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Patologia e Terapia das Estruturas Reforço com Concreto

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PATOLOGIA E TERAPIA
DAS ESTRUTURAS
REFORÇO COM CONCRETO
PROF. ÉLVIO MOSCI PIANCASTELLI
ESCOLA DE ENGENHARIA
 Patologia e Terapia das Estruturas
 Reforço com Concreto Prof. Élvio Mosci Piancastelli
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 02
2. REFORÇO COM CONCRETO .................................................................. 03
3. TRATAMENTO DO SUBSTRATO ........................................................ 05
4. REFORÇO DE PILARES ........................................................................... 06
4.1. Cálculo do Reforço ............................................................................. 07
4.2. Reforço por Encamisamento ................................................................ 08
4.3. Reforço Lateral ..................................................................................... 09
4.4. Reforço por Cintamento ..................................................................... 10
5. REFORÇO DE VIGAS ............................................................................. 11
5.1. Cálculo do Reforço ............................................................................. 12
5.2. Reforço à Flexão ........................................................................... 13
5.3. Reforço ao Cisalhamento .................................................................... 16
5.4. Reforço à Torção ............................................................................... 17
6. REFORÇO DE LAJES ............................................................................. 19
6.1. Cálculo do Reforço ............................................................................. 19
6.2. Reforço à Flexão .................................................................................. 19
6.3. Reforço à Punção ............................................................................... 22
6.4. Reforço ao Cisalhamento .................................................................... 23
7. CONSOLOS DE REFORÇO .................................................................... 23
8. REFORÇO DE FUNDAÇÕES EM SAPATA........................................ 25
9. REFORÇO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS ........................................ 28
10. BIBLIOGRAFIA ....................................................................................... 30
 Patologia e Terapia das Estruturas
 Reforço com Concreto Prof. Élvio Mosci Piancastelli
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1. INTRODUÇÃO
Quando o desempenho de uma peça estrutural é insatisfatório, colocando em risco
sua segurança, sejam quais forem as causas ou origens do problema, são
necessárias intervenções que:
• visem devolver-lhe o desempenho perdido - RECUPERAÇÃO; ou
• aumentar-lhe o desempenho - REFORÇO.
Observa-se, portanto, que a diferença entre recuperação e reforço é apenas
conceitual, e depende do ponto de partida do raciocínio feito.
Doravante, neste trabalho, apenas por comodidade, será utilizado apenas o termo
reforço.
Existem várias técnicas de reforço, algumas delas já consagradas e outras que,
apesar de já se terem mostrado eficientes, ainda estão, sob observação e/ou em
desenvolvimento.
Na realidade, nos últimos tempos, o desenvolvimento com relação aos reforços tem
estado mais ligado a materiais e procedimentos do que a descobertas de novas
técnicas.
As principais técnicas de reforço podem ser definidas como:
• Reforço com concreto armado;
• Reforço com perfis metálicos;
• Reforço com chapas de aço coladas;
• Reforço com lâminas ou folhas de carbono coladas;
• Reforço por protensão.
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2. REFORÇO COM CONCRETO
O concreto, seja ele moldado em formas ou projetado, é, sem sombra de dúvidas, o
material mais versátil para o reforço ou recuperação de estruturas de concreto
armado, por poder ser utilizado em todos os tipos de peças estruturais e nas mais
diversas situações e condições.
Os reforços em concreto armado são muito utilizados, principalmente, pelo fato de
exigirem procedimentos, em sua maioria, análogos aos empregados em obras
novas. Mesmo os procedimentos específicos são de fácil execução, não exigindo
mão de obra muito especializada, desde que criteriosamente detalhados e
especificados. Apesar disso, não dispensa os cuidados inerentes a toda e qualquer
intervenção de reforço.
O reforço com concreto projetado difere daquele em concreto armado apenas com
relação ao lançamento e adensamento do concreto, que é feito numa única etapa,
através de equipamento de projeção a ar comprimido. Entretanto, a operação desse
equipamento exige mão de obra especializada, experiente, e responsável.
Uma das maiores preocupações nos reforços com concreto relaciona-se à aderência
entre o concreto de reforço (concreto novo) e o concreto da peça a ser reforçada
(concreto velho). Ela é vital para garantir o comportamento conjunto
(monolítico) peça original / reforço, ou seja, para que a peça reforçada trabalhe
como uma peça monolítica.
