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Geografia construção civil

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ESTRUTURA DA INDÚSTRIA BRASILEIRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL
LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL
O crescimento da construção civil, apresentou um crescimento significativo, no que tange ao numero de estabelecimentos, a partir da segunda metade dos ano de 1980. Essa evolução apresentou uma inflexão com recessão do inicio do ano de 1990 e a partir de 1995 ocorre uma retomada do crescimento do segmento, baseado especialmente nas pequenas empresas.
O crescimento no numero de estabelecimentos e, consequentemente, na participação do segmento na indústria do município não repercutiu da mesma maneira que o emprego formal. A participação do emprego da indústria ficou na faixa de 12 a 18%.
 EMPREGO E QUALIFICAÇÃO DE MAO-DE-OBRA
O segmento promoveu uma redistribuição dos trabalhadores nas diversas faixas salariais acima de 1 salario mínimo. O numero de empregos continuou mantendo elevados níveis de concentração embora em 1992, houve uma reduzida, com isso, acentuou-se os empregos de pequenas empresas em periferias
3. INVESTIMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
 	O setor de construção civil esteve no centro da crise norte-americana que eclodiu no fim de 2008, no Brasil, os efeitos dessa crise foram sentidos no setor em decorrência da redução do crédito privado. O país adotou várias medidas anticíclicas que contribuíram para a recuperação da economia no terceiro trimestre de 2009. Entre essas medidas, estão a desoneração tributária de alguns materiais de construção, a expansão do crédito para habitação, notadamente o Programa Minha Casa, Minha Vida, e o aumento de recursos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
 	Entretanto, não se pode esquecer a necessidade urgente de acelerar investimentos em construção civil, não só em face do elevado déficit habitacional no país, mas também para superar a grande deficiência em infraestrutura. Deve-se lembrar ainda dos compromissos assumidos pelo Brasil para a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
 	O PAC tem investimentos previstos de R$ 955 bilhões até 2014. E a nova fase do Minha Casa, Minha Vida prevê a construção de dois milhões de moradias no mesmo período. Se ambos objetivos forem cumpridos, a despeito da crise externa, levam a reboque os investimentos da indústria da construção.
 	Uma de suas metas será levar 18 mil máquinas e veículos para municípios brasileiros com até 50 mil habitantes ou em situação de emergência, dentre eles retroescavadeiras, caminhões-caçamba, motoniveladoras, pás carregadeiras e caminhões-pipa; Serão 5.061 municípios beneficiados com a aquisição de equipamentos do PAC, totalizando investimentos do governo federal da ordem de R$ 5 bilhões.
 	 Em sua fase mais recente o governo investiu cerca de R$ 54,463 bilhões, reduzido de R$ 61,463 bilhões devido a emendas parlamentares no Orçamento. 
Em 2013 os investimentos privados na construção civil caíram 14,2% no primeiro semestre. Ao todo, foram aplicados 258,71 bilhões de dólares nos seis primeiros meses do ano, sendo que nesse mesmo período de 2012 o resultado foi de 301,53 bilhões de dólares.
 	De acordo com a ITC, a queda foi puxada principalmente pelas obras industriais, que tiveram aportes de 155,4 bilhões de dólares. O valor é 18,9% menor do que o registrado no ano passado. Já no segmento comercial, a redução foi de 7,8% no período.
 	Em relação as residências, no primeiro semestre de 2013, as obras tiveram um crescimento de 6% em relação ao ano de 2012. Quando comparado a 2011, o crescimento foi ainda maior, alcançando os 14%. Os volumes de investimentos no segmento chegaram a 27,45 bilhões dólares, valor que se manteve estável em relação a 2012 e 4% superior na comparação com 2011.
 	Quando dividido em regiões, ainda de acordo com o ITC, o Sudeste se destacou com 3807 obras, representando 54,3% do valor total. Na segunda colocação, ficou as regiões Norte e Nordeste, com 1452 obras (20,7%), o Sul com 1276 (18,2%) e o Centro-Oeste com 470 obras (6,7%).
 	Em 2014, o setor de construção civil, será o mais beneficiado por empresas privadas devido a Copa do Mundo, serão R$ 22,46 bilhões de investimentos diretos que serão feitos para garantir a infraestrutura e organização necessária.
