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Lei 8.112, material completo

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Prévia do material em texto

CURSO REGULAR TRT – AO VIVO 
Disciplina: Direito Administrativo 
Prof. Luís Gustavo 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO – PROFESSOR 
 
 
 
NOTAS DE AULA 
LEI 8.112/90 
(ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL) 
 
5a. edição 
(Atualizada até a MP 479/09) 
 
Essa apostila consiste em comentários à Lei 8.112/90 e contém questões de provas anteriores. Alertamos 
que esse material não exclui a leitura minuciosa da lei. 
 
O aluno deve acompanhar, através do site do planalto, as atualizações do referido diploma legal. 
 
NOTAS DO AUTOR 
 
Luís Gustavo Bezerra de Menezes é Técnico de Controle Externo (cargo de nível superior) do Tribunal de 
Contas do Município do Rio de Janeiro e, atualmente, ocupa o cargo de Presidente da ANPAC. Aprovado 
em diversos concursos públicos, dentre os quais destacam-se técnico judiciário da Justiça Federal do Rio 
de Janeiro e fiscal de tributos do Espírito Santo, atualmente ministra aulas em vários cursos preparatórios do 
Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e Recife. 
 
Livros publicados: Direito Administrativo - Coleção Provas Comentadas FCC, FUNRIO, CESGRANRIO, 
Manual do ICMS de Minas Gerais e Comentarios a Lei 8.112 (todos pela Editora Ferreira – 
www.editoraferreira.com.br) 
 
 
 
 
 
HISTÓRICO 
 
LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990 
 
“Art. 1º - Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive 
as em regime especial, e das fundações públicas federais.” 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
CF, art. 39, “caput” – REDAÇÃO ANTIGA – ANTES DA EC 19/98 
 
“Art. 39 – A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, 
regime jurídico único e panos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e 
fundações públicas.” 
 
� Assim, antes da EC 19/98, os entes da nossa Federação deveriam estabelecer um regime jurídico 
unificado para seus servidores (Administração Pública Direta, autárquica ou fundacional). O nosso Texto 
Constitucional preocupou-se, apenas, em unificar o tratamento dado aos seus funcionários, evitando-se um 
conflito resultante de tratamentos diferenciados para os servidores de uma mesma Administração. 
 
� Assim, para se adequar aos mandamentos da Constituição Federal, respeitando a redação antiga do 
art. 39, a União estabeleceu, através da Lei 8.112/90, o regime jurídico estatutário, para o servidor público 
federal, da Administração Direta, autárquica e fundacional. 
 
� Hoje, após a EC 19/98, passou-se a possibilitar que as Administrações Direta, autárquica e 
fundacional da União prevejam a contratação e o vínculo com os seus servidores por regimes diferentes. 
Acabou a obrigatoriedade do regime jurídico único. 
 
� Por fim, é importante ressaltar que os empregados públicos das sociedades de economia mista e das 
empresas públicas serão sempre regidos pelo regime celetista. 
 
� 
 
CUIDADO: DECISÃO LIMINAR DO STF! 
 
Recentemente, em 2007, o Supremo Tribunal Federal, LIMINARMENTE, determinou a suspensão da 
vigência do caput do art. 39, da Constituição Federal, dada pela Emenda Constitucional 19/98, 
restabelecendo-se a sua redação original. 
 
Com isso, até que o Supremo Tribunal Federal decida de forma definitiva a matéria, a Lei 8.112/90 pode 
ser tida como o regime jurídico único estatutário, aplicável aos servidores públicos federais da Administração 
Direta, autárquica e fundacional. 
 
De tal decisão liminar até o julgamento definitivo, pelo menos, não pode mais haver contratação de pessoal 
através do regime celetista, com base na lei 9.962/00, no âmbito da Administração Pública Federal Direta, 
autárquica e fundacional. 
 
 
 
CARGO PÚBLICO 
 
É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional da Administração 
que devem ser cometidas a um servidor. 
 
Segundo a Lei 8.112/90, os cargos públicos são: 
 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
 
a) acessíveis a todos os brasileiros 
“I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;” (EC – 19/98) 
 
“CF - Art. 207,§1º - É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na 
forma lei 
 
§2º - O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesquisa científica e tecnológica” 
 
“Lei 8.112/90 – art. 5º § 3º As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais 
poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e 
os procedimentos desta Lei.” 
 
b) denominação própria 
c) criados por lei 
d) vencimento pago pelos cofres públicos 
e) para provimento efetivo ou em comissão 
 
 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
 
 
• A nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo. 
 
• A nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia em concurso público, visto ser um 
cargo de livre nomeação e exoneração. 
 
• É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei. 
 
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. “ 
 
 
 
• As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 
 
• Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para 
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para 
tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
 
 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
CONCURSO PÚBLICO 
 
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, podendo ser realizado em duas etapas, conforme 
dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao 
pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de 
isenção nele expressamente previstas. 
 
 
Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por 
igual período. (A PRORROGAÇÃO É UMA FACULDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA!!) 
 
§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será 
publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação. 
 
§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com 
prazo de validade não expirado. “ (vide CF, ART. 37, IV) 
 
STF – SÚMULA 15 – “Dentro do prazo de validade do concurso, o candidato aprovado tem o direito à 
nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.” 
 
Segundo o STF – “a aprovação em concurso público gera mera expectativa de direito à investidura no cargo 
pleiteado.” 
 
 
FORMAS DE PROVIMENTO 
 
1) CONCEITO 
É ato administrativopor meio do qual é preenchido cargo público, com a designação de seu titular. De acordo 
com o Texto Constitucional, os cargos públicos podem ser de provimento em comissão ou efetivo. O 
provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder. 
2) TIPOS 
 
Segundo o STF, as formas de provimento são classificadas como: Originária e Derivada. 
 
a) Provimento Originário – ocorre quando não há vínculo anterior com a Administração. 
b) Provimento Derivado – ocorre quando já havia um vínculo anterior com a Administração. 
 
• O STF já afirmou que a única forma de provimento originário compatível com a Constituição Federal é a 
NOMEAÇÃO. 
 
• O STF considerou inconstitucionais as seguintes formas de provimento: transferência e ascensão (ou 
acesso). 
 
3) FORMAS 
 
a) Nomeação 
b) Promoção 
c) Readaptação 
d) Reversão 
e) Aproveitamento 
f) Reintegração 
g) Recondução 
 
a) NOMEAÇÃO 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
 
• Única forma de provimento originário, segundo o STF. 
 