Caso seja necessário, pode-se lançar mão de adesivos epoxídicos para garantir tal
aderência. Deve-se lembrar, entretanto, que esse tipo de resina começa a perder o
poder de adesão em temperaturas acima de 50oC, sendo que os de melhor
performance conseguem trabalhar com a temperatura máxima de 90oC.
Recurso muito utilizado, para também garantir o comportamento monolítico da peça
reforçada, é a adoção de pinos que atravessam a interface dos dois concretos, os quais
passam a resistir aos esforços de cisalhamento que alí se desenvolvem. Esses pinos
podem ser representados por estribos prolongados, chumbadores, ou pequenas
barras coladas com resinas - Figura 2.1.
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Figura 2.1 - Pinos para Ligação de Concretos
Exigência, normalmente feita, é que o concreto novo apresente características
semelhantes às do concreto velho, principalmente resistências e módulo de
elasticidade.
É claro que o material a ser utilizado no reforço de um elemento estrutural de
concreto, seja ele o próprio concreto ou outro qualquer, deve ter suas características
analisadas tendo-se em vista as características do concreto do elemento a ser
reforçado.
Entretanto, definir, genericamente, no caso do concreto, que tais características
devam ser aproximadamente as mesmas chega a ser um erro, porque diferenças
podem ser até necessárias, em função de efeitos e comportamentos desejados em
casos específicos.
Para justificar essa colocação cita-se que o concreto armado é composto por
materiais de características mecânicas bem diferentes, que, entretanto, não
impedem o seu perfeito funcionamento conjunto, em função da correta
consideração das mesmas.
Quanto ao cálculo de reforços, deve-se registrar que a NBR-6618, referente ao
projeto e execução de obras de concreto armado, não faz qualquer menção a eles.
Por isso, projetos de reforços são normalmente desenvolvidos com base na
experiência pessoal do engenheiro projetista, que, muitas vezes, adapta
preconizações daquela norma ou utiliza critérios isolados de normas de outros paises.
Convém chamar a atenção para o fato de não existirem normas para reforço tão
abrangentes quanto as existentes para obras novas, mesmo nas mais renomadas
instituições de normatização.
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Nos ítens a seguir, serão abordados reforços de diversas peças estruturais,
utilizando o concreto como material de reforço.
As argamassas ou concretos grouts, as argamassas projetadas, e as argamassas ou
concretos poliméricos ou de resinas podem ser, também, empregados nos reforços
descritos.
3. TRATAMENTO DO SUBSTRATO - CONCRETO E ARMADURAS
Para o bom desempenho de qualquer intervenção, principalmente de recuperação
ou reforço, é fundamental que o substrato (superfícies do concreto e do aço
existentes) seja convenientemente tratado.
São duas as finalidades básicas do tratamento:
• retirar todo material deteriorado ou contaminado;
• propiciar as melhores condições de aderência entre o substrato e o
 material de recuperação ou reforço.
Para o tratamento do substrato, podem ser adotados os seguintes procedimentos:
♦ Escarificação manual (marreta, talhadeira, ponteiro);
♦ Escarificação mecânica (martelete, rompedor, fresa);
♦ Escovamento manual (escova de aço);
♦ Lixamento manual ou elétrico (lixas para concreto e aço,
 lixadeira elétrica);
♦ Hidro-demolição (equipamento específico);
♦ Jateamento de areia (equipamento específico);
♦ Jateamento de água e areia (equipamento específico);
♦ Queima controlada com chama (maçarico);
♦ Corte de concreto (discos ou fios de corte);
♦ Jateamento de ar comprimido (equipamento específico);
♦ Jateamento de água fria ou quente (equipamento específico);
♦ Jateamento de vapor (equipamento específico);
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♦ Lavagem com soluções ácidas (solução de ácido clorídrico,
 Reebaklens da Fosroc);
♦ Lavagem com soluções alcalinas (solução de “soda cáustica”);
♦ Aplicação de removedores de óleos e graxas (Reebexol Super da
 Fosroc);
♦ Aplicação de removedores de gordura e ácido úrico - suor -
 (álcool isopropílico, acetona);
♦ Umedecimento ou saturação da superfície do concreto com água
 (aspersão, pano ou areia molhados).
A superfície do concreto velho que entrará em contato com o material de
recuperação ou reforço deverá ser apicoada para a retirada da nata de cimento
superficial - Figura 3.1. Ela deverá apresentar-se seca ou úmida (saturada com
superfície seca) em função do material a ser utilizado.
