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Resumo de embriologia (cavidades do corpo, sistema respiratório, sistema urogenital, sistema faríngeo)

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GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
1 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 Cavidades do corpo 
 Aparelho faríngeo 
 Sistema Respiratório 
 Sistema Urogenital 
CAVIDADES DO CORPO 
4ª semana 
CELOMA INTRAEMBRIONÁRIO 
 Cavidade pericárdica. 
 2 canais pericárdioperitoniais (ligam o pericárdio e as cavidades abdominais). 
 Grande cavidade peritonial. 
 
 
 
 
 MESÓTELIO 
MESENTÉRIO 
 É uma camada dupla de peritônio que se inicia como uma extensão do 
peritônio visceral e cobre um órgão. 
 Liga um órgão a parede do corpo e em seu interior passam vasos e nervos. 
 Consequentemente, serve para manter em seu lugar os órgãos, nutri-los e 
inervá-los. 
 
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2 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
- O mesentério dorsal e ventral dividem a cavidade peritonial em direita e esquerda C. 
- O mesentério ventral logo desaparece E. 
- A cavidade peritonial torna-se um espaço contínuo A. 
 
 
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3 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
DESENVOLVIMENTO DO DIAGRAGMA 
 É um septo musculotendinoso em forma de cúpula, que separa as cavidades 
torácicas e abdominal. 
 Forma-se: 
o Septo transverso. 
o Membranas pleuroperitoneais. 
o Mesentério dorsal do esôfago. 
o Crescimento muscular da parede lateral do corpo. 
 
 
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4 RESUMO EMBRIOLOGIA 
o Septo transverso. 
É composto de tecido mesodérmico é o primórdio do tendão central do diafragma. 
 Na 4ª semana o septo transverso forma um tabique espesso e incompleto entre as 
cavidades abdominal e pericárdica. 
 Septo transverso expande e se funde com o mesenquima ventral para o esôfago e 
as membranas pleuroperitoniais. 
 
 
 Membranas pleuroperitoneais. 
Fundem-se com o mesentério dorsal do esôfago e com o septo transverso. Esta fusão 
completa a septação entre as cavidades torácica e abdominal e forma o diafragma 
primitivo. 
 
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5 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 Mesentério dorsal do esôfago. 
O Septo transverso e as membranas pleuroperitoniais se fundem com o mesentério 
dorsal do esôfago. A CRURA do diagragma – um par de feixes musculares divergentes 
que se cruzam no plano mediano em posição anterior à aorta. 
 
CRESCIMENTO MUSCULAR A PARTIR DAS PAREDES LATERAIS DO CORPO 
 Da 9ª a 12ª semana – pulmões e cavidades pleurais aumentam, aprofundando-
se nas paredes laterais do corpo. 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA OU HDC 
 É o resultado de uma falha do tecido do diafragma do bebê. Quando isso 
acontece o conteúdo do abdome da criança pode passar pelo orifício do 
diafragma, de forma parcial ou integralmente, podendo carregar o estômago, 
intestinos, fígado e baço, projetando-se em direção ao peito. 
 
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6 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 A fusão da membrana pleuroperitoneal se dá habitualmente entre a sexta e a 
oitava semanas de vida intrauterina, ocorrendo mais tarde no lado esquerdo. 
 Se a membrana pleuroperitoneal não se funde às outras porções do diafragma, 
o resultado é uma hérnia das vísceras abdominais através do defeito 
diafragmático - conhecido como forâmen de Bochdalek - , que ocorre mais 
frequentemente em situação póstero-Iateral. 
 
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CONGÊNITA: 
Base embriológica: A HDC, geralmente unilateral, resulta de um defeito de formação 
e/ou de fusão da membrana pleuroperitoneal com as outras 3 partes- septo 
transverso, mesentério dorsal do esôfago e crescimento muscular a partir das 
paredes laterais do corpo- do diafragma (a fusão ocorre da 6a à 8a semana). Este 
defeito produz uma grande abertura na região posterolateral do diafragma. As 
cavidades peritoneais e pleurais ficam contínuas umas com as outras ao longo da 
parede posterior do corpo. 
Se um canal pleuroperitoneal ainda estiver aberto quando os intestinos retornarem 
para o abdome do cordão umbilical na 10a semana, parte do intestino e de outras 
vísceras pode passar para o interior do tórax e comprimir os pulmões. 
A presença de vísceras abdominais no tórax empurra os pulmões e o coração 
anteriormente e ocorre compressão dos pulmões. 
A maioria dos bebês nascidos com HDC morre porque os pulmões são hipoplásicos 
(subdesenvolvidos) devido à compressão dos pulmões. 
Diagnóstico pré-natal: ultrassonografia e ressonância magnética. 
Tratamento: Um neonato diagnosticado com HDC deve ser imediatamente 
posicionado com a cabeça e o tórax acima do abdome para facilitar o deslocamento 
inferior dos órgãos abdominais posicionados no tórax. 
 