• Pode ocorrer em caráter efetivo ou em comissão. 
 
• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo efetivo depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo. 
 
• Segundo a CF, art. 37, II, a nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia em 
concurso público, visto ser um cargo de livre nomeação e exoneração. 
 
• O nomeado tem o prazo de 30 dias, improrrogáveis, para tomar posse. 
 
• Se não tomar posse, o ato de provimento será tornado sem efeito. 
 
• STF – “o provimento de cargo público, é um procedimento que só com o ato final de nomeação ou 
equivalente gera direito à posse; antes – ainda que findo o processo seletivo – o provimento e a investidura 
são objeto de mera expectativa de direito.” 
 
 
 
b) PROMOÇÃO 
 
• Só ocorre nos cargos escalonados em níveis, ou seja, nos cargos de carreira. Não ocorrem em cargos 
isolados. 
 
• É a passagem de nível do servidor, dentro da mesma carreira. A EC 19/98 trouxe como requisito prévio à 
promoção, a participação em cursos de formação e aperfeiçoamento em escolas de governo (art. 39, § 2º). 
 
• A promoção não interrompe o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a 
partir da data de publicação do ato que promover o servidor. 
 
 
 
c) READAPTAÇÃO 
 
• É forma de provimento derivado que visa adaptar a uma nova função o servidor, estável ou não, que 
sofreu uma limitação, física ou mental, na sua capacidade laborativa, mas que não ficou inválido 
permanentemente. 
 
• Deverá ocorrer em cargo equivalente ao anterior, tanto em atribuições, quanto em vencimentos. Na 
hipótese de não haver vaga, o servidor ficará como excedente,até a existência de vaga. 
 
 
 
 
d) REVERSÃO 
 
• Segundo o texto original da Lei 8.112/90, era o retorno ao serviço do servidor aposentado por invalidez 
permanente. 
 
• A MP 1971-11, de 05 de maio de 2000,alterou tal instituto. Atualmente, a redação do art. 25 é a seguinte: 
 
“Art. 25 – Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
 
I – por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da aposentadoria; (reversão 
de ofício) 
 
II – no interesse da administração, desde que: 
 
a) tenha solicitado a reversão (reversão a pedido) 
b) a aposentadoria tenha sido voluntária 
c) estável quando na atividade 
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação 
e) haja cargo vago 
 
§1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
 
§2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para a concessão de aposentadoria. 
 
§ 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como 
excedente, até a ocorrência de vaga. 
 
§4º O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos 
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de 
natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria. 
 
§5º O servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas regras atuais se 
permanecer pelo menos cinco anos no cargo. 
 
§6º O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo.” 
 
 
 
 
• Sendo assim, agora é possível ao servidor que se aposentou voluntariamente retornar, a pedido, ao 
serviço ativo, desde que haja interesse da administração (discricionário) e sejam atendidos os 
requisitos estipulados pela MP. 
 
• Já no caso do servidor que tenha sido aposentado por invalidez permanente, ocorrerá a reversão de 
ofício, ou seja, diretamente, independentemente de interesse da Administração (vinculado). 
 
e) APROVEITAMENTO 
 
• Previsto na CF, art. 41, §3º. 
 
• É o retorno, ao serviço ativo, do servidor estável posto em disponibilidade. 
 
• Ocorre em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anterior. 
 
• Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em 
exercício no prazo legal. 
 
Obs1: Disponibilidade – ocorre quando é extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade pela 
Administração. O servidor posto em disponibilidade receberá proventos proporcionais ao tempo de serviço. 
 
DISPONIBILIDADE – TEMPO DE SERVIÇO 
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REGRAS DE APOSENTADORIA – TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO 
 
Obs2:Outra observação importante é que a disponibilidade não é forma de punição do servidor. A punição do 
servidor posto em disponibilidade é a sua cassação. 
 
f) REINTEGRAÇÃO 
 
• Prevista na CF, art. 41, §2º. 
 
• É o retorno ao serviço público do servidor estável, que havia sido injustamente demitido e que conseguiu, 
por via judicial ou administrativa, invalidar sua demissão. 
 
• Apesar da CF só falar em via judicial, é certo que também é válida a invalidação de tal ato por via 
administrativa, dado o poder de autotutela da Administração. 
 
• Retornará ao cargo de origem com o ressarcimento de todos os direitos e vantagens inerentes ao cargo. 
 
• Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até seu adequado 
aproveitamento. 
 
• Segundo o Texto Constitucional, caso seja reintegrado o servidor, e o eventual ocupante da vaga, for 
estável, será ele: RECONDUZIDO ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo 
ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 
• Caso o eventual ocupante não seja estável, será ele exonerado. 
 
g) RECONDUÇÃO 
 
• Segundo o art. 29, da Lei 8.112/90, é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, 
podendo decorrer de: 
 
a) inabilitação em estágio probatório, relativo a outro cargo 
b) reintegração do anterior ocupante 
 
Obs1: Cada vez que um servidor for nomeado para outro cargo, em virtude de concurso público, será ele 
obrigado a fazer um novo estágio probatório, visto que tal estágio serve para avaliar a capacidade do servidor 
para o exercício das funções do novo cargo. 
 
Obs2: Nos termos de jurisprudência do STF, é possível ao servidor estável aprovado para outro cargo, dentro 
do período de estágio probatório, optar pelo retorno ao cargo antigo, caso deseje. 
 
4) POSSE 
 
A investidura em cargo público ocorre com a posse (art. 7º). Só há posse nos casos de provimento por 
nomeação (originário). Com a posse, o nomeado passa a ser servidor. 
 
O prazo para o nomeado tomarposse é de 30 dias, improrrogáveis, da data da nomeação. Caso o 
nomeado não tome posse, o ato de nomeação será tornado sem efeito. Como ainda não há vínculo entre o 
nomeado e a Administração Pública, não há que se falar em exoneração e, muito menos, em demissão. 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
“§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publicação do ato de provimento, em licença prevista 
nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas "a", "b", "d", "e" e 
"f", IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.” 
Art. 81: 
I – licença por motivo de doença em pessoa da família 
III – licença para o serviço militar 
V – para capacitação 
 
Art. 102: 
I - férias; 
IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído, conforme dispuser o regulamento; 
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; 
VIII - licença: 
a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de 
serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; 
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
f) por convocação para o serviço militar; 
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 
X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva 
nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; 
 
 
5) EXERCÍCIO 
 
Segundo o art. 15, da Lei 8.112/90, exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou da 
função de confiança. O prazo para o servidor entrar em exercício é de 15 dias, improrrogáveis. 
 