 
 Apicoamento p/ Reforço do Pilar Apicoamento p/ Reforço da Viga
Figura 3.1 - Apicoamento do Concreto
4. REFORÇO DE PILARES
Pilares são os elementos estruturais que, para reforço, maires exigências impõem ao
projetista. Eles são reforçados por diversos motivos, como por exemplo:
• erros de cálculo;
• erros de detalhamento;
• deficiências dos materiais (fck estimado menor que o de projeto);
• mau adensamento do concreto;
• corrosão das armaduras;
• impactos acidentais;
• erros de locação.
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4.1. Cálculo do Reforço
Antes do reforço de um pilar, o ideal seria alivia-lo de sua carga. Entretanto, salvo
em casos muito especiais, tal alívio só é conseguido de forma parcial, estando,
portanto, o pilar original ainda solicitado no instante do reforço.
Supondo que, em tal instante, o pilar original esteja resistindo uma carga N, após o
reforço, o conjunto pilar original-reforço passará a resistir a uma carga N + ∆N.
Dessa carga total (N + ∆N), o pilar original será solicitado por uma parcela igual a
N + α ∆N, e o reforço pela parcela restante de (1-α) ∆N. O valor de α dependerá da
relação entre a rigidez do pilar original e a rigidez do reforço, bem como das
condições de ligação estrutura-reforço já comentada anteriormente. A Figura 4.1.1
ilustra o citado, através de analogia com o comportamento de molas helicoidais.
Figura 4.1.1 - Distribuição de Carga Entre Pilar (F1) e Reforço (F2)
Caso a nova carga solicitante do pilar original (N + α ∆N) o leve à ruptura, a carga
total (N + ∆N) passará a solicitar o reforço, que deverá ser capaz de suportar-la,
evitando a ruptura geral do pilar reforçado.
Em função disso, é procedimento comum, e seguro, projetar o reforço para
suportar, sózinho, toda a carga, ou seja, desprezar a resistência do pilar original.
É importante ressaltar que pilares são solicitados não só por cargas normais
(compressão simples), mas também por momentos fletores (flexão normal ou
oblíqua composta), o que torna as considerações de trabalho conjunto pilar
original-reforço ainda mais complexas.
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De qualquer forma, caso se vá considerar a contribuição do pilar original, as
deformações iniciais do concreto devem ser rigorosamente consideradas no
projeto, para que as deformações finais (após o reforço) não ultrapassem os
valores limites teóricos de ruptura (item 4.1.1.1 da NBR-6118).
As tensões iniciais devem também ser consideradas com o mesmo rigor.
Convém ressaltar que reforços em concreto geralmente aumentam a rigidez das
peças tratadas, sendo necessário, portanto, verificar a influência desse aumento no
comportamento global da estrutura (redistribuição de esforços).
Finalizando, é importante destacar que, pelo exposto neste item, pode-se concluir que
qualquer intervenção a ser executada num elemento estrutural, por mais simples que
possa parecer, deve ser precedida de análise estrutural, sob pena de redução da
segurança do mesmo. Como contra exemplo muito comum, pode-se citar os casos de
oxidação de armaduras, onde muitas empresas de execução, geralmente por
desconhecimento do comportamento estrutural, realizam intervenções à revelia
daquela análise.
4.2. Reforço por Encamisamento
Nesse tipo de reforço, o pilar original, é totalmente envolvido pelo concreto armado
de reforço, conforme mostra a Figura 4.2.1.
Figura 4.2.1 - Pilares - Reforço por Encamisamento
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Na Figura 4.2.1 (A), vê-se o reforço de apenas um vão do pilar. A transferência de
esforços é feita através das vigas e da aderência entre os concretos do pilar original e
do reforço. A armadura longitudinal de reforço é ancorada nas vigas e na laje
inferior por colagem com resina, e estendida até a face inferior da laje superior. A
execução de capitel no pilar subjacente, pode ser necessária para uma melhor
transferência dos esforços do reforço.
O reforço mostrado na Figura 4.2.1 (B) é continuo, ou seja, atinge vãos contiguos
do pilar. Nesse caso, é importante a continuidade da armadura longitudinal de
reforço, onde ela seja possível, como ocorre quando só é preciso atravessar o
concreto das lajes.
Caso o reforço utilize concreto projetado, não deverá haver problemas de ordem
executiva.
Entretanto, quando se adota solução em concreto armado, o concreto pode ser
lançado nas formas pela sua abertura superior, em etapas ou em uma única operação.
