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atraso da audit externa

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1 
Determinantes do Atraso de Auditoria Externa (Audit Delay) em Companhias 
Brasileiras 
 
Autoria: Antonio Nunes Pereira, Fábio Moraes da Costa 
 
Resumo 
Este estudo investigou os determinantes do atraso em auditoria externa, audit delay (AD), de 
companhias brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. A amostra contemplou 
informações das empresas entre o período de 1999 a 2008. Os resultados indicam que a 
emissão de opinião com ressalva, a divulgação de prejuízos e o início do processo de 
migração do modelo contábil brasileiro ao internacional estão relacionados com o atraso na 
emissão dos pareceres dos auditores. Em contrapartida, clientes maiores tendem a receber as 
opiniões em um tempo menor. 
 
2 
1. INTRODUÇÃO 
O presente estudo consiste em uma investigação acerca do atraso na liberação do 
parecer do auditor externo, internacionalmente conhecido como audit delay. Busca-se avaliar 
se no Brasil os auditores também são impactados por variáveis contábil-financeiras e 
corporativas selecionadas, de maneira similar a estudos internacionais sobre o tema 
(WHITTRED: 1980; ASHTON, WILLINGHAM e ELLIOT: 1987; KINNEY e MCDANIEL: 
1993; KRISHNAN e YANG: 2009; LENNOX e PITTMAN: 2009). 
A literatura de contabilidade financeira parece antecipar a relevância do papel do 
auditor para fins de proteção dos investimentos com responsabilidades perante a sociedade, 
agentes econômicos e analistas financeiros. 
O analista crê na função de auditoria. Mas ele precisa estar atento para a 
possibilidade de falha de auditoria ou situações que colocam o auditor em conflito 
de interesses, podendo o mesmo ser generoso para com os gestores, atestando 
situações que carregam incertezas consideráveis em searas penumbrosas, tradução 
livre do autor (PENMAN, 2007, p. 636).i 
Beaver (1989) corrobora, assim como Penman (2007), que a atividade de auditoria 
aumenta a acurácia dos números contábeis reportados. O auditor, nessa visão, contribuiria 
para a credibilidade nas informações financeiras oferecidas pelos gestores ao mercado e aos 
analistas de capitais. Destaca-se que Beaver (1989) permite uma definição de que o auditor 
seria um monitor independente para ir à empresa, ao inspecionar os sistemas de informação e 
oferecer uma certificação de que as informações materiais não foram omitidas pelos gestores. 
Há, portanto, para o auditor uma alta responsabilidade de julgamento em face de um ambiente 
operacional de incertezas e conflitos de interesse entre gestores e acionistas (BEAVER: 1989). 
Por meio da pesquisa internacional é oportuno introduzir o conceito de atraso na 
entrega do parecer do auditor externo (audit delay). Tecnicamente são intercambiáveis audit 
delay e audit lag para a investigação analítica. O audit delay, AD, expressão que será utilizada 
na presente investigação, é convencionalmente definido como o prazo entre o final do ano-
competência e a data do parecer do auditor (NG e TAI: 1994). 
Se o audit delay é elevado, é possível que a percepção de risco de informação de 
desempenho seja reduzida para as companhias e as firmas. Investidores podem vender as 
ações ou exigir uma remuneração maior. Conselheiros de administração encarregados da 
avaliação dos auditores podem ficar inclinados a adotar práticas discricionárias para a troca do 
auditor. 
O cenário brasileiro introduz um elemento adicional, no contexto de mudança 
institucional. Por meio da adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (mais 
conhecidas pela sigla em inglês IFRS) reconhecidamente mais complexas e que demandam 
maior volume de trabalhos dos profissionais contábeis (TORRES, 2011), o audit delay pode 
ter aumentado. Baseado em Iudícibus et al. (2009), Carvalho, Lemes e Costa (2008) e Ernest 
& Young, Fipecafi (2009) é razoável defender que será necessário na transição inicial um 
prazo maior para elaborar demonstrações financeiras e auditá-las sob os critérios de maior 
complexidade de julgamento advindos da introdução da Lei 11.638/2007 e do primeiro 
conjunto dos Pronunciamentos Contábeis que procuram incorporação das normas contábeis 
internacionais nas práticas contábeis brasileiras (BRGAAP). 
Explorado preliminarmente o conceito de audit delay num contexto contemporâneo de 
maior regulação e mudança institucional, questiona-se: 
Quais são os determinantes econômico-financeiros do atraso de auditoria (audit delay) 
no Brasil? 
O presente estudo está organizado em introdução, referencial teórico, metodologia, 
conclusão, referências, apêndices e anexos. O referencial teórico contempla a seleção de 
literatura de auditoria sobre teoria contratual da firma e pesquisas de AD no exterior. Foram 
desenvolvidas sete hipóteses com base na literatura. Os dados coletados contemplaram o 
período de 1999 a 2008. Os resultados indicam que quatro variáveis estão relacionadas com o 
 