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7 RESUMO EMBRIOLOGIA 
Quando a condição geral do bebê melhorar, os cirurgiões procedem ao reparo da 
hérnia diafragmática em uma cirurgia pediátrica. O estômago, os intestinos e outros 
órgão abdominais são movidos da cavidade torácica para a cavidade abdominal. 
Durante a cirurgia pediátrica o orifício no diafragma é reparado por suturas com uso 
ou não de uma malha ou em caso de ausência do diafragma, é confeccionado um 
artificial e colocado no lugar. 
OBS: Forame de Bochdalek: orifício na parte de trás do diafragma, mais comumente 
do lado esquerdo. 
RESUMO MOORE 
 
 
 
 
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8 RESUMO EMBRIOLOGIA 
QUESTIONÁRIO 
1. Pode uma criança com a maioria de suas vísceras abdominais no tórax 
sobreviver? Alguns dizem que os defeitos diafragmáticos podem ser operados 
antes do nascimento. Isso é verdade? 
R: Uma criança que nasce, com a maioria de suas vísceras abdominais no tórax, 
ou seja com uma hérnia diafragmática congênita pode sobreviver, mas casos 
como esse apresentam alta mortalidade - cerca de 76%. Crianças com hérnias 
diafragmáticas congênitas grandes que são operadas em até 24h após o 
nascimento têm taxas de sobrevida de 40% a 70%. 
A cirurgia antes do nascimento - intrauterina - que visa a correção cirúrgica de tal 
anomalia tem sido tentada, mas ainda é um precedimento que possui riscos para 
mãe e para o feto. Desenvolvimento de técnicas no campo das cirurgias 
minimamente invasivas, tentam minimizar os riscos do procedimento atualmente 
existente. 
 
2. Será que os pulmões de crianças que nascem com uma hérnia diafragmática 
congênita se desenvolvem normalmente? 
R: Não. Hérnia diafragmática congênita (HDC) é herniação do conteúdo 
abdominal para dentro da cavidade torácica, pela quais dificuldades respiratórias 
que ameaçam a vida podem estar associadas, em razão da inibição do 
desenvolvimento e da insuflação dos pulmões. 
Em bebês com HDC o pulmão é incapaz de se desenvolver normalmente porque é 
comprimido pelas vísceras abdominais anormalmente posicionadas. Ocorre 
então hipoplasia pulmonar, que é caracterizada por um pulmão com volume 
bastante reduzido e hipertrofia do músculo liso nas artérias pulmonares. A 
maioria dos bebês com hérnia diafragmática congênita morre de insuficiência 
respiratória, mesmo com ótimos cuidados pós-natais, porque os seus pulmões 
são muito hipoplásicos para a troca de ar, além de haver muita resistência para 
que o fluxo sanguíneo pulmonar suporte a vida extrauterina. 
 
3. Um homem foi submetido à radiologia de tórax de rotina aproximadamente 1 
ano atrás e foi dito que uma pequena parte de seu intestino delgado estava em 
seu peito. É possível que ele tenha um hérnia diafragmática congênita sem 
estar ciente disso? Será que o pulmão do lado afetado pode ser normal? 
R: Sim é possível ter uma hérnia diafragmática congênita pequena e não estar 
ciente disso. Algumas hérnias pequenas podem permanecer assintomáticas até a 
idade adulta e podem ser descobertas apenas durante exames radiográficos de 
rotina ou exames de ultrassomde tórax. O pulmão do lado afetado, 
 
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9 RESUMO EMBRIOLOGIA 
provavelmente, desenvolve-se normalmente, pois houve pouco ou nenhuma 
pressão sobre ele durante o desenvolvimento pré-natal. 
APARELHO FARÍNGEO 
ARCOS FARÍNGEOS 
 Desenvolvem-se a partir da 4a semana. 
 Dão sustentação as paredes laterais da faringe primitiva. 
 Contribuem consideravelmente para a formação da face, cavidades nasais, 
boca (estomadeu), faringe e pescoço. 
1º Arco faríngeo 
 
2º Arco faríngeo: É importante para a formação do osso hioide. 
 
 
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10 RESUMO EMBRIOLOGIA 
Componentes dos arcos faríngeos 
 Cartilagens 
 Músculo 
 Nervo 
 
 
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11 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
Arcos Faríngeos 
 Os componente musculares dos arcos é proveniente dos sete pares de 
somitomeros e dos primeiros somitos. 
 
 
 
 
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12 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
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13 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
Sulcos Faríngeos 
 As regiões da cabeça e do pescoço exibem 4 sulcos faríngeos de cada lado – 4ª 
e 5ª semana. 
 Eles separam externamente os arcos. 
 Somente um par contribui com a estrutura adulta. 
 O 1º par – meato acústico externo. 
 Os outros são extintos. 
 
Membranas Faríngeas 
 Aparecem no epitélio dos sulcos na 4ª semana. 
 O 1º par – membrana timpânica. 
 
