2, 0) e mostre que limα→0− senα α = 1. Em seguida, conclua que limα→0 senα α = 1. Gabarito 1. (a) V (h) = 42pih (b) h0 = 20/(4 2pi) (c) 1/(10× 42pi) (d) δ ≤ ε/(42pi) 2. Itens corretos: (a), (b), (c), (f) 3. (a) V (P ) = 200/P, se 0 < P ≤ 100, −0, 01P + 2, se 100 < P ≤ 150, 0, 5, se 150 < P. (b) limP→100− V (P ) = 2, limP→100+ V (P ) = 1. Na˜o existe o limite. (c) limP→150− V (P ) = 1/2, limP→150+ V (P ) = 1/2. O limite existe e vale 1/2 (d) se torna cada vez maior 4. (a) a´rea ∆OAB = h/2; a´rea SOAB = α/2 ; a´rea ∆OBC = H/2 (b) h = senα ; H = tgα 5. (a) (b) cosα senα < 1 α < 1 senα Listas/semana 2/semana_02ap_gab.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 02 – Soluc¸o˜es Temas abordados : Limites no ponto (conceito intuitivo e formal) Sec¸o˜es do livro: 2.1 a 2.4 1) Suponha que um comprimido tenha a forma de um cilindro circular reto de raio da base igual a 4 mm, altura h > 0, e deva ter volume igual a 20 mm3. Como o processo de fabricac¸a˜o esta´ sujeito a erros, a altura h deve ser razoavelmente precisa, uma vez que dela depende a dosagem de medicamento que e´ ingerida pelo paciente. (a) Determine, em func¸a˜o de h, o volume V (h) do com- primido. (b) Determine o valor h0 para que o volume do compri- mido seja igual a V (h0) = V0 = 20 mm 3. h 4 mm (c) Determine, em mm, o erro ma´ximo tolerado na altura h de maneira que |V (h)−20| seja inferior a 1/10. (d) Dado ε > 0, encontre δ > 0 tal que o erro |V (h) − 20| no volume do comprimido seja menor do que ε sempre que o erro na altura |h− h0| seja menor do que δ. Soluc¸o˜es: (a) O volume de um cilindro reto e´ dado pela a´rea base vezes a sua altura, de modo que V (h) = 42pih. (b) Basta resolver a equac¸a˜o V (h0) = 20 para obter h0 = 20/(4 2pi). (c) Para estimar o erro do volume em termos do erro na altura basta notar que |V (h)− 20| = |V (h)− V (h0)| = |42pih− 42pih0| = 42pi|h− h0|. Logo |V (h)− 20| < 1/10, sempre que |h− h0| < 1/(10× 42pi). Dessa forma, o erro ma´ximo e´ dado por 1/(10× 42pi). (d) Basta usar as ideias do item anterior, substituindo 1/10 por ε e considerando δ > 0 como o erro ma´ximo. Da fato, |V (h)− V (h0)| = |42pih− 42pih0| = 42pi|h− h0| (1) Logo, se |h− h0| < ε/(42pi) Temos por (1) que |V (h)− V (h0)| < ε Logo basta tomar δ < ε/(42pi). 2) Uma companhia de turismo cobra uma taxa de servic¸o fixa de R$ 50,00 para pacotes tur´ısticos de valor menor ou igual a R$ 1.000,00. Para pacotes de valor superior a R$ 1.000,00 e menor ou igual a R$ 5.000,00, a companhia cobra uma taxa fixa de R$ 30,00 acrescida de 2% do valor do pacote. Para os demais pacotes, a taxa fixa e´ de R$ c, acres- cida de 1% do valor do pacote. Indicando por T (x) o valor total da taxa de servic¸o cobrada por um pacote tur´ıstico no valor de x reais, julgue os itens abaixo, justificando suas respostas. (a) O gra´fico da func¸a˜o T (x) conte´m o ponto (3000, 90). (b) Para c = 100, na˜o e´ poss´ıvel encontrar um pacote tur´ıstico de valor R$ x0 de modo que se tenha T (x0) = 140. (c) limx→1000+ T (x) = 50. (d) Na˜o existe o limite limx→1000 T (x). (e) limx→5000+ T (x) na˜o depende de c. (f) c = 80 se, e somente se, limx→5000 