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MODELO DE PEÇA AÇÃO PREVIDENCIÁRIA PARA CONCESSÃO DE PENSÃO POR CONTRIBUIÇÃO REGIME GERAL

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA__ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO__ 
(pedido de justiça gratuita)
FÁTIMA BEZERRA, estado civil, brasileira, professora, portadora da Cédula de Identidade RG n.º..., inscrito no CPF.MF sob o n.º..., residente e domiciliado na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., por seu advogado in fine assinado (Doc. anexo), com endereço profissional situado na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., onde receberá todas referidas intimações, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente 
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO REGIME GERAL DE PREVIDENCIA SOCIAL 
Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, autarquia federal, com representação nesta cidade à rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., pelos motivos de fato e fundamentos de direito a seguir articuladamente expostos:	
I – Dos fatos:
Primeiramente, cumpre obtemperar que a autora ao completar o tempo de contribuição previsto no RGPS, para concessão do benefício pleiteado, teve uma surpresa ao seu pleito com o indeferimento administrativo, informado pela autarquia INSS, alegando para tanto que a Requerente não possui direito ao benefício pleiteado, uma vez que, além de já receber uma aposentadoria, o mesmo período contributivo não pode ser utilizado para a concessão de dois benefícios distintos. 
Todavia, vale salientar, que a referida autarquia mesmo sabendo que a requerente contribuiu mais de 32 anos para o RGPS, negou seu pleito. 
Além disso, conforme documentação comprobatória acostada ao pedido, insta esclarecer que a autora contribuiu como professora para RGPS no período de 01/02/1985 a 30/11/1993, contribuiu também na condição individual no período de março de 1992 a janeiro de2016, tendo inclusive neste último período entre maio a dezembro de 1998, gozado do auxílio doença, que não obsta o pleito em epígrafe, pois a requerente tem mais de 32 anos de contribuição, fazendo jus ao benefício em tela.
 Desse modo, é a presente ação, um instrumento legal, necessário, para que sejam utilizados os melhores entendimentos para conceder a autora a sua aposentadoria por tempo de contribuição, não restando outra opção a não ser o ajuizamento da referida ação para que seja realizada a mais lídima justiça a requerente.
II - Dos fundamentos jurídicos:
Nesta celeuma, não deve prosperar a negativa do INSS, alegando que a autora não faz jus a este benefício, restando configurado o lesionamento do direito da requerente, sendo esta negativa sem fundamento e desproporcional ao caso em epígrafe, pois a leis pertinentes são claras e expressam perfeitamente que pode haver concessão de aposentadoria por tempo de contribuição ao segurado que contribuiu para regimes distintos, sendo exatamente o que ocorreu ao caso em análise. 
Frise ainda que a requerente, é aposentada pelo RPPS (NatalPrev), onde exercia a função de professora na prefeitura municipal desde 2013, tendo inclusive uma declaração emitida pela secretaria municipal de Educação – SME. Consubstanciando que a autora não realizou nenhum procedimento referente a incorporação ou averbação descritas a seguir:
“Declaramos, para os devidos fins, que na ficha funcional da Sra. FÁTIMA FERREIRA, matrícula nº 007, professora já aposentada, admitida em 02/01/1982, não consta qualquer registro de incorporação ou averbação de tempo de serviço prestado em outro órgão ou em empresa privada”.
Neste diapasão, a requerente encontra esteio tanto na legislação vigente quanto nos melhores entendimentos doutrinários e jurisprudenciais. Vejamos
 PREVIDENCIÁRIO. INSTITUTO DA CONTAGEM RECÍPROCA. REGIMES DIVERSOS. CONTRIBUIÇÕES A CADA SISTEMA. DUAS APOSENTADORIAS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ.