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14 RESUMO EMBRIOLOGIA 
Patologias 
 Fístulas Branquiais. 
 Cistos cervicais. 
 Vestígios cervicais. 
 Síndrome do 1º arco. 
Seios e cistos auriculares congênitos 
Pequenos seios auriculares e cistos podem ser encontrados na área triangular da pele 
anterior à aurícula da orelha externa, podem aparecer em outros locais, ao redor da 
orelha ou no seu lóbulo. Podem ser remanescentes do 1º sulco faríngeo. 
 
Língua 
 
Origina do 1º arco faríngeo 
 
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15 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
Glândulas salivares 
 
Palato 
 
 
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16 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
Disostose: 
malformação 
congênita óssea 
Microtia: pavilhão 
auditivo pequeno 
 
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17 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
SÍNDROME DE DIGEORGE: 
Base embriológica: Esta síndrome ocorre porque as 3ª e 4ª bolsas faríngeas falham 
em se diferenciar no timo e nas glândulas paratireoides. Trata-se de uma desordem 
congênita, decorrente de um defeito embrionário das células da crista neural das 3ª 
e 4ª bolsas faríngeas. Portanto, crianças com essa síndrome nascem sem o timo e 
sem as paratireoides e apresentam defeitos cardíacos. 
A 3ª bolsa faríngea se expande e desenvolve uma parte dorsal, bulbar e sólida, e uma 
parte ventral, alongada e oca. Na 6ª semana, o epitélio de cada parte bulbar dorsal 
da bolsa começa a se diferenciar na paratireoide inferior. O epitélio das partes 
alongadas ventrais da bolsa prolifera, obliterando suas cavidades. Essa parte se 
reúne no plano mediano para o timo. A 4ª bolsa faríngea se expande na parte dorsal 
bulbar e se alonga na parte ventral. Na 6ª semana, cada parte dorsal se desenvolve 
em uma glândula paratireoide superior, que se situa na superfície dorsal da tireoide. 
Micrognatia: 
deformação da 
mandíbula inferior 
Glossoptose: língua 
caída 
 
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18 RESUMO EMBRIOLOGIA 
Características clínicas: hipoparatireoidismo congênito, suscetibilidade aumentada às 
infecções, anomalias da boca, orelhas chanfradas com implantação baixa, fendas 
nasais, hipoplasia da tireoide e anormalidades cardíacas. 
OBS: As anomalidades faciais resultam principalmente do desenvolvimento anormal 
dos componentes do 1º arco porque as células da crista neural são interrompidas. 
OBS: Se o timo falha em descer para a sua posição habitual no mediastino superior, 
uma ou ambas a paratireoides inferiores podem ficar localizadas próximo a 
bifurcação da artéria carótida comum. Se uma paratireoide inferior não se separar 
do timo, ela pode ser transportada para o mediastino superior junto com o timo. 
Tratamento: O tratamento é iniciado nos primeiros dias de vida do bebê, ainda no 
hospital, e normalmente inclui fortalecimento do sistema imune e dos níveis de 
cálcio, porque estas alterações podem levar a infecções ou outras situações graves 
para a saúde. 
SÍNDROME DO 1º ARCO FARÍNGEO: 
O desenvolvimento anormal dos componentes do 1º arco faríngeo resulta em várias 
anomalias congênitas dos olhos, orelhas, mandíbula e palato, que juntos constituem 
a síndrome do 1º arco. 
Base embriológica: Acredita-se que esta síndrome resulte da migração insuficiente 
das células da crista neural para o primeiro arco durante a 4a semana de 
desenvolvimento. 
Duas principais “síndromes do 1o arco” são: 
a) Síndrome de Treacher Collins: GENE AUTOSSÔMICO DOMINANTE 
b) Síndrome de Pierre Robin: AUTOSSÔMICA RECESSIVA 
QUESTIONÁRIO 
1. Uma criança apresenta anomalias menores envolvendo suas orelhas externas, 
mas ele não apresenta problemas auditivos ou malformações faciais. As 
anomalias em sua orelha podem ser consideradas defeitos faríngeos? Explique. 
R: Anomalias menores da aurícula da orelha externa são comuns e geralmente 
não são de consequências médicas severas. As orelhas anormais da criança 
podem ser consideradas anomalias branquiais, devido as seis pequenas 
protuberâncias auriculares contribuírem para com as aurículas, entretanto, tais 
anomalias menores do formato da orelha não seriam normalmente classificadas 
dessa forma. 
 