T (x) = T (5000). Soluc¸o˜es: Note que 0, 02x e´ a maneira anal´ıtica de expressarmos 2% de um dado valor x. Logo T (x) = 50, se x ∈ (0, 1000], 30 + 0, 02x, se x ∈ (1000, 5000], c+ 0, 01x, se x ∈ (5000,+∞). (a) Como T (3000) = 30 + 0, 02 × 3000 = 90 o ponto (3000, 90) pertence ao gra´fico da func¸a˜o. (b) Observe que se T (x0) = 140 enta˜o x0 > 5000. Da´ı considere c = 100 na expressa˜o acima e desenhe o gra´fico de T . Para resolver os quatro u´ltimos itens basta lembrar que limx→a T (x) existe se, e somente se, os limites laterais no ponto existem e sa˜o iguais. Nesse caso, esse valor comum e´ igual ao valor do limite. (c) No ca´lculo de limx→1000+ T (x) lembre que interessam somente os valores de T (x) quando x esta´ a` direita e pro´ximo do ponto a = 1000. Assim, lim x→1000+ T (x) = lim x→1000+ (30 + 0, 02x) = 30 + 0, 02× 1000 = 50. (d) O mesmo racioc´ınio nos permite concluir que lim x→1000− T (x) = 50, o que em conjunto com o item (c) nos garante que lim x→1000 T (x) = 50. (e) Observe que lim x→5000+ T (x) = 50 + c (f) Aqui precisamos verificar duas afirmac¸o˜es. De fato, queremos saber se e´ verdade que: (i) Se c = 80 enta˜o limx→5000 = T (5000). (ii) Se limx→5000 = T (5000) enta˜o c = 80. Para o subitem (i), veja que se c = 80 lim x→5000+ 80 + 0, 01x = lim x→5000− 30 + 0, 02x = 130 = T (5000). Para o subitem (ii), suponha que limx→5000 = T (5000). Em particular, T (5000) = lim x→5000− T (x) = 130, pelo que vimos no subitem (i). Assim, ja´ que por hipo´tese T (5000) = lim x→5000+ c+ 0, 01x = c+ 50, segue-se que c = 80. 3) Um ga´s e´ mantido a uma temperatura constante em um pista˜o. A` medida que o pista˜o e´ comprimido, o volume do ga´s decresce com a func¸a˜o V (P ) = 200/P litros, ate´ atingir a pressa˜o cr´ıtica de 100 torr quando ele se liquidifica, havendo nesse momento uma variac¸a˜o brusca de volume. Em seguida, o seu volume passa a ser dado pela func¸a˜o V (P ) = −0, 01P + 2 ate´ que seja atingida a nova pressa˜o cr´ıtica de 150 torr, a partir da qual o volume permanece constante e igual a 0,5 litros. (a) Determine a expressa˜o de V (P ). (b) Calcule os limites laterais lim P→P − 0 V (P ) e lim P→P + 0 V (P ) para P0 = 100. Em seguida, decida sobre a existeˆncia do limite lim P→P0 V (P ) (c) Repita o item acima para P0 = 150. (d) O que acontece com o volume V (P ) para valores P pro´ximos de zero? Soluc¸o˜es: (a) De acordo com as informac¸o˜es do enunciado temos que V (P ) = 200/P, se 0 < P ≤ 100, −0, 01P + 2, se 100 < P ≤ 150, 0, 5, se 150 < P. (b) Temos que lim P→100− V (P ) = lim P→100− 200 P = 2 e lim P→100+ V (P ) = lim P→100+ (−0, 01P + 2) = −1 + 2 = 1. Apesar dos limites laterais existirem eles na˜o sa˜o iguais. Desse modo, conclu´ımos que na˜o existe limite quanto P tende para 100. (c) Temos que lim P→150− V (P ) = lim P→100− (−0, 01P + 2) = −1, 5 + 2 = 0, 5 e lim P→150+ V (P ) = lim P→100+ 0, 5 = 0, 5. Os limites laterais existirem e sa˜o iguais, de modo que o limite quanto P tende para 150 existe. Mais especificamente limP→150 V (P ) = 0, 5. (d) Quando P esta´ pro´ximo de zero o quociente 200/P se torna cada vez maior. 