 	Pode-se concluir que os investimentos privados variam de acordo com as atividades e eventos de uma determinada região, podendo eles serem beneficentes ao extremo ou não, dependendo da ocasião. De um modo geral, podemos dizer que os investimentos de empresas privadas são tão importantes quanto os investimentos públicos, pois ele podem facilitar o trabalho ou ação a ser concluída, além de gerarem empregos e consequentemente renda.
4. PARTICIPAÇÃO NO PIB NACIONAL 
 	O setor de construção civil vem causando cada vez mais impacto no PIB nacional, aumentando cada vez a cadeia produtiva desde 2010 após uma quase crise em relação ao setor.
 	Durante o ano de 2010, a cadeia produtiva da construção civil no Brasil passou a representar 8,1% do PIB. Em valores absolutos, o total gerado pela cadeia produtiva foi de R$ 297,6 bilhões. Entre 2009 e 2010, o valor adicionado do respectivo segmento cresceu 15,3% acima do Índice Nacional de Custos da Construção. .
 	Em 2011 o setor não teve tanto impacto quanto no ano passado, porem, a economia brasileira registrou crescimento de 2,7% devido a setores de informação, financiamento e seguros, que tiveram destaques no geral.
 Em 2012 o PIB do País cresceu 0,9% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 4,402 trilhões, mas no compito geral, o setor da construção civil caiu 0,5% no quarto trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período de 2011, o setor apresentou variação de -0,2%. Apesar disso, o acumulado do ano atingiu crescimento de 1,4% frente ao ano anterior, somando R$ 213 milhões tendo movimentado R$ 305,5 milhões no total.
 	Em 2013, o PIB teve alta de 1,9%, este crescimento aconteceu pelos aumentos de 1,7% do valor adicionado a preços básicos e de 2,6% nos impostos sobre produtos; a renda nacional bruta, atingiu R$ 1,2 trilhão com o setor de construção civil representado 3,8% do que no ano anterior.
 	O PIB deverá avançar 1,4% em 2014, já o PIB da construção civil deve crescer 1,7%; para chegar a este resultado, a estimativa considerou a elevação da taxa doméstica de juros, a desaceleração do consumo privado e o fim dos incentivos fiscais .
 	Pode- se concluir que a construção civil em relação ao PIB, aumenta de acordo com a elevação dos juros e dos incentivos do governo, representando 10% de tido o produto interno bruto nacional.
5. CARGA TRIBUTÁRIA 
Em 2003, o valor adicionado da construção somou R$ 100,9 bilhões, o que representou cerca de 6,5% do PIB do país. Essa participação é a menor desde 1992, reflexo dos sucessivos anos de crise que abalam o setor. Nos três últimos anos (2001,2002, 2003), o produto da construção registrou taxas de variação real negativas: -2,66% em 2001, -1,85% em 2002 e -5,19% em 2003. Ou seja, houve uma queda acumulada de 9,4% nesse período.
O ano de 2000 foi o último de crescimento do período recente. Segundo estudo realizado pela FGV(2002), em 2000 o valor adicionado da construção totalizou R$ 88,912 bilhões, cerca de 8,07% do PIB e o produto do macrossetor, que engloba toda a indústria de materiais de construção e demais fornecedores de insumos, totalizou R$ 157,889 bilhões ou 14,46 do PIB%. Nesse ano, o setor chegou a ocupar mais de 4 milhões de pessoas, o que representava 6,3% da população economicamente ativa (PEA). Deste total 1,237 milhão eram trabalhadores com carteira. E quando se consideram as demais pessoas envolvidas com a atividade da cadeia produtiva da construção, o volume de ocupados chegava a quase 5,8 milhões, ou 8,9% da PEA. Em 2003, o número de trabalhadores com carteira caiu para 1,156 milhão, ou seja, havia decrescido 7%.
A partir desses coeficientes e multiplicadores podemos estimar o impacto dos investimentos no setor. Por exemplo, um aumento de R$ 1 bilhão no dispêndio com produtos e serviços da construção seria capaz de gerar 26 mil empregosdiretos e elevaria em R$ 781 milhões o valor adicionado pela cadeia produtiva da construção. Por sua vez, esse aumento de emprego e renda possibilitaria um incremento total (direto, indireto e induzido) do valor adicionado na economia brasileira de R$ 1.384,87 milhão e a criação de 84 mil postos de trabalho.