3 
AD: opinião com ressalva, tamanho do cliente, divulgação de prejuízos e migração do modelo 
contábil brasileiro ao internacional. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
A auditoria consiste em um exame dos registros contábeis por um contador público 
certificado externo e independente (ANTHONY, 1999, p. 39). Essa definição sintética permite 
o destaque de três elementos abordados pelas teorias do comportamento do auditor: 
incentivos, honorários e custos. A atividade é realizada por um indivíduo que é influenciado 
por incentivos econômicos; esse indivíduo que aufere receitas com honorários de auditoria 
(fees), incorrendo em determinados custos. 
Uma característica almejada no trabalho do auditor consiste na “independência”. É 
nesse atributo que reside um dos maiores valores sociais para o trabalho do auditor, que é a 
imparcialidade com que executa suas tarefas. Nesse ponto, é relevante caracterizar o trinômio 
de fatores para o processo de auditoria: economia, regulação e independência. 
Para Antle (1982) a auditoria tem duas essências: a verificação e a produção de 
informação. Tradicionalmente, sabe-se que os auditores verificam os relatórios preparados 
pelos gestores e certificam se os mesmos estão corretos. Essa situação contempla a primeira 
essência. Na esfera factual, a existência de auditoria trata-se de um incentivo para a produção 
de informações acuradas pelos gestores a um custo alternativo – menor ao pagamento que 
seria necessário para um reporte gerencial, em tese, verdadeiro e justo. 
Pode-se esperar que a contratação de um auditor eficaz aumente a qualidade da 
informação e tenha um custo reduzido se, por exemplo, comparado a uma remuneração que 
induzisse o mais real e justo reporte dos negócios. Se os gestores de sociedades anônimas 
reportassem de forma verdadeira o resultado dos negócios, a demanda por verificação seria 
reduzida ou no extremo, eliminada, mas o custo de pagamento por essa verdade seria ainda 
mais alto. A relação custo x benefício da verificação e produção de informações acurada, por 
mais simples que possa sugerir, é a primeira justificativa para a existência do auditor. 
Carvalho (1989) menciona o estudo de Antle (1982) que tratou em específico do tema 
o auditor como agente econômico. O estudo utiliza metodologia baseada em teoria dos jogos 
para suportar a análise empírica e econômica da contabilidade e da auditoria. Antle (1982) 
defende que a literatura de auditoria, por vezes, se concentrou nos objetivos e tarefas dos 
auditores, mas pouco se estudou sobre o comportamento econômico desse agente que atua 
estrategicamente. Comenta Antle (1982) que, para entender o comportamento econômico do 
auditor é oportuno o conhecimento do esquema de compensação, em linha com Macho-
Stadler e Pérez-Castrillo (2002), e os mecanismos de compartilhamento de riscos com 
gerentes e investidores. 
A regulação contábil possui influência de auditores (NIYAMA e SILVA, 2008) e 
outros aspectos podem condicioná-la. A regulação evoluiu com o advento das InternationalFinancial Reporting Standards (IFRS) e da implementação das International Standards on 
Auditing (ISAs). 
Na prática de análise contábil, o auditor acaba por operar como um contraponto 
conservador para reduzir o viés otimista ou omissivo que a informação pode ser informada 
pelos gestores num contexto de baixa ou alta regulação. Mas, cabe indagar por que a 
informação contábil pode ser distorcida por carregar uma propensão dos gestores e o que os 
investidores podem fazer quanto a esse comportamento, parafraseando Samuelson (1977). 
Para Laffont e Martimort (2002), a auditoria é uma forma de obter sinais do agente, 
possuidor informação privada, para aumentar o objetivo de rentabilidade do principal. A 
auditoria representaria uma das ferramentas onerosas para avaliar a sinalização do agente 
(LAFFONT e MARTIMORT: 2002). 
 O auditor pode atuar como redutor de assimetria informacional, mas também pode 
incorrer em conflitos de interesse como se apreende de pesquisas que se resgatam no exterior 
 