Caso o servidor empossado não entre em exercício, será ele exonerado ou será tornado sem efeito o ato de 
sua designação para função de confiança. 
 
O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo 
quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no 
primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publicação. 
(Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 
Para dar exercício ao servidor, é competente a autoridade do órgão ou entidade para onde for nomeado ou 
designado. 
 
 
6) ESTÁGIO PROBATÓRIO 
 
“Art 20 – Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio 
probatório por período de vinte e quatro meses durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de 
avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores: 
 
1) assiduidade 
2) disciplina 
3) capacidade de iniciativa 
4) produtividade 
5) responsabilidade” 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
 
CUIDADO! 
 
Há uma grande polêmica quanto ao prazo do estágio probatório. Tudo começou com a ampliação do prazo 
para aquisição de estabilidade que passou de 2 anos para 3 anos de efetivo exercício, em decorrência da 
alteração trazida pela Emenda Constitucional 19/98. 
 
Desde então, o tema é objeto de conflito entre posicionamentos doutrinários e até entre os Tribunais, tanto 
administrativamente, quanto judicialmente. Alguns defendem que o prazo do estágio probatório é de 24 
meses (como estabelecido pelo texto original da Lei 8.112/90) e outros que o prazo passou a ser de 36 
meses. 
 
Em 2008, através da Medida Provisória 431, a polêmica parecia ter chegado ao fim, pois ela havia fixado o 
novo prazo do estágio probatório em 36 meses, dando fim ao tormento que pairava sobre aqueles que 
estudam para concursos públicos. 
 
Infelizmente, o referido artigo da Medida Provisória que trazia tal alteração não foi convertido em lei, ou seja, 
continuaremos enfrentando a incerteza em relação a tal prazo. 
 
Para amenizar o problema, através do levantamento de questões de diversas bancas, em provas variadas, 
afirmamos que a grande maioria das bancas examinadoras afirma ser o prazo do estágio probatório de 36 
meses. 
 
Quatro meses antes de findo o período do estágio probatório, será submetida à homologação da autoridade 
competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, 
de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da 
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V deste artigo. 
 
• Servidor não aprovado em estágio probatório: 
 
a) ESTÁVEL ⇒⇒⇒⇒ RECONDUÇÃO 
b) NÃO ESTÁVEL ⇒⇒⇒⇒ EXONERADO (não há que se falar em demissão) 
VACÂNCIA 
 
1) CONCEITO 
 
É a forma através da qual o cargo público fica vago, ou seja, é a maneira pela qual o servidor desocupa o 
cargo público. É o contrário de provimento. 
 
2) FORMAS 
a) Exoneração (≠ demissão) 
b) demissão 
c) promoção 
d) readaptação 
e) aposentadoria 
f) posse em outro cargo inacumulável 
g) falecimento 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
Obs: É importante ressaltarmos que são hipóteses simultâneas de vacância e provimento, explícitas, de 
acordo com o texto da Lei 8.112/90: promoção e readaptação 
 
Quanto à exoneração do servidor, podemos afirmar que: 
 
1) para o servidor ocupante de cargo efetivo poderá ser: 
a) a pedido 
b) de ofício, em decorrência de: 
 
• inabilitação em estágio probatório 
• o servidor não entrar em exercício no prazo legal após a posse 
 
2) para o servidor em cargo comissionado poderá ser: 
a) a pedido 
b) de ofício, a juízo da autoridade competente (“livre nomeação e exoneração”) 
 
São também hipóteses de exoneração: 
a) quando extinto o cargo do servidor não estável 
b) na hipótese de reintegração, quando o cargo em que deva ser reintegrado o servidor encontrar-se 
ocupado por servidor não estável 
c) por insuficiência de desempenho (CF, art. 41, §4º) 
d) por excesso de despesa com pessoal (CF, art. 169, §4º) 
 
REMOÇÃO 
Desde já, é importante ressaltarmos que não é hipótese de provimento ou de vacância de cargo público. 
Além disso, remoção não é sinônimo de transferência. Essa foi julgada inconstitucional pelo STF e era 
forma de provimento de cargo público, revogada pela Lei 9527/97. 
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem 
mudança de sede, ou seja, o servidor permanecerá no mesmo cargo, podendo implicar ou não mudança na 
localidade de exercício do servidor. 
A remoção de ofício independe da vontade do servidor e será sempre determinada no interesse da 
Administração. Já a remoção a pedido pode ocorrer a critério da Administração ou pode, em certos casos, a 
Administração ser obrigada a concedê-la. 
 
Sendo assim, a Lei 8.112/90 entende como modalidades de remoção: 
 
 I - de ofício, no interesse da Administração; 
 
II - a pedido, a critério da Administração; 
 
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: 
 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da 
Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e 
conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; 
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao 
número de vagas,de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam 
lotados. 
 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
REDISTRIBUIÇÃO 
 
Também não é forma de provimento, nem de vacância. Ocorre deslocamento do cargo para outro órgão 
ou entidade, e não o preenchimento de um cargo preexistente nesse órgão ou entidade. Redistribuição é o 
deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para 
outro órgão ou entidade do mesmo Poder. 
 
A redistribuição deve ser previamente apreciada pelo órgão central do Sistema de Pessoal Civil e possui os 
seguintes pressupostos: 
 
I - interesse da administração; 
 
II - equivalência de vencimentos; 
 
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
 
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; 
 
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
 
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou entidade. 
 
É importante ressaltarmos que ela só existe ex-officio. É uma técnica que permite à Administração adequar 
seus quadros às reais necessidades de serviço de seus órgãos ou entidades. 
 
Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, o servidor estável que tenha seu cargo extinto 
ou declarado desnecessário, não sendo redistribuído, será colocado em disponibilidade, com proventos 
proporcionais, até seu adequado aproveitamento. Alternativamente, o servidor que não for distribuído ou 
colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do SIPEC e ter exercício provisório, 
em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento. 
 
SUBSTITUIÇÃO 
 
Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo de 
Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão, previamente 
designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade. 
 
§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício 
do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais 
ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de 
um deles durante o respectivo período. 
 
§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo 
de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, superiores a trinta 
dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. 
 
Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em 
nível de assessoria. 
 