"A norma previdenciária não cria óbice a percepção de duas aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição para cada um deles" (AgRg no REsp 1.335.066/RN, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 6/11/2012). Súmula 83/STJ. Agravo regimental improvido. 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.467.152 - RS (2014/0170930-6) RELATOR : MINISTRO HERMAN BENJAMIN RECORRENTE : INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL - PGF RECORRIDO : TARCILA MAURILIA TONIN BUENO ADVOGADOS : BADRYED DA SILVA E OUTRO (S) AMANDA DA SILVA COSTA DECISÃO Trata-se de Recurso Especial (art. 105, III, a, da CF) interposto contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região cuja ementa é a seguinte: PREVIDENCIÁRIO. ATIVIDADES CONCOMITANTES PRESTADAS SOB O RGPS. TRANSFORMAÇÃO DO EMPREGO PÚBLICO EM CARGO PÚBLICO. CONTAGEM PARA OBTENÇÃO DE APOSENTADORIA EM REGIMES DIVERSOS. POSSIBILIDADE. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DE PROFESSOR. REQUISITOS IMPLEMENTADOS. 1. Possível a utilização, para a obtenção de aposentadoria pelo Regime Geral da Previdência Social, do tempo de serviço em que a autora verteu contribuições para o RGPS como professora municipal, ainda que, de forma concomitante, tenha recolhido contribuições para o Regime Geral como professora pertencente ao quadro de servidores da Secretaria de Estado da Educação, em face da transformação do emprego público em cargo público, ocasião em que passou a ter Regime Próprio de Previdência Social, passando a verter suas contribuições para o RPPS do Estado do Paraná. 2. Hipótese em que a situação é similar à dos servidores públicos federais, em relação aos quais houve submissão, por força do art. 243 da Lei n. 8.112/90, ao novo regime instituído, com a previsão expressa, no art. 247 da mencionada norma, de compensação financeira entre os sistemas, de modo que, se os empregos públicos foram transformados em cargos públicos, o tempo celetista anterior foi incorporado, de forma automática, ao vínculo estatutário, com a compensação financeira entre os sistemas (Terceira Seção desta Corte, EI n. 2007.70.09.001928-0, Rel. para o acórdão Des. Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, julgado em 14-01-2013). 3. Em face da Emenda Constitucional n. 20, de 1998, a aposentadoria dos professores passou a ser tratada no art. 201, § 8º, da Constituição. Para que o segurado possa se aposentar como professor, terá de comprovar exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio, tendo direito ao benefício a partir dos trinta anos de contribuição, se homem, e vinte e cinco anos de contribuição, se mulher. 4. Cumprido o tempo de serviço mínimo de 25 anos, os quais foram prestados exclusivamente como professora de ensino fundamental (primeiro grau), e implementada a carência mínima, tem a demandante direito à aposentadoria por tempo de contribuição de professor. 5. A acumulação de dois cargos de professora, perante uma mesma instituição, ambos os cargos regidos pelo RGPS, caracteriza o exercício de uma única atividade, devendo os respectivos salários de contribuição ser somados, para fins de aferição do salário de benefício, respeitado o teto de contribuição. Precedentes desta Corte. No caso concreto, porém, no período questionado, de 16-06-1994 a 31-12-1995, os vínculos como professora se deram em regimes distintos - RGPS e RPPS. Ademais, no intervalo referido a autora esteve em licença sem vencimentos, de modo que não se há que somar salários de contribuição. Os Embargos de Declaração foram rejeitados (fls. 320-322, e-STJ). O recorrente, nas razões do Recurso Especial, sustenta que ocorreu violação dos arts. 56 e 96 da Lei 8.213/1991, sob a argumentação de que "no momento em que foi averbado período concomitante de vínculo celetista de emprego público em RJU, os mesmos não podem ser reutilizados para obtenção de outro benefício, mesmo que em outro regime" (fl. 338, e-STJ). Contrarrazões apresentadas às fls. 349-359, e-STJ. É o relatório. Decido.Os autos foram recebidos neste Gabinete em 18.7.2014. A irresignação não merece prosperar. Cinge-se a controvérsia em determinar a possibilidade de cômputo de tempo de contribuição no RGPS, para fins de aposentadoria, em casos em que a segurada era também servidora pública (professora municipal). Na verdade, o art. 96 da Lei 8.213/91 veda apenas que o mesmo lapso temporal, durante o qual o segurado exerceu simultaneamente uma atividade privada e outra sujeita a regime próprio de previdência, seja computado em duplicidade, o que não é o caso dos autos. Não há contagem em duplicidade, uma é decorrente da contratação estatutária, e outra da condição de contribuinte no RGPS. O STJ encampa o entendimento segundo o qual o exercício simultâneo de atividades vinculadas a regime próprio e ao regime geral, havendo a respectiva contribuição, não impede o direito ao recebimento simultâneo de benefícios em ambos os regimes. Nesse sentido, os seguintes precedentes: PREVIDENCIÁRIO. INSTITUTO DA CONTAGEM RECÍPROCA. REGIMES DIVERSOS. CONTRIBUIÇÕES A CADA SISTEMA. DUAS APOSENTADORIAS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. SÚMULA 83/STJ. "A norma previdenciária não cria óbice a percepção de duas aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição para cada um deles" (AgRg no REsp 1.335.066/RN, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/10/2012, DJe 6/11/2012). Súmula 83/STJ. Agravo regimental improvido. (AgRg no REsp 1433178/RN, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/05/2014, DJe 26/05/2014) PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. CONTAGEM RECÍPROCA. APROVEITAMENTO DE TEMPO EXCEDENTE. ART. 98 DA LEI Nº 8.213/91. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO 1. A norma previdenciária não cria óbice a percepção de duas aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição para cada um deles. 2. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no REsp. 1.335.066/RN, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, DJe 6.11.2012). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA. TEMPO NÃO UTILIZADO NO INSTITUTO DA CONTAGEM RECÍPROCA. POSSIBILIDADE, NO CASO DOS AUTOS. 1. O Superior Tribunal de Justiça firmou compreensão segundo a qual: "A norma previdenciária não cria óbice à percepção de duas aposentadorias em regimes distintos, quando os tempos de serviços realizados em atividades concomitantes sejam computados em cada sistema de previdência, havendo a respectiva contribuição para cada um deles (REsp 687.479/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, Quinta Turma, DJ de 30/5/2005). 2. Na espécie, tendo a segurada se aposentado pelo regime estatutário, sem utilização do instituto da contagem recíproca, não há impedimento para que obtenha novo benefício, agora pelo RGPS, desde que cumpridos os requisitos necessários. 3. Agravo regimental a que se nega provimento (AgRg no REsp. 1.063.054/RS, Rel. Min. OG FERNANDES, DJe 29.11.2010). Da análise dos autos, verifica-se que o Tribunal de origem expressamente consignou (fl. 295 e-STJ):" Como conclusão, pode ser utilizado, para a obtenção de benefício previdenciário junto ao Regime Próprio de Previdência, o tempo de exercício do emprego público em que houve recolhimento para o RGPS, ainda que tenha ocorrido de forma concomitante a outra atividade, exercida na iniciativa privada, e, da mesma forma, o tempo de filiação ao RGPS, exercido na iniciativa privada e prestado de forma concomitante ao emprego público, pode ser utilizado para o deferimento de aposentadoria pelo INSS, mesmo que o período relativo ao emprego público já tenha sido computado na inativação concedida pelo regime próprio ". Diante do exposto, nos termos do art. 557, caput, do CPC, nego seguimento ao Recurso Especial. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 17 de outubro de 2014. MINISTRO HERMAN BENJAMIN Relator
(STJ - REsp: 1467152 RS 2014/0170930-6, Relator: Ministro HERMAN BENJAMIN, Data de Publicação: DJ 31/10/2014)
Nesta senda, percebe-se o patente lesionamento da requerente ao ter seu pedido negado pela referida autarquia, por estarem presentes os requisitos consubstanciadores para concessão do benefício trazido à baila.
Além disso, o nosso ordenamento pátrio já pacificou o tema em epígrafe, conforme jurisprudência alhures, onde os precedentes citados amoldam-se com perfeição à questão dos autos, ao contrário do que alega a autarquia previdenciária. Contudo, a autora contribuiu por mais de trinta anos ao Regime Geral de Previdência Social, tendo inclusive demonstrado que faz jus ao benefício por força da lei 8.213/91 em seus artigos 52, caput, corroborados abaixo:
Art. 52. A aposentadoria por tempo de serviço será devida, cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que completar 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se do sexo feminino, ou 30 (trinta) anos, se do sexo masculino. 
Assim sendo, por estarem presentes todos requisitos pertinentes a concessão do benefício em epígrafe, pugna-se pelo deferimento e, a autora tem confiança neste tribunal pela aplicabilidade da mais lídima justiça.
III – Da necessidade de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita:
A Autora enfrenta problemas cotidianos de ordem econômica, inclusive aqueles oriundos da sua impossibilidade de suprir suas necessidades, do que a este respeito não pode arcar com os custos e despesas da presente demanda sem prejuízo de seu próprio sustento ou o de sua família.
Neste contexto, é imperioso sejam-lhe concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita, porquanto trata-se de pessoa em condição atual pobre na concepção jurídica do termo.
V – Dos pedidos:
Ante o exposto, requer-se:
(i) A PROCEDÊNCIA da pretensão aduzida, consoante narrado na inicial, condenando-se ao INSS a conceder o benefício de aposentadoria por tempo de contribuição à parte autora, a contar da data do requerimento administrativo data..., ; 
(ii) a citação do INSS na pessoa de seu representante legal no endereço acima informado, para comparecer à audiência que V.Exa. designar, contestando, querendo a presente ação, sob as penas da lei. 
(iii) requer ainda a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita pontificada pela Lei 1.060/50.
(iv) A condenação do INSS ao pagamento dos valores acumulados desde a o requerimento do benefício à parte autora, acrescidas de correção monetária a partir do vencimento de cada prestação até a efetiva liquidação, respeitada a prescrição quinquenal;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos (neste procedimento), em especial a juntada de novos documentos, as declarações da Ré, dentre outras não especificadas que ficam desde já requeridas.
Dá-se à causa, o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para efeitos de alçada.
Termos em que, Pede Deferimento.
Natal, 19 de maio de 2016.
______________________________________________________________
ADVOGADO – OAB Nº...,

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