A criação de novos tributos e a elevação de alíquotas dos já existentes tem contribuído para um aumento significativo da carga tributária nos últimos anos. De acordo com o Relatórioda FGV-FESESP (2004), em 2000 e 2001 a carga tributária chegou ao patamar de 31,6% e 33,4% do PIB, respectivamente e em 2002 atingiu o pico da história tributária do país: 34,9% do PIB. A tabela 1 apresenta a carga tributária bruta por setor produtivo, para os principais segmentos de atividade nos anos de 2000, 2001 e 2002.
A tabela permite observar que em quase todos setores houve aumento da carga tributária entre 2000 e 2002. A carga tributária é medida pela relação entre o total de tributos pagos e produto do setor (%VA). Em 2002, os setores com os patamares mais elevados eram a indústria automobilística e o setor de transportes. A construção civil está entre os setores que possuem uma carga tributária abaixo da média do país: 27,6% do VA em 2002. Ou seja, o total de tributos pagos pelo setor como proporção do produto ficou abaixo da média do país. Isso ocorre porque no produto da construção civil existe uma participação grande de segmentos informais (auto-construção). No entanto, quando se considera a arrecadação do setor em relação ao total da arrecadação de todos setores, é possível notar que a construção civil é o segundo maior contribuinte do país, ficando atrás apenas do comércio.
A tabela 2 apresenta a participação dos diversos tributos no valor adicionado da construção civil em 2000, 2001 e 2002.
Pode-se notar que o ICMS é responsável pela maior parte da arrecadação do setor (42,6%). Vale destacar que em “outros tributos sobre a produção”, com participação de 5,5%, 6,1% e 6% do VA, em 2000, 2001 e 2002, respectivamente, estão incluídos o COFINS e PIS/PASEP.
A carga tributária paga por componentes da demanda, quais sejam: o setor produtivo, a formação bruta de capital fixo, a variação de estoques, as exportações, as famílias, o próprio governo e à renda imputada ao setor financeiro. Segundo as estimativas da FGV, 63% da carga tributária do país recaem sobre o setor produtivo nacional.
6. MERCADOS
MERCADO INTERNO
O Brasil é geograficamente dividido em cinco regiões: Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Estas 5 regiões possuem diferenças demográficas, atividade econômica, distribuição de renda, perfil do consumo, desenvolvimento e déficit habitacional. 
O potencial do mercado imobiliário nacional possui um tamanho bastante relevante, sendo sustentado por fatores como: População, Demanda, Financiamento e Taxa de Juros, e Crescimento Econômico, que permitem a viabilidade de novos empreendimentos.
O perfil e o crescimento da população nacional determinam o comportamento da demanda por novos imóveis. Pesquisa realizada pela Ernst&Young, em parceria com a FGV, revelou que o crescimento da população projetado até o ano de 2030 (quando a população atingiria 233,6 milhões de habitantes e 95,5 milhões famílias) corresponderia uma formação média de aproximadamente 1,5 milhões de novas famílias por ano. Esse crescimento populacional combinado com elevado percentual de jovens em relação ao total da população e a estimativa de redução gradual do número de indivíduos por domicilio (média de 3,4 pessoas/ moradia em 2007 para 2,5pessoas/moradia em 2030) são fatores que elevam o potencial da demanda por novos imóveis no mercado da construção civil nacional para os próximos anos.
Além do potencial do crescimento da população, o país possui um déficit habitacional de 7,2 milhões de moradias (conforme dados do IBGE e do Programa Minha Casa Minha Vida, em 2007). A região sudeste foi apontada com sendo responsável pela demanda mais representativa em valores absolutos (36,4% do total), seguida pelas regiões nordeste, sul, norte e centro-oeste, com 34,3%, 12,0%, 10,3% e 7,0%, respectivamente. Grande parte desse déficit habitacional está relacionada com a distribuição de renda, tendo maior concentração no segmento familiar com renda mensal de até três salários mínimos (dados: Programa Minha Casa, Minha Vida).