4 
com a utilização do valor dos honorários, rodízio, venda de pareceres, marcas das firmas de 
auditoria na temática de independência (NOSSA, KASSAI e KASSAI: 2000). 
Destaca-se que a atividade técnica de auditoria não se estabelece fora do contexto de 
negociação e pressão dos mais diversos públicos de interesse, entre eles clientes, 
competidores e reguladores. As negociações tornam-se evidentes em situações nas quais: 
auditores que ressalvam podem perder clientes, preferem grandes clientes, estão em franca 
concorrência e rivalidade (MURNIGHAN e BAZERMAN: 1990; CRASWEL: 1989; 
ASHTON; WILLINGHAM e ELLIOTT: 1987). 
 Em tese, auditores reduzem o risco de informação contábil, factualmente 
compartilham riscos de informação com seus clientes e não será raro que uma auditoria mal 
executada aumente o potencial de risco para a sociedade. Os reguladores têm especial atenção 
e responsabilidade para com as práticas de auditoria em um país. O auditor pode no lugar de 
induzir reportes verdadeiros e conservadores entrar em conluio, collusion. Argumentos, nesse 
sentido, são suportados por Hackenbrack e Nelson (1996) que encontram evidências de que 
nem sempre os auditores são conservadores justificando a intervenção estatal. 
Explicação alternativa seria proposta por teóricos contratuais, a exemplo de Sunder 
(1997) e Antle (1982), ao defenderem que os clientes maiores e mais complexos teriam seus 
trabalhos finalizados antes dos demais. Os custos imputados ao auditor de perder um cliente 
maior gerariam incentivos econômicos para que o relatório seja entregue primeiro antes 
mesmo de clientes menores e de baixa complexidade com pouco impacto sobre o resultado da 
firma de auditoria. 
2.1. Audit Delay: estudos anteriores selecionados 
 Para fins do presente trabalho, será contemplada a evolução metodológica dos estudos 
de AD, a partir de Whittred (1980), Ashton, Willigham e Elliott (1987), Carslaw e Kaplan 
(1991), Ng e Tai (1994), Bónson-Ponte, Escobar-Rodríguez e Borrero-Domínguez (2008) e 
Krishnan e Yang (2009). Os trabalhos apresentam evidências sobre audit delay nos seguintes 
países: Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, Hong Kong, Espanha, Bahrain. 
 Whittred (1980) estudou a relação entre a qualificação do parecer do auditor externo e 
a oportunidade das informações contábeis divulgadas por empresas australianas. Tomadas, 
como proxy, a qualificação do parecer, as datas de finalização do parecer do auditor, bem 
como a publicação das informações anuais revelaram diferenças estatisticamente 
significantes, nos dois casos. Pareceres “limpos” e ressalvados guardavam uma diferença de 
14 dias. Foi também documentada, por Whittred (1980) a existência de diferença significativa 
entre a data de publicação das informações contábeis anuais e do término do parecer do 
auditor quando ocorria uma ressalva. 
 Ashton, Willingham e Elliot (1987) realizaram estudo sobre a análise do atraso da 
finalização do auditor, a partir de um levantamento junto a clientes da firma de auditoria Peat, 
Marwick & Co. O estudo concluiu que o AD era dilatado na presença de opiniões 
qualificadas, divulgação de prejuízos, setor, companhias abertas, ano-fiscal em dezembro, 
controles internos com deficiências, controles informatizados e maior quantidade de trabalho 
de campo. 
 Carslaw e Kaplan (1991) investigaram o audit delay na Nova Zelândia e suas 
evidências indicam que o tamanho da companhia e o sinal do resultado (lucro ou perda) 
afetaram o AD dos anos de 1987 e 1988. 
 Ng e Tai (1994) examinaram os determinantes do AD em companhias listadas na 
Bolsa de Hong Kong, para os anos de 1990 e 1991. Detectaram que o tamanho da companhia 
e o grau de diversificação das atividades aumentam o tempo do trabalho do auditor. 
 Bonsón-Ponte, Escobar-Rodriguez e Borrerro-Domínguez (2008) investigaram o 
comportamento do AD, entre 2002 e 2005, de 105 empresas espanholas. Utilizando a 
metodologia de dados em painel demonstraram que duas variáveis se mostram 
estatisticamente significantes com o AD: o setor, devido grande pressão regulatória e o 
 
