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PROVA G2 – TGP 	
Princípios são normas que fornecem coerência e ordem a um conjunto de elementos, sistematizando-os. Acerca dos princípios da jurisdição o princípio do juiz natural (art. 5º, LIII e artigo XXXVII, ambos da CF) diz que ninguém será processado se não pela autoridade competente. Tal princípio pode ser entendido de duas formas distintas. Indique quais são essas duas formas.
Resposta: Sob a perspectiva objetiva, o princípio relaciona-se com duas garantias constitucionais:
A prévia existência do órgão ao fato, o que veda o tribunal de exceção.
Respeito às regras objetivas de determinação de competência, impossibilitando a escolha de um determinado juiz para uma demanda específica.
Dada a sucessão de leis processuais no tempo, incidindo sobre situações idênticas, surge o problema de estabelecer qual das leis - se anterior ou posterior- deve regular a situação concreta. Leis processuais novas não incidem sobre processos findos, seja porque acobertados pela proteção assegurada à coisa julgada, seja pela garantia do ato jurídico perfeito (no processo de conhecimento, cautelar e exceção), seja pelo direito adquirido reconhecido pela sentença ou resultante dos atos executórios. Contudo com relação aos processos em curso, quando se inicia a vigência da lei processual nova existem três sistemas que podem hipoteticamente ser aplicados, o da unidade processual, o das fases processuais e o do isolamento dos atos processuais. Assim sendo, indique e explique qual o sistema adotado pelo ordenamento jurídico brasileiro.
Resposta: O sistema adotado é do isolamento dos atos processuais, a lei nova não alcança os efeitos produzidos em atos já realizados até aquela fase do processo, pré-existente à nova norma. Para os novos processos, não há o que falar em isolamento dos atos, o processo, desde o início, será regido pela nova lei.
“A jurisdição é uma das funções do Estado, que visa a resolver um litígio posto á sua apreciação, a partir da aplicação da vontade objetiva do direito”. No que tange os princípios inerentes a jurisdição, disserte sobre o princípio da territorialidade ou da aderência ao território. 
Resposta: Este princípio corresponde à limitação da própria soberania nacional ao território do país. A jurisdição pressupõe um território em que ela é exercida. Os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do Estado. 
Além disso, como os juízes são muitos no mesmo País, distribuídos em comarcas (Justiças Estaduais) ou seções judiciárias (Justiça Federal), também se infere daí que cada juiz só exerce a sua autoridade nos limites do território sujeito por lei à sua jurisdição. 
Assim, por exemplo, o STF e o STJ exercem a jurisdição sobre todo o país, o Tribunal de Justiça de cada Estado-membro sobre o território deste. Atos fora do território em que o juiz exerce a jurisdição dependem da cooperação do juiz do lugar (carta precatória e rogatória).
4 – Jurisdição pode ser definida como poder atribuído a um terceiro imparcial para, mediante o processo, reconhecer e efetivar situações concretamente deduzidas, de modo imperativo e criativo, insuscetível de controle externo e, apta a tornar indiscutível pela coisa julgada. Dentre as diversas espécies de jurisdição apontadas a mais tradicional das “divisões” da jurisdição é aquela estabelecida entre jurisdição voluntária, inclusive sendo a única expressamente consagrada em nosso ordenamento. A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. Tendo em vista o estudo realizado em sala de aula aponte as principais diferenças existentes entre a jurisdição contenciosa e a voluntária.
Resposta: Na jurisdição voluntária, não há lide nem partes, mas apenas um negócio jurídico processual, envolvendo o juiz e os interessados. O caráter predominante é a atividade negocial, em que a interferência do juiz é de natureza constitutiva ou integrativa, com o objetivo de tornar eficaz o negócio desejado pelas partes. Na jurisdição contenciosa observa-se, com clareza, a necessidade indispensável da ordem jurídica, pressupõe controvérsia entre as partes (lide), a ser solucionada pelo juiz.
Filipe propõe ação reintegratória contra seu vizinho, Nicolas, alegando ter ele invadido parte de seu imóvel rural, ao reavivar antigos marcos divisórios. Nicolas ingressa no feito argumentando que se encontra no imóvel na qualidade de caseiro e não de proprietário, apontando Igor como dono da terra a quem requer seja introduzido no processo em seu pólo passivo. Esta conduta de Nicolas caracteriza a figura de uma das formas de intervenção de terceiro, previstas no nosso ordenamento processual civil. Indique qual é essa forma e explique-a.
Resposta: Trata-se da nomeação à autoria, é a correção do pólo passivo da demanda, pois o autor ajuizou a ação contra a pessoa errada. Neste caso como Nicolas foi citado ele deverá nomear aquele que for o possuidor ou o proprietário, no caso Igor.
Carlos emprestou R$ 10.000,00 a Sérgio, que não lhe devolveu o dinheiro na data aprazada. Sabendo que o devedor passava por dificuldades financeiras, Carlos ajuizou ação contra Saulo, filho de Sérgio, que não participou do negócio, mas é pessoa bastante rica. O juiz deverá extinguir o processo sem resolução de mérito, vez que não estão presentes todas as condições da ação. Indique e exemplifique sucintamente quais são as condições da ação a qual foi à condição que não se faz presente no caso acima exposto.
Resposta: Possibilidade jurídica – existência, dentro do ordenamento jurídico, de um tipo de providência, tal como a que se pede;
Legitimidade para a causa – pertinência subjetiva da ação, titularidade na pessoa que propõe a demanda;
 Interesse – necessidade da intervenção dos órgãos jurisdicionais, pois a parte sofre um prejuízo não propondo a demanda.