De qualquer forma, a concretagem junto às lajes ficará impedida.A Figura 4.2.2
apresenta algumas maneiras de se contornar tal dificuldade.
Figura 4.2.2 - Encamisamento - Concretagem de Trecho Junto a Lajes
É interessante observar que, nos reforços por encamisamento, a retração transversal
favorece a aderência entre os dois concretos.
4.3. Reforço Lateral
Esse reforço difere daquele por encamisamento, porque o acréscimo de concreto não
é feito em todas as faces do pilar original (Figura 4.3.1).
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Neste caso, só existe a opção do reforçotrabalhar em conjunto com o pilar original, o
que torna essencial a ligação entre os dois concretos. O uso de pinos de
cisalhamento, conforme já descrito e mostrado na Figura 2.1, é, portanto,
essencial, sendo conveniente, também, a utilização de adesivos estruturais.
Na Figura 4.3.1 (A) é mostrada solução através de estribos soldados, que só deve
ser adotada no caso de aços não encruados a frio. Na solução da Figura 4.3.1 (B),
através de sulcos abertos no cobrimento de duas faces do pilar original, estribos são
incorporados, com argamassa de resina ou argamassa polimérica, ao pilar original. A
Figura 4.3.1 (C) ilustra ligação por meio de chumbadores.
Figura 4.3.1 - Pilares - Reforço Lateral - Utilização de Pinos
Quanto à execução, são válidos todos os comentários feitos no item 4.2.
Observa-se que este tipo de reforço de pilares é o menos utilizado.
4.4. Reforço por Cintamento
Em pilares solicitados por cargas normais, pode ser vantajosa, em função da
geometria do pilar original, a adoção de reforço com armadura transversal circular
de cintamento.
Esse tipo de reforço conduz, obviamente, a uma seção transversal final (após o
reforço) de forma circular - Figura 4.4.1.
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O cintamento propicia um aumento na resistência à compressão, por fretagem, do
concreto de reforço (a ruptura à compressão do concreto ocorre por tração em plano
perpendicular ao de compressão), bem como do pilar original.
A NBR-6118 faz uma série de recomendações e exigências para o projeto de pilares
cintados, que, obviamente, devem ser observadas, em adição às considerações
específicas de projetos de reforço, como os estados iniciais de tensão e deformação.
Em pilares de seção retangular, nos serviços de preparação do substrato, as quinas
podem ser quebradas caso seja desejada a redução do diâmetro externo final do
pilar.
Figura 4.4.1 - Pilares - Reforço por Cintamento
5. REFORÇO DE VIGAS
A grande maioria dos reforços executados em vigas de concreto armado ocorrem em
função de seu mau desempenho frente às solicitações de flexão ou cisalhamento,
devido a causas as mais diversas.
Menos comum são os reforços causados por baixo desempenho à torção.
Flechas excessivas, apesar de não ameaçar a segurança da viga, causam desconforto
aos usuários, podem prejudicar o funcionamento de outras peças estruturais, e de
partes não estruturais da edificação (janelas, portas, pontes rolantes,etc), exigindo,
portanto, intervenções de reforço.
Como em todo reforço, o sucesso da intervenção depende substancialmente do
tratamento do substrato, por sua vez ligado à aderência entre o concreto velho e o
novo.
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5.1. Cálculo do Reforço
O cálculo do reforço de vigas pode ser feito com base nos critérios da NBR-6118,
com a devida consideração das tensões e deformações existentes antes do reforço.
A Figura 5.1.1 apresenta os estados de tensão e deformação de uma viga submetida a
reforço de flexão.
Figura 5.1.1 - Vigas - Estados de Tensão e Deformação Antes e Depois do Reforço
A análise das tensões de cisalhamento na interface do concreto original com o de
reforço é de fundamental importância, visto que o desempenho conjunto desses
dois materiais, vital para a boa performance da peça, depende de sua ligação.
As tensões de cisalhamento ao longo da altura de uma viga retangular estão
mostradas no diagrama da Figura 5.1.2.
Figura 5.1.2 - Viga Retangular - Tensões de Cisalhamento
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No cálculo à flexão, deve-se, também, verificar a necessidade das barras
longitudinais serem ancoradas no pilar. Essa verificação corresponde ao estudo da
cobertura do diagrama de momentos fletores normalmente feito no projeto de
vigas novas.
Caso a seção original da viga (concreto e aço) seja suficiente para absorver os
momentos fletores próximos dos apoios, a citada ancoragem não é necessária.