5 
tamanho das companhias no setor. Vale destacar que os autores não encontram significância 
para a firma de auditoria, a qualificação ou a mudança regulatória com a adoção das IFRSs. 
 Por fim, Krishnan e Yang (2009) evidenciaram que, no período de 2001-2004, época 
de implantação da Lei Sarbanes-Oxley, ocorreu um aumento no AD, possivelmente fruto de 
mudança de políticas contábeis por parte das empresas que passaram a observar uma 
regulação mais restrita e de maior complexidade. Entre outras conclusões, Krishnan e Yang 
(2009) evidenciaram que a qualidade dos lucros cai com o atraso da entrega do relatório de 
auditoria. 
 A Figura 1 proporciona uma síntese dos estudos revisados para suportar a presente 
pesquisa. Foram destacados: autores, nacionalidade e periódicos. 
 
Autores País Periódico Fatores que Determinam o Aumento do Audit Delay 
Whittred (1980) Austrália The Accounting Review 
Ressalva do parecer e gravidade da ressalva do parecer 
Ashton, Willingham e 
Elliot (1987) 
Estados 
Unidos 
Journal of 
Accounting 
Research 
Ressalva no parecer, Ramo industrial, negociação em 
balcão, controles internos fracos, processo contábil 
pouco informatizado, maior trabalho de auditoria após o 
encerramento do ano fiscal 
Carslaw e Kaplan 
(1991) 
Nova 
Zelândia 
Accounting and 
Business 
Research 
Menor tamanho e reporte de prejuízos 
Ng e Tai (1994) Hong Kong 
British 
Accounting 
Review 
Tamanho e o grau de diversificação 
Bonsón-Ponte, 
Escobar-Rodríguez e 
Borrero-Domínguez 
(2008) 
Espanha 
International 
Journal of 
Auditing 
Menor pressão regulatória e maior tamanho da empresa 
em relação ao seu setor 
Krishnan e Yang 
(2009) 
Estados 
Unidos 
SSRN e 
Accounting 
Horizons 
Mudança de políticas contábeis com maior evidenciação 
e complexidade da prática contábil. 
Figura 1: Revisão de artigos selecionados sobre audit delay 
 
 Essa breve revisão dos estudos de AD é relevante para fundamentar a presente 
investigação. Pode-se verificar que os estudos de AD passaram a contemplar países diferentes. 
Recentemente, autores como Carcello, Hermanson e Ye (2011) argumentam que há 
necessidade de desenvolvimento de pesquisas em mercados emergentes. Nesse aspecto, as 
evidências apresentadas neste trabalho podem contribuir para a literatura em auditoria. 
 
3. METODOLOGIA 
 A metodologia segue uma perspectiva empírico-analítica (KERLINGER: 1979; 
CHRISTENSON: 1983; IUDÍCIBUS e LOPES: 2004; SAMPIERI, COLLADO e LUCIO: 
2006; MARTINS e THEÓPHILO: 2007; MARTINS e THEÓPHILO: 2008). Foram incluídas, 
na metodologia, referências aos modelos anteriores, hipóteses, expectativas de sinal e 
resultados. 
 O presente trabalho examina o comportamento do atraso do auditor a partir de um 
modelode regressão de dados em painel, no período de 1999 a 2008. O processo 
metodológico da pesquisa contemplou as seguintes etapas: 
 a) revisão de modelos documentados na literatura; 
 b) seleção de variáveis e proposição de um modelo; 
 c) seleção de hipóteses para fins de teste; 
 d) elaboração de banco de dados próprio, a partir de dados da Comissão de Valores 
 