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QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES – PARTE 1 
 
1(ESAF/CGU/2004) O nome que a Lei nº 8.112/90 dá ao instituto jurídico, pelo qual o servidor público, 
estável, retorna ao seu cargo anteriormente ocupado, por ter sido inabilitado no estágio probatório, relativo a 
outro efetivo exercido, também, na área federal, é: 
a) aproveitamento 
b) readaptação 
c) readmissão 
d) reversão 
e) recondução 
 
2(ESAF/Fiscal Trabalho/2003) O retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, decorrente de 
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, denomina-se: 
a) reversão 
b) recondução 
c) reintegração 
d) readaptação 
e) aproveitamento 
 
3(ESAF/AFRF/2002-2º) A imposição constitucional de prévia aprovação em concurso público para investidura 
em cargo ou emprego público veda a adoção do seguinte instrumento de movimentação de pessoal: 
a) acesso 
b) permuta 
c) promoção 
d) reintegração 
e) progressão horizontal 
 
4(FCC/TRF-5a./Técnico Judiciário/2008) É correto afirmar que o servidor público federal substituto assumirá 
automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício, entre outros, da função de 
direção, nos impedimentos legais ou regulamentares do titular, hipótese em que: 
(A) deverá continuar recebendo a remuneração do cargo de provimento efetivo. 
(B) receberá os vencimentos da função em substituição durante um período de 30 (trinta) dias. 
(C) deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período. 
(D) deverá optar pelo vencimento de um deles a ser recebido pelo período de 60 (sessenta) dias. 
(E) receberá o vencimento da função em substituição durante o respectivo período. 
 
5(FCC/TRF-4a. Oficial de Justiça/2007) No que diz respeito à posse e ao exercício do servidor público 
federal, é correto afirmar: 
(A) O exercício e a posse ocorrerão no prazo máximo de vinte dias da nomeação. 
(B) A promoção interrompe o tempo de exercício do cargo. 
(C) Não haverá posse nos casos de provimento de cargo por nomeação. 
(D) A posse poderá dar-se mediante procuração específica. 
(E) A posse em cargo público, em certos casos, exige inspeção médica. 
 
6(FCC/ANS-Técnico em Regulação/2007) Considerando os servidores públicos federais, analise: 
I. Reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua 
transformação, quando invalidada a sua decisão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de 
todas as vantagens. 
II. Deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de 
sede. 
III. Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, podendo recorrer da reintegração do anterior 
ocupante. 
 
Nos termos da Lei no 8.112/90, tais assertivas correspondem, respectivamente, à: 
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(A) recondução, à disponibilidade e à remoção. 
(B) substituição, à recondução e ao reaproveitamento. 
(C) redistribuição, à vacância e à reintegração. 
(D) remoção, à substituição e ao aproveitamento. 
(E) reintegração, à remoção e à recondução. 
 
7(FCC/TRF-1a./Técnico Judiciário/2007) Márcia Regina, na qualidade de técnico judiciário, servidora 
estável, retornou ao cargo anteriormente ocupado, devido à reintegração de Silvana, sua anterior ocupante. 
Esse fato caracteriza a: 
(A) reversão. 
(B) recondução. 
(C) remoção. 
(D) transferência. 
(E) reintegração. 
 
8(NCE/POLÍCIA CIVIL DO DF/2004) Servidor Público, na fase de conclusão do período de estágio 
probatório, foi avaliado de forma negativa, mostrando que não está apto ao exercício do cargo. Nessa 
hipótese, a vacância do cargo ocupado pelo servidor que não foi aprovado no estágio probatório decorre do 
ato de: 
a) demissão; 
b) exoneração; 
c) inabilitação; 
d) desligamento; 
e) afastamento compulsório. 
 
9(UFPA/Técnico Judiciário/PA/2001) Das assertivas abaixo, apenas uma não é requisito básico à 
investidura em cargo público. Assinale-a: 
a) o gozo dos direitos políticos 
b) a quitação com as obrigações eleitorais 
c) a idade mínima de 18 anos 
d) aptidão física e mental 
e) a condição de brasileiro nato 
 
10(FCC/TRT-SP/Analista Administrativo/2008) Determinado funcionário público é deslocado, de ofício, para 
outro local de trabalho, sem mudança de cargo, porém, no âmbito do mesmo quadro. Esse deslocamento, de 
acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, configura o 
instituto da: 
(A) deslocação. 
(B) redistribuição. 
(C) transferência. 
(D) substituição. 
(E) remoção. 
 
11(FCC/TRT-AL/Analista Administrativo/2008) Tendo em vista, especificamente, a hipótese de ajustamento 
de lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de extinção de órgão ou 
entidade, Édipo, na qualidade de autoridadeadministrativa, deverá ter em conta o cabimento da: 
(A) substituição que será aplicável em quaisquer situações. 
(B) remoção que será feita no interesse da Administração. 
(C) redistribuição que ocorrerá ex officio. 
(D) remoção que será feita a pedido desde que haja cargo vago. 
(E) redistribuição ou remoção a critério da Administração. 
 
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12(FCC/TRT-GO/Oficial de Justiça/2008) De acordo com a Lei Federal no 8.112/1990, NÃO são formas de 
provimento de cargo público: 
(A) a readaptação e a reversão. 
(B) a promoção e a readaptação. 
(C) a ascensão e a transferência. 
(D) o aproveitamento e a reintegração. 
(E) a nomeação e a recondução. 
 
13(FCC/TRF-5a./Analista Judiciário/2008) Para os fins da Lei no 8.112 de 11.12.1990, que dispõe sobre o 
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, analise: 
 
I. Interesse da Administração; equivalência de vencimentos; vinculação entre os graus de responsabilidade e 
complexidade das atividades; mesmo nível de escolaridade; e especialidade ou habilitação profissional. 
 
II. Assiduidade; disciplina; capacidade de iniciativa; produtividade; e responsabilidade. 
 
III. Retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, decorrente de inabilitação em estágio 
probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante. 
 
IV. Modalidade consistente em pedido de deslocamento do servidor, para outra localidade, 
independentemente do interesse da Administração, em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese 
em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas 
pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados. 
 
Tais situações dizem respeito, respectivamente, aos institutos seguintes: 
(A) investidura; substituição; reversão; e remoção. 
(B) nomeação; promoção; estabilidade; redistribuição. 
(C) substituição; estabilidade; estágio probatório; transferência. 
(D) redistribuição; estágio probatório; recondução; e remoção. 
(E) provimento; estágio probatório; reintegração; e aproveitamento. 
 