4) Considere o c´ırculo unita´rio da figura abaixo, em que α denota um aˆngulo no intervalo (0, pi/2). O triaˆngulo ∆OAB, cuja altura esta´ representada por h, esta´ contido no setor circular SOAB, que, por sua vez, esta´ contido no triaˆngulo ∆OCB de altura H . (a) Determine, em termos de h, α e H , as expresso˜es das a´reas do triaˆngulo ∆OAB, do setor circular SOAB e do triaˆngulo ∆OCB. Em seguida, use a figura para comparar tais grandezas. (b) Determine, com ajuda de func¸o˜es trigonome´tricas convenientes, uma equac¸a˜o que relaciona α e h; e outra que relaciona α e H . (c) Use os itens (a) e (b) para mostrar que se α ∈ (0, pi/2), enta˜o vale 0 < senα < α < tgα. (d) Use o item (c) para mostrar que limα→0+ senα = 0. (e) Usando o mesmo me´todo para aˆngulos pertencentes ao intervalo (−pi/2, 0), mostre que limα→0− senα = 0. Em seguida, conclua que limα→0 senα = 0. O A B C h H α OA = OB = 1 Soluc¸o˜es: (a) Usando as fo´rmulas da a´rea de triaˆngulos e setores circulares, temos que A∆OAB = OB h 2 = h 2 , ASOAB = α OB 2 2 = α 2 e A∆OAC = OB H 2 = H 2 Observe que o triaˆngulo ∆OAB esta´ contido no setor circular SOAB e, SOAB esta´ contido no triaˆngulo ∆OAC . Logo, comparando-se as a´reas h < α < H. (2) (b) Note que senα = h OA = h e que H = H OB = tgα. (3) (c) Veja que se 0 < α < pi/2, temos que o triaˆngulo ∆OAB esta´ contido no setor circular SOAB e, SOAB esta´ contido no triaˆngulo ∆OAC . Combinando-se (2) e (3) o resultado segue. (d) Como sen(α) = h e o triaˆngulo esta´ contido no setor circular, temos que 0 < sen α < α, para todo α ∈ (0, pi/2). Segue do Teorema so Sandu´ıche que lim α→0+ senα = 0. (4) (e) Suponha que −pi/2 < α < 0. Considerando uma construc¸a˜o como na figura 2 (veja abaixo), temos: De forma ana´loga a que fizemos nos itens (a)-(c) con- clu´ımos que 0 < −sen α 2 < −α 2 (5) Usando (4) e o Teorema do Sandu´ıche mostramos que lim α→0− senα = 0. (6) Combinando-se (4) e (6) o resultado segue. O A′ B C ′ h H α OA′ = OB = 1 5) Ainda com respeito a` figura do exerc´ıcio acima, vamos mostrar o Limite Trigonome´trico Fundamental. (a) Sabendo que cosα > 0 sempre que α ∈ (−pi/2, pi/2) fac¸a cosα = √1− (senα)2 e conclua que limα→0 cosα = 1. (b) Inverta a desigualdade senα < α < tgα, va´lida para α ∈ (0, pi/2). (c) Lembrando que se α ∈ (0, pi/2) temos senα > 0 use o item acima para mostrar que, nesse intervalo, vale cosα < senα α < 1. (d) Mostre que limα→0+ senα α = 1. (e) Use um procedimento ana´logo para aˆngulos pertencentes ao intervalo (−pi/2, 0) e mostre que limα→0− senα α = 1. Em seguida, conclua que limα→0 senα α = 1. Soluc¸o˜es: (a) Observe que como cos α = √ 1− sen2 α e lim α→0 √ 1− sen2 α = √ lim α→0 ( 1− sen2 α) = √ 1− ( lim α→0 sen α )2 , usando o item (e) da questa˜o acima, obtemos que limα→0 cos α = 1. (b) Lembre que caso x < y para x 6= 0 e y 6= 0 enta˜o 1 x > 1 y . Assim, como senα < α < tgα, enta˜o: 1 senα > 1 α > cosα senα , ∀α ∈ (0, pi/2). (c) Lembre que caso x < y e c ≥ 0 enta˜o cx > cy, para todo x ∈ R e y ∈ R. Logo, usando o item (b) e o fato de que senα > 0, se α ∈ (0, pi/2) temos que senα senα > senα α > senα cosα senα , ∀α ∈ (0, pi/2). Como senα > 0 