6 
Mobiliários (CVM) e do banco de dados do software Economática; 
 e) análise exploratória de dados com ênfase em gráficos de mediana; 
 f) análise dos resultados e limitações, com ênfase na técnica de dados em painel. 
3.1. Hipóteses 
 Optou-se por enunciar as hipóteses alternativas para fins de apresentação do modelo. A 
partir de pesquisas anteriores, as hipóteses nulas são assim enunciadas. 
 H1: O tipo do parecer impacta o audit delay. 
 H2: O tamanho da firma de auditoria impacta o audit delay. 
 H3: A troca do auditor, rodízio, impacta o audit delay. 
 H4: O tamanho do cliente auditado impacta o audit delay. 
 H5: O reporte de prejuízos do cliente impacta o audit delay. 
 H6: O reporte de itens extraordinários impacta o audit delay. 
 H7: Há diferença do audit delay entre os anos de 1999 e 2008. 
 Cabe incluir a relação das hipóteses com os estudos revisados. Pode-se perceber que 
os recentes estudos contemplam testes de hipóteses com a utilização da técnica de dados em 
painel, metodologia similar à empregada por Bonsón-Ponte, Escobar-Rodríguez e Borrero-
Domínguez (2008). Assim, o modelo utilizado nesta pesquisa é apresentado na Figura 2: 
Figura 2: Modelo Econométrico Brasileiro Preliminar 
 
A descrição das variáveis e os sinais esperados são apresentados na Figura 3, abaixo: 
Variável Sinal Esperado Valores assumidos 
Auditdelay n/a Número de dias entre 31 de dezembro e a entrega do parecer do auditor 
independente. 
Ln(auditdelay) n/a Logaritimo natural de audit delay 
Ressalva + Assume valor 0 para pareceres limpos e 1 para outras situações. 
B5 - Assume 1 para empresas Price WaterhouseCoopers, Arthur Andersen, 
KPMG, Delloite Toache Tomasu e Ernest & Young; 0 para as demais. 
Rotation + Assume valor 1 para troca de auditores e 0 para a manutenção do mesmo 
auditor. 
Lnativo - Assume o valor do logaritmo natural do ativo total final de cada ano de 
competência, como proxy de tamanho. 
Dloss + Assume valor 1 quando ocorre divulgação de prejuízo e 0 para lucro. 
Dextra + Assume valor 1 quando ocorre reporte de itens extraordinários e 0 para 
demais situações. 
D1999 ? Assume 1 para a competência 1999 e 0 para as demais. 
D2000 ? Assume valor 1 quando a empresa é do setor financeiro (banco e seguros) e 
0 para demais setores. 
D2001 ? Assume 1 para a competência 1999 e 0 para as demais. 
D2002 ? Assume valor 1 quando a empresa é do setor financeiro (banco e seguros) e 
0 para demais setores. 
D2003 ? Assume 1 para a competência 1999 e 0 para as demais. 
D2004 ? Assume valor 1 quando a empresa é do setor financeiro (banco e seguros) e 
0 para demais setores. 
D2005 ? Assume 1 para a competência 1999 e 0 para as demais. 
D2006 ? Assume valor 1 quando a empresa é do setor financeiro (banco e seguros) e 
0 para demais setores. 
D2007 ? Assume 1 para a competência 1999 e 0 para as demais. 
D2008 ? Assume valor 1 quando a empresa é do setor financeiro (banco e seguros) e 
0 para demais setores. ε 
i Empresa 
εβββββ
βββββββ
ββββββ
+++++
++++++++
++++++=
ititititit
ititititititit
ititititititit
ddddd
dddddsetordextra
dlossativorotationBressalvaauditdelayf
20082007200620052004
200320022001200019997.
ln5)(
1716151413
1211109876
543210
 
 
7 
t Tempo 
Figura 3: Descrição e Sinal Esperado das Variáveis do Modelo 
 
4. RESULTADOS 
 Foram desenvolvidas as análises descritivas de dados e a análise dos resultados da 
regressão de dados em painel (não-balanceado). Inicialmente, foram utilizadas 634 empresas 
organizadas entre os anos de 1999 e 2008. Das possíveis 6.974 observações-ano, 
apresentaram métricas de audit delay apenas 4.116. Os resultados do modelo de regressão são 
apresentados na Tabela 1: 
 
