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1. Um laço retangular formado por um condutor ideal, no espaço livre, junta os pontos 𝐴(1, 0, 1); 𝐵(3, 0, 1); 𝐶(3, 0,4) 𝑒 𝐷(1, 0, 4). Neste condutor existe uma corrente de 6 𝑚𝐴, correndo na direção de 𝒂𝑧 de 𝐵 para 𝐶. Além disso, existe uma corrente filamentar de 15 𝐴 ao longo de todo eixo 𝑧 na direção 𝒂𝑍. Encontre as forças que agem sobre os segmentos 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵. Solução: Antes de qualquer coisa precisamos calcular a densidade de fluxo magnético 𝐵 devido ao filamento infinito de corrente sobre o eixo 𝑧. Como vimos, o campo magnético em torno de um filamento infinito de corrente será dado por: 𝑯 = 𝐼 2𝜋𝜌 Podemos relacionar este campo magnético com a densidade de fluxo magnético no espaço livre por: 𝑩 = 𝜇0𝑯 Logo: 𝐻 = 𝜇0 ( 𝐼 2𝜋𝜌 ) = 𝐼𝜇0 2𝜋𝜌 Note que este campo varia com a distância 𝜌 e que 𝜌 é a distância entre o filamento e o ponto onde vamos perceber a existência deste campo neste caso, precisaremos calcular o campo em 𝒂𝑦 sobre os dois segmentos de interesse: 𝐵𝐶 e 𝐴𝐵 Sendo assim, para o primeiro lado da espira 𝐵𝐶 que está a 3 unidades de distância do eixo 𝑧, temos: 𝑯𝐵𝐶 = 𝐼𝜇0 2𝜋𝜌 = 15(4𝜋 × 10−7) 2𝜋(3) 𝒂𝑦 𝑯𝐵𝐶 = 15(4𝜋 × 10−7) 2𝜋(3) 𝒂𝑦 = 15(2 × 10−7) (3) 𝒂𝑦 𝑯𝐵𝐶 = (10 × 10 −7)𝒂𝑦 Para calcular a força que age sobre esta espira no segmento 𝐵𝐶 teremos: 𝑭 = ∫ 𝐼𝑑𝑳 × 𝑩 𝑏 𝑎 Substituindo: 𝑭 = ∫ (6 × 10−3) 𝑑𝑧 𝒂𝑧 × (10 × 10−7)𝒂𝑦 4 1 Resolvendo este produto vetorial teremos: 𝑭 = | 𝒂𝑥 𝒂𝑦 𝒂𝑧 0 0 6 × 10−3 0 (10 × 10−7) 0 | 𝑭 = | 0 6 × 10−3 (10 × 10−7) 0 | 𝒂𝑥 − | 0 6 × 10−3 0 0 | 𝒂𝑦 + | 0 0 0 (10 × 10−7)| 𝒂𝑧 𝑭 = − 6 × 10−3(10 × 10−7)𝒂𝑥 = −6 × 10 −9𝒂𝑥 Agora podemos fazer a integral: 𝑭 = ∫ −6 × 10−9𝒂𝑥 𝑑𝑧 4 1 𝑭 = −6 × 10−9𝒂𝑥 ∫ 𝑑𝑧 4 1 𝑭 = −6 × 10−9𝒂𝑥(4 − 1) = −18𝒂𝑥 𝑛𝑁 Precisamos agora, repetir os mesmos cálculos para o segundo segmento 𝐴𝐵 desta vez, o campo continua na mesma direção mas varia de acordo com a distância 𝑥. Ou seja: 𝑯𝐴𝐵 = 𝐼𝜇0 2𝜋𝑥 𝒂𝑦 𝑯𝐴𝐵 = 15(4𝜋 × 10−7) 2𝜋𝑥 𝒂𝑦 𝑯𝐴𝐵 = 15(2 × 10−7) 𝑥 𝒂𝑦 = (30 × 10−7) 𝑥 𝒂𝑦 Sendo assim, a força será dada por: 𝑭 = ∫ 𝐼𝑑𝑳 × 𝑩 𝑏 𝑎 Substituindo: 𝑭𝐴𝐵 = ∫ (6 × 10 −3) 𝑑𝑥 𝒂𝑥 × (30 × 10−7) 𝑥 𝒂𝑦 3 1 𝑭𝐴𝐵 = ∫ (6 × 10 −3) 𝑑𝑥 𝒂𝑥 × (30 × 10−7) 𝑥 𝒂𝑦 3 1 𝑭 = ∫ (18 × 10−9) 𝑥 𝒂𝑧 𝑑𝑥 3 1 𝑭𝐴𝐵 = (18 × 10 −9)(ln 3 − ln 1) = 19,7 𝑛𝑁 2. Um motor utiliza uma bobina retangular de 20 𝑚𝑚 por 20 𝑚𝑚 pivotado no centro do lado menor. Se ele for montado em um campo magnético radial constante de densidade de fluxo dada por 0,4 𝑊𝑏/𝑚2 que está sempre atuando em um ângulo de 30° em relação ao plano da bobina e se a bobina tiver 500 voltas e for atravessada por uma corrente de 5 mA, encontre o torque exercido sobre a bobina. Solução: Sabemos que o torque exercido sobre uma espira será dado por: 𝑇 = 𝐵𝐼𝑆 𝑠𝑒𝑛𝛼 Enquanto o torque sobre 𝑁 espiras será dado por: 𝑇 = 𝑁𝐵𝐼𝑆 𝑠𝑒𝑛𝛼 𝑇 = (500)(0,4)(5 × 10−3)(20 × 10−3)(20 × 10−3)𝑠𝑒𝑛30° 𝑇 = 200 𝜇𝑁𝑚 3. Em um material ferromagnético isotrópico linear e homogêneo de 𝜇𝑟 = 2,5, sujeito a uma densidade de fluxo magnético dada por 𝑩 = 4𝑦𝒂𝑧 𝑚𝑊𝑏/𝑚 2, determine o valor da magnetização 𝑴. Solução: Sabemos que a magnetização em meios isotrópicos pode ser encontrada por: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 Mas, não temos nenhuma destas grandezas no enunciado então devemos começar observando que existe uma relação entre a permeabilidade relativa e a susceptibilidade por: 𝜇𝑟 = Χ𝑚 + 1 Logo: 𝜇𝑟 − 1 = Χ𝑚 Χ𝑚 = 2,5 − 1 = 1.5 Também podemos relacionar o campo magnético 𝑯 com a densidade de fluxo magnético 𝑩 por: 𝑩 = 𝜇𝑯 Logo: 𝑩 = 𝜇𝑯 ∴ 𝑯 = 𝑩 𝜇 = 𝑩 𝜇0𝜇𝑟 𝑯 = 𝑩 𝜇0𝜇𝑟 = 4𝑦 × 10−3𝒂𝑧 (4𝜋 × 10−7)(2,5) = 1,273 𝑦𝒂𝑧 𝑘𝐴/𝑚 Agora podemos chegar a magnetização: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 = 1,5(1,273 ) = 1,910𝒂𝑧 𝑘𝐴/𝑚 4. Em um certo material isotrópico linear e homogêneo de 𝜇𝑟 = 1,5, sujeito a uma densidade de fluxo magnético dada por 𝑯 = 10𝒂𝑧 + 20𝒂𝑦 − 40𝒂𝑧 𝐴/𝑚, determine a magnetização 𝑴. Solução: Sabemos que a magnetização em meios isotrópicos pode ser encontrada por: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 Mas, não temos nenhuma destas grandezas no enunciado então devemos começar observando que existe uma relação entre a permeabilidade relativa e a susceptibilidade por: 𝜇𝑟 = Χ𝑚 + 1 Logo: 𝜇𝑟 − 1 = Χ𝑚 Χ𝑚 = 1,5 − 1 = 0.5 Sabemos também que a magnetização pode ser determinada por: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 