14(FCC/TCE-AM/Assistente de Controle Externo/2008) De acordo com as normas constitucionais que 
regem a matéria: 
(A) apenas são permitidos concursos públicos por provas, e não por provas e títulos. 
(B) todos os cargos públicos somente podem ser preenchidos por candidatos aprovados em concurso 
público. 
(C) todos os candidatos aprovados em concursos públicos têm direito à nomeação dentro do prazo previsto 
no edital. 
(D) a investidura em cargos em comissão não depende de prévia aprovação em concurso público. 
(E) as pessoas portadoras de deficiência não podem ser submetidas a concurso público para provimento de 
cargos públicos. 
 
15(ESAF/ Analista de Finanças e Controle - AFC/CGU/2008) São formas de provimento de cargo público, 
exceto: 
a) aproveitamento. 
b) transferência. 
c) recondução. 
d) promoção. 
e) reversão 
 
 
 
 
 
16(FCC/TCE-AM/Assistente de Controle Externo/2008) 
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I. Reintegração é o ato pelo qual o admitido reingressa no serviço público, em decorrência de decisão 
transitada em julgado. 
(A) (B) (C) (D) (E) 
II. Transferência é a progressão do servidor na série de classes, consistente na passagem da referência que 
se encontra para a imediatamente superior. 
 
III. Reversão é o ato pelo qual o aposentado é reintegrado ao serviço público. 
 
(A) se apenas a afirmativa I estiver correta. 
(B) se apenas a afirmativa II estiver correta. 
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(D) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(E) se as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
 
17(FCC/TRT-GO/Técnico Judiciário/2008) De acordo com a Lei que dispõe sobre o Regime Jurídico 
dos Servidores Públicos Civis da União, os prazos para o funcionário público nomeado para cargo efetivo 
tomar posse e entrar em exercício são, respectivamente, de: 
(A) 10 e 15 dias. 
(B) 30 e 15 dias. 
(C) 15 e 60 dias. 
(D) 30 e 30 dias. 
(E) 30 e 60 dias. 
 
18(CESPE/INPI/2006) Considere que Pedro seja aprovado em concurso público para o cargo efetivo de 
médico em uma autarquia federal, cujo regime jurídico dos seus servidores é o estabelecido pela Lei n.º 
8.112/1990, e que sua nomeação ocorra no dia 24/4/2006. Em face dessa situação hipotética, assinale a 
opção correta. 
a) Pedro terá 15 dias, contados da data da sua nomeação, para tomar posse no cargo. 
b) Após ser empossado no cargo, Pedro terá 15 dias, contados da data da posse, para entrar em exercício. 
c) A posse de Pedro no referido cargo público não poderá se dar por procuração. 
d) Pedro adquirirá estabilidade no serviço público em 24/4/2011, após cumprir o prazo de 5 anos de efetivo 
exercício. 
e) O estágio probatório a que Pedro será submetido terá a duração de 5 anos. 
 
19(ESAF/Analista-MPOG/2003) Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, o estágio 
probatório será avaliado com base em alguns fatores. Assinale, no rol abaixo, o fator que não está previsto na 
norma positiva: 
a) disciplina 
b) capacidade de iniciativa 
c) pontualidade 
d) assiduidade 
e) responsabilidade 
 
20(ESAF/CGU/2006) Não integra o rol de requisitos básicos para investidura em cargo público: 
a) gozo dos direitos políticos. 
b) nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo. 
c) aptidão física e mental. 
d) comprovação de ausência de condenação penal. 
e) idade mínima de dezoito anos. 
 
 
21(FCC/TRE-CE-Analista Judiciário/2003) Nos termos da Lei no 8.112/90, a posse de um servidor público 
federal ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de provimento. Caso a posse não ocorra 
nesse prazo, a conseqüência prevista é: 
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(A) anular-se a classificação do servidor no respectivo concurso. 
(B) a demissão do servidor. 
(C) a exoneração do servidor. 
(D) a disponibilidade do servidor. 
(E)) tornar-se sem efeito o ato de provimento. 
 
22(FCC/TRE-CE-Analista Judiciário/2003) No regime da Lei no 8.112/90, a reinvestidura do servidor estável 
no cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa, 
(A)) é possível e se chama reintegração. 
(B) não é possível, pois tal invalidação depende de decisão judicial. 
(C) não é possível, pois tal reinvestidura depende de novo concurso público. 
(D) não é possível, devendo a reinvestidura se dar em outro cargo que estiver vago. 
(E) é possível e se chama reversão. 
 
23(FCC/TRT-SE - Analista Judiciário/2002) É elemento compatível com o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, traçado pela Lei no 8.112/90: 
(A) a criação de cargos públicos sem denominação própria. 
(B) a impossibilidade de provimento em comissão em se tratando de cargos públicos. 
(C)) a prestação de serviços gratuitos, desde que prevista em lei. 
(D) a criação de cargos públicos por ato administrativo. 
(E) o pagamento dos vencimentos decorrentes de cargo público com verbas da iniciativa privada. 
 
24(FCC/TRF-4ª - Técnico Judiciário/2001) Preenchidos outros requisitos, os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos brasileiros natos: 
(A) enquanto que os naturalizados e os estrangeiros estão impedidos de ocupá-los. 
(B) ou naturalizados, estando os estrangeiros impedidos de ocupá-los. 
(C) mas, em certas circunstâncias e em igualdade, tanto os naturalizados como os estrangeiros podem 
ocupá-los. 
(D) ou naturalizados e aos estrangeiros, visto que não se pode fazer nenhuma restrição quanto à 
nacionalidade. 
(E) ou naturalizados e aos estrangeiros, na forma da lei. 
 
25(FCC/TRF-1ª- Analista Judiciário/2001) Em relaçãoà vacância do cargo público, é INCORRETO afirmar 
que: 
(A) a exoneração do cargo em comissão poderá dar-se também a pedido do próprio servidor. 
(B)) a demissão do servidor também ocorrerá quando não satisfeitas as condições do estágio probatório. 
(C) esta poderá decorrer também dos institutos da promoção ou readaptação. 
(D) a exoneração do cargo efetivo pode decorrer de pedido do servidor ou de ofício. 
(E) esta poderá decorrer também da posse em outro cargo inacumulável. 
 
 
DIREITOS E VANTAGENS 
 
1) Vencimento 
 
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
 
Os servidores que exercem as mesmas ou semelhantes atribuições, desde que com previsão legal, 
receberão, a título de vencimento, o mesmo valor. As demais parcelas que compõem a remuneração 
(indenizações, gratificações e adicionais), além de variarem mês a mês, aumentando ou reduzindo a 
remuneração, poderão ter valores diferentes entre os diversos Poderes da União. 
 