Nesse caso, entretanto, a viga passa a ter apoio de altura reduzida, exigindo as
verificações concernentes. Destaca-se a verificação da armadura de suspensão dos
esforços que chegam pela armadura de reforço.
Ressalta-se que, na maioria dos reforços de vigas, a seção original é capaz de
absorver os momentos junto aos apoios.
A Figura 5.1.3 ilustra as duas situações citadas.
Figura 5.1.3 - Barras Ancoradas ou Não nos Pilares
5.2. Reforço à Flexão
O reforço de vigas à flexão com concreto armado ou projetado é feito, basicamente,
por encamisamento.
Para o posicionamento das armaduras longitudinais de flexão, emprega-se estribos
adicionais fixados à viga original de varias maneiras.
Esses estribos podem ser calculados para funcionarem também como pinos,
absorvendo os esforços de cisalhamento que surgem entre o concreto velho e o novo.
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A Figura 5.2.1 mostra casos nos quais estribos adicionais são soldados aos
existentes. Para isso, durante o apicoamento do concreto da viga original, o
cobrimento da parte inferior da viga é retirado até que os estribos fiquem expostos
num comprimento suficiente para a soldagem. Convém lembrar que, nesses casos, os
estribos não podem ser de aço encruado a frio.
Os quatro casos - formas de concretagem - mostrados na Figura 5.2.1 são:
( A ) encamisamento parcial - concreto lançado em forma cachimbo;
( B ) encamisamento parcial - concreto projetado (c/ aumento de cobrimento);
( C ) encamisamento total - concreto lançado por aberturas nas lajes;
( D ) encamisamento total - argamassa injetada sobre brita acondicionada nas formas.
Figura 5.2.1 - Encamisamento - Estribos Soldados
Quando a soldagem dos estribos não é possível, pode ser adotada a solução indicada
na Figura 5.2.2, que consiste na ancoragem dos estribos na alma da viga.
Nesse caso, os estribos não funcionam como pinos, que se forem necessários terão
que ser executados com chumbadores ou barras coladas com resina.
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Figura 5.2.2 - Encamisamento - Estribos Ancorados na Viga
Os quatro casos de concretagem indicados na Figura 5.2.1 podem ser adotados
também nesse reforço.
Solução alternatina é indicada na Figura 5.2.3. O reforço consiste no embutimento
de barras longitudinais na alma da viga, através escarificação e fixação com
argamassa de resina (mais indicada) ou argamassa polimérica, ambas com ponte
de aderência compatível.
Para o posicionamento das barras de reforço, é necessário um pequeno corte nos
estribos originais, segundo mostra o detalhe da Figura 5.2.3.
Figura 5.2.3 - Reforço por Embutimento de Armaduras
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5.3. Reforço ao Cisalhamento
O reforço ao cisalhamento é, geralmente, de execução mais difícil do que o reforço
à flexão.
Na maioria dos casos, ele está associado ao reforço à flexão, sendo, portanto,
executado normalmente por encamisamento.
A forma mais segura para a sua execução, considerando o funcionamento da
treliça de Mörsch - idealizada para o cálculo dos esforços nos estribos e nas bielas
de compressão -, é a indicada na Figura 5.3.1. Entretanto, o processo executivo
exige a execução de furos na laje para a passagem dos estribos, e de aberturaspara
o lançamento do concreto.
Figura 5.3.1 - Reforço ao Cisalhamento e Flexão - Treliça de Mörsch Completa
Experimentos têm mostrado não ser necessário o envolvimento de toda a viga pelo
estribo, o que é extremamente interessante do ponto de vista executivo, evitando os
difíceis, e às vezes impossíveis, procedimentos pela parte superior das lajes.
O acréscimo da armadura de cisalhamento pode, portanto, ser feito pela face
inferior da laje, desde que sejam verificadas as tensões de cisalhamento (horizontais)
entre a alma da viga e a mesa formada pela laje. Tais tensões devem ser absorvidas,
ou pela aderência e atrito, ou pelo efeito de pino dos estribos existentes, e, se esses
forem insuficientes, aqueles que forem acrescentados.
A Figura 5.3.2 ilustra casos nos quais o cálculo estrutural se baseou nesse
raciocínio.
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Figura 5.3.2 - Estribos de Reforço na Alma da Viga
Na execução, pode ser utilizado o concreto moldado ou projetado, conforme já
mostrado na Figura 5.2.1.