Logo: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 = 0,5(10𝒂𝑧 + 20𝒂𝑦 − 40𝒂𝑧 ) = 5𝒂𝑧 + 10𝒂𝑦 − 20𝒂𝑧 𝐴/𝑚 5. Em um sistema de coordenadas cilíndricas, um fio condutor ideal de 2𝑚 de comprimento carregando uma corrente de 5 𝐴 na direção positiva do eixo 𝑧 está localizado em 𝜌 = 4 𝑐𝑚; −1 𝑚 < 𝑧 < 1 𝑚. Este condutor está sujeito a um campo magnético cuja densidade de fluxo é dada por: 𝑩 = 0,2 cos 𝜙 𝒂𝜌. Determine a coordenada 𝜙 onde a força será a maior possível. Solução: 𝑭 = 𝐼𝑙 × 𝑩 𝑭 = (5𝒂𝑧)2 × 2,0 cos 𝜙 𝒂𝜌 𝑭 = 10𝒂𝑧 × 2,0 cos 𝜙 𝒂𝜌 Resolvendo este produto vetorial teremos: 𝑭 = | 𝒂𝜌 𝒂𝜙 𝒂𝑧 0 0 10 0,2 cos 𝜙 0 0 | 𝑭 = | 0 10 0 0 | 𝒂𝜌 − | 0 10 0,2 cos 𝜙 0 | 𝒂𝜙 + | 0 0 0,2 cos 𝜙 0| 𝒂𝑧 𝑭 = 2 cos 𝜙 𝒂𝜙 Ou seja, nossa força depende do cosseno de 𝜙. Como o cosseno varia entre 0 e 1 a força será a maior possível em 𝜙 = 0 6. Dado um material no qual encontramos Χ𝑚 = 4 com um fluxo magnético interno 𝑩 = 1,2𝑦 𝒂𝑧 𝑇 encontre a magnetização 𝑴 no interior deste material. Solução: Sabemos que a densidade de corrente pode ser relacionada com o campo magnético por: 𝑱 = ∇ × 𝑯 Então, antes de achar a densidade de corrente precisamos achar o campo 𝑯 no interior deste material para tal podemos relacionar o campo 𝑯 com susceptibilidade magnética Χ𝑚 por: 𝑩 = 𝜇𝑜(𝑯 + Χ𝑚𝑯) Ou, acertando o algebrismo: 𝑩 = 𝜇0(1 + Χ𝑚)𝑯 Logo: 𝑩 𝜇0(1 + Χ𝑚) = 𝑯 Neste caso: 𝑯 = 𝑩 𝜇𝑜(1 + Χ𝑚) = 1,2𝑦𝒂𝑧 𝜇0(1 + 3,1) = 1,2𝑦𝒂𝑧 ( 4𝜋 × 10−7)(1 + 4) 𝑯 = 191 𝑦𝒂𝑧 𝑘𝐴/𝑚 Sabemos também que podemos relacionar a magnetização com o campo 𝑯 por: 𝑴 = Χ𝑚𝑯 𝑴 = 4(191 𝑦𝒂𝑧) = 764 𝑘𝐴/𝑚 7. Considere uma região do espaço para a qual temos Χ𝑚 = 3 e um campo magnético dado por 𝐻 = 5𝑥𝒂𝑥 + 2𝑦𝒂𝑦 − 3𝑧𝒂𝑧. Determine a energia total acumulada em −1 < 𝑥 < 2 ; 0 < 𝑦 < 2, 0 < 𝑧 < 1 . Solução: Sabemos que podemos relacionar susceptibilidade magnética com a permeabilidade magnética relativa por: 𝜇𝑟 = Χ𝑚 + 1 𝜇𝑟 = 3 + 1 = 4 Também podemos relacionar o campo magnético com densidade de fluxo magnético por: 𝑩 = 𝜇𝑜(1 + Χ𝑚)𝑯 𝑩 = 𝜇𝑜(4)𝑯 Por fim, a energia armazenada em um campo magnético é dada por: 𝑊𝑚 = 1 2 𝑩 ⋅ 𝑯 Antes de progredirmos precisamos resolver 𝑩 ⋅ 𝑯 𝜇𝑜(4)𝑯 ⋅ 𝑯 𝑯 ⋅ 𝑯 = (5𝑥𝒂𝑥 + 2𝑦𝒂𝑦 − 3𝑧𝒂𝑧) ⋅ (5𝑥𝒂𝑥 + 2𝑦𝒂𝑦 − 3𝑧𝒂𝑧) 𝑯 ⋅ 𝑯 = (5𝑥 × 