O nível de taxa de juros possui forte influencia nas decisões de consumo e de investimento de longo prazo. A estabilidade da taxa de juros nos últimos anos, atrelado ao controle inflacionário e políticas econômicas que estimulam o crédito habitacional, permite o aumento das opções de financiamentos e facilidades de crédito para aquisição de imóveis, ampliando ainda mais a demanda existente.
O crescimento econômico surge como o progresso e estabilidade dos fatores políticos, sociais e econômicos em prol do constante crescimento e geração de emprego, assim como, a existência de liquidez econômica mundial, possibilitando maior ingresso de recursos financeiros para o país com baixos custos. A expansão do PIB intensifica a demanda por imóveis comerciais, como também amplia o mercado consumidor dado ao aumento da renda da população.
MERCADO EXTERNO
Evolução das exportações e importações:
Muitas exportações de serviços de construção não são adequadamente contabilizadas porque, em virtude da presença comercial das firmas no país importador, os pagamentos são feitos diretamente no exterior e não são lançados na rubrica correspondente do balanço de pagamentos.
A mensuração imprecisa das exportações e importações explica parte da grande variação das receitas e despesas da conta de Serviços de Construção. Apesar da variabilidade, verifica-se que o país obteve superávits em todos os anos desde 1992. Este saldo positivo chegou a US$ 227,4 milhões em 2000, embora seja, em média, de US$ 30,2 milhões. Em alguns anos, como 1992 e 1996, o saldo foi inferior a US$ 1 milhão. 
As importações mantêm alguma correlação com o câmbio, tendo sido mais acentuadas no período de câmbio valorizado de 1994-1998. As exportações, a princípio, não parecem ser severamente afetadas pelo câmbio, dependendo mais de oportunidades de negócios no exterior, como grandes obras. Mesmo no ano de melhor desempenho (2000), no entanto, 31são muito inferiores à demanda interna. Em dólar médio de 2000, as exportações de serviços de construção atingiram R$ 416 milhões, somente 0,5% do PIB CC do ano, que foi de R$ 90 bilhões.
Especialização:
No período 1980-2000, as 10 maiores empresas nacionais de construção executaram 152 serviços em mais de 50 países. Desses, cerca de 43% foram serviços gerais de construção para a engenharia civil, 16% de serviços de instalações, 14,5% de serviço geral de construção e 10,5% de serviços especiais de construção. O percentual restante (16,4%) se divide entre trabalhos de instalações e montagens (8,6%) e serviços de pré-construção em terrenos (7,9%).
Os maiores mercados para o Brasil estão na América do Sul e Central. Os mercados que devem apresentar as maiores taxas de crescimento em construção civil, no entanto, estarão na Ásia e na África. O Banco Mundial está comprometido com um programa de US$ 20 bilhões para melhorar o padrão da infraestrutura (água e saneamento) naqueles dois continentes, segmento no qual as empresas brasileiras dispõem de experiência. A União Europeia anunciou que reserva um orçamento de 13,5 bilhões de euros para financiar projetos nos países da África, Caribe e Pacífico.
O crescimento da exportação de serviços de construção e de engenharia depende da remoção de inúmeras barreiras não tarifárias que vigoram no setor. Tais barreiras existem pela imposição de padrões técnicos, culturais, de meio ambiente e de registro profissional específico e por argumentos como segurança nacional (na construção de usinas nucleares e prédios militares, entre outros).
7. INOVAÇÕES
INOVAÇÕES DE PRODUTOS 
Novidades sustentáveis na construção civil estão sendo exigidaspelos consumidores e começam a surgir no mercado. A fabricante de tintas ''Hydronorth'' lança a primeira linha de produtos ecológicos para o setor.
Ao todo são seis produtos da linha que inclui tinta acrílica de alta performance, massas, revestimento acrílico Graffiato, esmalte base d´água, verniz base d´água e impermeabilizante para telhado branco.
 Os produtos possuem baixo índice de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis), não exalam odor três horas após aplicação e tecnologia contra a ação de germes, fungos, bactérias, microorganismos e algas. Além disso, possuem alta performance de secagem (cerca de 8h, que chega a ser cerca de 1/3 quando comparada às convencionais) e concentração.
