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TEORIA DO CRIME II

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ART. 15 CP - DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
 
São chamadas de tentativa abandonada, com base em uma ponte de ouro (Von Liszt), criada pela lei, para que o agente pudesse voltar os seus passos à esfera do direito. 
Natureza jurídica: causa de exclusão da tipicidade, como estímulo a evitar o resultado. 
 
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (ART. 15, 1ª PARTE)
O agente interrompe por vontade própria o processo de execução que iniciara, mesmo que seja por medo, remorso ou decepção.
A desistência tem que ser eficaz, “não quero, embora possa” (Frank). 
Ex. o agente dispara contra a vítima e não a atinge, podendo prosseguir com outros disparos, desiste. 
 
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ARREPENDIMENTO EFICAZ (ART. 15, 2ª PARTE)
O agente realiza todo o processo de execução, mas impede voluntariamente que o resultado ocorra,
 “não posso, embora queira” (Frank).
Ex. o agente dispara contra a vítima e a atinge, mas presta imediato e exitoso socorro, responderá apenas por lesão corporal (ato já praticado). 
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ART. 16 CP - ARREPENDIMENTO POSTERIOR
A norma penal constitui causa obrigatória de redução de pena com limites fixos de 1/3 a 2/3. 
 
Requisitos indispensáveis para eficácia da norma:
 crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa;
 reparação do dano ou restituição da coisa;
 limite temporal que será até o despacho judicial de recebimento da denúncia ou da queixa;
 voluntariedade do agente. 
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* Após o recebimento da denúncia ou da queixa a reparação do dano não configurará o arrependimento posterior, mas, se for antes do julgamento, constitui atenuante genérica do art. 65, III, “b” do CP.
*Toda e qualquer redução aquém do máximo previsto, ou seja, menor que (2/3) requer motivação do juiz.
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Chamado também de quase-crime, trata-se de uma tentativa inidônea porque, diferentemente da tentativa, o meio utilizado ou o objeto impróprio empregado de forma alguma propiciará um resultado delitivo.
 
Ocorre por duas razões:;
 
“... por ineficácia absoluta do meio...” – meio inidôneo (incapaz), por sua essência ou natureza, de produzir o resultado. 
Ex. arma de brinquedo ou descarregada; açúcar em vez de veneno; munição de festim em vez de própria, etc.
 
“... por absoluta impropriedade do objeto...” - objeto impróprio ou inadequado para consumar o delito (crime). 
 
Teoria adotada pelo nosso Código Penal é a objetiva temperada.
 
* a aferição da idoneidade deve ser feita no momento em que se realiza a ação ou omissão delituosa. 
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Constitui elemento subjetivo (psicológico) do tipo, traduzido na vontade e consciência de realizar o comportamento típico que a lei prevê.
 
Nosso código adota:
teoria da vontade desenvolvida por Carrara: “Dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado”.
teoria do assentimento ou consentimento: “Dolo é o assentimento do resultado, isto é, previsão do resultado com aceitação dos riscos de produzi-lo.
 
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ELEMENTOS DO DOLO:
consciência ou conhecimento do fato que constitui a ação típica;
vontade (animus)de realizar a conduta.(animus necandi = vontade de matar) animus furandi = vontade de furtar)
 
ESPÉCIE DE DOLO:
DOLO DIRETO - art. 18, I (1ª parte) – intenção na ação, ou seja, o agente quis o resultado (teoria da vontade).
 
DOLO INDIRETO - art. 18, I (2ª parte):
 
dolo alternativo – o agente visa um ou outro resultado.
Ex. Matar ou ferir.
dolo eventual – o agente não quer o resultado, mas admite e aceita o risco de produzi-lo (teoria do assentimento).
Ex. dirigir carro em alta velocidade mas, não se importar com se vai atropelar alguém.
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ART. 18, II – CRIME CULPOSO
Também constitui elemento subjetivo (normativo) do tipo penal.
O agente jamais pretendia o resultado, mas pela quebra do dever objetivo de cuidado comete infração penal, nas modalidades de CULPA (stricto sensu), quais sejam:
 
Imprudência (precipitado): prática de fato perigoso, ex. dirigir veículo em alta de velocidade.
Negligência (incauto): ausência de precaução; ex. deixar arma ao alcance de crianças;
 
Imperícia (inabilidade): falta de aptidão técnica, teórica ou prática; ex. não saber dirigir um veículo, médico não diplomado.
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ELEMENTOS DA CULPA (stricto sensu):
conduta (sempre voluntária);
resultado lesivo involuntário;
nexo causal;
previsibilidade objetiva (possibilidade de qualquer pessoa dotada de prudência mediana prever o resultado);
inobservância do dever de cuidado objetivo;
tipicidade (subsunção = enquadramento do fato à norma penal);
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ESPÉCIES DE CULPA:
CULPA INCONSCIENTE – o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível, é a culpa comum manifesta pela trilogia descrita no CPB;
 
CULPA CONSCIENTE – também chamada de negligência consciente, o resultado é previsto pelo agente, mas por excesso de confiança acredita que não ocorrerá. 
 
* Na aplicação da pena a culpa consciente e inconsciente é a mesma.
 
 
 
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DIFERENÇA DA CULPA CONSCIENTE E DOLO EVENTUAL 
Dolo eventual - o agente tolera o resultado, sendo-lhe o resultado indiferente;
 
culpa consciente - o agente não quer o resultado, não assume o risco de produzi-lo, nem lhe é tolerável ou indiferente, o evento lhe é previsto, mas confia em sua não produção. 
 
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CULPA IMPRÓPRIA – também chamada de culpa por extensão, por equiparação, ou por assimilação.
O resultado é previsto e querido pelo agente que age em erro inescusável nas descriminantes putativas, ou seja, acha que está diante de uma excludente de ilicitude -art. 20, §1º (2ª parte) CP.
 
Ex. A mata o primo, que entra pelos fundos da casa, certo que se tratava de um ladrão e estar agindo em legítima defesa. Responderá por crime de homicídio culposo (art. 121, § 3º CP) pela exclusão do dolo.
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É aquele em que o legislador, após descrever a figura típica, acrescenta-lhe um resultado, com a finalidade de aumentar abstratamente a pena.
 
Espécies de crimes qualificados pelo resultado:
1 - Conduta dolosa e resultado agravador doloso.
Ex.: O marido que espanca sua mulher até provocar-lhe deformidade permanente – artigo 129, § 2.º, IV, CP
2 - Conduta culposa e resultado agravador doloso.
Ex.: Motorista que, após atropelar um pedestre, ferindo-o, foge, omitindo-lhe socorro – art. 302 do CTB, §único, inc. II.
3 - Conduta dolosa e resultado agravador culposo – art.129,§3º,CP
Conceito de crime preterdoloso
Há dolo no antecedente e culpa no consequente.

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