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19 RESUMO EMBRIOLOGIA 
2. A nascer foi observado que não houve o desenvolvimento da laringe. Quais os 
arcos afetados? E semana de desenvolvimento? 
R: Os pares de arcos cartilaginosos afetados foram 4º e 6º. E esses se 
desenvolvem na 4ª semana. 
3. A síndrome de DiGeorge (SDG) é um distúrbio congênito resultante de defeito 
embrionário das células da crista neural das terceira e quarta bolsas faríngeas. 
Está entre as imunodeficiências primárias. A doença é caracterizada por 
hipoparatireoidismo congênito, aumento da suscetibilidade à infecções, 
anomalias do palato e outros defeitos. Quais as glândulas ou órgãos foram 
comprometidos? 
R: A Síndrome de DiGeorge (SDG) é um distúrbio congênito resultante de defeito 
embrionário das células da crista neural das terceira e quarta bolsas faríngeas 
que vão dar origem ao timo, glândulas paratireóides e parte do arco aórtico. 
4. Paciente do sexo masculino, 25 anos de idade, branco, portador de síndrome 
de Down, hipertenso, asmático e obeso mórbido, referia dispnéia a pequenos 
esforços há alguns meses, ortopnéia e edema de membros inferiores. Na 
admissão hospitalar, ao exame físico apresentava broncoespasmo moderado, 
redução dos sons e submaciez na metade do hemitórax direito. O 
eletrocardiograma foi normal e a ecocardiografia mostrou fração de ejeção de 
78% no ventrículo esquerdo, com exames hematológicos normais. Após realizar 
tomografia computadorizada observou uma herniação afetando os pulmões. 
Explique essa hérnia embriologicamente. 
R: Hérnia diafragmática congênita: herniação do conteúdo abdominal para 
dentro da cavidade torácica. O defeito congênito no diafragma que produz esta 
hérnia resulta, normalmente da falta de fechamento do canal 
pericárdioperitonial esquerdo, durante a 6ª semana de gestação; 
consequentemente os órgãos abdominais migram para o tórax, formando uma 
hérnia. Esta comprime especialmente o pulmão esquerdo, provocando 
sofrimentorespiratório. 
 
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20 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
Resumo Moore 
 
 
 
 
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21 RESUMO EMBRIOLOGIA 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 Faringe, laringe, brônquios e pulmões. 
 Derivado do Divertículo Respiratório (endoderme e mesoderme lateral 
esplâncnico). 
 Formam-se na 4º semana. 
 
SEPTO TRAQUEOESOFÁFIGO 
Divisão: Esôfago 
 Tubo larigotraqueal  laringe, traqueia, brônquios e pulmões 
Estágios sucessivos do desenvolvimento do septo traqueoesofágico ocorrem durante 
a 4ª e 5ª semanas. 
 
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22 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
23 RESUMO EMBRIOLOGIA 
DESENVOLVIMENTO DA LARINGE 
 Epitélio da laringe origina-se do endoderma do tubo laringotraqueal. 
 Cartilagem origina-se das cartilagens do 4º e 6º par de arcos faríngeos. 
 Mesênquima do tubo laringotraqueal prolifera e forma o par de saliências 
aritenóideas. 
o Saliências crescem em direção a língua convertendo a abertura em 
forma de fenda a glote primitiva no orifício laríngeo em forma de T. 
 
 Ventrículos laríngeos se formam e são limitados por pregas da membrana da 
mucosa que se tornam pregas vocais (cordas) e as pregas vestibulares. 
 Epiglote se forma da parte caudal da saliência hipobranquial – proeminência 
resultante da proliferação do mesênquima do 3º e 4º arco faríngeo. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DA TRAQUÉIA 
 Endoderme: epitélio e glândulas 
 Mesoderme Lateral Esplâncnico: tecido conjuntivo, cartilagem, musculatura 
o Traqueia com diâmetro amplo: facilita a entrada de ar no período 
perinatal 
 
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24 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
DESENVOLVIMENTO DOS PULMÕES 
 Endoderme: epitélio e glândulas 
 Mesoderme Lateral Esplâncnico: tecido conjuntivo, cartilagem, musculatura 
o Assimetria entre os pulmões direito e esquerdo é estabelecida desde o 
início. 
 
 
DESENVOLVIMENTO DOS BRÔNQUIOS 
 Broto pulmonar que se desenvolveu na extremidade caudal do tubo 
laringotraqueal – 4ª semana se divide em 2 evaginações – brotos brônquicos 
 Brotos crescem dentro dos canais pleurais (pericardioperitoneal). 
 
 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
25 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 Brotos brônquicos se diferenciam nos brônquios dentro dos pulmões 
 5ª semana a conexão dos brotos brônquicos com a traqueia fica mais 
dilatada e forma o primórdio do brônquio principal ou primário. 
 
 
 
 Brônquios primários subdividem-se em brônquios ou troncos secundários. 
 Direita: 
o Brônquio secundário superior – supre lobo superior pulmão 
o Brônquio secundário inferior subdivide-se em 2 brônquios um para 
o lobo médio e outro para lobo inferior. 
 Esquerda: 
o 2 brônquios secundários suprem os lobos superior e inferior 
o Cada brônquio secundário se ramifica progressivamente 
 
 Brônquios segmentares ou terciários 
 Pulmão direito e pulmão esquerdo – se forma na 7ª semana. 
 Brônquio segmentar – primórdio de um segmento broncopulmonar. 
 Com 24ª semana brônquios respiratórios se desenvolveram. 
 
