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EMBARGOS À EXECUÇÃO (1).docx

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Adriana Damiani 
Ana Beatriz Martins
Ana Paula Rios
Janete Garcez
Juliana Carvalho 
Sileide Daiane
Felipe Costa
EMBARGOS À EXECUÇÃO
São Luís,
2016
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
Conceito e Natureza Jurídica
Trata-se de uma ação independente, isto é, autônoma, na qual o executado se manifesta, apresentando sua discordância referente ao valor cobrado e/ou em relação ao teor da ordem requerida na Ação de Execução. Os Embargos à Execução são propostos em face do autor da Execução principal, ou seja, em face do vencedor.
Assim, dispõe a CLT: 
“Art. 884. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação.” 
Nos dizeres do professor Manoel Antônio Teixeira Filho os Embargos à Execução conceituam-se “como a ação do devedor, ajuizada em face do credor, no prazo e formas legais, com o objetivo de extinguir, no todo ou em parte, a execução, desconstituindo, ou não, o título em que esta se funda”.
No que tange à natureza jurídica dos embargos à execução, para a doutrina minoritária, trata-se de uma mera defesa facultada ao devedor. Entretanto, o entendimento majoritário assente na jurisprudência e na doutrina é que a natureza jurídica do instrumento analisado é de uma ação de conhecimento, incidental ao processo de execução.
Dessa forma, como ação incidental no procedimento executivo, os embargos não tem o condão, único e necessário, de invalidar o título executado, mas tão somente de trazer a matéria objeto das impugnações na fase de liquidação que não tenha sido considerada pelo juiz, forçando-o assim a prolatar nova sentença.
 Pressupostos de Admissibilidade
Os pressupostos de admissibilidade dos embargos à execução possuem fundamento estabelecido no art. 884 da CLT. O primeiro é a garantia do juízo, ou seja, o depósito prévio dos valores executados ou a nomeação de bens à penhora suficientes para cobrir o valor cobrado. Já o segundo requisito é o “prequestionamento”, isto é, consiste na necessidade de que todo matéria a ser discutida em sede de embargos já tenha sido ventilada, bem como impugnada, anteriormente, sob pena de preclusão.
Matéria Arguível em Sede de Embargos à Execução
O § 1º do art. 884 da CLT estabelece, restritivamente, as matérias que poderão ser arguidas nos embargos à execução, quais sejam, as referentes às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida, acentua-se que tais fatos só podem ser alegados se ocorridos após a sentença. Todavia, o professor Renato Saraiva criticou tal taxatividade, pois segundo ele “(...) a Consolidação das Leis do Trabalho (art. 884, § 1.º) não esgotou todas as matérias possíveis de arguição via embargos”.
Desse modo a doutrina majoritária passou a defender a aplicação subsidiária do antigo art. 741 do CPC, adotando-se novas matérias argüíveis em sede de embargos. O referido dispositivo do diploma processual cível estabelece que:
“Art. 741. Na execução fundada contra a Fazenda Pública, os embargos só poderão versar sobre:
I – falta ou nulidade de citação, se o processo correu à revelia;
II – inexigibilidade do título;
III – ilegitimidade das partes;
IV – cumulação indevida de execuções;
V – excesso de execução;
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, com pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença;
VII – incompetência do juízo da execução, bem como suspeição ou impedimento do juiz.”
Dessa forma, por refletir questões de ordem pública e de interesse social, os incisos elencados no antigo art. 741 do CPC devem ser também ser considerados matérias arguíveis nos embargos, assim, não há que se falar em taxatividade do art. 884, § 1º da CLT, mas tão somente em exemplificatividade.
É necessário destacar que a arguição, nos embargos, de matérias estabelecidas do art. 475-L do CPC também é admissível, posto que o referido dispositivo também tem aplicação subsidiária. E ainda que também aplicável o art. 745 do CPC, tendo em vista o teor do art. 876 da CLT.
No que refere-se à aplicação dos institutos da compensação e da retenção nos embargos à execução, estes são inaplicáveis posto que o art. 767 da CLT estabelece que só podem ser arguidos como matéria de defesa, dessa forma, como já visto, não tendo os embargos natureza jurídica de defesa, não é o instrumento adequado. Há que se dizer que em relação à esse aspecto a jurisprudência do TST é unânime, além do mais possui entendimento sumulado no enunciado número 48 “A compensação só poderá ser arguida com a contestação”.
Caso seja suscitada exceção de incompetência estas deverão ir como preliminar e serão julgadas juntamente com os embargos.
Prazo para Interposição dos Embargos à Execução
O art. 884, da CLT, estabelece o prazo de 5 dias para a apresentação dos embargos à execução, facultando igual prazo para o exequente impugnar.
Entretanto, ocorre que o Poder Executivo concedera à Administração Pública, mediante a MP 2.180-35/01, prazo especial para oferecimento dos embargos à execução, qual seja de 30 dias. No que tange a esse alargamento de prazo, existe na doutrina muitas críticas, inclusive arguindo-se a inconstitucionalidade da MP ora tratada.
Dessa forma, seguindo a tendência doutrinária e dos Tribunais Regionais do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho, por 11 votos a 3, declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da MP 2.180-35/01, impondo à Fazenda Público prazo igual ao embargante privado.
Vale salientar que o termo inicial para a contagem do prazo para oferecimento dos embargos à execução é a data da intimação da penhora, e caso haja litisconsórcio passivo, após serem todos os executados intimados.
Procedimento para Interposição dos Embargos à Execução
Para a interposição dos embargos há a necessidade da garantia do juízo, bem como do “prequestionamento” da matéria. Após sua interposição, os embargos são apensados à execução e a esta fica suspensa até o deslinde dos embargos.
Quando houver litisconsórcio passivo na demanda executiva, e caso apenas um dos executados ofereça embargos, e caso os embargos contenham apenas matéria que diga respeito ao embargante, a execução não suspenderá para os demais executados.
Os embargos à execução poderão ser rejeitados liminarmente quando forem intempestivos, quando ineptos, e quando manifestamente protelatórios. Após recebidos, o juiz caso entenda necessário poderá designar audiência para oitiva de testemunhas. Findas todas as providências o juiz julgará os embargos declarando subsistente ou insubsistente a penhora.
Salienta-se que os embargos sempre serão recebidos com o efeito suspensivo, pois como visto, após o seu oferecimento a execução ficará suspensa.
Enfim, as custas pela interposição dos embargos à execução serão satisfeitas pela parte vencida, e seguiram a tabela de emolumentos da Justiça do Trabalho.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=20&id_noticia=86374>. Acesso em: 12 de maio de 2016.
BRAISL. Disponível em: <file:///C:/Users/juliana/Downloads/DOUTRINA.DR._GHUNTHER.pdf>. Acesso em: 12 de maio de 2016.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2007.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 19. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SAAD, Eduardo Gabriel. SAAD, José Eduardo Duarte. BRANCO, Ana Maria Saad C. Consolidação das Leis do Trabalho Comentada. 40. ed. São Paulo: LTr, 2007.
SARAIVA, Renato. Curso de Direito Processual do Trabalho. 4. ed. São Paulo: Método, 2007

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