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TRABALHO DE DIREITO TRIBUTÁRIO II

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU – FMN
CURSO DE DIREITO
ALEX SANDRO VASCONCELOS DE ARAÚJO
GENIELSON SOARES DANTAS
NATAL
2015
Apresente, conceitue e explique os impostos federais vigentes no Brasil.
R- Impostos Federais são aqueles instituídos por lei ordinária de competência exclusiva da União, tendo como fito arrecadar quantia em dinheiro para custear algumas despesas administrativas, bem como parte de investimentos do Estado brasileiro no âmbito de infraestrutura de (portos, estradas, rodoviárias, ferrovias, etc.) e serviços de essencial importância para a população (saúde, educação, segurança).
Assim sendo, pode-se conceituar imposto como “tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”, disciplinado no art. 16 do Código Tributário Nacional. 
Pois bem, quanto aos impostos Federais, atualmente em nosso ordenamento pátrio existem vários impostos de competência e instituídos pela união, expressos no artigo 153 da CF/88, que discorremos a seguir:
Impostos sobre a Importação, Exportação e Impostos sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros – estes impostos tem como características a cobrança imediata por não respeitarem as anterioridades, podendo suas alíquotas serem alteradas por decreto do poder executivo nos termos do art. 153, § 1º da Constituição Federal.
Impostos sobre Produtos Industrializados – No caso deste vale ressaltar que o mesmo não respeita a anterioridade do exercício, mas respeita os 90 dias, as alterações das alíquotas podem ser alteradas por meio de ato do Poder Executivo, disciplinados no art. 153, § 1º da CF. desta forma é possível alterar as alíquotas pelo presidente nos termos da legislação em vigor, para aumentar ou reduzir dentro de certo limite, respeitando a não cumulatividade, prevista no art. 153, §1, II da CF. Em cada operação desconta-se o imposto incidente na operação anterior – utiliza-se como crédito o IPI pago na operação anterior, bem como a seletividade preceituadas no art. 153, §3, I da CF. Haverá uma seleção dos produtos pelo critério de sua essencialidade; quanto mais essencial para a vida do povo, menor será a tributação. O IPI deve ser Seletivo. Frise-se ainda, que o imposto alhures possui lançamento por homologação. 
Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - Este imposto encontra-se previsto em nossa Magna Carta e CTN, nos artigos 153, da CF e 29 a 31 do CTN, incidindo fato gerador, aos contribuintes que possuir propriedade fora da zona urbana, tendo a base de cálculo o valor fundiário por hectares. 
Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza – Auferir Renda – sujeito a princípios especiais – art. 153 §2, I CF.O princípio da universalidade se aplica às rendas – todas as rendas devem ser alcançadas pelo IR. Isso acontece hoje embora haja o fato do IR não tributar todas as rendas com a mesma proporcionalidade. Há algumas distinções dependendo do tipo de rendimento. 
Imposto sobre Grandes Fortunas - espécie de imposto que incide sobre o patrimônio do contribuinte, sendo competência da União podendo ser criado somente por lei Complementar. No Brasil o referido imposto não foi instituído, apesar de sua previsão no artigo, 153, VII, da CF. 
Imposto Extraordinário (Guerra) Art. 154, II da CF - Competência da União podendo ser criado por lei ordinária, não segue o princípio da anterioridade. Compreendidos ou não na seara que lhe fora outorgado, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Desta feita, os pressuposto é explícito: na iminência ou no caso de guerra externa. 
Imposto Residual Art. 154, I da CF - Competência da União somente criado por lei Complementar, deve ser não-cumulativo e não pode ter base de cálculo ou fato gerador de impostos já existentes.
No que consiste o Imposto Sobre Grandes Fortunas. Qual a divergência sobre sua criação? Discorra com detalhes. Ao final, apresente a sua opinião sobre a necessidade ou não da criação de mais esse tributo.
R- Conforme uma análise perfunctória, pode-se afirmar que o imposto em análise tem como objetivo tributar sobre o patrimônio dos possuidores de grandes fortunas.