Caso seja necessário apenas o reforço ao cisalhamento, podem ser feitos cortes no
concreto de cobrimento nas posições onde serão instalados os estribos de reforço. Os
sistemas de ancoragem dos estribos são os mesmos indicados nas Figuras 5.3.1 e
5.3.2. A Figura 5.3.3 ilustra o descrito.
Figura 5.3.3 - Reforço Apenas ao Cisalhamento
5.4. Reforço à Torção
O reforço à torção é normalmente conseguido com o acréscimo de estribos e de
barras longitudinais, implicando num encamisamento total da peça reforçada.
De forma diferente do cisalhamento, o reforço à torção exige que as armaduras
longitudinais sejam ancoradas no pilar. Isso pode ser feito por colagem com
adesivos estruturais. (ver Figura 5.1.3 A).
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A Figura 5.4.1 apresenta a solução mais empregada, seja utilizando concreto armado
ou projetado.
Figura 5.4.1 - Reforço à Torção
É importante salientar que ao invés de reforço, pode-se executar artifícios
estruturais capazes de reduzir ou anular o momento de torção que exige o reforço.
São vários os artifícios estruturais que podem ser executados, variando com o caso
estudado. Obviamente, a materialização desses artifícios implica em intervenções,
às vezes, semelhantes às de reforço, mas de maior facilidade executiva. A Figura
5.4.2 apresenta exemplo de um desses artifícios estruturais.
Figura 5.4.2 - Artifício Estrutural para Eliminar ou Reduzir Esforço de Torção
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6. REFORÇO DE LAJES
Nas lajes, são mais comuns os reforços à flexão e à punção. O reforço ao
cisalhamento é raro no caso de obras residênciais e comerciais, mas ocorre, não sem
freqüencia, em obras industriais.
Os procedimentos de execução são análogos aos já descritos para pilares e vigas,
seja em reforços em concreto armado ou projetado.
6.1. Cálculo do Reforço
Os cálculos podem ser feitos com base nos critérios da NBR-6118.
Como nos pilares e vigas, devem ser considerados os estados iniciais de tensão e
deformação. Entretanto, no caso das lajes, os efeitos desses estados iniciais são
menos significativos, porque a parcela da carga permanente em relação à carga total
é normalmente menor do que nos casos de pilares e vigas. Portanto, a retirada das
cargas de utilização reduz significativamente as tensões e deformações iniciais. Caso
se deseje reduzir ainda mais as tensões e deformações iniciais, pode-se lançar mão
de operações de macaqueamento e escoramento, que também são de bem mais fácil
execução do que nos casos de vigas e pilares.
Atenção especial deve ser dada à aderência entre os concretos original e de reforço,
para que seja garantido o funcionamento conjunto.
6.2. Reforço à Flexão
O reforço à flexão pode ser obtido pelo acréscimo de armadura na zona de tração
ou acréscimo de concreto na zona de compressão. A combinação desses dois
acréscimos pode ser utilizado, apesar do maior grau de intervenção.
A Figura 6.2.1 mostra o reforço executado pela face inferior da laje, através de
concreto projetado.
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Figura 6.2.1 - Reforço pela Face Inferior da Laje
O uso de argamassas poliméricas “apertadas” contra o substrato é, também,
possível, sendo, nesse caso, conveniente o uso de ponte de aderência compatível
com o polímero da argamassa.
O reforço para os momentos positivos (que tracionam a face inferior da laje) é
conseguido pelo aumento da seção da armadura. Para os momentos negativos
(que tracionam a face superior da laje) o reforço acontece pelo acréscimo da seção
de concreto da zona comprimida.
A necessidade de ancoragem da armadura de reforço nas vigas deve ser verificada
(ver item 5.1).
Na Figura 6.2.2 é mostrado o caso de reforço pela face superior da laje.
Figura 6.2.2 - Reforço pela Face Superior da Laje
Nesse caso, o uso do concreto projetado, ou mesmo de argamassas prensadas, não se
justifica, sendo indicado o concreto armado.
O reforço para os momentos positivos é conseguido pelo acréscimo da seção de
concreto da zona comprimida. Para os momentos negativos o reforço é obtido
através do aumento da seção da armadura.
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Solução alternativa, para reforço da região de momentos negativos, pode ser obtida
através da abertura de sulcos e posterior fixação da armadura com argamassa
polimérica ou de resina, mais ponte de aderência - Figura 6.2.3.