segue que 1 > senα α > cosα, ∀α ∈ (0, pi/2). (7) (d) Basta combinar os itens (a), (b) e (c) e aplicar o Teorema do Sandu´ıche. De fato, lim α→0+ 1 = 1 e lim α→0+ cosα = 1. (8) Como (7) e´ va´lida para todo 0 < α < pi/2, o resultado segue combinando (7), (8) e o Teorema do Sandu´ıche. (e) Lembre que caso x < y e c ≤ 0 enta˜o cx < cy, para todo x ∈ R e y ∈ R. Logo, usando o item (b) e o fato de que senα < 0, se α ∈ (−pi/2, 0) temos que senα senα < senα α < senα cosα senα , ∀α ∈ (−pi/2, 0). Como senα 6= 0 segue que 1 < senα α < cosα, ∀α ∈ (0, pi/2). (9) Para provar o resultado basta usar (9) e um racioc´ınio ana´logo ao aplicado no item (d). Listas/semana 2/semana_02ex.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Exerc´ıcios – Semana 02 Temas abordados : Limites no ponto (conceito intuitivo e formal) Sec¸o˜es do livro: 2.1 a 2.4 1) Suponha f(x) > 0 para todo x 6= 2 e f(2) = −3. Decida sobre a veracidade de cada uma das afirmac¸o˜es abaixo, justificando caso ela seja verdadeira ou apresentando um contra-exemplo caso seja falsa. (a) lim x→2 f(x) na˜o existe (b) lim x→2 f(x) = −3 (c) Se existir, lim x→2 f(x) e´ positivo. 2) Calcule os limites abaixo (veja Texto 1). (a) lim x→1 (−3x2 + 3x+ 5) (b) lim s→0 √ 2s2 + 3s− 4 4s− 4 (c) limx→2 8− 2x |x− 4| (d) lim x→4+ 8− 2x |x− 4| (e) limx→1− |x− 1| x− 1 (f) limx→1 |x− 1| x− 1 3) Dadas f(x) = { x2 + 3 se x ≤ 1, x+ 1 se x > 1, e g(x) = { x2 se x ≤ 1, 2 se x > 1, resolva os itens abaixo. (a) Esboce os gra´ficos de f e g. (b) Decida sobre a existeˆncia dos limites lim x→1 f(x) e lim x→1 g(x). (c) Deˆ a expressa˜o de h(x) = f(x)g(x) e verifique se existe lim x→1 h(x). 4) Limites do tipo limx→a f(x) g(x) com o numerador e o denominador se aproximando de zero sa˜o chamados de indeterminac¸o˜es do tipo 0/0 (veja v´ıdeo). Eles sa˜o delicados porque na˜o podemos aplicar a regra do quociente. Se f e g sa˜o polinoˆmios, enta˜o f(a) = g(a) = 0, e portanto x = a e´ uma raiz do numerador e do denominador. Deste modo, podemos fatora´-los na forma (x − a)p(x), com p sendo um polinoˆmio de grau menor. Em alguns casos, isso permite eliminar a indeterminac¸a˜o, como no exemplo abaixo lim x→3 x2 − 4x+ 3 6− 2x = limx→3 (x− 3)(x− 1) −2(x− 3) = limx→3 x− 1 −2 = 2 −2 = −1. Utilize a ideia acima para calcular os limites a seguir. (a) lim z→0 z2 + 2z z (b) lim x→2 2x2 − 6x+ 4 2− x (c) limt→1 t− 1 t3 − 1 Dica: para fatorar o polinoˆmio (t3 − 1) divida-o por (t− 1). (veja v´ıdeo) 5) O limite trigonome´trico fundamental nos diz que lim x→0 sen(x) x = 1 (veja Texto 3 e/ou v´ıdeo). Use essa informac¸a˜o para calcular os limites abaixo. (a) lim x→0 sen(6x) 2x (veja v´ıdeo) (b) lim x→0 sen(5x) sen(9x) (c) lim x→0 cos(x)− 1 x Dica: para o item (c), multiplique o numerador e o denominador por (cos(x) + 1) Lista de Exerc´ıcios – Semana 02 - Pa´gina 1 de 3 6) Algumas indeterminac¸o˜es do tipo 0/0 podem ser resolvidas usando-se o artif´ıcio de mul- tiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado de um deles, conforme o exemplo abaixo lim x→4 √ x− 2 x− 4 = limx→4 ( √ x− 2) (x− 4) ( √ x+ 2) ( √ x+ 2) = lim x→4 x− 4 (x− 4)(√x+ 2) = limx→4 1√ x+ 2 = 1 4 . Utilize a ideia acima para calcular os limites a seguir. (a) lim x→9 2 √ x− 6 x− 9 (b) limx→7 5−√4 + 3x 7− x (c) limx→0 1− cos(x) x2 Observac¸a˜o: vale a pena tentar o artif´ıcio acima no item (a) do exerc´ıcio 4 para se convencer de que, naquele caso, o melhor caminho e´ mesmo a fatorac¸a˜o 7) Calcule cada um dos limites abaixo (veja Texto 2). (a) lim x→1 x2 − 3x+ 2 x3 − x2 + x− 1 (b) limx→a √ x−√a x− a (c) limx→0− x sen(x) 1− cos(x) (d) lim x→0 x sen ( 1 x ) (e) lim x→1 √ x− 1√ 2x+ 3−√5 (f) limx→pi sen(x− pi) x− pi (g) lim x→1+ x2 − 5x+ 4 |x− 1| (h) limx→a xn − an x− a (i) limx→a 3 √ x− 3√a x− a Dica: nos dois u´ltimos, use a identidade (xn − yn) = (x− y)(xn−1 + xn−2y + · · ·+ xyn−2 + yn−1), para n ∈ N 8) Se a posic¸a˜o de um carro no instante t > 0 e´ dada por s(t), enta˜o a sua velocidade pode ser calculada a partir do seguinte limite (veja v´ıdeo) v(t) = lim h→0 s(t+ h)− s(t) h . Calcule a velocidade em cada um dos casos abaixo. (a) s(t) = t3 (b) s(t) = √ t+ 1 (c) s(t) = sen(t) Dica: para o item (c), lembre que sen(a + b) = sen(a) cos(b) + sen(b) cos(a) e use o exerc´ıcio 5 9) Suponha que a velocidade de um carro e´ v(t), para t > 0. Usando a ideia do exerc´ıcio acima, escreva a expressa˜o da acelerac¸a˜o a(t) em termos de um limite envolvendo a acelerac¸a˜o me´dia. Em seguida, determine a acelerac¸a˜o no caso em que v(t) = cos(t). Dica: para o ca´lculo do limite, lembre que cos(a + b) = cos(a) cos(b) − sen(a) sen(b) e use o exerc´ıcio 5 10) Sejam I ⊂ R um intervalo aberto e f : I → R uma func¸a˜o. Dado a ∈ I, lembre que a reta tangente ao gra´fico de f no ponto (a, f(a)) e´ a (u´nica) reta que passa pelo ponto (a, f(a)) e tem inclinac¸a˜o igual a f ′(a) = lim x→a f(x)− f(a) x− a , quando o limite existe (veja v´ıdeo). Neste caso, a equac¸a˜o da reta tangente y = y(x) e´ dada por y − f(a) = f ′(a)(x− a). Para cada uma das func¸o˜es abaixo, determine a inclinac¸a˜o f ′(a) em um ponto gene´rico. Em seguida, calcule a equac¸a˜o da reta tangente no ponto indicado. (a) f(x) = 2x2, no ponto (3, f(3)) (b) f(x) = 5 x , no ponto (2, f(2)) (c) f(x) = x|x|, no ponto (0, f(0)) (d) f(x) = |x|, no ponto (0, f(0)) Lista de Exerc´ıcios – Semana 02 - Pa´gina 2 de 3 RESPOSTAS 1) Todas as afirmac¸o˜es sa˜o falsas. Para os dois primeiros itens um poss´ıvel contra-exemplo e´ a func¸a˜o f(x) = { 1 se x 6= 2 −3 se x = 2 . Para o terceiro f(x) = { |x− 2| se x 6= 2 −3 se x = 2 2) (a) 5 (b) 1 (c) 2 (d) −2 (e) −1 (f) na˜o existe 3) (b) os limites na˜o existem, pois nos dois casos os limites laterais no ponto x = 1, apesar de existirem, sa˜o diferentes. (c) h(x) = { x4 + 3x2 se x ≤ 1 2x+ 2 se x > 1 , de modo que lim x→1 h(x) = 4. 4) (a) 2 (b) −2 (c) 1/3 5) (a) 3 (b) 5/9 (c) 0 6) (a) 1/3 (b) 3/10 (c) 1/2 7) (a) −1/2 (b) 1/(2√a) (c) 2 (d) 0 (e) √5/2 (f) 1 (g) −3 (h) nan−1 (i) (1/3)a−2/3 8) (a) v(t) = 3t2 (b) v(t) = 1 2 √ t+1 (c) v(t) = cos(t) 9) A acelerac¸a˜o e´ dada pelo limite a(t) = lim h→0 v(t+ h)− v(t) h . Se v(t) = cos(t), enta˜o a ela e´ dada por a(t) = − sen(t). 