5𝑥) + (2𝑦 × 2𝑦) + (−3𝑧 × −3𝑧) 𝑯 ⋅ 𝑯 = (25𝑥2) + (4𝑦2) + (9𝑧) Então a energia acumulada será dada por 𝑊𝑚 = 1 2 𝜇𝑜(4)𝑯 ⋅ 𝑯 𝑊𝑚 = 4𝜇0 2 𝑯 ⋅ 𝑯 𝑊𝑚 = 2𝜇0𝑯 ⋅ 𝑯 𝑊𝑚 = 2𝜇0(25𝑥 2 + 4𝑦2 + 9𝑧) Para encontrar a energia total precisamos integrar esta equação nos limites determinados peloenunciado em relação a um elemento de volume no espaço cartesiano dado por 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 𝑊𝑚 = 2𝜇0 ∫ ∫ ∫ 25𝑥 2 + 4𝑦2 + 9𝑧 𝑑𝑥𝑑𝑦𝑑𝑧 2 −1 2 0 1 0 = 2𝜇0(209) 𝑊𝑚 = 2𝜇0(256) = 2(4𝜋 × 10 −7)(209) = 525,3 𝜇𝐽 8. O entendimento do campo magnético gerado por filamentos de corrente e fundamental para o entendimento de motores e solenoides. Um filamento infinito de corrente, no espaço livre, provoca no ponto 𝑃(2, 2, 7), um campo magnético 𝑩 = 100 𝑛𝑊/𝑚2 calcule a corrente necessária, na direção positiva de 𝒂𝑧 capaz de gerar este campo. Solução: Partimos do formulário para encontrar a fórmula do campo magnético 𝑩 em torno de uma distribuição linear e infinita de corrente. Sabemos de antemão que o campo magnético será dado pela regra da mão direita com o polegar apontado no sentido da corrente, na direção positiva de 𝒂𝑧 então este campo se propaga na forma de círculos por todo o espaço. Como o filamento está no eixo 𝑧, este e este propaga a corrente o campo existirá em um plano 𝑥𝑦 em um determinado 𝑧, neste caso segundo o enunciado, 𝑧 = 7 O campo 𝑩 irá variar apenas no sentido de 𝜙 lembre-se que em coordenadas cilíndricas a coordenada 𝜙 é a coordenada relacionada ao ângulo. Logo: 𝑩 = 𝜇0𝐼 2𝜋𝜌 𝒂𝜙 Temos todas a variáveis exceto a corrente desejada e este 𝜌. Trata-se da distância entre o ponto desejado e o filamento. Sobre um plano 𝑥𝑦, o 𝜌, raio do círculo que passa pelo ponto desejado pode ser encontrado usando o teorema de Pitágoras onde cada coordenada é um lado e o raio, 𝜌, a hipotenusa. Sendo assim, a distância entre o filamento e o ponto desejado será: 𝜌 = √𝑥2 + 𝑦2 = √22 + 22 = √8 Ou seja, aplicando os valores dados no enunciado na fórmula e resolvendo teremos: 100𝑥10−9𝒂𝜙 = (4𝜋 × 10−7)(𝐼) 2𝜋(√8) 𝒂𝜙 100𝑥10−9 (2𝜋(√8)) 4𝜋 × 10−7 = 𝑰 100𝑥10−9 (2𝜋(2√2)) 4𝜋 × 10−7 = 𝑰 1𝑥10−7(√2) 10−7 = 𝑰 𝑰 = √2 𝐴
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