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TRABALHO DIREITO AMBIENTAL

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GRUPO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
DISCIPLINA DE DIREITO ambiental e urbanístico
estudo dirigido – SEGUNDA UNIDADE
nome: ALEX SANDRO VASCONCELOS DE ARAÚJO matr. nº: 06021210 
turma: 9º período – noturno				 	 data: 12/11/2015.
Discorra sobre o licenciamento ambiental, destacando o conceito e o objetivo do instrumento.
R- O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente, sendo uma ferramenta de vital importância na gestão da administração pública, é por meio da licença em epígrafe que será exercido o controle das atividades humanas que interferem nas condições ambientais. Assim sendo, Tem como objetivo a harmonização, o crescimento econômico-social com a manutenção da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico. Ressalta-se ainda que as bases legais estão disciplinadas na Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e traz um conjunto de normas para a preservação ambiental; nas Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) 001/86 e 237/97, que estabelecem procedimentos para o licenciamento ambiental; e na Lei Complementar 140/11, que fixa normas de cooperação entre as três esferas da administração (federal, estadual e municipal) na defesa do meio ambiente. 
Quais as principais espécies de licença ambiental existentes? Diferencie cada uma delas.
R- Atualmente em nosso ordenamento Pátrio existem três espécies de licença ambiental, no qual ocorre em etapas distintas, tendo como primeira etapa a Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Esta licença apenas aprova a viabilidade ambiental e estabelece as exigências técnicas (as "condicionantes") para o desenvolvimento do projeto, mas não autoriza sua instalação.
Na segunda etapa temos a Licença Instalação (LI) - Esta aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra de implantação do projeto. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia.
Por último temos a terceira etapa, Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra, das atividades produtivas. É concedida depois que é concedida após vistoria para verificar se todas as exigências foram atendidas.
Discorra sobre o Estudo de Impacto Ambiental, destacando o seu conceito, o conteúdo mínimo previsto na legislação e a relação com o Relatório de Impacto Ambiental.
R- Tem como fito, apresentar um estudo com as consequências ambientais diretas e indiretas, individuais e coletivas, a médio e longo prazo da introdução de determinada atividade no meio ambiente, bem como soluções alternativas que minimizem os possíveis danos. 
Desta feita, o EIA tem como conteúdo mínimo, o que expressa a Resolução CONAMA nº 01/86, artigo 6º : I - diagnóstico ambiental que caracterize a situação da área de influência do projeto antes de sua implantação, considerando os meios físico, biológico e ecossistemas naturais, e socioeconômico; II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, avaliando a eficiência de cada uma delas; IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos. 
No que refere-se a relação com Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), O EIA é responsável por dizer a respeito da coleta de material, analise, bibliografia (textos), bem como estudo das prováveis consequências ambientais que podem ser causados pela obra. Este estudo tem por finalidade analisar os impactos causados pela obra, propondo condições para sua implantação e qual o procedimento que deverá ser adotado para sua construção. 
Já o RIMA é um relatório conclusivo que traduz os termos técnicos para esclarecimento, analisando o Impacto Ambiental. Este relatório é responsável pelos levantamentos e conclusões, devendo o órgão público licenciador analisar o relatório observando as condições de empreendimento.
 