10) (a) f ′(a) = 4a; reta tangente no ponto (3, 18) e´ y − 18 = 12(x− 3) (b) f ′(a) = − 5 a2 ; reta tangente no ponto (2, 5 2 ) e´ y − 5 2 = −5 4 (x− 2) (c) f ′(a) = { 2a, se a ≥ 0 −2a, se a < 0 ; reta tangente no ponto (0, 0) e´ y = 0 (d) f ′(a) = { 1, se a > 0 −1, se a < 0 ; a reta tangente no ponto (0, 0) na˜o existe porque os limites laterais de (f(x)−f(0))/(x−0), quando x→ 0 pela esquerda e pela direita, sa˜o diferentes. Observe contudo que, em qualquer outro ponto (a, f(a)), com a 6= 0, a func¸a˜o possui reta tangente. Ela tem equac¸a˜o y = x se a > 0, e y = −x se a < 0. Lista de Exerc´ıcios – Semana 02 - Pa´gina 3 de 3 Listas/semana 3/semana_03ap.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 03 Temas abordados : Continuidade Sec¸o˜es do livro: 2.6 1) A al´ıquota da conta de a´gua e´ crescente! Isto quer dizer que quanto mais se consome, mais caro fica o prec¸o do m3 de a´gua. Suponha que ao se consumir xm3 de a´gua/meˆs, o valor mensal a ser pago seja de q(x) reais. Quando x e´ menor ou igual a 10; maior que 10 e menor que 15; maior ou igual a 15, paga-se, respectivamente, 1, 60x; 3, 00x+ a; 6, 40x+ b, onde a e b sa˜o constantes reais. Assim, q(x) = 1, 6x se 0 ≤ x ≤ 10, 3x+ a se 10 < x < 15, 6, 4x+ b se x ≥ 15. (a) Determine o valor de a de forma que q(x) seja cont´ınua em x = 10. (b) Usando o valor de a calculado acima, determine limx→15− q(x). (c) Sabendo que q(x) e´ cont´ınua em x = 15, encontre o valor de b. (d) Fac¸a um esboc¸o do gra´fico de q(x) . 2) Suponha que um painel solar consiga gerar uma quantidade de energia E = Isen(α) kilojoules, em que I e´ a intensidade luminosa e α o aˆngulo de incideˆncia entre os raios de luz e o painel. Para um determinado dia, o aˆngulo α e a intensidade luminosa sa˜o dados por α(t) = pi 12 t e I(t) = 6t − 1 2 t2, onde t e´ o tempo medido em horas a partir do nascer do sol, 0 ≤ t ≤ 12. E´ claro que para valores de t ∈ (12, 24] a energia gerada e´ nula, pois o painel solar na˜o funciona durante a noite. (a) Obtenha a expressa˜o de E(t) em func¸a˜o de t, para todo t ∈ [0, 24]. (b) Determine os valores de E(2) e E(6). Em seguida, decida se existe t0 ∈ [2, 6] tal que E(t0) = 13, justificando sua resposta . (c) Decida se a func¸a˜o E e´ cont´ınua no ponto t = 12, justificando sua resposta. 3) Um dos elevadores mais ra´pidos do mundo, localizado no Taipei Financial Center, subia com velocidade constante de 10 m/s, quando subitamente, apo´s 5 segundos de sua partida, suas cordas de sustentac¸a˜o se partem. Felizmente, neste momento, na˜o ha´ ningue´m em seu interior. A func¸a˜o que descreve a altura do elevador em relac¸a˜o ao solo e´ dada enta˜o pela seguinte expressa˜o s(t) = { 10t+ 100, se 0 < t ≤ 5 150 + 10(t− 5)− 5(t− 5)2, se 5 < t < tA onde tA e´ o tempo de aterrissagem, a altura e´ dada em metros e o tempo e´ dado em segundos. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 03 - Pa´gina 1 de 3 (a) Calcule o seguinte limite lateral direito da posic¸a˜o lim t→5+ s(t). (b) A func¸a˜o s e´ cont´ınua em t = 5? (c) Calcule o seguinte limite lateral direito da velocidade me´dia entre os instantes t e 5 lim t→5+ s(t)− s(5) t− 5 . (d) Existe o limite da velocidade me´dia entre os instantes t e 5 quando t tende a` 5? 