 
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26 RESUMO EMBRIOLOGIA 
Maturação dos pulmões 
 É dividida em 4 períodos: 
o Período pseudoglandular; 
o Período canalicular; 
o Período do saco terminal; 
o Período alveolar 
Período Pseudoglandular (5ª a 16ª semana) 
 Pulmão se desenvolve e assemelha-se a uma glândula endócrina. 
 16ª semana todos os elementos principais do pulmão já se formaram – exceto 
os envolvidos com as trocas gasosas. 
 Respiração não é possível - os fetos que nascem durante este período são 
incapazes de sobreviver. 
 
 
Período Canalicular (16ª a 25ª semanas) 
 Segmentos cefálicos dos pulmões amadurecem mais rápido que os caudais; 
 Luz dos brônquios e bronquíolos terminais tornam-se maior e o tecido 
pulmonar fica altamente vascularizado; 
 24ª semana cada bronquíolo terminal deu origem a 2 ou mais bronquíolos 
respiratórios cada um dos quais se divide em 3 a 6 passagens tubulares – os 
ductos alveolares. 
 Respiração é possível ao final deste período, porque alguns sacos terminais de 
paredes delgadas – alvéolos primitivos se desenvolveram nas extremidades dos 
bronquíolos respiratórios e tecido pulmonar é bem vascularizado. 
 Fetos nascidos no final deste período podem sobreviver- cuidados intensivos. 
 
 
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27 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
Período Saco Terminal (25ª semana ao nascimento) 
 
 Formam-se muitos sacos terminais e epitélio se torna delgado; 
 Capilares começam fazer saliência dentro dos alvéolos; 
 Contato direto entre células epiteliais e endoteliais estabelece a barreira 
hematoaérea – que permite a troca adequada de gases para a sobrevivência do 
feto se for imaturo. 
 Sacos terminais são revestidos por células epiteliais - células alveolares do tipo I 
ou pneumócitos I através dos quais ocorrem as trocas gasosas – 
desenvolvimento da rede capilar e dos capilares linfáticos; 
 Sacos terminais possuem células epiteliais secretoras – células alveolares do 
tipo II ou pneumócitos II que secretam o surfactante pulmonar. 
Período Alveolar (final do período fetal até infância) 
 Alvéolos são estruturas que estão presentes na 32ª semana; 
 Revestimento dos sacos terminais se adelgaça tornando a camada epitelial 
delgada; 
 Final do período fetal os pulmões são capazes de realizar respiração porque 
a membrana alveolocapilar é fina para permitir a troca de gases 
 
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28 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA (SAR): 
Os nascidos prematuramente são mais suscetíveis. Estes bebês desenvolvem uma 
respiração rápida e com dificuldade logo após o nascimento. 
Base embriológica: a deficiência de surfactante é uma das principais causas da SAR 
ou doença da membrana hialina. Os pulmões são subinflados e os alvéolos contêm 
um líquido com alto conteúdo proteico. 
OBS: Surfactante: secretados pelos pneumócitos tipo II. Ele reduz a tensão superficial 
na interface ar-alvéolo- isso facilita a expansão dos alvéolos primitivos (sacos 
terminais) 
Tratamento: O tratamento materno com glicorticoides durante a gravidez acelera o 
desenvolvimento pulmonar fetal e a produção de surfactante; uso clínico de 
corticosteroides para a prevenção da SAR em trabalho de parto prematuro; além 
disso, a administração de surfactante exógeno (terapia de reposição de surfactante) 
reduz a gravidade da SAR e mortalidade neonatal. 
FÍSTULA TRAQUEOESOFÁGICA: 
É a passagem anormal entre a traqueia e o esôfago. 
Base embriológica: resulta da divisão incompleta da parte cefálica do intestino 
anterior nas partes respiratória e esofágica. 
A FTE é a anomalia mais comum do trato respiratório superior. 
Os bebês com essa anormalidade não são capazes de engolir, de modo que 
frequentemente babam saliva em repouso e regurgitam leite quando alimentados, o 
 
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29 RESUMO EMBRIOLOGIA 
conteúdo gástrico e intestinal também pode refluir para traqueia e pulmões 
podendo gerar uma pneumonite. 
Resumo Moore 
 
SISTEMA URINOGENITAL 
 Os sistemas urinário e genital estão estreitamente associados. 
 O sistema urogenital deriva do Mesoderma Intermediário 
 O sistema urinário começa a se desenvolver cerca de 3 semanas antes do 
sistema genital ficar evidente. 
 
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30 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
SISTEMA URINÁRIO 
 
 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
31 RESUMO EMBRIOLOGIAGABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
32 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
ETAPAS DA EMBRIOLOGIA HUMANA 
 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
33 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 Por volta da 10ª semana - o mesênquima adjacente - forma uma vesícula, que 
se liga à ampola. 
 A vesícula assume a forma de “S” e se diferencia em um túbulo coletor e uma 
cápsula glomerular. 
 