2) Remuneração 
 
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É o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes, estabelecidas em 
lei. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível. 
 
Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
 
3) Subsídio 
 
Foi introduzido no nosso Texto Constitucional pela Emenda Constitucional 19/98. Sua característica é ser em 
parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de 
representação ou outra espécie remuneratória (art. 39, §4º). 
 
O importante é sabermos quais são os agentes públicos que obrigatoriamente receberão através dessa 
espécie remuneratória. São eles: o membro do Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado 
e os Secretários Estaduais e Municipais (art. 39, §4º). 
 
Já os servidores organizados em carreira poderão (facultativamente) receber através dessa espécie 
remuneratória (art. 39, §8º). 
4) Teto Remuneratório 
 
Constituição Federal, art. 37: 
“XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos 
Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e 
nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, 
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos” 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
 
§ 11 Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12 Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite 
único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros 
e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se 
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores." 
 
5) Perda do Vencimento 
 
“Art. 44 – O servidor perderá:” 
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1) a remuneração dos dias em que faltar ao serviço, sem justo motivo 
2) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas, ressalvadas as 
concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, 
até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata (com a nova redação 
dada pela Lei 9527/97, qualquer atraso ou saída antecipada, independentemente do tempo, deverá ser 
compensada) 
3) quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, 
na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor 
obrigado a permanecer em serviço. 
 
Obs: As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior poderão ser compensadas a critério 
da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício (art. 44, parágrafo único) 
 
6) Reposições e Indenizações 
 
Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. 
(art. 45) 
 
Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, 
a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida no regulamento. (art. 45, 
parágrafo único) 
As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais. O valor de cada parcela 
não poderá ser inferior ao correspondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão. 
 
 O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua aposentadoria ou 
disponibilidade cassada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitar o débito. A não quitação do débito no 
prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. 
 
O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, exceto nos 
casos de prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
 
7) Vantagens 
 
São vantagens quaisquer valores percebidos pelo servidor que não sejam vencimento. Possuem caráter 
permanente ou temporário, sendo certo, que apenas as vantagens de caráter permanente integram a 
remuneração. 
 
“Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens: 
I - indenizações; 
II - gratificações; 
III - adicionais. 
 
§ 1° As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito. 
§ 2° As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições 
indicados em lei.” 
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Pelas definições acima, percebemos que as indenizações jamais farão parte da remuneração, porém, as 
gratificações e os adicionais poderão ou não fazer parte, dependendo do caráter permanente ou não, nos 
casos e condições indicados em lei. 
 
a) Indenizações 
 
• Como visto anteriormente, não se incorporam à remuneração do servidor, visto o seu caráter temporário 
(indenizatório). 
 
• Segundo o art. 51, da Lei 8.112/90, são elas: 
 
I) Ajuda de Custo 
II) Diárias 
III) Indenizações de Transporte 
IV) Auxílio Moradia (Lei 11.355/06) 
 
Obs: Os valores das indenizações estabelecidas nos itens I a III, assim como as condições para a sua 
concessão, serão estabelecidos em regulamento. 
 
I) Ajuda de Custo 
 
• Destina-se a compensaras despesas de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a 
ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente. 
 
• Correm, também, por conta da administração as despesas de transporte do servidor e de sua família, 
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
 
• O valor pago a título de ajuda de custo é calculado sobre a remuneração do servidor, não podendo 
exceder a importância correspondente a 3 meses de remuneração. 
 
• Garante-se, ainda, à família do servidor que falecer na nova sede, ajuda de custo e transporte para 
localidade de origem, dentro do prazo de 1 ano, contado do óbito. 
 
• O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na 
nova sede no prazo de 30 dias. 
 
II) Diárias 
 
• O servidor que, a serviço, se afastar da sede em caráter eventual ou transitório, para outro ponto do 
território nacional, fará jus a passagens e diárias, para cobrir as despesas de pousada, alimentação e 
locomoção urbana. 
 
• A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida pela metade quando o deslocamento não 
exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias 
cobertas por diárias. 
 
• Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará 
jus a diárias. 
 
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• Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro da mesma região metropolitana, 
aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente instituídas, ou em 
áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, 
entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses 
em que as diárias pagas serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. 
 
• O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las 
integralmente, no prazo de 5 (cinco) dias. No caso de o afastamento do servidor durar menos que o previsto, 
ele deverá restituir as diárias percebidas em excesso, no prazo, também, de 5 dias. 
 
III) Indenização de Transporte 
 
• Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio 
próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, 
conforme se dispuser em regulamento. 
 
IV) Auxílio Moradia (Lei 11.355/06) 
 
Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no prazo 
de 1 (um) mês após a comprovação da despesa pelo servidor. 
Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se atendidos os seguintes requisitos: 
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 
II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido proprietário, promitente comprador, 
cessionário ou promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese 
de lote edificado sem averbação de construção, nos 12 (doze) meses que antecederem a sua nomeação; 
IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia; 
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de 
confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza Especial, de 
Ministro de Estado ou equivalentes; 
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de confiança não se enquadre nas hipóteses 
previstas no § 3º do art. 58 desta Lei, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; 
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos 12 (doze) meses, 
aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a 60 
(sessenta) dias dentro desse período; e 
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo. 
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso VII do caput deste artigo, não será considerado o prazo no 
qual o servidor estava ocupando outro cargo em comissão relacionado no inciso V do caput deste artigo. 
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 
12 (doze) anos. 
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Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos, o 
pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput deste artigo, os requisitos do 
caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. 
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em 
comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. 
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de 
Ministro de Estado. 
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os 
que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). 
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou 
aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. 
b) Gratificações e Adicionais 
 
• Como visto anteriormente, podem incorporar-se ou não à remuneração, dependendo do seu caráter 
permanente ou não. 
 
• Segundo o art. 51, da Lei 8.112/90, são elas: 
 
� gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento 
� gratificação natalina 
� adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas 
� adicional pela prestação de serviço extraordinário 
� adicional noturno 
� adicional de férias 
� gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006) 
� outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho 
 
 
Obs1: A lista não é taxativa, visto que a lei pode estabelecer outros adicionais relativos ao local ou à natureza 
do trabalho. 
 