4) Em um certo pa´ıs, o imposto de renda e´ cobrado da seguinte maneira: aqueles que ganham ate´ R$10.000,00 sa˜o isentos; os que ganham mais de R$10.000,00 e ate´ R$20.000,00 pagam 10% sobre a renda, menos um valor fixo c e, de todos os demais, e´ cobrada uma taxa de 20% da renda. Nessas circunstaˆncias, (a) determine a func¸a˜o I(x) que associa a renda x ao valor do imposto. (b) calcule a parcela a deduzir c, de forma que I seja cont´ınua em x = 10.000. (c) supondo que o valor de c e´ como acima, decida se existe algum contribuinte que paga R$3.000,00 de imposto de renda, justificando sua resposta. (d) ainda considerando o valor de c obtido no item (b), fac¸a um esboc¸o do gra´fico de I(x). 5) As func¸o˜es trigonome´tricas sa˜o cont´ınuas? A resposta e´ sim, conforme vamos verificar! Lembre que, na lista da semana 2, provou-se na questa˜o 4 que a func¸a˜o seno e´ cont´ınua na origem, ou seja, que lim t→0 sen(t) = sen(0) = 0. (a) Use a relac¸a˜o sen2(t) + cos2(t) = 1 para isolar cos(t) em termos de sen(t), para valores de t ∈ (−pi/2, pi/2). Lembre que, para tais valores de t, o cosseno e´ positivo. (b) Com ajuda do item acima, mostre que a func¸a˜o cosseno e´ cont´ınua em x = 0. (c) Note que, para uma dada func¸a˜o f , vale lim x→a f(x) = lim t→0 f(t+ a), desde que o primeiro limite exista. Usando a expressa˜o acima com f(x) = sen(x) e sabendo que sen(x+ y) = sen(x) cos(y) + sen(y) cos(x), mostre que a func¸a˜o seno e´ cont´ınua em todo ponto a ∈ R. (d) Usando agora f(x) = cos(x) juntamente com a fo´rmula cos(x+y) = cos(x) cos(y)− sen(x)sen(y), mostre que a func¸a˜o cosseno e´ cont´ınua em todo ponto a ∈ R. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 03 - Pa´gina 2 de 3 Gabarito 1. (a) a = −14 (b) lim x→15− q(x) = 31 (c) b = −65 2. (a) E(t) = ( 6t− t 2 2 ) sen( pi 12 t) se 0 ≤ t ≤ 12; E(t) = 0 se 12 < t ≤ 24 (b) E(2) = 5, E(5) = 18 e existe t0 (c) e´ cont´ınua em t = 12 3. (a) lim t→5+ s(t) = 150 (b) e´ cont´ınua em t = 5 (c) o limite pedido vale 10 (d) existe e vale 10 4. (a) I(x) = 0 se 0 ≤ x ≤ 10000, 0, 1 x− c se 10000 < x ≤ 20000, 0, 2 x se x > 20000. (b) 1000 (c) Na˜o existe. Lista de Aplicac¸o˜es da Semana 03 - Pa´gina 3 de 3 Listas/semana 3/semana_03ap_gab.pdf Universidade de Bras´ılia Departamento de Matema´tica Ca´lculo 1 Lista de Aplicac¸o˜es – Semana 03 – Soluc¸o˜es Temas abordados : Continuidade Sec¸o˜es do livro: 2.6 1) A al´ıquota da conta de a´gua e´ crescente! Isto quer dizer que quanto mais se consome, mais caro fica o prec¸o do m3 de a´gua. Suponha que ao se consumir xm3 de a´gua/meˆs, o valor mensal a ser pago seja de q(x) reais. Quando x e´ menor ou igual a 10; maior que 10 e menor que 15; maior ou igual a 15, paga-se, respectivamente, 1, 60x; 3, 00x+ a; 6, 40x+ b, onde a e b sa˜o constantes reais. Assim, q(x) = 1, 6x se 0 ≤ x ≤ 10, 3x+ a se 10 < x < 15, 6, 4x+ b se x ≥ 15. (a) Determine o valor de a de forma que q(x) seja cont´ınua em x = 10. (b) Usando o valor de a calculado acima, determine limx→15− q(x). (c) Sabendo que q(x) e´ cont´ınua em x = 15, encontre o valor de b. (d) Fac¸a um esboc¸o
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