Bellwether Materials: outra opção de isolante feito com lã de ovelha, que utiliza pouca energia na produção e é seguro para pessoas, ambiente e animais. A lã ainda absorve poluentes do ar e é de difícil combustão em caso de incêndio.
Painéis StormWall: sistema de paredes, piso e forro estruturais que substituem o uso de drywall. Absorvem mais de três vezes a quantidade de CO2 emitida em sua cadeia de produção.
Cobertura GR Green: restos de pedra calcária e plástico reciclado (garrafas de leite e sacolinhas plásticas) compõem o produto que custa menos que os concorrentes, tem longa duração (pelo menos 50 anos) e pode ser reciclado.
Biobrick: bactérias produzem materiais de uma espécie de cimento natural, que possuem custo e desempenho semelhantes à alvenaria tradicional.
Ecococon: painéis de palha para construções pré-fabricadas de custo acessível e bom isolamento.
HaploBuilt: materiais biodegradáveis ou recicláveis também utilizados em construções pré-montadas. Dispensam o uso de água e podem ser desmontados e reutilizados em uma nova construção.
Painéis ECOR: feitos de fibra de celulose, são fabricados em um ciclo que reutiliza 99,5% da água necessária para a produção.
Dutch Design Initiative: painel reforçado de cimento, madeira e lã, são resistente ao fogo, à água, a insetos, não apodrece e ainda por cima é um isolante térmico e acústico.
Porta resistente à umidade multidoor:produto único no mercado será lançado durante a FEICON 2012. Foi desenvolvido para atender à demanda do mercado de construção civil por produtos específicos para áreas molháveis de uso interno (banheiros, cozinhas e áreas de serviço) e para as portas de entrada como as áreas comuns ou de serviço dos prédios residenciais.
INOVAÇÕES DE PROCESSOS
Manaus sediou nesta segunda-feira (14) um Road Show com empresas nacionais do setor da construção civil que apresentaram tecnologias inovadores. Entre as novidades estão: coberturas térmicas, sistema de impermeabilização e construção de casas e edifícios utilizando fôrmas de aço.
 Durante o encontro empresas como a Sika e Isoeste trouxeram novidades quanto a impermeabilização e como barrar a transmissão do calor e possíveis goteiras em telhado. A última técnica, segundo o diretor do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), Newton Veras, é mais utilizada na construção de residências. “Na construção de prédios, utilizamos manta antitérmica e impermeável que proporcional o mesmo resultado”.
 Outra novidade são as paredes de concreto. A empresa SH - Fôrma, Andaimes e Escoramentos, apresentaram experiências de sucesso baseadas em técnicas norte-americanas.
 Eles utilizam fôrmas de alumínio e de aço para “montar” apartamento ou casa e, após a montagem, se faz a concretagem. “Com este método, as formas são montadas - dependendo do tamanho do imóvel - em horas e a concretagem é feita no mesmo dia. Depois de 72 horas se tira a forma e o imóvel está pronto”, explicou a gerente de marketing da empresa, Samanta Costelha. Segundo ela, a concretagem só é feita depois da instalação de toda fiação e sistema hidráulico, o que antecipa ainda mais o trabalho.
Entre as tecnologias para construir mais rápido e com menor custo está o steel framing, já bastante disseminada nos Estados Unidos e que vem conquistando os brasileiros. Diferente do sistema construtivo em alvenaria, prevê a construção de imóveis com base em perfil metálico revestido com drywall ou placas de madeira OSB.
 Segundo o engenheiro civil Mauro José de Souza Araújo, também professor dos cursos de Engenharia Civil e Arquitetura do Cesumar, de quebra o steel framing proporciona conforto acústico e térmico, já que entre essas placas podem ser empregados isolantes à base de lã de rocha, lã de vidro ou lã de garrafa de plástico reciclável (PET). Já externamente, o acabamento pode ser realizado com uma placa cimentícia feita com a mistura de papelão e cimento.
 Dentre os benefícios do steel framing está a agilidade com que a obra é concebida. A estimativa é que em até três dias a estrutura esteja toda montada e que a obra custe até 40% menos do que a de alvenaria. Além disso, outros pontos positivos são leveza e resistência. Vale lembrar que a técnica pode ser empregada tanto na construção de imóveis populares, de alto padrão e comerciais como em condomínios verticais.