Obs2: O Adicional por tempo de serviço foi revogado. Os adicionais já concedidos aos servidores abrangidos 
pelo Estatuto, ficaram transformados em anuênios (art. 244) 
 
I) Gratificação pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento 
 
• Ao servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento é devida uma gratificação pelo seu 
exercício. A remuneração dos cargos em comissão deve ser estabelecida em lei específica. 
 
Obs: Não existe mais no serviço público federal a incorporação de função 
 
II) Gratificação Natalina 
 
• É o conhecido 13º salário do servidor público. Será pago até o dia 20 do mês de dezembro de cada ano. 
 
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• Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por 
mês de exercício no respectivo ano. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês 
integral. 
 
• O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, 
calculada sobre a remuneração do mês da exoneração. 
 
III) Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas 
 
• Adicional de Insalubridade– é devido ao servidor que trabalhe com habitualidade em locais insalubres 
ou em contato permanente com substâncias tóxicas ou radioativas. Ex: operador de raio X 
 
• Adicional de Periculosidade – é devido ao servidor que coloca em risco sua integridade física em razão 
do exercício de suas funções. Ex: servidor que trabalha com rede de alta tensão 
 
• Adicional de Penosidade – é pago de acordo com a localidade em que o servidor é lotado. Será devido 
aos servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, 
nos termos, condições e limites fixados em regulamento. 
• O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles. 
O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos 
que deram causa a sua concessão. 
 
• Nos casos de atividades consideradas insalubres ou perigosas, a aposentadoria observará o disposto em 
lei específica. (art. 186, §2º) 
 
IV) Adicional pela Prestação de Serviço Extraordinário 
 
• É a conhecida “hora extra” do servidor. (CF, art. 39, §3º) 
 
• Destina-se a remunerar as atividades executadas fora do período normal de trabalho a que estiver sujeito 
o funcionário, no desempenho de seu cargo efetivo. 
 
• O serviço extraordinário será remunerado com acréscimo de 50% em relação à hora normal de trabalho. 
 
• Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e temporárias, 
respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. 
 
V) Adicional Noturno 
 
• Considera-se serviço noturno aquele prestado entre 22 horas de um dia e 5 horas da manhã do dia 
seguinte. 
 
• O servidor que presta serviço nesse horário perceberá, a título de adicional noturno, 25% de acréscimo 
sobre o valor da hora paga pelo mesmo serviço exercido em horário diurno. 
 
• Considera-se hora de serviço noturno o período de 52 minutos e 30 segundos. 
 
• Em se tratando de serviço extraordinário, o adicional noturno incidirá sobre a remuneração do servidor, 
acrescida de 50% em relação à hora normal de trabalho. 
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VI) Adicional de Férias 
 
• Lei 8.112/90, art. 76, c/c CF, art. 7º, XVII 
 XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
 
• No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em 
comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo. 
 
VII) Gratificação pelo Encargo de Curso ou Concurso (Lei 11.314/06) 
 
• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual: 
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento regularmente instituído 
no âmbito da administração pública federal; 
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção 
de provas discursivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por 
candidatos; 
III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de 
planejamento, coordenação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não 
estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou 
supervisionar essas atividades. 
• Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em 
regulamento, observados os seguintes parâmetros: 
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade 
exercida; 
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, 
ressalvada situação de excepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade 
máxima do órgão ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho 
anuais; 
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior 
vencimento básico da administração pública federal: 
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratando de atividades previstas nos incisos I e II do 
caput deste artigo; 
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do 
caput deste artigo. 
• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somente será paga se as atividades referidas nos 
incisos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for 
titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de 
trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. 
 
• A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor 
para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, 
inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões 
 
 
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8) Férias 
 
• Lei 8.112/90, art. 77 ao 80, c/c CF, art. 7º, XVII 
 
 XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
 
• O servidor fará jus a 30 dias de férias remuneradas, anualmente. 
• O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 
(vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer hipótese 
a acumulação. 
• Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 (doze) meses de exercício. 
• É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. 
• É vedado ao servidor público converter um terço de suas férias em abono pecuniário. 
• As férias poderão ser parceladas em até 3 etapas, desde que assim requeridas pelo servidor e a 
critério da Administração. Nesse caso, o servidor receberá o adicional de férias na fruição do primeiro 
período. 
• Em caso de necessidade de serviço, as férias poderão ser acumuladas, até o máximo de 2 períodos. 
• As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público. O restante do 
período interrompido será gozado de uma só vez 
 
9) Licenças 
 
“Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: 
 
I - por motivo de doença em pessoa da família; 
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
III - para o serviço militar; 
IV - para atividade política; 
V – para capacitação; 
VI - para tratar de interesses particulares; 
VII - para desempenho de mandato classista. “ 
 
VIII – para tratamento de saúde (art. 202 ao 206) 
IX – gestante, adotante ou paternidade (art. 207 ao 210) 
X – por acidente de serviço (art. 211 ao 214) 
 
a) Prorrogação da Licença 
 
“Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será 
considerada como prorrogação “ 
I) Licença por motivo de doença em pessoa da família 
 
• Será precedida de exame por perícia médica oficial, bem como as suas prorrogações. 
 
• É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período dessa licença. 
 
• Grau de parentesco: 
 
i. cônjuge ou companheiro 
ii. pais 
iii. filhos 
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iv. padrasto ou madrasta e enteado 
v. dependente que viva às expensas do servidor e conste doseu assentamento funcional 
 
• O servidor deve comprovar que é essencial sua assistência direta e que essa não possa ser prestada 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horários. 
 
• § 2º. Esta licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas 
seguintes condições: (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009) 
I - por até sessenta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e (Incluído pela Medida 
Provisória nº 479, de 2009) 
II - por até noventa dias, consecutivos ou não, sem remuneração. (Incluído pela Medida Provisória nº 479, 
de 2009) 
 
• § 3º. O início do interstício de doze meses será contado a partir da data do deferimento da primeira 
licença concedida. (Redação dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009) 
 
• A soma das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas 
prorrogações, concedidas em um mesmo período de doze meses, observado o disposto no § 3o, não poderá 
ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o(Redação dada pela Medida Provisória nº 479, 
de 2009) 
 
II) Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge 
 
• Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado 
para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes 
Executivo e Legislativo. 
 
• A licença será por prazo indeterminado e sem remuneração. 
 
• No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver 
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, 
desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. (não é caso de provimento derivado, 
visto que o exercício é provisório!) 
 
III) Licença para Serviço Militar 
 
• Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na 
legislação específica. 
 
• Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o 
exercício do cargo. 
 