Figura 6.2.3 - Reforço por Embutimento da Armadura
Muito comum, também, é a ocorrência de fissuras nos cantos de lajes, devidas a
momentos volventes. Tais fissuras, normalmente, não prejudicam o
comportamento da laje, não sendo, portanto, exigido o reforço.
Ressalta-se que momentos volventes provocam esforços de tração nas duas faces
das lajes. Na face inferior, entretanto, não ocorre fissura, pois as armaduras de
combate aos momentos positivos absorvem as tensões de tração do momento
volvente. Na face superior, como geralmente não há armadura negativa, o momento
volvente provocará fissuras.
A Figura 6.2.4 mostra o reforço para momento volvente com concreto armado.
Figura 6.2.4 - Reforço para Momento Volvente
Solução alternativa, análoga à mostrada na Figura 6.2.3, pode ser adotada.
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6.3. Reforço à Punção
O reforço à punção, exigido geralmente em lajes cogumelo, é, na maior parte das
vezes, executado através do aumento da área de transmissão de cargas entre pilar e
laje. A área necessária é calculada para que as tensões de cisalhamento
desenvolvidas possam ser resistidas pelo concreto da laje.
A solução, em concreto armado, mais utilizada exige que aberturas sejam feitas na
laje, para o lançamento do concreto. Caso tal acesso seja inviável, pode-se adotar
solução com injeção de argamassa sobre brita acondicionada na forma. A Figura
6.3.1 ilustra esses dois casos.
Aliviar a carga antes do reforço é sempre desejável.
Figura 6.3.1 - Reforço à Punção por Redução das Tensões de Cisalhamento
Outra forma de reforçar à punção consiste em acrescentar armadura para
combater os esforços de cisalhamento. Executa-se furos nos locais de instalação das
barras da armadura, que são fixadas ao concreto por adesivosestruturais (barras
finas) ou, o que é mais indicado, protendidas por meio do aperto de porcas, com
chave de torque - Figura 6.3.2.
Figura 6.3.2 - Reforço à Punção por Acréscimo de Armadura de Cisalhamento
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6.4. Reforço ao Cisalhamento
A necessidade de reforço de lajes ao cisalhamento é bem menos comum do que o à
flexão ou punção.
Entretanto, ele é facilmente conseguido com o acréscimo da espessura da laje, como
num reforço à flexão (ver Figuras 6.2.1 e 6.2.2). No caso de ser necessário apenas
reforçar ao cisalhamento a introdução de armadura específica, por colagem ou
protensão, é mais econômica (Figura 6.4.1).
Figura 6.4.1 - Reforço ao Cisalhamento por Acréscimo de Armadura
Essa solução é igual à ilustrada pela Figura 6.3.2, que corresponde ao reforço à
punção.
7. CONSOLOS DE REFORÇO
Em muitas intervenções de reforço, a criação de consolos curtos, como estruturas
auxiliares na solução pretendida, tem sido recurso de grande valia.
O reforço para elevação do nível da pista de rolamento ou troca de aparelhos de
apoio de pontes ou viadutos, o reforço e reposicionamento de estruturas com
recalques de fundação e o reforço de fundações em estacas são alguns exemplos de
casos onde consolos curtos funcionam como estruturas auxiliares.
As Figuras 7.1 e 7.2 ilustram os dois primeiros casos citados.
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O caso referente ao reforço de fundações em estacas será visto à frente.
Figura 7.1 - Consolos Curtos como Estruturas Auxiliares no
 Içamento de Tabuleiros de Pontes e Viadutos
Figura 7.2 - Consolos Curtos como Estruturas Auxiliares no
 Reposicionamento de Estrutura com Recalques
A Figura 7.3 mostra os detalhes construtivos dos casos das Figuras 27 e 28
Figura 7.3 - Detalhes Construtivos
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8. REFORÇO DE FUNDAÇÕES EM SAPATA
Intervenções de reforço são feitas em sapatas, geralmente, em função da necessidade
de acréscimo de solicitação ou do mau desempenho.
O mau desempenho pode ser da peça estrutural, exigindo reforços à flexão, punção
ou cisalhamento, ou da interação entre estrutura e solo, que implica em recalques,
e, consequentemente, em reforço, sendo, às vezes, necessário o reposicionamento da
estrutura (ver Figura 7.2).
Nos casos de mau desempenho da peça estrutural, seja na flexão, punção ou
cisalhamento, o reforço é facilmente conseguido através do aumento da seção de
concreto - Figura 8.1.