 O túbulo coletor e o glomérulo constituem um néfron. 
 Cada glomérulo recebe uma arteríola aferente, que se ramifica e forma um 
emaranhado capilar dentro da cápsula glomerular. 
 A arteríola eferente, que deixa o glomérulo, se ramifica em torno do túbulo, 
dando origem as veias coletoras que desembocam no sistema cardinal. 
 A filtração glomerular começa em torno da 9ª semana fetal, mas a maturação 
funcional e o aumento da taxa de filtração ocorrem somente após o 
nascimento. 
 
 
 
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34 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
No início, os rins estão na pelve, porém com o crescimento da pelve e do abdome do 
embrião, os rins se localizam no abdome, chegando à posição adulta na 9ª semana, 
quando se encontram com as glândulas suprarrenais. 
 
DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA 
A bexiga urinária se desenvolve do seio urogenital e do mesênquima esplâncnico 
circundante. 
Seio urogenital 
 Parte vesical cranial: dá origem a maior parte da bexiga urinária. 
 Parte pélvica mediana: deriva toda a uretra nas mulheres e a parte prostática e 
membranosa da uretra nos homens 
 Parte fálica caudal: cresce em direção ao tubérculo genital, primórdio do pênis 
ou clitóris. 
 
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35 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 Inicialmente, a bexiga urinária é contínua com o Alantoide, que depois sofre 
constrição, formando o Úraco, que corresponderá ao ligamento umbilical 
mediano no adulto. 
 A bexiga urinária se localiza no abdome até os seis anos de idade, quando então 
entra na pelve maior, mas só penetra na pelve menor após a puberdade, 
virando-se um órgão pélvico. 
 
 
 
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36 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
 
Desenvolvimento das suprarrenais 
 Têm origem distinta do sistema urogenital e, ao contrário dos metanefros, elas 
não sofrem migração da pelve para o retroperitônio toracolombar. 
 O córtex da glândula deriva do mesotélio (epitélio mesodérmico) e a medula é 
formada a partir de células da crista neural. 
Desenvolvimento do Sistema Genital 
 Se o embrião é geneticamente do sexo masculino, o desenvolvimento dos 
testículos se inicia a partir da sétima semana. 
 Os ovários se desenvolvem ao final da oitava semana. 
 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
37 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 
RIM EM FERRADURA: 
Base embriológica: O rim ferradura é formado pela fusão cruzada da linha média dos 
dois rins funcionando independentemente, um em cada lado da linha mediana. Eles 
são ligados por um istmo de parênquima renal funcionante ou por tecido fibroso. 
Um rim em ferradura usualmente não apresenta sintomas, pois o seu sistema coletor 
se desenvolve normalmente e os ureteres se abrem na bexiga. No entanto, estão 
sujeitos a uma série de complicações como resultado de má drenagem, o que pode 
ocasionar sintomatologia clínica. Complicações: hidronefrose secundária à obstrução 
da junção uretero-piélica, infecções e cálculos renais, aumento da incidência de 
malignidade, em especial o tumor de Wilms. 
Em 0,2% da população, os pólos dos rins são fusionados; geralmente são os 
pólos inferiores que se fundem. O grande rim em forma de U usualmente fica 
no hipogástrio, anterior às vértebras lombares inferiores. A subida normal dos 
rins fusionados é impedida porque eles ficam presos pela raiz da artéria 
mesentérica inferior. 
 
 
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38 RESUMO EMBRIOLOGIA 
DDS OVOTESTICULAR (HERMAFRODITISMO VERDADEIRO): 
Base embriológica: Um ovotestículo (contendo tecido testicular e ovariano) se forma 
quando o córtex e a medula das gônadas indiferenciadas se desenvolvem. O DDS 
ovotesticular resulta de um erro na determinação do sexo. O fenótipo pode ser 
masculino ou feminino, mas as genitálias externas são sempre ambíguas. 
Depois do nascimento, leva-se 48h para determinar o sexo da criança 
definitivamente. Os pais são informados que o desenvolvimento está incompleto e 
que serão necessários testes para determinar o sexo da criança. 
Testes: cariotipagem de linfócitos do sangue periférico, identificação do gene SRY 
por hibridização in situ por fluorescência (FISH) ou PCR, além de estudos hormonais. 
Deve-se aconselhar os pais a não comunicar o nascimento até que seja determinado 
o sexo apropriado. Indivíduos afetados apresentam tanto tecido ovariano quanto 
tecido testicular. 
Embora a espermatogênese seja incomum, a ovulação não é. A gravidez e o parto 
foram observados em alguns poucos pacientes; entretanto, é muito raro. 
Resumo Moore 
 O desenvolvimento dos sistemas urinário e genital está intimamente ligado. 
 O sistema urinário desenvolve-se antes do sistema genital. 
 Três sistemas renais sucessivos se desenvolvem: pronefro (não-funcional), 
mesonefro (órgãos excretores temporários) e metanefro (rins permanentes). 
 O metanefro desenvolve-se partir de duas fontes: o divertículo metanéfrico 
(broto uretérico), que dá origem ao ureter, à pelve renal, aos cálices e aos 
túbulos coletores; e o blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de 
mesoderma intermediário), que dá origem aos néfrons. 
 No início, os rins estão localizados na pelve, mas, gradualmente, ascendem 
para o abdome. Esta migração aparente resulta do crescimento 
desproporcional das regiões lombar e sacral do feto. 
 As anormalidades do desenvolvimento dos rins e ureteres são comuns. A 
divisão incompleta do divertículo metanéfrico resulta em ureter duplo e em rim 
supranumerário. A não-ascensão do rim de sua posição embrionária na pelve 
resulta em um rim ectópico (rim em ferradura), com rotação anormal. 
 A bexiga urinária desenvolve-se do seio urogenital e do mesênquima 
esplâncnico circundante. A uretra feminina e quase toda uretra masculina têm 
origem semelhante. 
 O sistema genital desenvolve-se em íntima associação com o sistema urinário 
ou excretor. O sexo genético é estabelecido na fecundação, mas as gônadas só 
começam a ter características sexuais na 7ª semana. 
 