• O período de licença será considerado como de efetivo exercício (art. 102, VIII, “f”) 
 
 
 
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IV) Licença para Atividade Política 
 
• Será concedida sem remuneração durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção 
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça 
Eleitoral. Esse período não é computado como tempo de serviço. 
 
• Com a remuneração do cargo efetivo, a partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao 
da eleição. A remuneração somente será paga pelo período de 3 meses. Caso o período entre o registro da 
candidatura e o décimo dia seguinte ao da eleição supere 3 meses, o servidor poderá permanecer de licença, 
mas sem direito à remuneração. Esse período de licença será computado como tempo de serviço apenas 
para efeito de aposentadoria e disponibilidade (art.103, III) 
 
 
 
 
 
 
 SEM REMUNERAÇÃO COM REMUNERAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
V) Licença para Capacitação 
 
• Após cada cinco anos de efetivo exercício, não acumuláveis, o servidor poderá, no interesse da 
Administração (ato discricionário), afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até 3 meses, para participar de curso de capacitação profissional. 
 
• O período de licença para capacitação é considerado como de efetivo exercício para efeito de contagem 
do tempo de serviço (art. 102, VIII, “e”) 
 
Obs: Não existe mais, no serviço público federal, a licença prêmio por assiduidade. 
 
VI) Licença para Tratamento de Interesse Particular 
 
• Ao servidor ocupante de cargo efetivo, que não esteja em estágio probatório, poderá ser concedida 
licença não remunerada para tratar de assuntos particulares. A licença poderá durar até 3 anos e pode ser 
interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse da Administração. 
 
• Concessão da licença – ato discricionário (pode ser interrompida também por ato discricionário) 
Escolha em 
convenção 
partidária 
Registro 
da 
Candidatura 
10º dia 
seguinte à 
eleição 
Pelo prazo máximo de 3 
meses 
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• O período de licença não é computado como tempo de serviço para qualquer efeito. 
 
VII) Licença para Desempenho de Mandato Classista 
 
• É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou 
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade 
cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros. 
 
• Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas 
referidas entidades, desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. 
• A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma 
única vez. 
 
• O tempo de licença será computado como de efetivo exercício para todos os efeitos, exceto para efeito 
de promoção por merecimento (art. 102, VIII, “c”) 
 
VIII) Licença para Tratamento de Saúde 
 
• Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em 
perícia médica oficial, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus. 
 
• A licença que exceder o prazo de cento e vinte dias no período de doze meses a contar do primeiro dia 
de afastamento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial. 
 
• A licença para tratamento de saúde inferior a quinze dias, dentro de um ano, poderá ser dispensada de 
perícia oficial, na forma definida em regulamento. 
 
• A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos 
de perícia oficial previstos nesta lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o 
campo de atuação da odontologia. 
 
• Findo o prazo da licença, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao 
serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria. 
 
• O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 meses. Ao fim de 24 meses, se o 
servidor não tiver condições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, será aposentado por invalidez 
permanente. Nesse caso, o lapso de tempo compreendido entre o término da licença e a publicação do ato 
da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença. 
 
• O período de licença computado como tempo de efetivo exercício até o limite de 24 meses, cumulativos 
ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo. 
 
• A partir de 24 meses, cumulativos ao longo de tempo de serviço público prestado à União, em cargo de 
provimento efetivo, o período de licença será considerado como tempo de serviço apenas para efeito de 
aposentadoria e disponibilidade. 
CPF: 020728729xx - Luiz Carlos Nerez De Souza | LFG -- http://www.cursoparaconcursos.com.br/
 
 
• O servidor será punido com suspensão até 15 dias quando, sem justificativa, recusar-se a ser 
submetido à inspeção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade, 
uma vez cumprida a determinação (art 130, §1º). 
 
IX) Licença à Gestante, à adotante e Paternidade 
 
Art. 207. Seráconcedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem 
prejuízo da remuneração. 
 
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição 
médica. 
 
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. 
 
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame 
médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício. 
§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso 
remunerado. 
 
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias 
consecutivos. 
 
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante 
a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. 
 
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão 
concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada. 
 
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o 
prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. 
 
• Os períodos de licença serão considerados como de efetivo exercício para efeito de contagem de tempo 
de serviço. 
 
X) Licença por Acidente em Serviço 
 
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. 
 
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, 
mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. 
 
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: 
 
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; 
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
 
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Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em 
instituição privada, à conta de recursos públicos. 
 
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente 
será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública. 
 
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o 
exigirem. 
 
10) Afastamentos 
 
I) Afastamento para servir em outro órgão ou entidade 
II) Afastamento para o exercício de mandato eletivo 
III) Afastamento para estudo ou missão no exterior 
IV) Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país 
 
I) Afastamento para servir a outro órgão ou entidade 
 
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos 
Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 
17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) 
 
I - para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
II - em casos previstos em leis específicas. 
 
 
II) Afastamento para o exercício de mandato eletivo 
 
• CF, art. 38 – Regras Básicas 
 
• No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício 
estivesse, visto que esse período é considerado como de efetivo exercício (art. 102, V), contando também 
para aposentadoria. 
 
• Naturalmente, essa regra refere-se a servidor na ativa, pois se o mesmo estiver aposentado, poderá 
acumular o subsídio do cargo eletivo com os proventos da inatividade, qualquer que seja o mandato (CF, art. 
40,§11) 
 
• O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou distribuído de ofício 
para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 
 
III) Afastamento para estudo ou missão no exterior 
 
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do 
Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal 
Federal. 
 
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§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual 
período, será permitida nova ausência. 
 
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar 
de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a hipótese de 
ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. 
 
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática. 
 
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere 
à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de 
10.12.97) 
 
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o 
qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 
IV) Do Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país 
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer 
simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se do exercício do 
cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu 
em instituição de ensino superior no país. 
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá, em conformidade com a legislação vigente, os 
programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou 
sem afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. 
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente serão concedidos 
aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos três anos para 
mestrado e quatro anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório, que não tenham se 
afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com 
fundamento neste artigo, nos dois anos anteriores à data da solicitação de afastamento. 
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos 
servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o 
período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares 
ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. (Redação 
dada pela Medida Provisória nº 479, de 2009) 
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que 
permanecer no exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afastamento 
concedido. 
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período 
de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da 
Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. 
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica-
se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério 
do dirigente máximo do órgão ou entidade. 
§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95, o 
disposto

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