Figura 8.1 - Reforço à Flexão, Punção ou Cisalhamento
Em qualquer das três situações, a aderência entre os concretos é, como sempre, de
vital importância, sendo bastante indicada a adoção de pinos de cisalhamento. No
caso de reforço à punção, sugere-se a ligação do concreto de reforço com o pilar,
também através de barras que atravessam o pilar.
O aumento da área de uma sapata pode ser necessário, para manter os níveis de
tensão no solo, quando há acréscimo de carga, ou para reduzir tais níveis, quando
eles estão acima do admissível, provocando recalques excessivos.
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Quando exigido, uma boa solução para aumentar a área de uma sapata é
prolongar as ferragens de flexão existentes, e aumentar a sua altura, o suficiente
para que sejam atendidas as novas solicitações de flexão, punção e cisalhamento -
Figura 8.2.
O prolongamento das barras pode ser feito quebrando-se as bordas da sapata, até
que fique exposto um trecho reto de ferragem de aproximadamente quinze
centímetros, para soldagem ou instalação de luvas (tipo CCL).
Figura 8.2 - Aumento da Área de Contato de Sapatas
Outra forma de se aumentar a capacidade de carga de uma fundação em sapata é
transformá-la numa fundação sobre estacas. Para isso, normalmente se emprega
estacas perfuradas (estaca raiz, presso ancoragem, e outras), usando o mesmo
equipamento para perfurar o concreto da sapata original - Figura 8.3.
Figura 8.3 - Reforço de Sapata por Cravação de Estacas
No cálculo do futuro bloco de coroamento, deve ser levado em conta que algumas
barras da armadura original serão cortadas durante a perfuração da sapata para a
execução das estacas.
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A necessidade de uso de adesivo estrutural que garanta a ligação entre o concreto
das estacas e o da sapata pode dificultar a execução do reforço, sendo o seu ponto
mais vulnerável. Por isso, é comum a solução alternativa indicada na Figura 8.4,
que consiste em executar uma nova fundação em estacas sobre a sapata original.
Figura 8.4 - Bloco Estaqueado Sobre Sapata Existente
Quando o acréscimo é, sòmente, de carga normal, solução pouco convencional
consiste na cravação de estacas, cuja função será absorver o acréscimo de carga
normal. Nessa solução são utilizados consolos auxiliares - Figura 8.5.
Um estudo cuidadoso deverá ser feito, no intuito de definir o comprimento das
estacas. O recalque das estacas deverá ser pequeno o suficiente para que não haja
transmissão de carga para a sapata.
Figura 8.5 - Solução Alternativa para Acréscimo de Carga Normal em Sapatas
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9. REFORÇO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Como as sapatas, as fundações em estacas são reforçadas em função de acréscimos
de solicitação ou do seu mau desempenho.
O mau desempenho pode ser devido à baixa capacidade resistente do conjunto de
estacas ou por deficiências do bloco de coroamento.
A solução executiva, nos dois casos, é, entretanto, a mesma, diferençando apenas
pelo fato de num haver acréscimo de estacas e no outro não.
Quando se trata de blocos de pequenas dimensões, o reforço é feito de forma a
envolver todo o bloco original (encamisamento).
As Figuras 9.1 e 9.2 ilustram o reforço de blocos de pequenas dimensões sem e com
acréscimo de estacas, respectivamente.
Figura 9.1 - Reforço de Blocos por Encamisamento - Sem Novas Estacas
Figura 9.2 - Reforço de Blocos por Encamisamento - Com Novas Estacas
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Em blocos de grandes dimensões, o reforço, com ou sem acréscimo de estacas, é,
geralmente, feito pelo acréscimo da seção de concreto nas faces superior e laterais.
No primeiro caso (acréscimo de estacas) é executado, também, o prolongamento da
armadura inferior, através soldagem ou do uso de luvas especiais - Figura 9.3.
Figura 9.3 - Reforço de Blocos de Grandes Dimensões
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10. BIBLIOGRAFIA
[1] Piancastelli, E.M. - Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto
Armado - Ed. Depto. Estruturas da EEUFMG - 1997 - 160p.
* * * * * *
Élvio Mosci Piancastelli.
Professor Adjunto do Depto. de Engenharia de Estruturas da
Escola de Engenharia da UFMG.
Engenheiro Consultor pela Fundação Christiano Ottoni e FUNDEP.
Correio Eletrônico: elvio@dees.ufmg.br
Telefones: 31-9907-4140 (cel.) - 031-3238-1998 (com.)

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