Tabela 1 – Resultados da Regressão 
Variáveis Sinal esperado β p-value
ressalva + 6,74 0,00
B5 - 1,83 0,22
rotation + 1,38 0,23
lnativo - 2,16 0,00
dloss + 7,75 0,00
dextra + -3,71 0,08
d1999 ? -1,41 0,43
d2000 ? -2,1 0,25
d2001 ? 0,31 0,87
d2002 ? -2,45 0,20
d2003 ? 0,46 0,81
d2004 ? 0,99 0,63
d2005 ? -0,28 0,88
d2006 ? 0,86 0,67
d2007 ? -1,74 0,41
d2008 ? 10,45 0,00
Nº de observações: 4.116
R2: 14,87 
Onde: 
ressalva: assume valor 0 para pareceres sem ressalva e 1 para outras situações. 
B5: Assume 1 para as empresas Arthur Andersen, Delloite, Ernst & Toung, KPMG e PriceWaterhouseCoopers; 0 
para as demais. 
rotation: assume valor 1 para o ano da troca da firma de auditoria e 0 para a manutenção da firma que auditou o 
ano anterior. 
lnativo: valor do logaritmo natural do ativo total de cada ano. 
dloss: assume 1 quando a empresa divulga prejuízo no exercício e 0 para lucro. 
dextra: assume 1 quando a empresa divulga itens extraordinários e 0 para as demais situações. 
d1999 a d2008: variáveis dummy para cada ano: de 1999 a 2008. 
 
A análise da tabela 1 permite verificar que quatro variáveis foram estatisticamente 
significativas. Assim, as seguintes hipóteses são confirmadas (95% de confiança): H1 (tipo de 
parecer), H4 (tamanho do cliente), H5 (divulgação de prejuízos) e H7 (início da adoção do 
modelo contábil internacional no Brasil). Se for considerado um intervalo de confiança de 
90%, a hipótese H6 (divulgação de resultados extraordinários) também seria confirmada. Já o 
tamanho da firma de auditoria (H2), a troca de auditor (H3) e os anos de 1999 a 2007 não 
foram estatisticamente significativas. 
A seguir, as evidências serão discutidas e comparadas aos resultados da literatura 
internacional, segregando as hipóteses alternativas não rejeitadas (H1, H4, H5 e H7) e as que 
foram rejeitadas (H2, H3 e H6). 
4.1. Hipóteses alternativas não rejeitadas: 
a) H1 – Tipo do parecer (“ressalva”): os resultados corroboram a visão de que o auditor 
posterga a emissão do parecer quando há a emissão de ressalva. Antes da emissão do parecer, 
é provável que exista um processo de negociação em que o auditor visa convencer o cliente de 
 
8 
alterações que sejam necessárias nas demonstrações contábeis. Tal fato, per si, pode levar ao 
atraso na emissão de sua opinião, consistente com a literatura internacional: Whittred (1980); 
Ashton, Willingham e Elliott (1987); Carslaw e Kaplan (1991); Ng e Tai (1994); Bonsón-
Ponte, Escobar-Rodríguez e Borrero-Domínguez (2008); e Krishnan e Yang (2009). 
b) H4 – Tamanho do cliente (“lnativo”): os resultados corroboram a visão de que o auditor 
antecipa a emissão do parecer quando seu cliente é maior, pois o impacto econômico da perda 
de um cliente pode ser de alto custo para a firma de auditoria, corroborando os achados de 
Krishnan e Yang (2009). 
c) H5 – Divulgação de prejuízo (“dloss”): os resultados corroboram a visão de que o auditor 
posterga a emissão do parecer quando seu cliente incorre em prejuízos, gerando também um 
processo de negociação e maior quantidade de testes, em linha com os achados de Ashton, 
Willingham e Elliott (1987); Carslaw e Kaplan (1991); Ng e Tai (1994); Bonsón-Ponte, 
Escobar-Rodríguez e Borrero-Domínguez (2008); e Krishnan e Yang (2009). 
d) H7 – Mudança de regulação contábil: consistentes com Krishnan e Yang (2009), mudanças 
de regulação contábil levam os auditores e as próprias empresas a demandarem mais tempo 
para o processo de elaboração e revisão das demonstrações contábeis. Tal situação pode estar 
relacionada a maior complexidade e ao maior grau de julgamentos exigidos pelos novos 
padrões contábeis internacionais, que foram incorporados com mais intensidades com a 
promulgação da Lei 11.638/2007,que, por sua vez, também trouxe algumas mudanças na 
prática de mensuração e evidenciação contábil. 
 