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39 RESUMO EMBRIOLOGIA 
 As células germinativas primordiais formam-se na parede do saco vitelino 
durante a 4ª semana e migram para as gônadas em desenvolvimento, onde se 
diferenciam em células germinativas (ovogônias/espermatogônias). 
 A genitália externa não adquire características masculinas ou femininas 
distintas até a 12ª semana. Os órgãos reprodutores desenvolvem-se a partir de 
primórdios, que são idênticos em ambos os sexos. 
 As pessoas com hermafroditismo verdadeiro têm tanto tecido ovariano quanto 
testicular, e genitália, externa e interna, variável. Erros na diferenciação sexual 
causam pseudo-hermafroditismo. O pseudo-hermafroditismo masculino 
resulta da falha na produção adequada de hormônios masculinizantes pelos 
testículos fetais, ou da insensibilidade tecidual das estruturas sexuais aos 
hormônios. O pseudo-hermafroditismo feminino usualmente resulta de 
hiperplasia adrenal congênita (HAC), um distúrbio das glândulas supra-renais 
(adrenais) do feto, que causa produção excessiva de androgênios e 
masculinização da genitália externa. 
 A maioria das anomalias do trato genital feminino, tais como útero duplo, 
resulta da fusão incompleta dos ductos para mesonéfricos.A criptorquidia e os 
testículos ectópicos resultam de anormalidades da descida dos testículos. 
QUESTIONÁRIO 
1. Atualmente, as condições intersexuais são classificadas de acordo com critérios 
anatômicos, histológicos, citológicos e psiquiátricos. Assim, o hermafroditismo 
verdadeiro é uma condição muito rara, correspondendo à diferenciação 
gonádica incompleta, que leva à presença de tecidos ovariano e testicular 
reunidos no mesmo indivíduo. Em geral, a genitália externa é ambígua com 
características morfológicas predominantes do tipo masculino, o que conduz a 
determinação do sexo como masculino. A genitália interna pode conter útero, 
trompas, epidídimo e ductos deferentes. Estes indivíduos são estéreis. Na 
puberdade, podem apresentar desenvolvimento das mamas e menstruação 
(Speroff, Glass & Kase, 1995). Explique a formação embriológica do sistema 
genital humano. 
R: Da 4ª até o início da 7ª semana as genitálias externas são indiferenciadas 
sexualmente, as características sexuais distintas começam a aparecer durante a 
9ª semana, mas genitálias externas não são totalmente diferenciadas até a 12ª 
semana, no início da 4ª semana o mesênquima em proliferção produz um 
tubérculo genital, em ambos os sexos, na extremidade cranial da membrana 
cloacal. As saliências labioescrotais e pregas urogenitais se desenvolvem em cada 
lado da membrana cloacal. O tubérculo genital se alonga para formar o falo 
primordial. Quando o septo urorretal se funde com a membrana cloacal no final 
da 6ª semana, este divide a membrana cloacal em uma membrana anal dorsal e 
 
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40 RESUMO EMBRIOLOGIA 
uma urogenital ventral. A membrana uretral situa-se no assoalho de uma fenda 
mediana, o sulco uretral, limitado pelas pregas urogenitais. 
2. Rins em ferradura é o tipo mais comum de anomalia renal de fusão. Eles 
tornam os rins suscetíveis ao trauma e é um fator de risco independente para o 
desenvolvimento de cálculos renais e carcinoma de células transicionais da 
pelve renal. É formado pela fusão cruzada da linha média dos dois rins 
funcionando independentemente, um em cada lado da linha mediana. Eles são 
ligados por um istmo de parênquima renal funcionante ou por tecido fibroso. A 
subida normal dos rins é dificultada pelo pinçamento de suas artérias 
mesentéricas inferiores (IMA), que estão conectadas ao istmo. Como resultado 
desta fusão o polo inferior de cada rim roda medialmente (o inverso da rotação 
renal normal). Os ureteres que emergem dos rins cruzam anteriormente ao 
istmo, o qual tipicamente está localizado imediatamente abaixo da artéria 
mesentérica inferior. Com base no texto, na figura abaixo e em seus 
conhecimentos responda? 
 