O docente destaca que outra técnica que permite executar obras com mais rapidez, entre outras vantagens, é o wood framing, um processo construtivo que antecedeu o steel framing. "A diferença é que, ao invés de uma estrutura metálica, o wood framing consiste em estrutura de madeira. Os processos isolantes e de acabamento são os mesmos do steel framing", diz. 
 Como não existe queima para a fabricação de tijolos (já que dispensa seu uso) e a madeira utilizada é legalizada, o impacto ambiental é mínimo. Além disso, o sistema construtivo batizado de solo-cimento, mais antigo, também é capaz de diminuir os custos, danos ambientais e agilizar a obra. Neste caso, paredes da obra, como o próprio nome sugere, são levantadas com terra e cimento, formando tijolos ecológicos (também sem queima). 
8. MEIO AMBIENTE 
 Reconhecidamente, o setor da construção civil tem papel fundamental no desenvolvimento do país, e desta forma se torna peça chave para o atendimento dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável. A indústria da construção é uma das atividades humanas que mais consome recursos naturais. Estima-se internacionalmente que entre 40% e 75% dos recursos naturais existentes são consumidos por esse setor, resultando assim em uma enorme geração de resíduos. Só no Brasil, a construção gera cerca de 25% do total de resíduos da indústria.
 A cadeia produtiva da construção tem um peso grande também em termos de emissões de carbono. Segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por 40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEEs) relacionadas ao consumo energético.
 À medida que a urbanização avança – mais de 80% da população brasileira vive atualmente em áreas urbanizadas – medidas relacionadas à sustentabilidade deverão ser adotadas para garantir a elevação da qualidade de vida da população. Acompanhamos um recente boom em certificações de prédios sustentáveis no Brasil e ocupamos hoje a 4ª colocação em número de empreendimentos certificados no mundo.
 Em consonância com esta tendência, foi lançado na CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), o Guia Metodológico para Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa na Construção Civil – Setor Edificações. O guia foi elaborado pelo Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) em parceria com as grandes empresas do setor da construção e visa padronizar os critérios a serem considerados durante o ciclo de vida do empreendimento e a metodologia de cálculo a ser utilizada para se elaborar o inventário de GEE das obras.
 A intenção deste projeto é antecipar o setor às normas e regulamentações, cada vez mais comuns, que estão ditando as novas diretrizes sobre emissões de carbono no Brasil. O guia publicado instrui as empreiteiras e construtoras a calcular as emissões de carbono durante o empreendimento. Nesta primeira versão, o guia se limita a considerar asemissões da fabricação e transporte dos materiais assim como a execução da obra propriamente dita. Nas próximas edições do documento, este escopo de emissões se estenderá desde o período de uso e manutenção do empreendimento até seu destino final, seja o retrofit do prédio ou sua demolição.
 Além deste Guia, existem também certificações para classificar a construção como um empreendimento sustentável, como o selo LEED e o AQUA. A proposta destas certificações é estimular a adoção de práticas mais eficientes na construção civil reduzindo o impacto ambiental ao adotar materiais e sistemas mais eficientes. O foco está na redução do consumo de recursos naturais, como água e energia, sem esquecer do correto gerenciamento dos resíduos. Tudo isso atrelado à construção de edifícios mais confortáveis e funcionais para seus ocupantes.
 Foi o que fez a Unilever na construção do novo centro de convivência para seus funcionários na fábrica de Pouso Alegre. O prédio conta com uma arquitetura que privilegia o uso de luz natural, estimula o uso de bicicleta ao trabalho e equipou suas torneiras com redutores de vazão. Somando a outras características adotadas durante a obra, a construção recebeu a certificação LEED Silver, primeira deste modelo na região.
 Iniciativas como esta estão se tornando cada vez mais freqüentes e certamente irão ditar as normas do setor nos próximos anos. Produtos ecologicamente corretos, mais eficientes e com características cada vez mais inovadoras tem surgido com muita força no mercado, ajudando a alinhar eficiência ambiental, conforto para usuários e economia na operação destes novos prédios verdes.