Aponte, no seu entendimento, a principal inovação trazida pela Lei dos crimes ambientais. Justifique sua resposta.
R- a responsabilização na esfera penal, administrativa e civil as pessoas físicas e jurídicas, prescritas no artigo 2º, 3º e parágrafo único da lei 9.605/98, no qual tutelou, disciplinou e preencheu algumas lacunas na seara da responsabilidade das pessoas jurídicas e físicas no âmbito da aplicabilidade das sansões e normas ambientais. Deixando consubstanciados que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. Restando configurado a tutela de forma ampla ao direito ambiental, contra quem possa praticar algum tipo de dano ambiental em nosso ordenamento estando preceituados na lei em comento, bem como na constituição federal de 1988 e princípios norteadores.
Conforme previsto no art. 129 da CF de 1988, entre as funções institucionais do Ministério Público está a promoção da ação civil pública para a proteção do meio ambiente. Aponte quais outros mecanismos podem ser utilizados para a tutela ambiental.
R- Neste sentido, o D. parquet pode realizar outras medidas administrativas e judiciais para proteção do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos como: Ação popular, Inquérito Civil, Ajustamento de Condutas, Mandado de Segurança Coletivo e Tutela Cautelar. 
O que é o plano diretor municipal? Quais os instrumentos para a gestão do espaço urbano previstos na Lei Complementar Municipal nº 082/2007, a qual institui o Plano Diretor de Natal?
R- Entende-se como plano diretor municipal disposto no art. 182 da CF/88 o “Conjunto de normas obrigatórias, elaborado por lei municipal específica, integrando o processo de planejamento municipal, que regula as atividades e os empreendimentos do próprio Poder Público Municipal e das pessoas físicas ou jurídicas, de Direito privado ou Público, a serem levados a efeito no território municipal”. (MACHADO, 2003, p. 369). Desta feita, existem vários instrumentos instituídos no âmbito da Lei Complementar Municipal Nº 082/2007 do Plano Diretor do Município de Natal, chamados de Instrumentos da gestão urbana previstos no PDN:
Fundo de Urbanização (art. 61); Outorga onerosa (arts. 62 a 65); concessão dada pelo Poder Público para que o proprietário de um imóvel construa entre os limites estabelecidos pelos coeficientes de aproveitamento básico e máximo, mediante contrapartida financeira a ser paga pelo mesmo; Art. 10 ° - 0 coeficiente de aproveitamento básico para todos os usos nos terrenos contidos na Zona Urbana e de 1,2 (um vírgula dois). Ex.: Coeficiente Máximo de Aproveitamento - Alecrim: 2,5; Tirol: 3,5; Lagoa Nova: 3,0; Transferência de potencial construtivo (arts. 66 a 70); Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU – progressivo (arts. 71 a 74): Alíquotas: 2%; 3%; 5%; 8% e 15%... Desapropriação (art. 8º do Estatuto das Cidades); Direito de preempção (arts. 75 a 81); Consórcio imobiliário e Operação urbana consorciada; Planos setoriais.
A Lei nº 9.985/2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, dividiu-as em dois grandes grupos. Aponte quais são eles, apontando ainda a distinção entre ambos e quais os tipos de unidades de conservação presentes em cada um deles.
R- Conforme a regulamentação do art. 225, da CF, § 1º, incisos I, II, III e VII, a referida Lei do SNUC divide-se em dois grupos expressos em seu art. 7º:
Unidades de Proteção Integral, compostos pelas categorias preceituadas em seu art. 8º da mesmo lei em comento: Estação Ecológica, Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre, no qual tem como fito basilar a preservação da natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei.
Unidades de uso sustentável, compostos pelas categorias previstas no artigo14 da mesma lei em análise: Área de Proteção Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio Natural, tendo como objetivo basilar a compatibilização e a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
Assim sendo, vale ressaltar que a distinção entre ambas unidades se dar pelos seus objetivos básicos já descritos anteriormente, onde a primeira tem como âmago a preservação da natureza, sendo admitido exceção em virtude de lei, Já a segunda unidade tem como escopo principal a conservação da natureza com o uso sustentável e sua compatibilização de parcela dos recursos naturais. 
De acordo com o novo Código Florestal Brasileiro, instituído pela Lei n° 12.651/2012, o que são Área de Preservação Permanente (APP) e Área de Reserva Legal? Cite exemplos de cada tipo.
R-  Área de Preservação Permanente (APP), constituem área protegida, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, além de proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas, descritas no artigo 3º, II da lei 12.651/12. Podemos citar como exemplos áreas corroboradas no artigo 4º da mesma lei em epígrafe como: as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de; as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento; as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros, entre outras.
Área de Reserva Legal, constituem área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa, descritas no art. 3º, III, da mesma lei em tela. No qual podemos citar alguns exemplos descritos no art. 12 da lei em análise: Todo imóvel rural deve manter área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos previstos no art. 68 desta Lei;  localizado na Amazônia Legal;  localizado nas demais regiões do País: 20% (vinte por cento); Os empreendimentos de abastecimento público de água e tratamento de esgoto não estão sujeitos à constituição de Reserva Legal, entre outros.

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