a. Um rim em ferradura usualmente funciona normalmente? 
R: Um rim em ferradura usualmente não apresenta sintomas, porque seu 
sistema coletor se desenvolve normalmente e os ureteres se abrem na 
bexiga. Se o fluxo urinário é impedido, podem aparecer sinais e sintomas de 
obstrução e/ou infecção. 
b. Quais os problemas que podem ocorrer com essa anormalidade e como 
eles podem ser corrigidos? 
R: A litíase urinária é a mais comum de todas as complicações do rim em 
ferradura. Com a possibilidade de formação de todos os tipos de cálculo. 
Dentre as opções terapêuticas se apresentam: 
 Litotripsia extracorpórea por ondas de choque 
 Cirurgia renal percutânea (é atualmente o método de escolha para o 
tratamento da litíase em rins em ferradura, devido à elevada recorrência 
litiásica, ser minimamente invasivo, alta complexidade dos procedimentos 
cirúrgicos realizados por via aberta, pela dificuldade em focar o cálculo na 
litotripsia extracorpórea e pela drenagem deficiente dos fragmentos). 
 Ureteroscopia (semi-rígida ou flexível). 
A cirurgia aberta está em desuso, sendo apenas reservada para alguns casos 
de falha da nefrolitotomia percutânea. 
 
3. A desordem ovotesticular do desenvolvimento (DDS OT) é uma condição rara 
em que há presença de tecido ovariano e testicular numa mesma gônada ou 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
41 RESUMO EMBRIOLOGIA 
em gônadas opostas (GRUMBACH; HUGHES; CONTE, 2003). O ovotéstis é a 
gônada mais frequente entre os casos de DDS ovotesticular, seguido do ovário 
e, mais raramente, do testículo (KOFMAN-ALFARO, 1992). A apresentação 
clínica pode ser de um homem ou mulher normal e fértil, mas, na maioria dos 
casos, há ambiguidade genital. Há uma variação clinicamente ampla quanto à 
apresentação das genitálias interna e externa (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 
2004). Estes indivíduos são sempre férteis. Explique. 
R: O DDS ovotesticular resulta de um erro na determinação do sexo. O fenótipo 
pode ser masculino ou feminino, mas as genitálias externas são sempre 
ambíguas. Embora a espermatogênese seja incomum, a ovulação não é. A 
gravidez e o parto foram observados em alguns poucos pacientes; entretanto, é 
muito raro. 
4. Quando uma criança nasce com a genitália externa ambígua, quanto tempo 
leva para de determinar o sexo apropriado? O que um médico deve dizer a 
família? Como é determinado o sexo correto? 
R: 48 horas, aconselhar a família a não comunicar o nascimento da criança até 
determinação do sexo. O sexo é determinado por cariotipagem e estudos 
hormonais 
5. O que estimula a criança a começar a respirar no momento do nascimento? 
R: Sob circunstâncias normais, a respiração da criança inicia imediatamente, o 
que sugere ser uma resposta reflexa aos estímulos sensoriais de exposição ao ar. 
As mudanças nos gases sanguíneos após a interrupção da circulação placentária, 
tal como a redução na tensão de oxigênio e ph e aumento na pressão parcial de 
dióxido de carbono, também são importantes no estímulo a respiração. 
Como é formada embriologicamente a fístula traqueoesofágica? E quais os 
principais sintomas na criança? 
R: A fístula (passagem anormal) entre a traqueia e o esôfago, resulta de uma 
divisão incompleta da porção cranial do intestino anterior em partes respiratória 
e esofágica, durante a 4ª semana. A fusão incompleta das pregas 
traqueoesofágicas ocasiona a formação de um septo traqueoesofágico 
defeituoso e uma FTE entre a traqueia e o esôfago. Bebês com o tipo comum de 
FTE e atresia esofágica apresentam tosse e se asfixiam quando deglutem devido 
ao acúmulo de quantidades excessivas de saliva na boca e no trato respiratório 
superior. Quando os bebês tentam engolir leite, o líquido enche rapidamente a 
bolsa esofágica e é regurgitado. O conteúdo gástrico também pode refluir do 
estômago para a traqueia e pulmões através da fístula. Este ácido refluído, e, em 
 
GABRIELA ABREU E ISADORA ESTEVAM 
 
42 RESUMO EMBRIOLOGIA 
alguns casos, bile, pode resultar em pneumonite (inflamação dos pulmões), 
levando a um comprometimento pulmonar.

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