9. INFRAESTRUTURA
A Infraestrutura é fundamental para o desenvolvimento econômico de um país. Sem ela, as empresas não conseguem desenvolver adequadamente seus negócios. Quando um país apresenta uma infraestrutura pouco desenvolvida, os produtos podem encarecer no mercado interno (prejudicando os consumidores) e também no mercado externo (dificultando as exportações em função da concorrência internacional). 
A oferta de serviços no setor de infraestrutura deve caminhar na frente da demanda, para não se tornar fator de interrupção de um novo ciclo de crescimento em nosso país. Por isso ações como atuar de forma mais estratégica e gerar novos negócios na construção civil e contribuir para o desenvolvimento de produtos de tecnologia nacional de ponta.
10. ANALÍSE CRÍTICA
Nosso modelo de desenvolvimento é caracterizado pelo alto consumo de recursos naturais e pela degradação ambiental. As limitações de quantidade de recursos naturais e as mudanças ambientais e climáticas decorrentes dessas características mostram que esse quadro é insustentável. 	
A consciência da necessidade de um novo modelo de desenvolvimento que busque a sustentabilidade se mostra cada vez mais presente na sociedade. O setor de construção civil, visto como agente produtor dos ambientes construídos, é essencial nesse novo paradigma, devendo adotar novas práticas baseadas em conceitos coerentes com a sustentabilidade. 
Existem muitas discussões e pesquisas que buscam os conceitos e práticas necessários para a sustentabilidade no setor, no entanto é necessário que as informações sejam melhor direcionadas e integradas. O presente trabalho tem o objetivo de contribuir para este desafio, através da discussão do conceito teórico da sustentabilidade no ambiente construído e da proposição de um modelo de aplicação prática do mesmo. 
Para isso, se discute a situação atual da sustentabilidade na construção civil através do estudo dos conceitos de sustentabilidade relacionados ao nosso modelo de desenvolvimento econômico, e da percepção dos mesmos na construção civil. Também são analisadas as práticas de sustentabilidade já adotadas nos empreendimentos de construção civil.
São expostas algumas afirmações e dúvidas da realidade do setor da construção. Utilizando-se métodos de síntese desses conhecimentos e uma abordagem holística, o trabalho apresenta um conceito de sustentabilidade relacionado ao ambiente construído e aos empreendimentos de construção civil. 
O conceito proposto possui características de processo aberto e inventivo, entendidos como aspectos fundamentais da sustentabilidade, e mostram potencial de contribuir para novos conhecimentos e para aplicação prática da sustentabilidade no setor. 
Contudo, o trabalho desenvolve ainda, um modelo de política e de gestão de empreendimentos, incluindo uma ferramenta de auxílio a decisões, que permitam uma aplicação coerente com os conceitos propostos. Esses se mostraram válidos como uma primeira aproximação de intenção experimental, e com possibilidades de serem testados ou falseados.
REFERÊNCIA:
http://exame.abril.com.br/economia/noticias/industria-brasileira-de-construcao-civil-deve-crescer-2-8-em-2014?page=2
http://oespacobrasileiro.blogspot.com.br/2010/04/distribuicao-espacial-da-industria.html
http://www.senai.br/portal/br/Almanaque/snai_vc_alm_pch_det.aspx?idPro=36
http://www.tributacaonaconstrucao.com.br/index.php/noticias/outros-temas/251-solucao-de-consulta-cosit-82014-presuncao-do-lucro-na-construcao-civil.html
http://www.axionconstrucoes.com.br/arquivos_downloads/reportagens/Carga%20tribut%C3%A1ria%20na%20constru%C3%A7%C3%A3o%20v1.pdf
http://economia.estadao.com.br
http://www.valor.com.br
http://dados.gov.br/
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/liv_perspectivas/09_Perspectivas_do_Investimento_2010_13_CONSTRUCAO_CIVIL.pdf
http://acritica.uol.com.br/manaus/Amazonia-Amazonas-Manaus-novidades-tecnologia-construcao_0_700729924.html
http://asboasnovas.com/mundo/10-materiais-de-construcao-inovadores-e-sustentaveis
http://maringa.odiario.com/imoveis/noticia/541691/construcao-civil-investe-em-novas-tecnicas/

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