No âmbito da celeuma sobre sua criação, existem vários entendimentos ao texto constitucional que dispõe em seu art. 153 que “Compete à União instituir impostos sobre: VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar”. 
Neste diapasão, alguns defendem que este imposto não poderia ser criado mediante lei complementar, o qual não faz jus ao texto escrito nos termos “de lei complementar”, deixando claro a possibilidade deste imposto ser delineado por lei complementar, mas estabelecido por lei ordinária. Conforme questão julgada por várias ocasiões pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em especial na ADI nº 789/1994, de relatoria do Ministro Celso de Mello, em que ele menciona abertamente que: “Só cabe lei complementar, no sistema de direito positivo brasileiro, quando formalmente reclamada a sua edição por norma constitucional explícita”. Isto é, quando nada for dito pela Lei Maior a via de opção é a lei ordinária.
Noutro lado, existem aqueles que defendem que este tributo é de difícil cobrança por não existir uma definição exata do que seja fortuna e grande fortuna, para a referida incidência deste, onde se define que “fortuna” é menos que “grande fortuna”, restando configurada a incidência apenas aos bilionários que são muito poucos em nosso país.
Existem ainda, posições de que o legislador constituinte, ao menos no que tange ao imposto sobre grandes fortunas, abandonou as diretrizes de todo o sistema constitucional-tributário brasileiro, que, com assento no princípio da legalidade, da isonomia e da segurança, é de natureza rígida e exaustiva, bem como posicionamento de que o verdadeiro motivo da não instituição do imposto sobre as grandes fortunas é de ordem política. Os titulares de grandes fortunas, se não estão investidos de poder, possuem inegável influência sobre os que exercem. 
Assim sendo, como pode-se verificar a problemática sobre o IGF, tem-se uma amplitude muito grande, bem como vários posicionamentos, onde alguns defendem sua aplicação e outros com o posicionamento contrário conforme aduzidos anteriormente.
Neste contexto, restou observado a omissão legislativa para instituição do imposto em cerne, pois até hoje este imposto não encontra-se regulamentado, apesar de existirem projetos apresentados como o do ex presidente e senador na época Fernando Henrique, PL nº 202/1989, no qual estão prontas para votação desde o ano 2000, e nunca entrou em pauta, bem como outro projeto de autoria da deputada federal Luciana Genro, que em junho de 2010 foi aprovado por unanimidade na Comissão de Constituição e Justiça, que suscitou e reacendeu o debate sobre o tema que estava adormecido no Congresso.
Além disso, é latente a má vontade legislativa para instituir o IGF, por afetar interesses políticos, sendo observado que os impostos instituídos no ordenamento pátrio, bem como a carga tributária incide na grande maioria sobre o consumo da população menos favorecida.
No entanto, vale ressaltar que o imposto em comento está ligado explicitamente aos interesses políticos e econômicos, onde existem várias argumentações inclusive de cunho jurídico, mais é necessário uma análise aprofundada sobre este tema para sua viabilização no País, no qual precisariam observar seus pontos positivos e negativos, bem como seus fatores diversos atinentes, devendo ser estabelecido o IGF como forma de angariar recursos para promover medidas assistencialistas genéricas, devendo ser encarado com a seriedade ínsita às figuras tributárias e às previsões constitucionais.
Por fim, vale salientar como ponto positivo e qual temos posicionamento similar, a questão positiva a possibilidade de tornar o imposto em tela mais justo, ao incidir de forma proporcional em relação aos ricos que contribuiriam mais, tanto sobre a renda, como no âmbito da acumulação de fortunas,restando configurado a aplicabilidade do princípio da capacidade contributiva, não contrariando a vedação constitucional ao confisco, tendo como fito, redistribuir a renda e diminuir as desigualdades no âmbito tributário e social em nosso ordenamento, merecendo atenção prioritária e especial por parte dos parlamentares, o qual não podem ficarem estáticos perante esta previsão constitucional.

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