4.2. Hipóteses alternativas rejeitadas: 
a) H2 – Tamanho da firma de auditoria: não foi encontrada diferença significativa entre o AD 
de empresas auditadas pelas chamadas firmas B5. Possivelmente, esse resultado tenha sofrido 
algum reflexo da amplamente divulgada falência da Arthur Andersen que teve sua carteira de 
clientes absorvida por outras empresas. 
b) H3 – Rodízio de firma de auditoria: os resultados indicam que o rodízio não impacta o AD. 
Tradicionalmente, as maiores firmas alegam a inviabilidade do rodízio pela maior carga de 
trabalho, demandando mais horas e altos custos de um novo cliente (também chamados de 
start-up costs) (SUNDER: 1997). 
c) H6 – Divulgação de resultados extraordinários: a relação com o atraso na emissão do 
parecer depende do nível de confiança utilizado na análise. Sugere-se que em futuros 
trabalhos os testes incorporem a magnitude dos itens extraordinários, o que supostamente 
poderia demandar uma avaliação maior por parte do auditor dada a materialidade e a 
relevância dos valores envolvidos, não contemplados no modelo. 
 A Figura 4 apresenta a comparação entre os resultados da pesquisa e as evidências 
encontradas na literatura internacional: Whittred (1980); Ashton, Willingham e Elliott (1987); 
Carslaw e Kaplan (1991); Ng e Tai (1994); Bonsón-Ponte, Escobar-Rodríguez e Borrero-
Domínguez (2008); e Krishnan e Yang (2009). 
 
 
Hipótese Evidências corroborativos Evidência não-corroborativas 
H1: tipo do parecer Whittred (1980); Ashton, Willingham e Elliott 
(1987); Carslaw e Kaplan (1991); Ng e Tai 
(1994); Bonsón-Ponte, Escobar-Rodríguez e 
Borrero-Domínguez (2008); Krishnan e Yang 
(2009), o presente estudo. 
 
H2: tamanho do 
auditor 
Krishnan e Yang (2009) Carslaw e Kaplan (1991); Ng e Tai (1994); 
Bonsón-Ponte, Escobar-Rodríguez e 
Borrero-Domínguez (2008); Krishnan e 
Yang (2009), o presente estudo. 
H3: troca do Ashton, Willingham e Elliott (1987) Ng e Tai (1994), o presente estudo. 
 
9 
auditor 
H4: tamanho do 
cliente 
Ashton, Willingham e Elliott (1987); Carslaw 
e Kaplan (1991); Ng e Tai (1994); Bonsón-
Ponte, Escobar-Rodríguez e Borrero-
Domínguez (2008); Krishnan e Yang (2009), o 
presente estudo. 
 
H5: reporte de 
prejuízos 
Carslaw e Kaplan (1991); Krishnan e Yang 
(2009), o presente estudo. 
Ashton, Willingham e Elliott (1987) 
H6: reporte de 
itens 
extraordinários 
Ashton, Willingham e Elliott (1987); Carslaw 
e Kaplan (1991); Krishnan e Yang (2009) 
o presente estudo (assumindo um 
intervalo de 95% de confiança). 
H7: mudança de 
regulação contábil 
Krishnan e Yang (2009), o presente estudo. 
(dummy para o ano de 2008). 
Bonsón-Ponte, Escobar-Rodríguez e 
Borrero-Domínguez (2008) 
Figura 4: Comparação dos achados da pesquisa e a literatura internacional 
 
5. CONCLUSÃO 
 O presente estudo tratou dos determinantes do atraso em auditoria externa, audit delay 
(AD) de companhias brasileiras listadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O estudo 
documentou evidências brasileiras de algumas características que impactam o comportamento 
do auditor em relação ao tempo de emissão de seu parecer. 
 Foi possível obter que há uma relação positiva entre o AD e a ocorrência de ressalvas, 
divulgação de prejuízos e mudanças de regulação contábil. Já o tamanho do cliente estaria 
relacionado com a diminuição do AD. 
 Uma das implicações dos resultados é o potencial uso do AD na avaliação de 
desempenho e de qualidade dos trabalhos de auditoria. Verifica-se que a diferença de AD 
detectada pode ser determinada pela diferença de regulação contábil. 
 Novas questões poderiam ser estudadas em termos do tipo de parecer modificado, 
nível de especialização da firma de auditoria e impacto de honorários. 
 
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i The annalist typically relies on the audit. But she needs to be sensitive to the possibility of audit failure 
or to situations where an auditor with a conflict of interest might be generous to management in drawing a line 
through a gray area (PENMAN, 2007, p. 636).

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